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Alemães e Alemães Étnicos

Definem-se, hoje, como alemães (em alemão: Deutsche) as pessoas que têm a nacionalidade alemã, qualquer que seja a sua origem étnica, cultural ou religiosa. Este uso considera portanto apenas o jus soli, enquanto o jus sanguinis é parcialmente ignorado por motivos históricos.

O conceito de quem é alemão sofreu ao logo da história bastantes variações. Até o século XIX, o critério não era de ordem política, mas eram considerados alemães todos os falantes dos dialetos alemães, ou seja, principalmente os habitantes dos territórios hoje pertencentes à República Federal da Alemanha (em alemão, Bundesrepublik Deutschland), à Áustria e à maior parte da Suíça. Esta situação explicava-se, antes de tudo, pelo desmoronamento do Sacro Império Romano-Germânico e a constituição, no espaço geográfico em questão, de grande número de unidades políticas, geralmente de pequenas dimensões. Com a fundação, em 1871, de um Estado alemão abrangente, o Império Alemão - que excluía a Áustria e a Suíça - o conceito de ser alemão passou a ser reduzido para os habitantes do território do novo país ou àqueles que lá têm origens. Os austríacos e os suíços de língua alemã devem desde então ser classificados como alemães étnicos, do mesmo modo como minorias noutros países como a Bélgica e a Itália (na província autônoma de Alto Adige), mas também vários países da Europa do Leste - desde a Rússia, os Países Bálticos e a Polónia até à República Checa, a Hungria e a Roménia.

São consideradas alemãs étnicos aquelas pessoas que falam a língua alemã, seguem a cultura dominante da Alemanha/Áustria/Suíça e possuem origens no espaço germanófono (em alemão deutscher Sprachraum). Atualmente, a maioria dos alemães étnicos vive no território da República Federal da Alemanha. Até a década de 1920, a maior parte da população da Áustria se considerava alemã, mas hoje em dia, após anos de independência, apenas entre 5-10% dos austríacos declararam-se como etnicamente alemães, apesar de todos (salvo ínfimas minorias de origem eslavo) serem alemães étnicos. O terceiro país que, predominantemente, faz parte do "espaço germanófono" é a Suíça, que, naturalmente, inclui fortes minorias de língua francesa e italiana bem como uma pequena minoria reto-românica. Pertencem ainda ao mesmo espaço o Luxemburgo (que tem uma minoria de francófonos e outra de lusófonos) e o Liechtenstein. Como é evidente, os habitantes da Alemanha, da Áustria, da Suíça, do Luxemburgo e do Liechtenstein têm hoje identidades sociais nacionais claramente distintas, referidas aos estados a que pertencem.

Fora do "espaço germanófono" existem populações etnicamente alemãs, maiores ou menores, numa grande diversidade de países.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alem%C3%A3es

Alemães do Volga

Os Alemães do Volga (em alemão: Wolgadeutsche or Russlanddeutsche, russo: Поволжские немцы, tr. Povolzhskiye nemtsy) é um grupo étnico alemão que vivia próximo ao Rio Volga, na Rússia. Foram convidados por Catarina, a Grande, por volta de 1763, para colonizar o Baixo Volga, próximo ao mar Cáspio, nas regiões de Saratov e Sâmara. Com o advento do nacionalismo do final do século XIX, os russos alemães perderam os privilégios concedidos à época de Catarina, tais como isenção do serviço militar e do pagamento de impostos, além da própria autonomia de gestão das colônias. Em consequência, a maior parte deles deixou a Rússia. Alguns retornaram para a Alemanha, outros emigraram para os Estados Unidos, Canadá, Argentina e Brasil.

Na região dos Campos Gerais, foram criados três núcleos de colônias de russos-alemães do Volga. Em Ponta Grossa, Otavia; em Palmeira Sinimbú; na Lapa, as colônias de Marienthal, Johannesdorf e Virmond. A maioria dessas colônias não prosperou em razão do insucesso no cultivo do trigo, principal plantação dos imigrantes. Assim, muitos colonos acabaram por se transferir para as cidades.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alem%C3%A3es_do_Volga

Alemães dos Sudetos

Os alemães dos Sudetos eram as populações de etnia alemã e germanófonas que habitavam a Boêmia e a Morávia (respectivamente, Čechy e Morava, em checo), perfazendo algo em torno de 3,2 milhões de cidadãos, os quais representavam, no início do século XX, aproximadamente 36% da população total da Boémia.

Seus nome deriva da cadeia montanhosa dos Sudetos.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alem%C3%A3es_dos_Sudetos

Alemães-bessarábios

O termo alemães-bessarábios define os alemães que imigraram para a região da Bessarábia e seus descendentes. Em alguns casos também são chamados de "alemães-russos" já que a Bessarábia pertenceu à Rússia durante algumas épocas.

História

A história dos alemães na Rússia e regiões em volta desta começou em 1763, quando Catarina II tornou-se imperatriz da Rússia. Tendo posse de uma vasta região de terras virgens à volta do rio Volga, determinou que tornaria esta região produtiva para a agricultura e que habitaria a região para protegê-la de tribos asiáticas que moravam próximas.

Assim, em 22 de Julho de 1763, Catharina fez um manifesto chamando por imigrantes para colonizarem aquelas terras. Para encorajar a vinda de imigrantes, o manifesto ofereceu alguns dos seguintes privilégios para os que viessem:

Liberdade religiosa e o direito de construir suas próprias igrejas e escolas;
Isenção de serviços militares; O direito de deixar a Rússia a qualquer hora; O direito de morar em colônias isoladas das outras; Os novos colonos teriam proteção e os mesmos direitos dos nativos; Não precisariam pagar impostos por 10 anos; As famílias muito pobres receberiam ajuda do governo para se estabilizarem; Os direitos e privilégios também eram garantidos aos descendentes dos imigrantes; Depois de passados 10 anos, ainda teriam mais 10 anos de prazo para devolver a ajuda que receberam do governo;

Esses direitos e privilégios ofereciam a chance de uma vida melhor e então milhares de pessoas de estados alemães e da Europa Central emigraram para a Rússia. Há várias razões para uma grande quantidade de alemães terem saído de sua terra natal. Muitas regiões na Alemanha estavam devastadas e a pobreza estava disseminada. Foi também nessa época que muitos alemães emigraram para a América, em maior parte para os Estados Unidos, para começarem uma nova vida.

Os primeiros colonos de língua alemã (podendo aí se incluir Áustria, Suíça, etc.) que se interessaram pelo manifesto de Catarina II foram levados nas terras ao longo do Rio Volga entre os anos de 1764 e 1767. Mais tarde, como a Rússia conseguiu tirar dos turcos terras na região do Mar Negro, os colonos foram convidados para habitar estas áreas também, além das regiões da Crimeia e Bessarábia, quando estas foram anexadas ao Império Russo. Mas essa colonização posterior à do Rio Volga só foi acontecer por volta de 1803, quando o neto de Catarina, Alexandre I, fez um novo chamado. Como vieram muitos imigrantes, a corte Russa temia a vinda de imigrantes inconvenientes, então em 1804 fizeram um decreto restritivo que incorporava os termos de Catarina II, porém requeria que todos os futuros imigrantes possuíssem dinheiro ou bens de valor, fosse habituado em trabalhos de lavoura ou manuais e que tivessem família. Não queriam solteiros "caçadores" de fortunas.

Foram fundadas aproximadamente 300 colônias principais por terras russas durante os anos de colonização, e conforme a população crescia, eram necessárias mais áreas para os 'sem-terras'. A partir daí muitas outras "colônias-filhas" foram fundadas a partir das principais. As escolas ensinavam, e as igrejas pregavam na língua nativa dos colonos, no caso, o alemão. A vida era normalmente boa para os colonos e eles mantiveram os costumes, maneiras de se vestir, gostos musicais e dialetos de suas terras de origem.

Em 1871 o Czar Alexandre II anulou os privilégios dados aos colonos imigrantes, e como resultado, os colonos foram reduzidos à classe de lavradores russos e sob as mesmas leis e obrigações de todos. Em 1874 os filhos dos colonos foram recrutados pela primeira vez para os serviços militares.

Na década de 1870, diante da insatisfação dos colonos pela perda de privilégios, começou a surgir um movimento de emigração para os Estados Unidos, Canadá e América do Sul (Brasil e Argentina), que aumentou depois da Primeira Guerra Mundial.

O desenvolvimento da agricultura através de equipamentos e técnicas modernos amenizou o choque inicial das novas políticas que estavam sendo usadas. A vantagem dos serviços militares era aprender a língua oficial (russo) e a expansão do horizonte intelectual pelo vasto império. Já que os colonos estavam praticamente esquecidos pela Alemanha, a Rússia se tornou sua terra natal "adotiva", especialmente porque nunca houve nenhuma oposição ou ódio aos colonos alemães pelo povo russo.

Alexandre III ascendeu ao trono da Rússia em 1881, e a política oficial de seu governo era a "russificação", afetando em muito a vida dos colonos. As aulas das escolas tinham que ser ensinadas em Russo, e se tornou difícil para os colonos alemães adquirirem mais terras. Todos os direitos dados pela própria administração de suas vilas foram cancelados. Como muitos colonos hesitavam em fazer uma longa viagem pelo oceano, decidiram ficar na Rússia apesar da política de "russificação".

O término da Primeira Guerra Mundial causou muitas dificuldades para os alemães que estavam na Rússia. Apesar de terem lutado no exército russo e alguns morrido durante as batalhas ao lado da campanha russa, eles foram acusados de espionagem e sabotagem. O idioma alemão foi então proibido nas escolas e igrejas, além dos jornais em língua alemã. Inúmeros alemães-russos foram deportados para a Sibéria por "crime contra o estado".

Com a Revolução de 1917, prevaleceu um período sem leis por toda a Rússia por alguns anos. Grupos de bandidos atacavam as vilas alemãs, por vezes até assassinando colonos. A Revolução Russa causou muita miséria entre os alemães-russos, e muitas deportações para a Sibéria e Ásia.

Já os colonos alemães que estavam na região da Bessarábia foram poupados do caos que estava acontecendo na Rússia. Quando os soldados dos exércitos se revoltaram, a Bessarábia pediu ajuda à Romênia para a restauração das leis e ordem. A Romênia aceitou e mais tarde, por voto, foi decidido que a Bessarábia seria anexada à Romênia.

A Rússia nunca aceitou essa anexação e em 1940 (enquanto Hitler e Stalin eram aliados) Hitler concordou em devolver a Bessarábia à Rússia desde que Stalin concordasse em permitir a ida de todos os alemães de volta para a Alemanha. Acordo fechado. Milhares de alemães pegaram seus pertences, e deixando tudo para trás, voltaram para a Alemanha. Como faltou lugar para alojá-los na Alemanha, aqueles que não eram trabalhadores foram assentados em Warthegau, uma área ao longo do Rio Warthe, na Polônia ocidental.

Ao todo, por volta de 95 000 pessoas voltaram à Alemanha. Quando iniciou mais tarde a guerra entre a URSS e Alemanha, a grande maioria de alemães já tinha voltado para a Alemanha, porém os que não foram normalmente eram levados à prisões especiais (homens), e tratados como inimigos do Estado. As mulheres e crianças eram enviadas para residências próprias junto de pessoas de diversas nacionalidades. Todos os bens foram confiscados. Muitos eram deportados para regiões distantes como Sibéria e Ásia Central, proibidos de viver os costumes alemães. Alguns nunca mais viram sua família e morreram por lá.

Enquanto isso, os que conseguiram ir para a Alemanha tiveram a chance de reconstruir suas vidas e a grande maioria permanece por lá até os dias de hoje. Outros emigraram para as Américas, principalmente para os Estados Unidos.

Com a extinção da União Soviética em 1991, começou novamente uma onda de imigração da Rússia para a Alemanha, de alemães que ainda estavam lá. Estima-se que desde 1991 mais de 2 milhões de imigrantes foram para a Alemanha, e apesar de agora estar difícil ir para lá, a imigração continua.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alem%C3%A3es-bessar%C3%A1bios

Volksdeutsche

Volksdeutsche (alemães étnicos) é um termo histórico que surgiu no início do século XX para descrever os alemães étnicos que viviam fora (ou mais precisamente, nasceram fora) do Reich. Contrasta com o termo Reichsdeutsche ou alemães imperiais, os cidadãos alemães residentes na Alemanha. O termo também contrasta com o termo moderno Auslandsdeutsche (alemães no estrangeiro), que geralmente representa os cidadãos alemães residentes em outros países.

Este foi um termo utilizado principalmente durante a República de Weimar. Em um sentido mais estrito, Volksdeutsch veio a significar alemães étnicos que viviam no exterior, mas sem a cidadania alemã, ou seja, a justaposição com Reichsdeutsch foi aguçado para denotar a diferença para a cidadania, bem como residência.

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Imigrantes alemães-russos na Colônia de Ijuy

  • Adolpho Sippert (Russia, ? - Ajuricaba - Rio Grande do Sul, ?) casado com Emilia Sippert (Russia, ? - Ajuricaba - Rio Grande do Sul, ?).
  • Albert Essenburg (Volínia, Ucrânia, 6 de fevereiro de 1899 - Giruá, Rio Grande do Sul, 9 de novembro de 1981) casado com Melity Essenburg. Chegada ao Brasil em 21 de abril de 1926.
  • Andreas Assenheimer (Ucrânia, Wolhynien, 10/10/1878 - Ajuricaba - Rio Grande do Sul, 29/08/1930) casado com Pauline Ludwig (Ucrânia, Wolhynien, 14/12/1878 - Ajuricaba, Rio Grande do Sul, ?).
  • Emilia Sippert (Ucrânia, Wolhynien, ? - Ajuricaba - Rio Grande do Sul, ?) casada com Adolpho Sippert (Ucrânia, Wolhynien, ? - Ajuricaba - Rio Grande do Sul, ?).
  • Emilio (Emil) Winter (Ucrânia, Wolhynien, c. 1907 - Ajuricaba, Rio Grande do Sul, Brasil, 24/12/1970) casado com Lidia Kommers Winter. Partida - Porto: Bremem, Navio: Meain, Data:?. Chegada - Porto: Rio de Janeiro, Data: 19/09/1890. Dados obtidos no site do Arquivo Nacional (http://www.an.gov.br/rvbndes/menu/menu.php).
  • Gustav Essenburg (Ucrânia, Wolhynien, 21 de abril de 1926). Chegada ao Brasil em 21 de abril de 1926.
  • Johan (João) Winter (Ucrânia, Wolhynien, c. 1830 - Rio Grande do Sul, Brasil, ?) casado com Maria (Wilhelmine) Winter (Rússia, c. 1842 -??). Partida - Porto: Bremem, Navio: Meain, Data:?. Chegada - Porto: Rio de Janeiro, Data: 19/09/1890. Dados obtidos no site do Arquivo Nacional (http://www.an.gov.br/rvbndes/menu/menu.php).
  • Maria (Wilhelmine) Winter (Ucrânia, Wolhynien, c. 1842 -??) casada com Johan (João) Winter (Rússia, c. 1830 - Rio Grande do Sul, Brasil, ?). Partida - Porto: Bremem, Navio: Meain, Data:?. Chegada - Porto: Rio de Janeiro, Data: 19/09/1890. Dados obtidos no site do Arquivo Nacional (http://www.an.gov.br/rvbndes/menu/menu.php).
  • Melity Essenburg (Ucrânia, Wolhynien, 2 de maio de 1906 - Giruá, Rio Grande do Sul, 20 de outubro de 1976) casada com Albert Essenburg. Chegada ao Brasil em 21 de abril de 1926.
  • Olga (Assenheimer) Sippert (Ucrânia, Wolhynien, 1908 - Três Passos, Rio Grande do Sul, 01/05/1978) casada em 26/10/1926, em Ajuricaba, Rio Grande do Sul, com Eduardo Sippert (Ajuricaba, Rio Grande do Sul, 16/10/1902 - Ajuricaba, Rio Grande do Sul, 24/11/1955).
  • Pauline Ludwig (Ucrânia, Wolhynien, 14/12/1878 - Ajuricaba, Rio Grande do Sul, ?) casada com Andreas Assenheimer (Ucrânia, Wolhynien, 10/10/1878 - Ajuricaba - Rio Grande do Sul, 29/08/1930).

Alemães e Alemães Étnicos

Definem-se, hoje, como alemães (em alemão: Deutsche) as pessoas que têm a nacionalidade alemã, qualquer que seja a sua origem étnica, cultural ou religiosa. Este uso considera portanto apenas o jus soli, enquanto o jus sanguinis é parcialmente ignorado por motivos históricos.

O conceito de quem é alemão sofreu ao logo da história bastantes variações. Até o século XIX, o critério não era de ordem política, mas eram considerados alemães todos os falantes dos dialetos alemães, ou seja, principalmente os habitantes dos territórios hoje pertencentes à República Federal da Alemanha (em alemão, Bundesrepublik Deutschland), à Áustria e à maior parte da Suíça. Esta situação explicava-se, antes de tudo, pelo desmoronamento do Sacro Império Romano-Germânico e a constituição, no espaço geográfico em questão, de grande número de unidades políticas, geralmente de pequenas dimensões. Com a fundação, em 1871, de um Estado alemão abrangente, o Império Alemão - que excluía a Áustria e a Suíça - o conceito de ser alemão passou a ser reduzido para os habitantes do território do novo país ou àqueles que lá têm origens. Os austríacos e os suíços de língua alemã devem desde então ser classificados como alemães étnicos, do mesmo modo como minorias noutros países como a Bélgica e a Itália (na província autônoma de Alto Adige), mas também vários países da Europa do Leste - desde a Rússia, os Países Bálticos e a Polónia até à República Checa, a Hungria e a Roménia.

São consideradas alemãs étnicos aquelas pessoas que falam a língua alemã, seguem a cultura dominante da Alemanha/Áustria/Suíça e possuem origens no espaço germanófono (em alemão deutscher Sprachraum). Atualmente, a maioria dos alemães étnicos vive no território da República Federal da Alemanha. Até a década de 1920, a maior parte da população da Áustria se considerava alemã, mas hoje em dia, após anos de independência, apenas entre 5-10% dos austríacos declararam-se como etnicamente alemães, apesar de todos (salvo ínfimas minorias de origem eslavo) serem alemães étnicos. O terceiro país que, predominantemente, faz parte do "espaço germanófono" é a Suíça, que, naturalmente, inclui fortes minorias de língua francesa e italiana bem como uma pequena minoria reto-românica. Pertencem ainda ao mesmo espaço o Luxemburgo (que tem uma minoria de francófonos e outra de lusófonos) e o Liechtenstein. Como é evidente, os habitantes da Alemanha, da Áustria, da Suíça, do Luxemburgo e do Liechtenstein têm hoje identidades sociais nacionais claramente distintas, referidas aos estados a que pertencem.

Fora do "espaço germanófono" existem populações etnicamente alemãs, maiores ou menores, numa grande diversidade de países.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alem%C3%A3es

Alemães do Volga

Os Alemães do Volga (em alemão: Wolgadeutsche or Russlanddeutsche, russo: Поволжские немцы, tr. Povolzhskiye nemtsy) é um grupo étnico alemão que vivia próximo ao Rio Volga, na Rússia. Foram convidados por Catarina, a Grande, por volta de 1763, para colonizar o Baixo Volga, próximo ao mar Cáspio, nas regiões de Saratov e Sâmara. Com o advento do nacionalismo do final do século XIX, os russos alemães perderam os privilégios concedidos à época de Catarina, tais como isenção do serviço militar e do pagamento de impostos, além da própria autonomia de gestão das colônias. Em consequência, a maior parte deles deixou a Rússia. Alguns retornaram para a Alemanha, outros emigraram para os Estados Unidos, Canadá, Argentina e Brasil.

Na região dos Campos Gerais, foram criados três núcleos de colônias de russos-alemães do Volga. Em Ponta Grossa, Otavia; em Palmeira Sinimbú; na Lapa, as colônias de Marienthal, Johannesdorf e Virmond. A maioria dessas colônias não prosperou em razão do insucesso no cultivo do trigo, principal plantação dos imigrantes. Assim, muitos colonos acabaram por se transferir para as cidades.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alem%C3%A3es_do_Volga

Alemães dos Sudetos

Os alemães dos Sudetos eram as populações de etnia alemã e germanófonas que habitavam a Boêmia e a Morávia (respectivamente, Čechy e Morava, em checo), perfazendo algo em torno de 3,2 milhões de cidadãos, os quais representavam, no início do século XX, aproximadamente 36% da população total da Boémia.

Seus nome deriva da cadeia montanhosa dos Sudetos.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alem%C3%A3es_dos_Sudetos

Alemães-bessarábios

O termo alemães-bessarábios define os alemães que imigraram para a região da Bessarábia e seus descendentes. Em alguns casos também são chamados de "alemães-russos" já que a Bessarábia pertenceu à Rússia durante algumas épocas.

História

A história dos alemães na Rússia e regiões em volta desta começou em 1763, quando Catarina II tornou-se imperatriz da Rússia. Tendo posse de uma vasta região de terras virgens à volta do rio Volga, determinou que tornaria esta região produtiva para a agricultura e que habitaria a região para protegê-la de tribos asiáticas que moravam próximas.

Assim, em 22 de Julho de 1763, Catharina fez um manifesto chamando por imigrantes para colonizarem aquelas terras. Para encorajar a vinda de imigrantes, o manifesto ofereceu alguns dos seguintes privilégios para os que viessem:

Liberdade religiosa e o direito de construir suas próprias igrejas e escolas;
Isenção de serviços militares;
O direito de deixar a Rússia a qualquer hora;
O direito de morar em colônias isoladas das outras;
Os novos colonos teriam proteção e os mesmos direitos dos nativos;
Não precisariam pagar impostos por 10 anos;
As famílias muito pobres receberiam ajuda do governo para se estabilizarem;
Os direitos e privilégios também eram garantidos aos descendentes dos imigrantes;
Depois de passados 10 anos, ainda teriam mais 10 anos de prazo para devolver a ajuda que receberam do governo;

Esses direitos e privilégios ofereciam a chance de uma vida melhor e então milhares de pessoas de estados alemães e da Europa Central emigraram para a Rússia. Há várias razões para uma grande quantidade de alemães terem saído de sua terra natal. Muitas regiões na Alemanha estavam devastadas e a pobreza estava disseminada. Foi também nessa época que muitos alemães emigraram para a América, em maior parte para os Estados Unidos, para começarem uma nova vida.

Os primeiros colonos de língua alemã (podendo aí se incluir Áustria, Suíça, etc.) que se interessaram pelo manifesto de Catarina II foram levados nas terras ao longo do Rio Volga entre os anos de 1764 e 1767. Mais tarde, como a Rússia conseguiu tirar dos turcos terras na região do Mar Negro, os colonos foram convidados para habitar estas áreas também, além das regiões da Crimeia e Bessarábia, quando estas foram anexadas ao Império Russo. Mas essa colonização posterior à do Rio Volga só foi acontecer por volta de 1803, quando o neto de Catarina, Alexandre I, fez um novo chamado. Como vieram muitos imigrantes, a corte Russa temia a vinda de imigrantes inconvenientes, então em 1804 fizeram um decreto restritivo que incorporava os termos de Catarina II, porém requeria que todos os futuros imigrantes possuíssem dinheiro ou bens de valor, fosse habituado em trabalhos de lavoura ou manuais e que tivessem família. Não queriam solteiros "caçadores" de fortunas.

Foram fundadas aproximadamente 300 colônias principais por terras russas durante os anos de colonização, e conforme a população crescia, eram necessárias mais áreas para os 'sem-terras'. A partir daí muitas outras "colônias-filhas" foram fundadas a partir das principais. As escolas ensinavam, e as igrejas pregavam na língua nativa dos colonos, no caso, o alemão. A vida era normalmente boa para os colonos e eles mantiveram os costumes, maneiras de se vestir, gostos musicais e dialetos de suas terras de origem.

Em 1871 o Czar Alexandre II anulou os privilégios dados aos colonos imigrantes, e como resultado, os colonos foram reduzidos à classe de lavradores russos e sob as mesmas leis e obrigações de todos. Em 1874 os filhos dos colonos foram recrutados pela primeira vez para os serviços militares.

Na década de 1870, diante da insatisfação dos colonos pela perda de privilégios, começou a surgir um movimento de emigração para os Estados Unidos, Canadá e América do Sul (Brasil e Argentina), que aumentou depois da Primeira Guerra Mundial.

O desenvolvimento da agricultura através de equipamentos e técnicas modernos amenizou o choque inicial das novas políticas que estavam sendo usadas. A vantagem dos serviços militares era aprender a língua oficial (russo) e a expansão do horizonte intelectual pelo vasto império. Já que os colonos estavam praticamente esquecidos pela Alemanha, a Rússia se tornou sua terra natal "adotiva", especialmente porque nunca houve nenhuma oposição ou ódio aos colonos alemães pelo povo russo.

Alexandre III ascendeu ao trono da Rússia em 1881, e a política oficial de seu governo era a "russificação", afetando em muito a vida dos colonos. As aulas das escolas tinham que ser ensinadas em Russo, e se tornou difícil para os colonos alemães adquirirem mais terras. Todos os direitos dados pela própria administração de suas vilas foram cancelados. Como muitos colonos hesitavam em fazer uma longa viagem pelo oceano, decidiram ficar na Rússia apesar da política de "russificação".

O término da Primeira Guerra Mundial causou muitas dificuldades para os alemães que estavam na Rússia. Apesar de terem lutado no exército russo e alguns morrido durante as batalhas ao lado da campanha russa, eles foram acusados de espionagem e sabotagem. O idioma alemão foi então proibido nas escolas e igrejas, além dos jornais em língua alemã. Inúmeros alemães-russos foram deportados para a Sibéria por "crime contra o estado".

Com a Revolução de 1917, prevaleceu um período sem leis por toda a Rússia por alguns anos. Grupos de bandidos atacavam as vilas alemãs, por vezes até assassinando colonos. A Revolução Russa causou muita miséria entre os alemães-russos, e muitas deportações para a Sibéria e Ásia.

Já os colonos alemães que estavam na região da Bessarábia foram poupados do caos que estava acontecendo na Rússia. Quando os soldados dos exércitos se revoltaram, a Bessarábia pediu ajuda à Romênia para a restauração das leis e ordem. A Romênia aceitou e mais tarde, por voto, foi decidido que a Bessarábia seria anexada à Romênia.

A Rússia nunca aceitou essa anexação e em 1940 (enquanto Hitler e Stalin eram aliados) Hitler concordou em devolver a Bessarábia à Rússia desde que Stalin concordasse em permitir a ida de todos os alemães de volta para a Alemanha. Acordo fechado. Milhares de alemães pegaram seus pertences, e deixando tudo para trás, voltaram para a Alemanha. Como faltou lugar para alojá-los na Alemanha, aqueles que não eram trabalhadores foram assentados em Warthegau, uma área ao longo do Rio Warthe, na Polônia ocidental.

Ao todo, por volta de 95 000 pessoas voltaram à Alemanha. Quando iniciou mais tarde a guerra entre a URSS e Alemanha, a grande maioria de alemães já tinha voltado para a Alemanha, porém os que não foram normalmente eram levados à prisões especiais (homens), e tratados como inimigos do Estado. As mulheres e crianças eram enviadas para residências próprias junto de pessoas de diversas nacionalidades. Todos os bens foram confiscados. Muitos eram deportados para regiões distantes como Sibéria e Ásia Central, proibidos de viver os costumes alemães. Alguns nunca mais viram sua família e morreram por lá.

Enquanto isso, os que conseguiram ir para a Alemanha tiveram a chance de reconstruir suas vidas e a grande maioria permanece por lá até os dias de hoje. Outros emigraram para as Américas, principalmente para os Estados Unidos.

Com a extinção da União Soviética em 1991, começou novamente uma onda de imigração da Rússia para a Alemanha, de alemães que ainda estavam lá. Estima-se que desde 1991 mais de 2 milhões de imigrantes foram para a Alemanha, e apesar de agora estar difícil ir para lá, a imigração continua.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alem%C3%A3es-bessar%C3%A1bios

Volksdeutsche

Volksdeutsche (alemães étnicos) é um termo histórico que surgiu no início do século XX para descrever os alemães étnicos que viviam fora (ou mais precisamente, nasceram fora) do Reich. Contrasta com o termo Reichsdeutsche ou alemães imperiais, os cidadãos alemães residentes na Alemanha. O termo também contrasta com o termo moderno Auslandsdeutsche (alemães no estrangeiro), que geralmente representa os cidadãos alemães residentes em outros países.

Este foi um termo utilizado principalmente durante a República de Weimar. Em um sentido mais estrito, Volksdeutsch veio a significar alemães étnicos que viviam no exterior, mas sem a cidadania alemã, ou seja, a justaposição com Reichsdeutsch foi aguçado para denotar a diferença para a cidadania, bem como residência.

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Imigrantes alemães-russos na Colônia de Ijuy

  • Adolpho Sippert (Russia, ? - Ajuricaba - Rio Grande do Sul, ?) casado com Emilia Sippert (Russia, ? - Ajuricaba - Rio Grande do Sul, ?).
  • Albert Essenburg (Volínia, Ucrânia, 6 de fevereiro de 1899 - Giruá, Rio Grande do Sul, 9 de novembro de 1981) casado com Melity Essenburg. Chegada ao Brasil em 21 de abril de 1926.
  • Andreas Assenheimer (Ucrânia, Wolhynien, 10/10/1878 - Ajuricaba - Rio Grande do Sul, 29/08/1930) casado com Pauline Ludwig (Ucrânia, Wolhynien, 14/12/1878 - Ajuricaba, Rio Grande do Sul, ?).
  • Emilia Sippert (Ucrânia, Wolhynien, ? - Ajuricaba - Rio Grande do Sul, ?) casada com Adolpho Sippert (Ucrânia, Wolhynien, ? - Ajuricaba - Rio Grande do Sul, ?).
  • Emilio (Emil) Winter (Ucrânia, Wolhynien, c. 1907 - Ajuricaba, Rio Grande do Sul, Brasil, 24/12/1970) casado com Lidia Kommers Winter. Partida - Porto: Bremem, Navio: Meain, Data:?. Chegada - Porto: Rio de Janeiro, Data: 19/09/1890. Dados obtidos no site do Arquivo Nacional (http://www.an.gov.br/rvbndes/menu/menu.php).
  • Gustav Essenburg (Ucrânia, Wolhynien, 21 de abril de 1926). Chegada ao Brasil em 21 de abril de 1926.
  • Johan (João) Winter (Ucrânia, Wolhynien, c. 1830 - Rio Grande do Sul, Brasil, ?) casado com Maria (Wilhelmine) Winter (Rússia, c. 1842 -??). Partida - Porto: Bremem, Navio: Meain, Data:?. Chegada - Porto: Rio de Janeiro, Data: 19/09/1890. Dados obtidos no site do Arquivo Nacional (http://www.an.gov.br/rvbndes/menu/menu.php).
  • Maria (Wilhelmine) Winter (Ucrânia, Wolhynien, c. 1842 -??) casada com Johan (João) Winter (Rússia, c. 1830 - Rio Grande do Sul, Brasil, ?). Partida - Porto: Bremem, Navio: Meain, Data:?. Chegada - Porto: Rio de Janeiro, Data: 19/09/1890. Dados obtidos no site do Arquivo Nacional (http://www.an.gov.br/rvbndes/menu/menu.php).
  • Melity Essenburg (Ucrânia, Wolhynien, 2 de maio de 1906 - Giruá, Rio Grande do Sul, 20 de outubro de 1976) casada com Albert Essenburg. Chegada ao Brasil em 21 de abril de 1926.
  • Olga (Assenheimer) Sippert (Ucrânia, Wolhynien, 1908 - Três Passos, Rio Grande do Sul, 01/05/1978) casada em 26/10/1926, em Ajuricaba, Rio Grande do Sul, com Eduardo Sippert (Ajuricaba, Rio Grande do Sul, 16/10/1902 - Ajuricaba, Rio Grande do Sul, 24/11/1955).
  • Pauline Ludwig (Ucrânia, Wolhynien, 14/12/1878 - Ajuricaba, Rio Grande do Sul, ?) casada com Andreas Assenheimer (Ucrânia, Wolhynien, 10/10/1878 - Ajuricaba - Rio Grande do Sul, 29/08/1930).

Alemães e Alemães Étnicos

Definem-se, hoje, como alemães (em alemão: Deutsche) as pessoas que têm a nacionalidade alemã, qualquer que seja a sua origem étnica, cultural ou religiosa. Este uso considera portanto apenas o jus soli, enquanto o jus sanguinis é parcialmente ignorado por motivos históricos.

O conceito de quem é alemão sofreu ao logo da história bastantes variações. Até o século XIX, o critério não era de ordem política, mas eram considerados alemães todos os falantes dos dialetos alemães, ou seja, principalmente os habitantes dos territórios hoje pertencentes à República Federal da Alemanha (em alemão, Bundesrepublik Deutschland), à Áustria e à maior parte da Suíça. Esta situação explicava-se, antes de tudo, pelo desmoronamento do Sacro Império Romano-Germânico e a constituição, no espaço geográfico em questão, de grande número de unidades políticas, geralmente de pequenas dimensões. Com a fundação, em 1871, de um Estado alemão abrangente, o Império Alemão - que excluía a Áustria e a Suíça - o conceito de ser alemão passou a ser reduzido para os habitantes do território do novo país ou àqueles que lá têm origens. Os austríacos e os suíços de língua alemã devem desde então ser classificados como alemães étnicos, do mesmo modo como minorias noutros países como a Bélgica e a Itália (na província autônoma de Alto Adige), mas também vários países da Europa do Leste - desde a Rússia, os Países Bálticos e a Polónia até à República Checa, a Hungria e a Roménia.

São consideradas alemãs étnicos aquelas pessoas que falam a língua alemã, seguem a cultura dominante da Alemanha/Áustria/Suíça e possuem origens no espaço germanófono (em alemão deutscher Sprachraum). Atualmente, a maioria dos alemães étnicos vive no território da República Federal da Alemanha. Até a década de 1920, a maior parte da população da Áustria se considerava alemã, mas hoje em dia, após anos de independência, apenas entre 5-10% dos austríacos declararam-se como etnicamente alemães, apesar de todos (salvo ínfimas minorias de origem eslavo) serem alemães étnicos. O terceiro país que, predominantemente, faz parte do "espaço germanófono" é a Suíça, que, naturalmente, inclui fortes minorias de língua francesa e italiana bem como uma pequena minoria reto-românica. Pertencem ainda ao mesmo espaço o Luxemburgo (que tem uma minoria de francófonos e outra de lusófonos) e o Liechtenstein. Como é evidente, os habitantes da Alemanha, da Áustria, da Suíça, do Luxemburgo e do Liechtenstein têm hoje identidades sociais nacionais claramente distintas, referidas aos estados a que pertencem.

Fora do "espaço germanófono" existem populações etnicamente alemãs, maiores ou menores, numa grande diversidade de países.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alem%C3%A3es

Alemães do Volga

Os Alemães do Volga (em alemão: Wolgadeutsche or Russlanddeutsche, russo: Поволжские немцы, tr. Povolzhskiye nemtsy) é um grupo étnico alemão que vivia próximo ao Rio Volga, na Rússia. Foram convidados por Catarina, a Grande, por volta de 1763, para colonizar o Baixo Volga, próximo ao mar Cáspio, nas regiões de Saratov e Sâmara. Com o advento do nacionalismo do final do século XIX, os russos alemães perderam os privilégios concedidos à época de Catarina, tais como isenção do serviço militar e do pagamento de impostos, além da própria autonomia de gestão das colônias. Em consequência, a maior parte deles deixou a Rússia. Alguns retornaram para a Alemanha, outros emigraram para os Estados Unidos, Canadá, Argentina e Brasil.

Na região dos Campos Gerais, foram criados três núcleos de colônias de russos-alemães do Volga. Em Ponta Grossa, Otavia; em Palmeira Sinimbú; na Lapa, as colônias de Marienthal, Johannesdorf e Virmond. A maioria dessas colônias não prosperou em razão do insucesso no cultivo do trigo, principal plantação dos imigrantes. Assim, muitos colonos acabaram por se transferir para as cidades.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alem%C3%A3es_do_Volga

Alemães da Volínia (Wolhyniendeustch)

A segunda região de uma densidade populacional de origem alemã relativamente grande na Rússia foi a Volínia, localizada mais ao norte, em território que pertence atualmente à Ucrânia. Ainda que, evidentemente, haja muitas semelhanças entre a colonização com alemães nas margens do Volga e esta última região, existem também algumas pequenas diferenças, que não podem ser ignoradas. Há, inicialmente, registros da presença de alemães menonitas, desde o começo do século XIX, e, no decorrer dos decênios seguintes, também outros alemães foram migrando para a região. Mas foi, sobretudo, a partir da década de 1860 que a migração para lá assumiu um caráter mais intenso. Isso se deveu a alguma instabilidade na Polônia, onde também se localizava uma população de origem alemã, parte da qual migrou para a Rússia, e ao fato de que, neste momento, ocorreu o final da servidão neste último país. Esta medida abalou a estrutura socioeconômica local, com os latifundiários russos entrando em crise. Uma das consequências foi a disponibilização para a venda ou então para o arrendamento de terras aos colonizadores alemães. O próprio governo russo apoiou a vinda de imigrantes. Com isso, houve uma expansão sensível de “colônias alemãs“ na região. Alguns números ilustram o aumento da população alemã na região – de cerca de 6.000, em 1863, aumentaram para 28.000, em 1871, para 102.000, em 1889, 124.000, em 1904, atingindo 200.00, em 1914.

Numa situação talvez comparável à brasileira em suas regiões mais típicas de imigração e colonização com imigrantes centro-europeus, primeiro nos estados de Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e, depois, com as migrações para outros estados, com a manutenção de uma estrutura de propriedade semelhante, essa população foi responsável pelo surgimento de uma nova camada social intermediária entre a população local. “As condições sociais nas colônias eram excepcionalmente boas, não existia classe superior nem proletariado, os jovens de colônias de arrendamento mais pobres iam trabalhar naquelas em que havia proprietários, conseguiam poupar algum dinheiro, e, com alguma frequência, conseguiam ser proprietários também”. Com isso, a população de origem alemã da região podia ser classificada como predominantemente pertencente a uma classe média rural relativamente bem situada.

Mesmo que não se pudesse falar, em absoluto, de uma “assimilação” dos “alemães” na Volínia, e mesmo que aqui quase todos fossem protestantes, em meio a uma população não-protestante, essas colônias se distinguiram significativamente das do Volga justamente naquilo que tange à inserção entre as populações envolventes, pois os contatos foram, aqui, bem mais intensos e diversificados que lá. Os próprios grupos que constituíam a população envolvente eram bastante ecumênicos, pois provindos de origens e influências muito diversificadas. A região localizava-se nos limites da Polônia, e muitos dos “alemães” tinham vivido na própria. A região registrava, ainda, um número considerável de judeus, sendo, portanto, uma zona de confluência de povos e de culturas muito diferentes, mas de tradição secular. E é dentro desse caldo que se constituiu a mentalidade dessa gente. Assim, só para dar um exemplo dos efeitos dessa inserção numa realidade ecumênica, uma autora escreveu que “havia, na Volínia, muitos alemães que não só dominavam sua língua materna (alemão clássico ou dialeto), mas também, de forma perfeita, todas as cinco línguas regionais”. Nesse sentido, o autor destas linhas sempre brincou com suas filhas cobrando delas bom conhecimento de, no mínimo, quatro línguas, já que duas bisavós das moças, analfabetas, imigradas da Volínia, dominavam, de forma perfeita, três línguas: alemão, polonês e russo.

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Um exemplo de imigração com número significativo de “alemães da Volínia” temos na Colônia Guarani, fundada em 1891, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Concebida e promovida pelos republicanos que recém haviam tomado o poder no Rio Grande do Sul, o povoamento foi propositalmente misto, tanto do ponto de vista étnico quanto religioso. Os pesquisadores das fontes que registram o ingresso de pessoas naquele empreendimento colonizador encontraram representantes de, no mínimo, “15 expressões étnicas”, como escreveram ao apresentar a obra que reúne os resultados da pesquisa. Somente pesquisas mais consistentes poderiam avaliar a importância dessa experiência multiétnica e multiconfessional para a configuração daquilo que chamei, em outro lugar, de “condutas de vida” do conjunto dessa população. Com a expressão “condutas de vida” refiro-me mais ou menos àquilo que outros pesquisadores classificaram como “mentalidades”. Mas não tenho dúvidas de que essa realidade possui certa importância, pois, como mostrei em um texto publicado em 2003, a região que se desenvolveu a partir do desdobramento e da expansão da antiga Colônia Guarani – cujo centro urbano mais expressivo é Santa Rosa – constitui, hoje em dia, a mais ecumênica do estado do Rio Grande do Sul, com a presença mais diversificada de grupos étnicos e religiosos. Nessa região, as estatísticas eleitorais, por exemplo, registram uma clara configuração política ecumênica, uma distribuição muito uniforme do espectro político, sem radicalismos ou tendências unilaterais – como penso ter mostrado no citado texto.

Duas características parecem ser marcantes para esse grupo, em confronto tanto com os “alemães do Volga” quanto em relação aos alemães da Rússia em geral que vieram mais tarde – e aos quais me referirei logo a seguir. Uma primeira, deriva do fato de que quase todos vieram antes da revolução russa de 1917, o que significa que não vieram com a experiência de eventuais perseguições que possam ter vivenciado grupos de “teuto-russos” chegados posteriormente. Ainda que restrições d para migrar, essas razões não foram as únicas, pois, no mínimo, a pressão demográfica e a perspectiva daqueles que não eram proprietários de se transformarem em tais aqui no Brasil foram motivos tão importantes quanto os primeiros. Além disso, esta última motivação fez com que também russos e poloneses da mesma região se deslocassem para o Brasil. Daí deriva outro aspecto marcante. Esses “teuto-russos” traziam da Rússia a vivência com outras etnias, sobretudo, com russos e poloneses, mas também com judeus, por exemplo.

A segunda característica significativa desse grupo foi sua filiação e também sua inserção religiosa. Na Colônia Guarani, brasileiros de origem portuguesa, poloneses, russos, evidentemente, não eram protestantes, mas os “teuto-russos” o eram em sua quase totalidade. Mesmo que nas suas origens, lá na Volínia, quase todos eles fossem luteranos, “havia batistas entre os alemães que vieram para a Volínia na década de 1860, e como os luteranos não estivessem muito bem organizados, aqueles se expandiram e chegaram a constituir cerca de um quinto da população de origem alemã”.Além disso, entre as citadas quinze etnias que migraram para Guarani, havia também batistas vindos da Suécia, por exemplo, membros da Assembléia de Deus, congregacionais e outros. Isso significa que os “teuto-russos” não foram os “responsáveis” – em especial, os “responsáveis” únicos – pelo estabelecimento de um grande pluralismo étnico e religioso na colônia. Mas significa que eles se inseriram num contexto que se coadunava com suas vivências plurais anteriores, na Volínia, e assim, no mínimo, deram sua contribuição para a construção de toda uma região plural e ecumênica. Ainda que talvez tenha exagerado um pouco, um “teuto-russo” escreveu o seguinte, numa recente dissertação de mestrado, sobre a importância deles dentro da Colônia Guarani: “O número de imigrantes da Volínia era tão expressivo que ocupava várias linhas, cada qual com vários quilômetros de extensão... Sua influência era tão marcante que outros alemães ou mesmo poloneses, que vieram se estabelecer no meio deles, aderiram a esse dialeto e estilo de vida”.

E é aí que reside, no meu entender, a grande importância desse grupo para a história não só da imigração e colonização alemã, mas para a configuração de uma parte não desprezível da sociedade gaúcha como um todo. A Colônia Guarani sofreu, como todas as "colônias" do Rio Grande do Sul, o processo que o historiador Jean Roche chamou de "enxamagem", isto é, muitos dos próprios imigrantes deixaram a colônia para estabelecer-se em outros lugares, mas, sobretudo, seus descendentes se espalharam pela região, e mais tarde em especial para o oeste do Paraná, de onde hoje já atingem a fronteira norte do Brasil. Penso, no entanto, que a cidade de Santa Rosa e a região do Grande Santa Rosa foram as mais diretamente influenciadas pela experiência dessa colônia e de seus habitantes. Ainda que seja difícil avaliar a contribuição de cada grupo na construção dessa sociedade, os “teuto-russos”, no mínimo, participaram dela.

Fonte: https://www.renegertz.com/arquivos/TeutoRussos.pdf

Wolhyniendeutsche (também Wolyniendeutsche ou Wolhyniendeutsch Woliniendeitsche ) eram emigrantes alemães e seus descendentes que se estabeleceram em Wolhynia especialmente no século 19 e lá permaneceram até a Segunda Guerra Mundial .

Os russos- alemães imigraram para o Império Russo em várias ondas . No decorrer do século 19, um número particularmente grande de alemães veio para Volhynia, uma região ao sul dos Pântanos de Pripyat . Isso aconteceu principalmente nos anos de 1860 a 1895.

Já por volta de 1815 tinha a Prússia Ocidental e originalmente da Suíça, os Menonitas Palatinos começaram a se estabelecer na área. Alguns desses imigrantes menonitas pertenciam à estrita comunidade dos menonitas amish . Em 1831, eles foram seguidos por alemães da Polônia que não participaram do levante de novembro e, portanto, eram hostis à população polonesa. Em contraste com os outros grupos de alemães russos, os alemães volínicos se estabeleceram - sem o czarter sido chamado para o país - não apenas como proprietário de grandes propriedades, mas também frequentemente como inquilino. Eles tinham suas próprias paróquias e escolas. A partir de 1880, o governo russo não permitiu mais que os alemães construíssem novas paróquias protestantes, e professores sêniors russos tiveram de ser nomeados. Em 1914, cerca de 250.000 alemães viviam em mais de 300 colônias alemãs na Volhynia.

Guerras Mundiais

Galiza e Volínia no período entre guerras

Durante a Primeira Guerra Mundial , alguns dos alemães de Wolhynia foram reassentados na Alemanha, enquanto outros foram deportados para o interior do império czarista com grandes perdas de vidas humanas . Para evitar o exílio na Sibéria, muitos casamentos foram feitos com ucranianos. A Segunda Guerra Mundial foi seguida pela Guerra Polaco-Soviética , e a área de assentamento dos grupos de Russo- Alemães foi dividida entre a Polônia e a Rússia Soviética em 1921 . Por volta de 1924, os alemães de Wolhynia ainda contavam com cerca de 120.000 pessoas. Os Wolhyniendeutschen da área polonesa foram transferidos para Warthegau em 1939 junto com os alemães da Galiza (cerca de 45.000 no total)realocado.

Dos acordos de reassentamento, que foram acordados entre a União Soviética e o Reich alemão de 1939 a 1941 , os alemães étnicos (aproximadamente 44.600 ) da parte soviética pré-1939 da Volhynia (East Volhynia) foram excluídos. Eles foram reassentados de outubro de 1943 a maio de 1944 [1] pelas agências SS como reassentadores administrativos, primeiro em Bjelostock, agora em Białystok, e depois em Warthegau.

Desenvolvimento após 1945

Alguns dos reassentados na Alemanha em 1943/44 voltaram à esfera de influência da União Soviética após a derrota alemã ou foram entregues às autoridades militares soviéticas como pessoas deslocadas pelos Aliados ocidentais (britânicos e americanos) , e se cumprissem um dos cinco critérios da conferência de Yalta , eram repatriados à força, independentemente de seus desejos individuais . Aos olhos de Stalin Todos os cidadãos soviéticos que, por qualquer motivo, ficaram temporariamente fora da URSS durante a Segunda Guerra Mundial eram considerados “traidores da pátria” e “colaboradores mais próximos do regime nazista” e deveriam ser tratados de acordo.

Outros poderiam ficar na Alemanha permanentemente. Em Linstow, havia uma maior concentração de alemães wolhynianos. Eles mantêm sua história e estão operando lá desde 1992 com o Volhynian Resettled Museum, um local cultural e de encontro único. Junto com a grande onda de emigração desde o final dos anos 1980, muitos alemães da Wolhynia vieram para a República Federal como repatriados. Em Mecklenburg-Western Pomerania, descendentes de alemães Wolhynia vivem em Linstow , Neu Schloen e Dargun . Nesse ínterim, os descendentes se espalharam por toda a Alemanha.

Fonte: https://de.wikipedia.org/wiki/Wolhyniendeutsche

Alemães dos Sudetos

Os alemães dos Sudetos eram as populações de etnia alemã e germanófonas que habitavam a Boêmia e a Morávia (respectivamente, Čechy e Morava, em checo), perfazendo algo em torno de 3,2 milhões de cidadãos, os quais representavam, no início do século XX, aproximadamente 36% da população total da Boémia.

Seus nome deriva da cadeia montanhosa dos Sudetos.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alem%C3%A3es_dos_Sudetos

Alemães-bessarábios

O termo alemães-bessarábios define os alemães que imigraram para a região da Bessarábia e seus descendentes. Em alguns casos também são chamados de "alemães-russos" já que a Bessarábia pertenceu à Rússia durante algumas épocas.

História

A história dos alemães na Rússia e regiões em volta desta começou em 1763, quando Catarina II tornou-se imperatriz da Rússia. Tendo posse de uma vasta região de terras virgens à volta do rio Volga, determinou que tornaria esta região produtiva para a agricultura e que habitaria a região para protegê-la de tribos asiáticas que moravam próximas.

Assim, em 22 de Julho de 1763, Catharina fez um manifesto chamando por imigrantes para colonizarem aquelas terras. Para encorajar a vinda de imigrantes, o manifesto ofereceu alguns dos seguintes privilégios para os que viessem:

Liberdade religiosa e o direito de construir suas próprias igrejas e escolas;
Isenção de serviços militares;
O direito de deixar a Rússia a qualquer hora;
O direito de morar em colônias isoladas das outras;
Os novos colonos teriam proteção e os mesmos direitos dos nativos;
Não precisariam pagar impostos por 10 anos;
As famílias muito pobres receberiam ajuda do governo para se estabilizarem;
Os direitos e privilégios também eram garantidos aos descendentes dos imigrantes;
Depois de passados 10 anos, ainda teriam mais 10 anos de prazo para devolver a ajuda que receberam do governo;

Esses direitos e privilégios ofereciam a chance de uma vida melhor e então milhares de pessoas de estados alemães e da Europa Central emigraram para a Rússia. Há várias razões para uma grande quantidade de alemães terem saído de sua terra natal. Muitas regiões na Alemanha estavam devastadas e a pobreza estava disseminada. Foi também nessa época que muitos alemães emigraram para a América, em maior parte para os Estados Unidos, para começarem uma nova vida.

Os primeiros colonos de língua alemã (podendo aí se incluir Áustria, Suíça, etc.) que se interessaram pelo manifesto de Catarina II foram levados nas terras ao longo do Rio Volga entre os anos de 1764 e 1767. Mais tarde, como a Rússia conseguiu tirar dos turcos terras na região do Mar Negro, os colonos foram convidados para habitar estas áreas também, além das regiões da Crimeia e Bessarábia, quando estas foram anexadas ao Império Russo. Mas essa colonização posterior à do Rio Volga só foi acontecer por volta de 1803, quando o neto de Catarina, Alexandre I, fez um novo chamado. Como vieram muitos imigrantes, a corte Russa temia a vinda de imigrantes inconvenientes, então em 1804 fizeram um decreto restritivo que incorporava os termos de Catarina II, porém requeria que todos os futuros imigrantes possuíssem dinheiro ou bens de valor, fosse habituado em trabalhos de lavoura ou manuais e que tivessem família. Não queriam solteiros "caçadores" de fortunas.

Foram fundadas aproximadamente 300 colônias principais por terras russas durante os anos de colonização, e conforme a população crescia, eram necessárias mais áreas para os 'sem-terras'. A partir daí muitas outras "colônias-filhas" foram fundadas a partir das principais. As escolas ensinavam, e as igrejas pregavam na língua nativa dos colonos, no caso, o alemão. A vida era normalmente boa para os colonos e eles mantiveram os costumes, maneiras de se vestir, gostos musicais e dialetos de suas terras de origem.

Em 1871 o Czar Alexandre II anulou os privilégios dados aos colonos imigrantes, e como resultado, os colonos foram reduzidos à classe de lavradores russos e sob as mesmas leis e obrigações de todos. Em 1874 os filhos dos colonos foram recrutados pela primeira vez para os serviços militares.

Na década de 1870, diante da insatisfação dos colonos pela perda de privilégios, começou a surgir um movimento de emigração para os Estados Unidos, Canadá e América do Sul (Brasil e Argentina), que aumentou depois da Primeira Guerra Mundial.

O desenvolvimento da agricultura através de equipamentos e técnicas modernos amenizou o choque inicial das novas políticas que estavam sendo usadas. A vantagem dos serviços militares era aprender a língua oficial (russo) e a expansão do horizonte intelectual pelo vasto império. Já que os colonos estavam praticamente esquecidos pela Alemanha, a Rússia se tornou sua terra natal "adotiva", especialmente porque nunca houve nenhuma oposição ou ódio aos colonos alemães pelo povo russo.

Alexandre III ascendeu ao trono da Rússia em 1881, e a política oficial de seu governo era a "russificação", afetando em muito a vida dos colonos. As aulas das escolas tinham que ser ensinadas em Russo, e se tornou difícil para os colonos alemães adquirirem mais terras. Todos os direitos dados pela própria administração de suas vilas foram cancelados. Como muitos colonos hesitavam em fazer uma longa viagem pelo oceano, decidiram ficar na Rússia apesar da política de "russificação".

O término da Primeira Guerra Mundial causou muitas dificuldades para os alemães que estavam na Rússia. Apesar de terem lutado no exército russo e alguns morrido durante as batalhas ao lado da campanha russa, eles foram acusados de espionagem e sabotagem. O idioma alemão foi então proibido nas escolas e igrejas, além dos jornais em língua alemã. Inúmeros alemães-russos foram deportados para a Sibéria por "crime contra o estado".

Com a Revolução de 1917, prevaleceu um período sem leis por toda a Rússia por alguns anos. Grupos de bandidos atacavam as vilas alemãs, por vezes até assassinando colonos. A Revolução Russa causou muita miséria entre os alemães-russos, e muitas deportações para a Sibéria e Ásia.

Já os colonos alemães que estavam na região da Bessarábia foram poupados do caos que estava acontecendo na Rússia. Quando os soldados dos exércitos se revoltaram, a Bessarábia pediu ajuda à Romênia para a restauração das leis e ordem. A Romênia aceitou e mais tarde, por voto, foi decidido que a Bessarábia seria anexada à Romênia.

A Rússia nunca aceitou essa anexação e em 1940 (enquanto Hitler e Stalin eram aliados) Hitler concordou em devolver a Bessarábia à Rússia desde que Stalin concordasse em permitir a ida de todos os alemães de volta para a Alemanha. Acordo fechado. Milhares de alemães pegaram seus pertences, e deixando tudo para trás, voltaram para a Alemanha. Como faltou lugar para alojá-los na Alemanha, aqueles que não eram trabalhadores foram assentados em Warthegau, uma área ao longo do Rio Warthe, na Polônia ocidental.

Ao todo, por volta de 95 000 pessoas voltaram à Alemanha. Quando iniciou mais tarde a guerra entre a URSS e Alemanha, a grande maioria de alemães já tinha voltado para a Alemanha, porém os que não foram normalmente eram levados à prisões especiais (homens), e tratados como inimigos do Estado. As mulheres e crianças eram enviadas para residências próprias junto de pessoas de diversas nacionalidades. Todos os bens foram confiscados. Muitos eram deportados para regiões distantes como Sibéria e Ásia Central, proibidos de viver os costumes alemães. Alguns nunca mais viram sua família e morreram por lá.

Enquanto isso, os que conseguiram ir para a Alemanha tiveram a chance de reconstruir suas vidas e a grande maioria permanece por lá até os dias de hoje. Outros emigraram para as Américas, principalmente para os Estados Unidos.

Com a extinção da União Soviética em 1991, começou novamente uma onda de imigração da Rússia para a Alemanha, de alemães que ainda estavam lá. Estima-se que desde 1991 mais de 2 milhões de imigrantes foram para a Alemanha, e apesar de agora estar difícil ir para lá, a imigração continua.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alem%C3%A3es-bessar%C3%A1bios

Volksdeutsche

Volksdeutsche (alemães étnicos) é um termo histórico que surgiu no início do século XX para descrever os alemães étnicos que viviam fora (ou mais precisamente, nasceram fora) do Reich. Contrasta com o termo Reichsdeutsche ou alemães imperiais, os cidadãos alemães residentes na Alemanha. O termo também contrasta com o termo moderno Auslandsdeutsche (alemães no estrangeiro), que geralmente representa os cidadãos alemães residentes em outros países.

Este foi um termo utilizado principalmente durante a República de Weimar. Em um sentido mais estrito, Volksdeutsch veio a significar alemães étnicos que viviam no exterior, mas sem a cidadania alemã, ou seja, a justaposição com Reichsdeutsch foi aguçado para denotar a diferença para a cidadania, bem como residência.