Álvaro Pires Pinheiro Lobo, alcaide-mór de Barcelos

Álvaro Pires Pinheiro ou Álvaro Pinheiro Lobo. Senhor do Morgado de Pouve, Alcaide de Barcelos, Fidalgos da Casa de Bragança.

Sr. do morgado da quinta chamada a Leirinha nova, que lhe deixou seu tio Estevão Annes (NFP, Gayo, PINHEIROS § 72 N 20).

Álvaro Pires Pinheiro Sr. do Morgado de Pouve c.g. no ttº. de Pinheiros § 114 N 24 (NFP, Gayo, Sampaios § 4 N 4 ).

ÁLVARO PIRES PINHEIRO LOBO fº. 1º do Dr. Pedro Esteves e sua m.er D. Isabel Pinheiro N 22 deste § 74. Se chamou depois somente Álvaro Pinheiro Lobo por se começar depois a perder a mora dos patronímicos, e que foi fº. primeiro consta do emprazamento da quinta Nova que lhe fez para ele o Condestável D. Nuno Álvares Pereira seu parente em 10 de Junho de 1410 e também consta do mesmo tttº. de seu avô Estevão Annes, e da Instituição do Morgado de Pouve feita por seu tio João Esteves contra a opinião de Lousada que sem fundamento algum o fez filho 4º. De seu pai sem embargo de saber, e de dizer que fora ele o seu sucessor na Casa.

Sucedeu este Álvaro Pinheiro Lobo no Padroado da Igreja de Cristelo, e na Administração da Capela da Torre dos Sinos de Guimarães, e no vínculo de seu avô, e no Morgado de Pouve.

Foi Alcaide Mor de Barcelos, e Fidalgo da Casa de Bragança e uma grande personagem do seu tempo, e como tal lhe fez o famoso Diogo Bernardes um soneto que anda impresso entre as suas Obras que é o doze da minha edição, e no Tomo 1º em que chama grande Fidalgo, e Cavalheiro e persuade aos mais poetas que só devem cobrir com a Rama desta Ilustre Árvore (que é Pinheiro) e se deixem de ornarem com o Louro, e lhe chama famoso Cap.am, afamado por tantos e ilustres vencimentos elogios que querem dizer muito na boca de um homem tão sincero, e tão pouco adulador como era o referido Poeta, o que confirma mais a origem desta família que Diogo Bernardes saberia muito bem por ser seu contemporâneo, e ter ouvido contar aos Velhos do seu tempo, e ser natural da mesma Província.

Casou com D. Isabel de Lacerda filha de Nuno Pereira de Lacerda, Alcaide Mor da Vidigueira, de Portel, e Vila de Frades parente do Duque de Bragança, e descendente por varonia de El Rei D. Afonso Sábio de Castela como se vê no ttº. de Lacerdas § ... N ... e sua m.er D. Guiomar da Silva Srª. do Morgado de Baleizão, e filha de João Rodrigues da Costa Sr. do dito Morgado; a qual D. Isabel de Lacerda foi Dama da Srª. Infanta D. Isabel Duquesa de Bragança, irmã do Sr. Rei D. Manuel e teve como tal três mil libras de moeda antiga que na corrente importam a 18$ réis que não satisfez logo porque vi documento em que o marido procurava a satisfação deste dinheiro ou 15$ réis de tença como então se praticava; alguns, erradamente, lhe trocam o nome a esta m.er D. Joana de Lacerda, sobrinha desta mesma D. Isabel de Lacerda, e filha de seu irmão Reimão Pereira de Lacerda e sua m.er D. Isabel Pereira filha de Gonçalo Cardoso Homem Sr. do Morgado da Taipa, e de sua m.er D. Maria Rodrigues Pereira fundadora do Mosteiro de Jesus de Setúbal; porém é um erro sem fundamento nascido da falta de Cronologia, e para que não haja dúvida nisto fizemos esta advertência por ser certo como escrevemos por muitos documentos, ser m.er do dito Álvaro Pinheiro D. Isabel de Lacerda;

Nuno Pereira de Lacerda era fº. de Diogo Nunes de Lacerda Sr. do Sardoal e sua m.er D. Brites Rodrigues de Abreu filha esta de Gomes Annes de Abreu Sr. de Castelo de Vide no ttº. de Abreus § ... N ...neto de Martim Gonçalves de Lacerda Sr. do Sardoal e sua m.er D. Violante Pereira irmã do Contestável D. Nuno Álvares Pereira, e filha B. de D. Álvaro Pereira Grãam Prior do Crato no ttº. de Pereiras § 1º N 13 bisneto de D. Afonso de Lacerda Sr. de Almendra 3º neto de D. João de Lacerda Duque de Anguleme e Condestável de França, 4º neto de D. Afonso Fernandes de Lacerda Rei titular de Espanha cujo Reino lhe tirou seu tio El Rei D. Sancho V neto do Príncipe D. Fernando de Lacerda 6º neto de El rei D. Afonso Sábio e D. Violante filha de D. Jaime 1º Rei de Aragão; teve Álvaro Pinheiro de sua m.er D. Isabel de Lacerda; ttº. de Lacerdas § 3 N 7 (Gayo, tit. PINHEIROS, $ 74 N 23).