Orlando da Cunha Carlos

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Orlando da Cunha Carlos (da Cunha Carlos)

Birthdate:
Birthplace: Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
Death: March 24, 1982 (78-79)
Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
Place of Burial: Porto Alegre, São Miguel e Almas, Rio Grande do Sul, Brazil
Immediate Family:

Son of João Baptista Carlos and Faustina Vieira da Cunha Carlos
Brother of Alzira da Cunha Carlos; Ecilda da Cunha Carlos; Cyro da Cunha da Cunha Carlos; Alice da Cunha da Cunha Carlos; Miguelina Carlos Zirbes and 7 others

Occupation: Advogado e Político, Advogado
Managed by: Carlos Frederico Menz
Last Updated:

About Orlando da Cunha Carlos

Publicado no Jornal do Povo de Cachoeira do Sul na Segunda-feira, 21 de setembro de 2009.

UM HOMEM PÚBLICO SEM MÁCULA

O Cachoeirense Orlando da Cunha Carlos foi um dos políticos mais influentes de sua época.

Artigo escrito por Douglas Storchi Carlo (vide Perfil no Geni).

Há quem diga que a maior riqueza de Cachoeira do Sul, ao longo de sua história, tenha sido a cultura orizícola. Sua influência, porém, no cenário gaúcho e brasileiro, estende-se para além da produção do grão, com destaque nas áreas urbanística, intelectual e artística. Aliado ao prestígio econômico, o admirável grau de cultura e civilização que surpreende o então presidente, Juscelino Kubitschek de Oliveira, durante visita a expositores da cidade, na década de 1950, atesta o glorioso passado que a coloca como um município líder no Estado do Rio Grande do Sul.

No momento em que completam 70 anos da Ordem dos Advogados do Brasil torna-se oportuno resgatar a memória de seu primeiro presidente, Orlando

da Cunha Carlos, como uma de suas mais importantes e influentes personalidades.

Nascido em Cachoeira do Sul, no dia 22 de junho de 1902, o bacharel tem suas origens ligadas a uma família de produtores rurais radicados na região, com tradicional influência na vida política e administrativa da cidade. Tendo sido alfabetizado pela irmã, a professora Alzira da Cunha Carlos, forma-se na Faculdade Livre de Direito (1924). Seguindo os passos do pai, João Baptista Carlos, ingressa na carreira política, elegendo-se por voto direto conselheiro municipal, aos 26 anos de idade.

EXPRESSÃO - Ao longo de sua trajetória pública, mostra-se um cidadão de grande expressão na vida política e comunitária cachoeirense, sendo determinante sua participação na instalação do Ginásio Roque Gonçalves (1929), bem como nas reinaugurações do Hospital de Caridade e Beneficência (1940) e do fórum estadual (1945), em suas atuais sedes. No período de 1932 a 1943, ocupa o cargo de Inspetor Federal de Ensino Secundário, nomeado em 1953 professor da disciplina “Introdução à Ciência do Direito”, junto à Universidade Federal do Rio Grande do

Sul.

O REVOLUCIONÁRIO - Articulador da Revolução de 1930

Orlando da Cunha Carlos também é lembrado como um dos principais articuladores da Revolução de 1930 no município. Integrando o grupo de cachoeirenses que segue para a linha de frente, incorpora-se à caravana cujo comboio principal viajam Getúlio Vargas e João Neves da Fontoura.

PARTIDO LIBERTADOR - Membro atuante do Partido Libertador, do qual foi um dos fundadores e também seu último presidente, manteve-se fiel à ideologia parlamentarista, como o único sistema de governo capaz de garantir a estabilidade do regime democrático brasileiro.

Antes disso, participou do Grêmio Maragato, fundado em 1928, por antigos federalistas. O Grêmio Maragato participou da Frente Única Gaúcha que com a derrota de Getúlio Vargas nas urnas, integrou a Revolução Liberal que marcou o fim da República Velha em 1930. Com a suspensão das ações partidárias, durante o Estado Novo, o partido retornou suas atividades em 10 de novembro de 1945, sendo finalmente extinto, pelo Regime Militar, por intermédio do Ato Institucional 2, de 27 de outubro de 1965.

REVOLTA DE 32 - Solidário, portanto, com a Revolução Constitucionalista de 1932, foi preso em Cachoeira do Sul e enviado a Porto Alegre, onde esteve detido num quartel da Brigada Militar.

O RETORNO - Em 1945, retornou à vida pública assumindo a Secretaria Estadual de Obras Públicas e Saneamento e, uma década depois, a de Agricultura, Indústria e Comércio, como principal conselheiro político do ex-governador Ildo Meneghetti, sobretudo em seu segundo mandato.

GOLPE DE 64 - Apoiando, inicialmente, o golpe militar de 1964, desvincula-se do movimento após a cassação dos deputados estaduais, por força de suas convicções políticas, o que o levou a evitar o engajamento partidário após a bipartição das agremiações políticas em MDB e Arena. Em 1972, assume a presidência do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e, posteriormente, a da Associação Brasileira dos Bancos de Desenvolvimento (ABDE), no biênio de 1974-1975, permanecendo na vice-presidência até 28 de abril de 1977.

ANTES DE TUDO, UM ADVOGADO. - A vida profissional de Orlando da Cunha Carlos, no entanto, é mesmo delineada pelo exercício da advocacia. Membro efetivo do Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul, consagra-se como um dos mais respeitados causídicos de sua época. Por mais de três décadas, atua como advogado junto à Procuradoria Jurídica do Banco do Brasil, passando a integrar o quadro da Assessoria Geral de Planejamento e Estudos da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial - a quem se atribui a confecção do regulamento correspondente.

Mais do que um brilhante orador e notável advogado, mostra-se um exemplar homem público.

Como político, ganha destaque pela honradez, discrição e reserva com que administra suas relações profissionais. Na expressão do ex-senador Paulo Brossard, Orlando é “um homem sem mácula e a personificação da correção”.

Segundo esse mesmo jurista, não seria exagero afirmar que, com a sua morte, “desaparece uma das melhores figuras humanas que o Rio Grande do Sul já conheceu”.

IMPORTANTE - Orlando da Cunha Carlos participou também, em Cachoeira do Sul, da União de Moços Católicos, do Rotary Club e do Cachoeira Futebol Clube. Em Porto Alegre, participou do Grêmio Porto Alegrense, atuando como membro do conselho deliberativo (1956 a 1977) e vice-presidente (1961 a 1970), sucessivamente reeleito.

O FIM - Falecido aos 79 anos, no dia 24 de março de 1982, Orlando da Cunha Carlos foi sepultado em Porto Alegre, no cemitério de São Miguel e Almas, na presença das mais altas autoridades políticas.

ULTIMAS HOMENAGENS - Orlando da Cunha Carlos, foi apontado como um dos maiores civilistas que o Estado já conheceu, ao lado de Nicanor Kramer da Luz e Adroaldo Mesquita da Costa, conforme a 86ª Sessão Ordinária da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, em 17 de outubro de 2001.

MEDALHA E DIPLOMA CONFERIDOS PELA OAB - Em 17 de outubro de 2008, é agraciado pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Rio Grande do Sul, com a medalha e diploma “Leonardo Macedônia”, consolidando sua memória nos anais da cultura jurídica do século XX.

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Coração causa morte de político Gaúcho.

(Publicado no jornal Correio do Povo de 25.3.1982, página 9).

Vítima de problemas cardíacos, faleceu às primeiras horas da manhã de ontem, Orlando da Cunha Carlos, aos 79 anos de idade. Homem público e político destacado, ocupou diversos cargos na administração estadual, dirigindo várias secretarias de estado. Respondeu, ainda, pela presidência do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, BRDE, no período de 1972 a 1977.

Natural de Cachoeira do Sul, teve ativa participação na Revolução de 1930, tendo sido membro atuante do antigo Partido Libertador, do qual foi presidente do diretório regional até 1964 e integrante do diretório nacional do PL.

Sua função pública começou como vereador, na época “conselheiro municipal”, em Cachoeira do Sul nos anos de 1928 a 1930. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Livre de Direito de Porto Alegre, ingressou como advogado do Banco do Brasil em 1942; foi secretário de Obras Públicas do Estado, em 1945; deputado estadual de 1949 a 1950; secretário da Agricultura, Indústria e Comércio, de 1955 a 1959; e presidente do BRDE de 1972 a 1977. Ocupou, também, a Presidência do Rotary Clube da Cachoeira do Sul, em 1946; em Porto Alegre, em 1965.

O sepultamento de Orlando da Cunha Carlos ocorreu às 18 horas de ontem, no cemitério São Miguel e Almas, com a presença de um grande número de pessoas, entre elas o ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, João Leitão de Abreu, o senador Paulo Brossard, o governador Amaral de Souza, o vice-governador Otávio Germano, o prefeito municipal Guilherme Sócias Villela, o diretor presidente da Empresa Jornalística Caldas Júnior, jornalista Breno Caldas, além de empresários, políticos e autoridades públicas.

A Assembléia Legislativa suspendeu ontem sua sessão da tarde em homenagem ao ex-deputado. O Deputado Federal Victor Faccioni fez um pronunciamento na Câmara Federal, destacando a personalidade e os serviços prestados por Orlando da Cunha Carlos, fazendo registrar um voto de pesar daquela casa.

Orlando da Cunha Carlos sepultado ontem à tarde.

O corpo do ex-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, Orlando da Cunha Carlos, foi sepultado, às 18h de ontem, no cemitério São Miguel e Almas. Um grande numero de pessoas compareceu ao ato fúnebre, destacando-se o ministro da Casa Civil da Presidência da República, João Leitão de Abreu, o senador Paulo Brossard, o governador Amaral de Souza, o vice-governador Otávio Germano, o prefeito municipal Guilherme Socias Villela, e o diretor-presidente da Empresa Jornalística Caldas Júnior, jornalista Breno Caldas, entre outras autoridades.

“Eu estou muito comovido com a notícia do falecimento de Orlando da Cunha Carlos, que foi um dos maiores rio-grandenses. Por isso, eu não desejo falar mais”. Assim se pronunciou o ministro-chefe do Gabinete Civil da Presidência da República, João Leitão de Abreu, ao chegar, às 17h25min, ao aeroporto Salgado Filho, desembarcando de um jatinho da Força Aérea Brasileira. No mesmo avião veio o senador Paulo Brossard. Na sala das autoridades estavam o governador Amaral de Souza, o vice-governador Otávio Germano, o chefe da Casa Civil, Augusto Borges Berthier, o chefe do Cerimonial, Armando Macedônia Franco, o secretário da Fazenda, Mauro Knijnik, e o procurador da Assembléia Legislativa, Honório Severo.

Em nome da OAB e do Instituto dos Advogados, usou da palavra o presidente José Mariano de Freitas Beck. Disse que Orlando da Cunha Carlos foi uma das grandes figuras do Rio Grande do Sul.

O senador Paulo Brossard destacou as qualidades de Orlando da Cunha Carlos, dizendo ter sido ele um homem sem mácula e a personificação da correção.

“Não é exagero dizer que, com a sua morte, desaparece uma das melhores figuras humanas do Rio Grande do Sul. Tanto o Estado como o País não se beneficiaram da capacidade de Orlando da Cunha Carlos, uma pessoa que passou a maior parte da sua vida na Oposição”.

Homem Público.

Orlando da Cunha Carlos, que faleceu aos 79 anos de idade, foi vereador em Cachoeira do Sul, formou-se em Direito, trabalhou como advogado para o Banco do Brasil, foi deputado estadual e exerceu o cargo de secretário de Estado nas pastas de Obras Públicas e de Agricultura, Indústria e Comércio. No período de 1972 a 1977 foi presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul. Teve ativa participação na Revolução de 1930, tendo sido membro atuante do antigo Partido Libertador, do qual foi presidente do diretório regional, até 1964, e membro do diretório nacional do PL.

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Orlando da Cunha Carlos's Timeline

1903
1903
Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
1928
1928
- 1930
Age 25
Município de Cachoeira do Sul, Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
1942
1942
Age 39
Banco do Brasil S. A., Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
1945
1945
- 1945
Age 42
Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
1949
1949
- 1950
Age 46
Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
1955
1955
- 1959
Age 52
Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
1972
1972
- 1977
Age 69
Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE
1982
March 24, 1982
Age 79
Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
March 24, 1982
Age 79
Porto Alegre, São Miguel e Almas, Rio Grande do Sul, Brazil