Benjamin de Almeida Sodré

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Benjamin de Almeida Sodré

Birthdate:
Birthplace: Mecejana, Ceara, Brazil
Death: February 01, 1982 (89)
Niterói, Rio de Janeiro, Brazil
Place of Burial: Rio de Janeiro, Brazil
Immediate Family:

Son of Lauro Nina Sodré e Silva and Teodora de Almeida Sodré
Husband of Alzira Sodré de Castro
Father of Private; Private User; Private; Private; Private and 2 others
Brother of Private; Lauro de Almeida Sodré, Filho and Orminda de Almeida Sodré

Managed by: Private User
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Immediate Family

About Benjamin de Almeida Sodré

Benjamim de Almeida Sodré (Mecejana, CE, 10 de abril de 1892 — Rio de Janeiro, 1 de fevereiro de 1982) foi um escoteiro e um futebolista brasileiro que ficou conhecido como Mimi Sodré. Campeão em 1910 e 1912, pelo Botafogo. Em 1912, também foi artilheiro do certame, com 12 gols.

Filho de Lauro de Almeida Sodré e que mais tarde se tornaria um personagem muito importante na História do Escotismo brasileiro. Curiosamente, Benjamim Sodré, que mais tarde seria conhecido pelos Escoteiros como "O Velho Lobo", teve em sua vida muitas passagens e características semelhantes a Baden-Powell.

Ainda criança mudou-se para o Rio de Janeiro e depois de terminar seus estudos secundários prestou concurso para admissão na Escola Naval sendo aprovado em primeiro lugar. Fez brilhante carreira na Marinha Brasileira, sobrevivendo ao naufrágio do rebocador Guaraní, em 1913 e chefiando a Comissão Naval Brasileira durante a II Guerra Mundial. Tornou-se Almirante em 1954.

O Velho Lobo, assim como o fundador Baden-Powell tinha uma série de Talentos e Interesses diferentes. Foi professor de Astronomia, Navegação e História da Escola Naval, publicou diversos trabalhos, foi Maçom e sobretudo um excelente jogador de futebol, ponta esquerda do Time do América-RJ, do Botafogo e da Seleção Brasileira de Futebol entre 1910 e 1916, conhecido como "Mimi Sodré".

Desde que entrou em contato com o Movimento Escoteiro tornou-se um grande seguidor dos ideais de B-P, participando da fundação e organização dos Escoteiros do Mar, o primeiro Grupo Escoteiro de Belém, a Federação de Escoteiros paranaenses, entre outros. Escreveu o “Guia do Escoteiro” de 1925, uma das mais importantes obras do Escotismo Brasileiro.

Os Escoteiros do Brasil nesse período eram divididos em diversas Federações e não constituíam uma unidade central, desta forma, O Velho Lobo teve papel fundamental na idealização e criação da União dos Escoteiros do Brasil, a UEB, reunindo as quatro primeiras federações (a Federação de Escoteiros Católicos do Brasil, Federação Brasileira de Escoteiros do Mar, Federação dos Escoteiros do Brasil e Federação Fluminense de Escoteiros).

Foi honrado com uma série de títulos, entre eles o de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro e outros Estados e medalhas de mérito, presidindo a ordem do tapir de Prata, a mais alta condecoração do Escotismo Brasileiro.

Faleceu em 1 de fevereiro de 1982, pouco mais de dois meses antes de completar 90 anos. Atualmente vários Grupos Escoteiros, ruas e espaços municipais levam o nome de Almirante Benjamim Sodré, em sua homenagem.

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A revista "O Tico-Tico", que no passado foi a principal publicação infantil deste país, abrigou, em 1922, uma coluna de ESCOTISMO, na qual, sob o pseudônimo de "VELHO LOBO", o nosso Benjamin Sodré dava sua importante contribuição para a formação moral da juventude brasileira. Logo, ele também publicou o "Guia do Escoteiro", destinado a orientar os escoteiros para tarefas úteis e proveitosas em sua caminhada evolutiva, fato reconhecido, na época, por personalidades marcantes tais como Coelho Neto, Rui Barbosa e Olavo Bilac.

O nosso patrono, com efeito, mostrou-se merecedor de inúmeras homenagens, pela importância das missões desempenhadas com zelo e competência inexcedíveis. No livro de sua filha, Dora Sodré, há 62 títulos de condecorações obtidas por seu pai entre 1932 e 1982, outorgados por várias Escolas, Lojas Maçônicas, Prefeituras, Câmaras Municipais, Associações, Clubes, Academias, Ministérios e pela Presidência da República. A Universidade Gama Filho prestou-lhe homenagem, dando seu nome a belíssimo Parque Desportivo.

Filiado à Loja "Regeneração Catarinense", era conhecido como o "IMPOLUTO MAÇOM", dadas suas qualidades de caráter e de coração. Foi eleito membro honorário e escolhido Deputado da Assembléia Legislativa do Grande Oriente do Brasil, chegando a exercer o cargo de Grão-Mestre.

Ocupou várias posições importantes na hierarquia naval, tendo-se destacado em combate e, ainda, durante um naufrágio, salvou bravamente dois colegas oficiais e um marinheiro, lutando contra as condições adversas do mar.

Preocupado com a formação moral de seus discípulos na Escola Naval, fez uma síntese, enumerando os conselhos que ficariam no Código de Honra do Aspirante, do qual destacamos: "Entusiasmo – Coragem – Moral. /Não temer o ridículo. /Enfrentar as dificuldades é o meio mais seguro de vencê-las. /A verdade padece mas não perece. /A própria Eternidade não pode reparar a perda de um minuto. /Não esconder os bons sentimentos, nem deixar de levar adiante as boas idéias, por mais que sinta o peso do riso e as críticas dos outros."

Atleta, jogou pelo Botafogo de Futebol e Regatas e incentivou sobremodo o esporte náutico. Fundou, com seu irmão mais velho, Emmanuel, e alguns amigos, no quarto ano do Colégio Alfredo Gomes, o Carioca Football Club, que mais tarde se transformou no Departamento Infanto-juvenil do Botafogo e no próprio Botafogo Football Club.

Quando o Brasil estava em guerra contra os países do eixo, (Alemanha-Itália) foi encarregado de comandar o petroleiro Marajó, único da frota brasileira a transportar de Trinidad, nas Antilhas, o combustível necessário à nossa Esquadra. Apesar de ser presa cobiçada pelos submarinos inimigos, o Marajó foi levado a bom termo, cumprindo o nosso Benjamin Sodré a perigosa missão. Isto foi em 1940/41.

Com a vida ligada aos Escoteiros, à Marinha e à Natureza, e dotado de fina sensibilidade e misticismo, Benjamin Sodré deixou-nos um texto, inspirado por ocasião da celebração de uma missa rezada em 28 de setembro de 1948 na igrejinha da Boa Viagem (Niterói), pelo Bispo D. João da Mata:

Eis o texto:

"Há 12 anos eu sou o sineiro da Boa Viagem. Sineiro convicto, emocionado. Entretanto, todos sabem que não sou religioso. Se o Bispo fizesse alusão a isso, como eu responderia? Diria que faço tudo por Zi (apelido carinhoso da esposa), que tanto tem se dedicado à sua linda capelinha. É a ela que eu sirvo, trabalhando pela igreja. Mas, também, é verdade que venero as imagens no que elas simbolizam: a Virgem Maria representa a Bondade e o Amor Infinitos das Mães; minha mãe, minha esposa, minhas filhas. São Jorge, o padroeiro dos escoteiros, é o cavaleiro indômito, exemplo de fortes virtudes; São José, Santa Joana D'Arc... Jesus sintetiza a moral cristã, que eu sigo como moral, como seguiria as normas de Confúcio, Buda e todos os grandes filósofos moralistas pregadores. Os padres, sempre os olhei com simpatia e admiração; são homens que se sacrificaram por um ideal de fé, privando-se do que a vida tem de mais belo, por amor ao próximo. Por todos esses motivos, sou há 12 anos, com convicção, o sineiro da Boa Viagem. E não creio que alguém assista à Missa com maior emotividade do que a minha. Oh! O que aquela capelinha representa na minha vida!... Aquela igrejinha é muito nossa e, por ela, por amor a Zi, tudo farei."

Benjamin Sodré era filho do General Lauro Sodré, o primeiro Governador do Estado do Pará, após a promulgação de sua Constituição política. Quando a família já estava residindo no Ceará, para onde o casal mudou devido a razões de saúde, a esposa de Lauro Sodré, Da. Theodora Almeida Sodré, deu à luz a Benjamin Sodré, em 10 de abril de 1892. O pai de Benjamin foi também deputado estadual na Constituinte de 1891, três vezes senador pelo Pará e uma vez pelo Rio de Janeiro. Seu avô materno, coronel D’O de Almeida foi comandante do Forte de Óbidos em Belém.

Escritor e poeta, Benjamin Sodré legou-nos algumas páginas inspiradas, de puro lirismo... Este é um trecho do texto que chamaríamos de "Contemplando a manhã":

"...Sem nos apercebermos, enquanto o espírito está suspenso na contemplação maravilhosa, quase as sombras foram afugentadas... Uma franja avermelhada coroa, agora, todo o Oriente. A mata despertou toda... Os trinados multiplicam-se, são incontáveis... O mar está azul. Nas ilhas, a vegetação vai tomando o colorido habitual... Surgem os primeiros rumores da vida humana... O sino da ilha bate, sonoro, cadenciando o sino da alvorada... Mais alguns segundos, o sol irrompe, prodigioso, pondo por todo o mar, em todas as árvores, uma faixa forte e viva de luz dourada... Vida!... Vida!... Tudo estréia em intensa vida, com o ressurgimento do Grande Fanal Criador!..."

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Nascido a 10 de abril de 1892, em Mecejana (CE), e falecido a 10. de fevereiro de 1982, no Rio de Janeiro, BENJAMIN DE ALMEIDA SODRÉ, filho de Lauro Sodré - que foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil - foi oficial da Marinha de Guerra, chegando ao posto de a1mirantc. Quando tenente, foi iniciado na Loja "HENRIQUE VALADARES", do Rio de Janeiro, a 17 de julho de 1916. Dedicou-se, também, na mocidade, ao futebol, onde se tomou conhecido.

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Benjamin de Almeida Sodré's Timeline

1892
April 10, 1892
Mecejana, Ceara, Brazil
1982
February 1, 1982
Age 89
Niterói, Rio de Janeiro, Brazil
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