Domitília de Castro, 1ª marquesa de Santos

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About Domitília de Castro, 1ª marquesa de Santos

Domitila de Castro Canto e Mello, primeira e única viscondessa com grandeza e marquesa de Santos, (São Paulo, 27 de dezembro de 1797 — São Paulo, 3 de novembro de 1867) foi uma nobre brasileira, célebre amante de Dom Pedro I, imperador do Brasil, que lhe conferiu o título nobiliárquico de marquesa em 12 de outubro de 1826.

Filha de João de Castro do Canto e Melo, o primeiro visconde de Castro, e de Escolástica Bonifácia de Oliveira Toledo Ribas, pertencia uma tradicional família paulista, era neta do coronel Carlos José Ribas, tetraneta de Simão de Toledo Piza, patriarca da família em São Paulo.

O brigadeiro João de Castro Canto e Melo nascera na ilha Terceira, nos Açores, em 1740 e morreria no Rio de Janeiro em 1826. Era filho de João Batista do Canto e Melo e de Isabel Ricketts, e descendia de Pedro Anes do Canto, da Ilha Terceira. Passou a Portugal, assentando praça de cadete aos 15 anos em 1 de janeiro de 1768, nomeado Porta Bandeira em 17 de outubro de 1773. Tinha 21 quando, em 1774, foi para o Rio de Janeiro e meses depois para São Paulo. Foi transferido para o regimento de linha de Infantaria de Santos, promovido a alferes em 1775 e a tenente no mesmo ano, a Ajudante em 1778; era Capitão em 1798, major no mesmo ano, em 1815 tenente-coronel. Mais tarde, depois dos amores da filha com o imperador, foi feito Gentil-Homem da Imperial Câmara e ainda recebeu o título nobiliárquico de visconde de Castro em 12 de outubro de 1825.

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Primeiro casamento

Aos dezesseis anos de idade, em 13 de janeiro de 1813, Domitília casou-se com um oficial do segundo esquadrão do Corpo dos Dragões da cidade de Vila Rica, o alferes Felício Pinto Coelho de Mendonça (1789–1833), citado por diversos historiadores como um homem violento, que a espancava e violentava, e de quem se divorciou em 21 de maio de 1824.

Do casamento nasceram três filhos, Francisca, Felício e João (morto com poucos meses, pois, durante sua gravidez, Domitília foi espancada e esfaqueada pelo marido - em 1819).

O caso de amor com D. Pedro I

Em 1822, Domitília conheceu Dom Pedro de Alcântara (1798–1834) dias antes da proclamação da Independência do Brasil, em 29 de agosto de 1822.

Pedro, que tinha fama de mulherengo. Em 9 de maio de 1826 seriam legitimados passaportes para a Europa de uma francesa, Adèle Bonpland, em companhia de uma filha e de um criado índio: fora amante do Príncipe. Outra francesa foi Madame Clemence Saisset, cujo marido tinha loja na Rua do Ouvidor. A Baronesa de Sorocaba, irmã de Domitila, pertenceria à lista.

Em 1823 o imperador a instalou na rua Barão de Ubá, hoje bairro do Estácio, que foi a primeira residência de Domitila no Rio de Janeiro. Posteriormente em 1826 recebeu de presente a "Casa Amarela", como ficou conhecida sua mansão, no número 293 da atual avenida D. Pedro II, perto da Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão - onde hoje funciona o Museu do Primeiro Reinado. Comprou a casa do Dr. Teodoro Ferreira de Aguiar e mandou contratar uma reforma em estilo neoclássico com o arquiteto Pedro José Pézerat. As pinturas murais internas são obra de Francisco Pedro do Amaral, os baixos-relevos internos e externos por Marc Ferrez e Zephérine Ferrez. Mais tarde a casa foi comprada pelo barão de Mauá, e por volta de 1900 pelo médico Abel Parente, protagonista de um dos maiores escândalos do Rio, em 1910. Passou a ser museu do Primeiro Reinado no final dos anos 1980. Domitila mudou-se em 1826 e ali viveu até 1829.

Domitília foi, em 12 de outubro de 1825, feita viscondessa de Santos e, em 12 de outubro de 1826, elevada a primeira marquesa de Santos. Seus pais foram agraciados com benesses imperiais, seu irmão Francisco feito ajudante de campo do Imperador. Constava que seus ciúmes tinham encurtado a vida da imperatriz Leopoldina, que sua ambição era ver o Imperador legitimar seus filhos, tornando-os príncipes de sangue e assim em pé de igualdade com os filhos legítimos.

Dom Pedro e Domitília romperam em 1829, quando segundo o comentário da época (pois nada se comprovou) ela tentou balear a sua própria irmã Maria Benedita (baronesa de Sorocaba), ao descobrir seu relacionamento com o Imperador – que teve como fruto: Rodrigo Delfim. Porém, o maior motivo para a separação foi devido as segundas núpcias de D. Pedro I com Amélia de Leuchtenberg.

O amor ardente do casal, descrito em obras diversas do Brasil, abalou profundamente o prestígio de D. Pedro I na corte e as interferências políticas de Domitília prejudicaram seu governo. A história do Primeiro Reinado mostra que, graças a gestos impulsivos, demitiu e perseguiu vários ministros, tomou decisões temerárias, cometeu erros difíceis de perdoar.

Em junho de 1829, quando estava já acertado o casamento de D. Pedro I com princesa de Leuchtenberg, Amélia de Beauharnais, o embaixador da Áustria no Rio de Janeiro, Marechal, escreveu a Viena: "O Imperador D. Pedro acabou por se convencer de que a presença da Senhora de Santos seria sempre inoportuna e que uma simples mudança de residência não satisfaria ninguém; ele insistiu na venda de suas propriedades, o que segundo soube já foi providenciado e na sua partida para São Paulo em oito ou dez dias".

O segundo casamento

A marquesa conheceu o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar (1794–1857), com quem se uniu em 1833, tendo casado em segundas núpcias em 14 de junho de 1842. Dessa união, nasceram quatro filhos: Rafael Tobias de Aguiar Júnior, João Tobias de Aguiar e Castro, Antônio Francisco de Aguiar e Castro e Brasílico de Aguiar e Castro.

Velhice

Em sua velhice, a Marquesa de Santos tornou-se uma senhora devota e caridosa, procurando socorrer os desamparados, protegendo os miseráveis e famintos, cuidando de doentes e de estudantes da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco no centro da cidade de São Paulo.

A casa da Marquesa tornou-se o centro da sociedade paulistana, animada com bailes de máscaras e saraus literários.

A marquesa de Santos (cidade onde nunca residiu) faleceu de enterocolite no seu palacete na rua do Carmo, atual Roberto Simonsen, próximo ao Pátio do Colégio, em 3 de novembro de 1867 , sendo sepultada no Cemitério da Consolação. A capela original foi construída com uma doação feita por Domitila de 2:000$000 (dois contos de réis)[3].

Apesar de circularem informações dizendo que o terreno do cemitério foi doado pela Marquesa de Santos, esta versão é incorreta. Segundo a mesma fonte, o cemitério foi construído, parte em terras de domínio público e parte em terras adquiridas de Marciano Pires de Oliveira por 200$000 (duzentos mil réis), o qual doou outra parte.

Após a inauguração, a área foi aumentada com terras desapropriadas do conselheiro Ramalho e de Joaquim Floriano Wanderley.

Sua sepultura no cemitério da Consolação foi recuperada no início da década de oitenta pelo sanfoneiro Mario Zan. Zan, um dos mais famosos devotos de Domitila, cuidou do jazigo durante anos e foi sepultado em um túmulo diante do da marquesa[4].

O túmulo de Domitila recebe sempre flores frescas de pessoas que continuam a considerá-la uma santa popular. Entre as lendas está que ela protege as prostitutas da cidade e, devido a ter conseguido um bom casamento e reestruturar dignamente a sua vida após o relacionamento com Pedro I, passou a ser uma inspiração às moças que querem se casar com um bom partido. Na sua lápide existe uma placa agradecendo uma graça alcançada.

Fonte: Wikipedia


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Domitília de Castro, 1ª marquesa de Santos's Timeline

1797
December 27, 1797
Sao Paulo, São Paulo, Brazil
1813
1813
Cocais, Minas Gerais, Brazil
1823
1823
1824
May 23, 1824
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
1825
December 7, 1825
1827
August 13, 1827
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
1830
February 28, 1830
São Paulo, Sao Paulo, Brazil
1834
May 21, 1834
1835
June 17, 1835
Sao Paulo, São Paulo, Brazil