Sir Gilberto Freyre

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Sir Gilberto de Mello Freyre

Birthdate:
Birthplace: Recife, Recife, State of Pernambuco, Brazil
Death: July 18, 1987 (87)
Recife, Recife, State of Pernambuco, Brazil (Isquemia cerebral, infecção respiratória e insuficiência renal )
Immediate Family:

Son of Alfredo Alves da Silva Freyre, Junior and Francisca Teixeira de Mello
Husband of Maria Madalena de Guedes Pereira and Francisca de Mello
Father of Fernando Alfredo Guedes Pereira Freyre and Private
Brother of Ulisses de Mello Freire; Private; Graça de Mello Freire; Gasparina de Mello de Mello Freire and Private

Occupation: Sociólogo, antropólogo, historiador, escritor e pintor
Managed by: Private User
Last Updated:

About Sir Gilberto Freyre

Gilberto de Mello Freyre

KBE (Ordem do Império Britânico) foi um polímata brasileiro. Como escritor, dedicou-se à ensaística da interpretação do Brasil sob ângulos da sociologia, antropologia e história. Foi também autor de ficção, jornalista, poeta e pintor.

É considerado um dos mais importantes sociólogos do século XX.[2]

Recebeu da Rainha Elizabeth II o título de Sir, sendo um dos poucos brasileiros detentores desta alta honraria da coroa britânica.

Sobre Freyre, falou Monteiro Lobato: "O Brasil do futuro não vai ser o que os velhos historiadores disserem e os de hoje repetem. Vai ser o que Gilberto Freyre disser. Freyre é um dos gênios de palheta mais rica e iluminante que estas terras antárticas ainda produziram"

Filho de Alfredo Freyre (juiz e catedrático de Economia Política da Faculdade de Direito do Recife) e de Francisca de Mello Freyre, Gilberto Freyre é de família brasileira antiga, descendente dos primeiros colonizadores portugueses do Brasil. Em suas palavras: "um brasileiro que descende de gente quase toda ibérica, com algum sangue ameríndio e fixada há longo tempo no país". [5] Tem antepassados portugueses, espanhóis, indígenas e holandeses.[6] Custou a aprender a escrever, fazendo-se notar pelos desenhos. Teve aulas particulares com o pintor Telles Júnior, que reclamava de sua insistência em deformar os modelos. Começou a aprender a ler e escrever em inglês com Mr. Williams, que elogiava seus desenhos.

Em 1909, faleceu sua avó materna, que vivia a mimá-lo por supor que tinha problemas sérios de aprendizado, pela dificuldade em aprender a escrever. Ocorrem suas primeiras experiências rurais de menino de engenho, nessa época, quando passa temporada no Engenho São Severino do Ramo, pertencente a parentes seus. Mais tarde escreverá sobre essa primeira experiência numa de suas melhores páginas, incluída em Pessoas, coisas & animais.

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Antropologia Escolas[Expandir] Expoentes[Expandir] Áreas de estudo[Expandir] Conceitos[Expandir] Listas[Expandir] Portal v • e Quando jovem, tornou-se protestante batista, chegando a ser missionário e a frequentar igrejas batistas norte-americanas.[7] Foi estudar nos Estados Unidos, quando desencantou-se com o protestantismo batista e tornou-se sem religião, embora esposando uma cosmovisão cristã e vendo com simpatia o catolicismo popular e o xangô do Recife.[8]

Foi casado com Magdalena de Guedes Pereira Freyre, mãe de seus dois filhos, Sônia e Fernando

Gilberto Freyre inicia seus estudos frequentando, em 1908, o jardim da infância do Colégio Americano Batista Gilreath, que seu pai havia ajudado a fundar.[10]

Aos dezoito anos, com bolsa da igreja batista, vai estudar na Universidade Baylor no Texas, onde se formou bacharel em artes liberais.[11]

Freyre estudou na Universidade de Columbia nos Estados Unidos, onde conheceu Franz Boas, referência intelectual para ele.[12] Em 1922 publica sua tese de mestrado Social life in Brazil in the middle of the 19th century (Vida social no Brasil nos meados do século XIX), dentro do periódico Hispanic American Historical Rewiew, volume 5. Com isto obteve o título Masters of Arts.[13]

Casa Grande & Senzala[editar | editar código-fonte] Seu primeiro e mais conhecido livro é Casa-Grande & Senzala, publicado no ano de 1933 e escrito em Portugal. Nele, Freyre rechaça as doutrinas racistas de branqueamento do Brasil. Baseado em Franz Boas, demonstrou que o determinismo racial ou climático não influencia no desenvolvimento de um país. Ainda, essa obra foi precursora da noção de democracia racial no Brasil, com relações harmônicas interétnicas que mitigariam a influência social do passado da escravidão no Brasil, que, segundo Freyre, fora menos segregadora que a norte-americana. Embora seja sua obra mais importante, também recebeu críticas por sua linguagem tida como vulgar e obscena. [14] Em Recife chegou a ter seu livro queimado em praça pública, ato apoiado por um colégio religioso de Recife.

Ao contrário do que popularmente se imagina, Casa Grande & Senzala não é um estudo sociológico ou antropológico. Baseado em fontes históricas e suas reflexões, Gilberto Freyre se apresentou como um "escritor treinado em ciências sociais" e não como sociólogo ou antropólogo, como refletiu em seu Como e porque sou e não sou sociólogo (1968) . Além disso, por influência de Franz Boas sabia da necessidade de pesquisas empíricas para validar um estudo como sendo sociológico ou antropológico.[15]

Vida pública[editar | editar código-fonte]

Gilberto Freyre (direita) com os amigos Adonias Filho (esquerda) e Rachel de Queiroz (centro). Em 1930, após a tomada do poder por Getúlio Vargas, Freyre viaja aos Estados Unidos e Portugal, onde trabalhou no manuscrito de Casa Grande & Senzala.

Em Pernambuco, Gilberto Freyre ocupou vários cargos comissionados e chegou à presidência da UDN pernambucana. Em 1942 foi preso e espancado, junto de seu pai, após escrever um artigo no Diário de Pernambuco acusando um monge beneditino de Olinda de ser racista e pró-nazista. Em 1946 é eleito pela própria UDN para a Assembléia Constituinte. Em 1964, defendeu a queda de João Goulart, em 1969 passou a integrar o Conselho Federal de Cultura a convite do presidente general Emílio Médici.[16]

Gilberto Freyre foi também reconhecido por seu estilo literário. Foi até poeta, sendo que o seu poema "Bahia de todos os santos e de quase todos os pecados" entusiasmou Manuel Bandeira. Gilberto Freyre escreveu um longo poema inspirado por sua primeira visita à Cidade de Salvador: Bahia de todos os santos e de quase todos os pecados. Impresso no mesmo ano em reduzidíssima edição da recifense Revista do Norte, o poema deixou Manuel Bandeira entusiasmado. Tanto que em carta de 4 de junho de 1927 escreveu: “Teu poema, Gilberto, será a minha eterna dor de corno. Não posso me conformar com aquela galinhagem tão gozada, tão envergonhosamente lírica, trescalando a baunilha de mulata asseada. S!” (cf. Manuel Bandeira, Poesia e Prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958, v. II: Prosa, p. 1398). O poema tem três versões: a primeira foi reproduzida por Manuel Bandeira em sua Antologia dos Poetas Brasileiros Bissextos Contemporâneos (1946); a segunda, modificada pelo autor, foi publicada na revista carioca O Cruzeiro de 20 de janeiro de 1942; e a terceira aparece nos livros Talvez Poesia (José Olympio, 1962) e Poesia Reunida (Edições Pirata, 1980).[17]

Portugal ocupa um lugar importante no pensamento de Freyre[18] . Em vários de seus livros, como em "O Mundo que o Português Criou", "O Luso e o Trópico" demonstra o importante papel que os portugueses tiveram na criação da "primeira civilização moderna nos trópicos". Freyre foi um dos pioneiros no estudo histórico e sociológico dos territórios de colonização portuguesa como um todo, chegando mesmo a desenvolver um ramo de pesquisa que denominou de "Lusotropicologia".

Ocupou a cadeira 29 da Academia Pernambucana de Letras em 1986.

Gilberto Freyre morreu em decorrência de uma isquemia cerebral, infecção respiratória e insuficiência renal a 18 de julho de 1987 em Recife.[ Obras Casa-Grande & Senzala, 1933 Guia Prático, Histórico e Sentimental da Cidade do Recife, 1934 Sobrados e Mocambos, 1936 Nordeste: Aspectos da Influência da Cana Sobre a Vida e a Paisagem…, 1937 Açúcar, 1939 Olinda, 1939 O mundo que o português criou, 1940 Um engenheiro francês no Brasil,1940 e 1960 (2ªedição) Problemas brasileiros de antropologia, 1943 Sociologia, 1945 Interpretação do Brasil, 1947 Ingleses no Brasil, 1948 Ordem e Progresso, 1957 O Recife sim, Recife não, 1960 Os escravos nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX, 1963 Vida social no Brasil nos meados do século XIX, 1964 Brasis, Brasil e Brasília, 1968 O brasileiro entre os outros hispanos, 1975 Oh de Casa, 1979 Homens, engenharias e rumos sociais., 1987 Prêmios e títulos[editar | editar código-fonte] Prêmio da Sociedade Filipe d'Oliveira, Rio, 1934 Prêmio Anisfield-Wolf, USA, 1957 Prêmio de Excelência Literária, da Academia Paulistana de Letras, 1961 Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (conjunto de obras), 1962 Prêmio Moinho Santista de "Ciências Sociais em Geral", 1964 Prêmio Aspen, do Instituto Aspen, USA, 1967 Prêmio Internacional La Madonnina, Itália, 1969 Sir - "Cavaleiro Comandante do Império Britânico", distinção conferida pela Rainha da Inglaterra, 1971 Medalha Joaquim Nabuco, Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, 1972 Troféu Novo Mundo, por "obras notáveis em Sociologia e História", São Paulo - Troféu Diários Associados, por "maior distinção atual em Artes Pláticas" - Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, 1973 Vencedor do Prêmio Esso em 2005 Medalha de Ouro José Vasconcelos, Frente de Afirmación Hispanista de México, 1974 Educador do Ano, Sindicato dos Professores do Ensino Primário e Secundário em Pernambuco e Associação dos Professores do Ensino Oficial, 1974 Medalha Massangana, Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, 1974 Grã-cruz Andrés Bello da Venezela, 1978 Grã-cruz da Ordem do Mérito dos Guararapes do Estado de Pernambuco, 1978 Prêmio Brasília de Literatura para Conjunto de Obras, Fundação Cultural do Distrito Federal, 1979 Prêmio Moinho Recife, 1980 Medalha da Ordem do Ipiranga do Estado de São Paulo, 1980 Medalha Biblioteca Nacional, 1984 Grã-cruz de D. Alfonso, El Sabio, Espanha, 1983 Grã-cruz de Santiago da Espada, Portugal, 1983 Grã-cruz da Ordem do Mérito Capibaribe da Cidade do Recife, 1985 Grande Oficial da Legião de Honra, França, 2008 [4]

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Sir Gilberto Freyre's Timeline

1900
March 15, 1900
Recife, Recife, State of Pernambuco, Brazil
1943
October 14, 1943
Recife, Pernambuco, Brasi
1987
July 18, 1987
Age 87
Recife, Recife, State of Pernambuco, Brazil