Francisco de Borja de Sousa Holstein, 1.º Marquês de Sousa Holstein

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About Francisco de Borja de Sousa Holstein, 1.º Marquês de Sousa Holstein

Nome completo: D. Francisco de Borja Pedro Maria António de Sousa Holstein.

Biografia

Foi um diplomata, político, advogado, académico, publicista e especialista assim como historiador de arte português.

Desde recém-nascido que a sua educação ficou a cargo do pai, D. Pedro, visto que D. Eugénia se ausentou de Paris, com a filha mais velha, D. Eugénia e a nora, D. Maria Luísa de Noronha Sampaio, para resolver, em Portugal, questões relativas ao casamento desta com D. Domingos, como poderemos verificar com maior pormenor no capítulo 5. Nesse sentido, as cartas escritas neste período por D. Pedro de Sousa Holstein à mulher, dão conta do crescimento de D. Francisco e das saudades que este parece demonstrar pela mãe, quando nela se falava. Efectivamente, em carta de 20 de Janeiro de 1838, D. Pedro escrevia: “(...) O Francisco saiu agora do meu quarto, não podes crer como ele está galante e o dó que faz quando ouve falar no teu nome! Põe-se a olhar para todos os lados como se tivesse lembrança de alguém que lhe falta e na verdade parece impossível na sua idade. (…)”. Episódios como este eram relatados frequentemente.

Em 1852, D. Francisco entrou na faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, que frequentou até ao sexto ano. Frequentou também a Cadeira de Princípios de Física e Química, e Introdução à Historia Natural dos Três Reinos, curso do Liceu e algumas cadeiras do curso Administrativo da Faculdade de Filosofia. A sua tese de Doutoramento intitulada "Se o Sistema das Circunstâncias Atenuantes ou Agravantes é Conveniente ou é Prejudicial à Ordem Pública" foi apresentada em 1858.

Seguiu, logo depois do seu Doutoramento, a carreira diplomática, tendo desempenhado as funções de Adido e Secretário em Roma e em Florença, então capital de Itália. No decurso dessas missões desenvolveu grandemente a sua propensão para os estudos artísticos e especialmente os da História da Arte, em que veio a ser uma autoridade. Sobre o pintor Domingos António de Sequeira colheu, tanto nos arquivos italianos como nos nacionais, os elementos necessários à elaboração do livro Vida de Domingos António de Sequeira. A favor da Universidade de Coimbra, obteve em Itália a cedência de grande número de exemplares mineralógicos, especialmente os provenientes do Vesúvio, e ainda obras de Medicina e colecções de regulamentos universitários estrangeiros, dádivas estas que foram justamente apreciadas pelo Conselho Universitário pelo que representavam para o interesse daquela Universidade.

Depois do seu regresso a Lisboa foi nomeado Inspector da Academia Real de Belas-Artes de Lisboa, lugar que exerceu gratuitamente e no qual, através de longas lutas com o espírito de rotina, conseguiu introduzir importantes melhoramentos a bem da Arte nacional. Pouco antes da sua prematura morte achava-se a escrever o prefácio para os Diálogos sobre Pintura de Francisco de Holanda, que estava incumbido de publicar. Colaborou em muitos jornais e revistas, com grande profusão de conhecimentos, sobre os mais variados assuntos, como p. ex. a Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865). A sua Vida de Domingos António de Sequeira nunca chegou a ser publicada porque a morte o surpreendeu antes de tal realizar e, embora o Governo de então tivesse resolvido publicá-la, o projecto foi mais tarde abandonado.

Foi Gentil-Homem da Real Câmara de D. Luís I de Portugal, Moço Fidalgo da Casa Real, Oficial-Mor da Casa Real, Deputado da Nação e Par do Reino, Grã-Cruz da Ordem dos Santos Maurício e Lázaro, da Sardenha, Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, 454.º Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa (21 de Junho de 1854) e Comendador da Ordem de São Gregório Magno, da Santa Sé, e da Ordem da Águia Vermelha, da Prússia, Sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa e da Associação dos Advogados de Lisboa, etc. Em 1873 era um dos principais sócios de uma empresa que fabricava garrafas destinadas ao engarrafamento de vinho.

O título de 1.º Marquês de Sousa Holstein foi-lhe concedido por D. Fernando II de Portugal, Regente na menoridade de D. Pedro V de Portugal, por Decreto de 3 de Setembro de 1855. Era já Marquês Honorário por Decreto de D. Pedro V de Portugal de 8 de Agosto de 1860, concessão feita aos filhos mais novos dos 1.ºs Duques de Palmela, a exemplo do que era uso em certas Casas Ducais, e usou as Armas dos Duques de Palmela: de Sousa dos Senhores de Arronches; timbre: de Sousa dos Senhores de Arronches; Coroa de Marquês. Morreu aos 40 anos na Quinta das Romeiras à Luz, freguesia de Carnide, encontra-se sepultado no jazigo dos Duques de Palmela, no Cemitério dos Prazeres.

Casou com D. Maria Eugénia da Piedade Braamcamp Sobral de Melo Breyner, filha dos Condes do Sobral, em Lisboa, a 20 de Agosto de 1862.

Foi pai dos seguintes filhos:

  • Recém-nascido sem nome * 17.06.1863
  • D. Pedro de Sousa Holstein * 27.01.1865
  • D. Luís de Sousa Holstein, 2.º Marquês de Sousa Holstein * 08.02.1868 + Maria da Graça Mendes de Vasconcelos Guedes de Carvalho
  • D. Adelaide de Sousa Holstein * 25.09.1869

In: [https://run.unl.pt/bitstream/10362/63682/1/Tese_de_mestrado%20A%20C...] e [https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_de_Borja_de_Sousa_Holstein,...]

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Francisco de Borja de Sousa Holstein, 1.º Marquês de Sousa Holstein's Timeline

1838
April 20, 1838
Paris, Île-de-France, France
1868
February 8, 1868
Lisboa, Lisboa, Portugal
1869
September 25, 1869
September 25, 1869
1878
September 30, 1878
Age 40
Quinta das Romeiras, Carnide, Lisboa, Portugal
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Jazigo dos Duques de Palmela, Cemitério dos Prazeres, Lisboa, Portugal