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Salvador de Menezes Drummond Furtado de Mendonça

Birthdate:
Birthplace: Itaboraí, RJ, Brazil
Death: December 05, 1913 (72)
Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Immediate Family:

Son of Salvador Furtado de Mendonça and Amália de Menezes Vasconcellos de Drummond
Husband of Maria Eliza Varney Hedman and Amélia Clemência Lúcia de Lemos
Father of Private; Private; Private; Private and Private
Brother of Lúcio de Mendonça; Júlia Drummond Furtado de Mendonça; Private; Private; Candido Drummond Furtado de Mendonça and 2 others
Half brother of Adelaide de Lemos Drummond

Managed by: Private User
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Immediate Family

About Salvador de Mendonça

Salvador de Menezes Drummond Furtado de Medonça (Itaboraí, 21 de julho de 1841 — Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 1913) foi um advogado, jornalista, diplomata e escritor brasileiro, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e um dos idealizadores do Movimento Republicano no país.

Biografia

Salvador de Mendonça era filho do Comendador Salvador Furtado de Mendonça (oriundo dos Açores) e de Amália de Menezes Drummond (de família escocesa). Com a mãe recebeu os primeiros ensinamentos, aprendendo línguas, música e desenho, até seus doze anos.

Em 1853 foi para o Rio de Janeiro, então capital do Império. Na Corte estudou no Colégio Marinho e no Curiácio, este último mantido pelo Barão de Tatuphoeus que, quando findou-lhe os estudos preparatórios, o levou até a presença do Imperador Pedro II, como prêmio por seu desempenho.

Manteve desde cedo amizade com Machado de Assis e Casimiro de Abreu, tendo conhecido também escritores mais velhos, como Joaquim Manoel de Macedo que, quando da fundação do Silogeu brasileiro, haveria de escolher por seu Patrono da cadeira 20.

Em 1859 ingressou na Faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo, a fim de cursar Direito. Colabora na Revista Mensal do Ensaio Filosófico Paulistano, e publica o poema "Singairu, lenda das margens do Piraí, 1567", espécie de épico dos primórdios da História do Brasil.

Fundou, em 1860, junto a Teófilo Ottoni Filho, um jornal, chamado "A Legenda", iniciando a carreira jornalística escrevendo críticas sociais e políticas. Teria continuado este labor, não tivesse, ao final deste mesmo ano, perdido os pais e tendo de cuidar dos oito irmãos, dentre eles o futuro idealizador da Academia Brasileira de Letras, Lúcio de Mendonça. Somente voltaria à capital paulista, para concluir o curso, no ano de 1867, graduando-se dois anos depois.

Colabora como redator no "Diário do Rio de Janeiro", órgão pertencente a Saldanha Marinho.

Em 1861 casou-se com D. Amélia Clemência Lúcia de Lemos, sua primeira esposa. Mendonça entra para o magistério, lecionando Latim, além de publicar em outros periódicos, tais como o Jornal do Commercio (fazendo crítica teatral) e "Correio Mercantil". Escrevia, concomitantemente, suas peças teatrais.

Passa a lecionar Corografia e História do Brasil, no Colégio Pedro II, a convite do Marquês de Olinda, substituindo Manuel de Macedo, no ano de 1865.

De volta ao Rio, tendo finalmente bacharelado-se, exerce a advocacia ao lado de Saldanha Marinho, que já lhe dera apoio anteriormente e, com este, participa da fundação do "Clube Republicano", do qual participou também Quintino Bocaiúva. O Clube publica o "Manifesto de 70", com um capítulo escrito por Salvador de Mendonça - Manifesto este que veio a desencadear no país o movimento republicano. No jornal "A República" fizeram parte, também, Aristides Lobo, Lafayette Coutinho, Pedro Soares de Meireles e Flávio Farnense.

Durante alguns anos laborou Mendonça como tradutor, para a Casa Garnier e, em 1875 publicou aquele que seria seu único romance, intitulado "Maraba" - ano em que falece sua esposa e parte para os Estados Unidos, nomeado pelo Imperador cônsul em Baltimore.

A 3 de maio de 1876, Mendonça é promovido a Cônsul-Geral do Brasil nos Estados Unidos. Em 1877 contrai segundas núpcias com a norte-americana Maria Redman.

Em 6 de julho de 1889 tinha sido enviado como ministro plenipotenciário do Brasil nos EUA, quando é proclamada a República. Tendo sido um dos seus mais ardorosos defensores, além de um dos artífices do movimento, cuidou de fazer com que o novo regime fosse internacionalmente aceito, devendo a ele o rápido apoio norte-americano.

Continuou exercendo missões diplomáticas nos Estados Unidos, voltando a ter papel importante quando da Revolta da Armada, em 1893, assegurando a neutralidade daquele país.

A 3 de março de 1898 é nomeado para Lisboa, mas o Senado rejeita a indicação, e considerado desde aquele ano em disponibilidade, por ato de Rodrigues Alves de 10 de setembro de 1903.

Defendeu a imigração de chineses para o Brasil, ao tempo em que condenava a imigração alemã no sul.

Dedica-se à tradução e, perto de sua morte, tendo ficado cego, ainda escrevia artigos comentando a diplomacia brasileira e rememorando sua própria atuação em Washington, DC.

Diplomacia

O papel diplomático de Salvador de Mendonça é considerado crucial, por sua atuação junto à embaixada em Washington. Com destaque para a consolidação das relações amistosas entre as duas nações, o tratado de comércio celebrado por seu intermédio em 1891 entre Brasil de Estados Unidos é tido como um marco deste relacionamento, junto à ampliação da presença naval.

Alguns historiadores, como o estadunidense Topik, consideram que o tratado comercial de 1891 fora um esforço diplomático voltado à composição de uma aliança política entre setores nordestinos e o governo de Deodoro da Fonseca, à margem dos interesses cafeeiros. Como o café já dispunha de isenções tarifárias, que, de resto, seriam apenas prolongadas pelo documento, o açúcar seria o maior beneficiado - encontraria espaço naquele mercado. Assim, os produtores de açúcar do Nordeste, recuperando seu poder econômico, poderiam contrabalançar os desígnios dos cafeicultores do Oeste Paulista. À época, esses cafeicultores opunham-se ao governo do marechal Deodoro da Fonseca e acenavam para Floriano Peixoto, que, por exemplo, chegaria a ser ovacionado no Congresso Nacional. O tratado não atingiu quaisquer de seus objetivos: não houve um surto de importações de bens estadunidenses, como esperara o presidente McKinley; nem garantiu reserva ao açúcar brasileiro nos Estados Unidos. Representou, porém, uma ruptura com a "tradição antitratadista" do Império. Salvador de Mendonça foi o precursor do americanismo pragmático do Barão do Rio Branco: a relação bilateral com os Estados Unidos poderiam ser instrumentalizadas em favor da solução de litígios fronteiriços com os vizinhos.

Homenagens

Além de nomear diversos logradouros pelo país, o Colégio Estadual Salvador de Mendonça é uma das mais importantes e tradicionais escolas públicas de Itaboraí, sua terra natal.

Biblioteca Nacional

Doou importante acervo de livros e documentos, que integram hoje o acervo da Biblioteca Nacional, em seção intitulada "Coleção Salvador de Mendonça".

Bibliografia

Seu papel na literatura brasileira não é relevante. A maioria das historiografias e obras especializadas sequer lhe cita o nome, a exemplo da Apresentação da Poesia Brasileira, de Manuel Bandeira, ou a História da Literatura de Marques da Cruz. Pouco antes de sua morte publicara "Coisas do Meu Tempo" e "A Situação Internacional do Brasil", reunião de artigos que publicara em jornais. José Veríssimo, entretanto, consagra-lhe uma linha, no capítulo de sua História da Literatura Brasileira, que trata dos livros propagandísticos: "São exemplo dessa literatura subsidiária da propaganda abolicionista Trabalhadores asiáticos, de Salvador de Mendonça, e Garantia de juros e Agricultura nacional, de André Rebouças."

Sua obra é centrada, essencialmente, na política e na crítica teatral e musical, publicada na imprensa, além da tradução de várias obras estrangeiras. Seus livros publicados foram:

  • Singairu, poesia (1859);
  • O Romance de um Moço Rico, teatro (1860);
  • A Herança, teatro (1861);
  • Joana de Flandres, ou A Volta do Cruzado, Ópera (1863);
  • Regeneração, panfleto (1866);
  • A Verdade Democrática, capítulo do Manifesto de 1870;
  • Marabá, romance, (prefácio de José de Alencar - 1875);
  • Cartas Americanas, escritos na imprensa (1878-1883);
  • Cartas dos Estados Unidos, escritos na imprensa (1880-1881);
  • Imigração Chinesa, escritos na imprensa (1881);
  • A Revolta da Armada (1893);
  • Lendas da Serra e da Baixada, poesia (1910);
  • Coisas do Meu Tempo, escritos na imprensa (1913);
  • A Situação Internacional do Brasil, escritos na imprensa.

Poesia

Seus poucos versos, a maioria deles ainda da época juvenil, afiliam-se ao romantismo, em sua fase final, embora já se notem a presença de elementos do naturalismo, retratando pessoas da terra e paisagens brasileiras.

Teatro

No teatro sua obra mais famosa é o libreto da ópera "Joana de Flandres", musicada por Carlos Gomes, fundamentado em seu próprio argumento, e que estreou a 15 de setembro de 1863.

Crítica

Suas críticas teatrais eram consideradas exemplares e fundamentadas. Sobre essa sua especialidade, registrou Gilberto Freire: "crê que possuímos no Brasil críticos de teatro. Que tivemos um, e excelente, em Salvador de Mendonça, é inegável. Salvador possuía gosto, cultura, critério pessoal Ainda hoje constitui um regalo folhear as páginas amarelecidas de "O Mosquito" à procura da coluna de crítica teatral de Salvador. É delícia certa, sua leitura."

Academia Brasileira de Letras

Quando da fundação do novo Silogeu, a 28 de janeiro de 1897, foi indicado para ocupar a cadeira 20 da Academia, que tem por patrono Joaquim Manuel de Macedo, como seu fundador, a quem coube escolher o nome do patrono, fazendo-o na pessoa do escritor que conhecera ainda na juventude. Salvador de Mendonça figura, ainda, como um dos grandes doadores para o acervo da biblioteca da ABL.

Fonte: WP

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Salvador de Mendonça's Timeline

1841
July 21, 1841
Itaboraí, RJ, Brazil
1913
December 5, 1913
Age 72
Rio de Janeiro, RJ, Brazil