Vataça Láscaris

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About Vataça Láscaris

-https://it.wikipedia.org/wiki/Vatatza_Lascaris_di_Ventimiglia


-http://fmg.ac/Projects/MedLands/provnice.htm#BeatrixVintimilleMGuil...
f) VATACIA de Vintimille . Père Anselme records that Guillaume Pierre [I] had “trois filles que leur mère maria en Espagne”[782]. Gioffredo names the third daughter “donna Vatacia”, noting that she was “lungo tempo in Portogallo colla Regina donna Isabella” and that Zurita said that he could not find the name of her husband[783].


Dona Vataça Lascaris, filha de uma princesa grega e de um conde italiano, veio, ainda na infância, para a Península Ibérica com a sua mãe e seus irmãos.

Dona Vataça veio para Portugal em 1282, no séquito da princesa Isabel de Aragão, que casara com o Rei D. Dinis e se tornara, dessa forma, Rainha de Portugal. D. Vataça casou em Portugal, em 1285, com Martim Anes de Soverosa, um membro da família dos Soverosa, bastante mais velho do que ela, e de quem enviuvou, em 1295, ao fim de cerca de dez anos de casamento, e sem que se conheça descendência daquele matrimónio (Coelho e Ventura, 1986: 165 e 168)

Em 1302, D. Vataça foi para Castela, onde viveu vários anos, pois acompanhou a infanta D. Constança de Portugal, filha de D. Dinis e de D. Isabel, que nesse ano se casou com o rei Fernando IV de Leão e Castela (Sousa, 2007: I, 175). Do rei Fernando IV recebeu D. Vataça, em diferentes momentos do reinado, algumas doações em recompensa dos seus serviços, quer junto da rainha D. Constança, quer junto dos filhos de ambos (Coelho e Ventura, 1986: 171).

Anos mais tarde, em 1317, já depois do falecimento de D. Constança, ocorrido em 1313, D. Vataça acabou regressando a Portugal, para o período final da sua existência (Coelho e Ventura, 1986: 177). Durante estas quase duas décadas, entre 1317 e 1336, em Portugal, ela foi Senhora de Santiago do Cacém, mercê de um escambo que efectuou com a Ordem de Santiago.

A forte relação estabelecida por Vataça com Portugal, não se explicam apenas na versão oficial, de que nada lhe restaria aqui senão a grande amizade à sua parente Rainha Santa Isabel.

Por certo terá havido algo mais e suficientemente importante. Porque, já quatro séculos depois do seu falecimento, ocorrido em 1336, em pleno século XVIII, continuamos a encontrar o seu nome, e nomes relacionados com a sua linhagem, usados por mulheres da sua descendência feminina.

O seu túmulo está na Sé Velha de Coimbra.

mais, in http://www.academia.edu/7148697/D._Vata%C3%A7a_Lascaris



Vataça era filha da princesa real Eudóxia Láscaris (1254-1311) do império de Niceia e de Guilherme Pedro, 1º conde de Vintimiglia & Tende (~1230-1282).

Era portanto neta, por via materna, do imperador Teodoro II Láscaris de Niceia[1] , "Império" criado para estabelecer uma resistência face aos latinos que haviam conquistado Constantinopla na sequência da Quarta Cruzada em 1204.

O filho deste João IV Láscaris (portanto tio de Vataça) foi afastado aos 11 anos por Miguel VIII Paleólogo, após a reconquista de Constantinopla. Miguel, após assumir a regência proclamou-se imperador, cegando e desterrando o jovem herdeiro e casando as princesas com estrangeiros, para as afastar do império.

E é desta forma que a mãe de Vataça, ainda muito jovem, acaba casada em 1261/63, em Constantinopla, com Guilherme Pedro, conde de Ventimiglia (na região dos Alpes Marítimos, que desde então passou a ostentar as armas imperiais) após o que seguiu para a Ligúria.

Na mesma altura, partiu também de Niceia a imperatriz viúva Ana de Hohenstaufen, madrasta de Teodoro II e viúva do bisavô de Vataça, João III Ducas Vatatzes, regressando a casa, na Sicília, onde governava o seu irmão Manfredo da Sicília.

Em 1266, a morte de Manfredo e a tomada da Sicília por Carlos de Anjou pôs fim ao domínio da Casa Imperial Germânica no sul italiano, e falecia na mesma altura também o pai de Vataça, o conde de Ventimglia.

Nesta altura a família é separada: os irmãos de Vataça ficaram em Itália, uma vez que se foram sucedendo na herança do pai, João e Jaime, como condes, e um terceiro, Otão, chegou a bispo.

A recém viúva Eudóxia refugiou-se com a imperatriz viúva Ana e as filhas na corte de Jaime I de Aragão (neto da também bizantina Eudóxia Comnena), junto da rainha e sua sobrinha Constança de Hohenstaufen, última da sua linhagem, esposa de Pedro III de Aragão e mãe de Isabel, futura rainha de Portugal e dos reis Afonso III e Jaime II de Aragão.

Nesta corte Vataça cresceu num ambiente protegido, junto da sua mãe e irmãs atendendo ao poder que representavam numa Europa do sul em que as potências aragonesa, siciliana e bizantina, cujas alianças entre si fizeram da princesa Isabel, não só sua prima em sétimo grau, mas também amiga próxima e que partilhava os seus interesses.

O número de irmãs de Vataça varia: sabe-se que teve pelo menos uma, Beatriz[1], embora outras fontes lhe apontem mais irmãs, segundo as quais Beatriz não se teria casado com Arnaldo Rogério de Pallars[1], mas sim com Guilherme de Montcada, senhor de Fraga[2]. A esposa de Arnaldo seria uma outra irmã, Lucrécia [3]. Vataça teria tido outra irmã, Violante, que teria casado com Ximeno Cornel e mais tarde com Guilherme de Ribagorça.

A vinda para Portugal

Dinis, Rei de Portugal terá concretizado a aliança aragonesa em 1282, casando-se a infanta Isabel, com 12 anos,com o rei português, de 21, a 11 de fevereiro de 1282, por procuração, em Barcelona. Vataça acompanha depois o séquito de Isabel até Portugal, onde chega em 1288. Aia e amiga da futura Rainha, foi encarregue da educação dos seus filhos, Constança e Afonso.

Vataça casou em primeiras núpcias, em 1285, com um aristocrata português, Martim Anes de Soverosa, cognominado Tio, e o último da sua linhagem. Seria vários anos mais velho que Vataça, uma vez que Martim casa tarde[9]. O casamento duraria dez anos e não se produziria qualquer descendência, falecendo Martim a 25 de agosto de 1295[9]. A falta de descendência seria atribuída à idade já avançada e a provável esterilidade do marido, a quem alcunhariam de peco nos Livros de Linhagens.

Vataça fez as partilhas com a mãe deste, e deixou dez libras por missa em sua alma na Sé de Coimbra [9]. Casaria no ano seguinte com Pedro Jordán de Urríes, Senhor de Loarre (m. 1350), que se distinguiu ao serviço da Coroa de Aragão na Sicília, prestando auxílio a Afonso III de Aragão.

A estadia em Castela

Em 1302 acompanhou a infanta D. Constança quando esta foi desposada pelo rei Fernando IV de Castela, para selar o Tratado de Alcanizes. Ali permaneceu até à morte de Constança, que deixou o filho Afonso XI de Castela entregue à sua guarda quando viajou a Ávila, onde as Cortes iriam tomar a decisão sobre a tutoria do novo rei, então menor de idade. A rainha faleceu na viagem e Vataça regressou a Portugal.

O regresso a Portugal

Aquando do seu regresso a Portugal, Vataça manteve-se ao serviço de Isabel e como aia do infante Afonso, sendo ainda Senhora de Santiago do Cacém e Sines. Por doação do rei Dinis I, os domínios nesta vila de Santiago de Cacém (e respetivo castelo) e ainda Panoias pertenceram a D. Vataça, desde 1310/5 até à sua morte.

Em 1288, Vataça estabeleceu uma pequena corte senhorial nos seus Paços em S. Romão de Panoias, que lhe fora doado pelo rei D. Dinis, dedicando-se a administrar e valorizar os seus avultados bens e propriedades. Aí terá vivido até 1325 ou 1332, altura em que seguiu a rainha Isabel quando esta se estabeleceu em Coimbra.

Morte e posteridade

Mestre Pero, Túmulo de Vataça Láscaris, 1336, Sé Velha de Coimbra, rodeado de águias bicéfalas, símbolo da nobreza bizantina

O filho de Vataça, Pedro Jordán de Urríes y Lascaris di Ventimiglia, Senhor de Loarre e Alquézar, foi tenente e general em 1356 e ainda conselheiro da Coroa de Aragão, chegando a comprar a Pedro IV de Aragão a vila de Alquézar por 5000 escudos.

Fundou uma capela dedicada a Santo António, atualmente a São Cosme e São Damião, em Huesca, estabelecendo também aí uma confraria. Pedro casaria com Toda Martínez de Riglos e teve descendência.

Vataça Lascáris faleceu em 1336 e foi sepultada na Sé Velha de Coimbra, num túmulo ladeado com as armas dos Láscaris, as águias bicéfalas.

O túmulo

O túmulo de D. Vataça localiza-se na Sé Velha de Coimbra, ao fundo do templo, à esquerda. Constitui-se numa imponente arca tumular, tradicionalmente visitada pelas noivas que se casam nessa Sé, e que aí costumam deixar os seus buquês de flores.

Trabalho escultórico atribuído à oficina de Mestre Pero[10], é rodeado por águias bicéfalas, armas da Dinastia Láscaris e, desde então, do Império Bizantino.

A Igreja Matriz de São Tiago Maior de Santiago de Cacém está geminada com a Sé Velha de Coimbra desde 2003, em memória sobretudo da amizade que ligava D. Vataça à Rainha D. Isabel de Aragão.

É tradição das noivas que se casam na Sé Velha de Coimbra irem depositar os seus buquês sobre o túmulo em homenagem à Noiva de Panoias.

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Vataça Láscaris's Timeline

1270
1270
Ventimiglia, Province of Imperia, Liguria, Italy
1300
1300
1336
1336
Age 66
Coimbra, Reino de Portugal
1420
1420
????
????
Se Velha, Coimbra, Portugal