Ernesto Geisel, 29º Presidente do Brasil

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Ernesto Beckmann Geisel, 29º Presidente do Brasil

Birthdate:
Birthplace: Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, Brazil
Death: September 12, 1996 (89)
Rio de Janeiro, State of Rio de Janeiro, Brazil (câncer generalizado)
Immediate Family:

Son of Guilherme Augusto Geisel and Lydia Beckmann Geisel
Husband of Lucy Markus Geisel
Father of Orlando Geisel, Sobrinho and Amalia Geisel
Brother of Amália Beckmann Geisel; Bernardo Geisel; Henrique Geisel and Orlando Beckmann Geisel

Occupation: político e militar brasileiro, tendo sido 29º Presidente do Brasil de 1974 a 1979
Managed by: Private User
Last Updated:

About Ernesto Geisel, 29º Presidente do Brasil

Ernesto Beckmann Geisel (Bento Gonçalves, 3 de agosto de 1907 — Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1996) foi um político e militar brasileiro, tendo sido 29º Presidente do Brasil ( 4º no regime militar brasileiro) de 1974 a 1979.

Filho de imigrantes luteranos alemães, estudou no Colégio Martinho Lutero de Estrela e no Colégio Militar de Porto Alegre, formando-se oficial na Escola Militar de Realengo. Ingressou na carreira política ao ser nomeado chefe da Casa Militar do governo do Presidente Castelo Branco, em 1964. Fez parte do grupo de militares castelistas que combateram a candidatura do Marechal Costa e Silva à presidência da República. Castelo promoveu-o ainda a General-de-exército em 1966 e nomeou-o Ministro do Superior Tribunal Militar em 1967. No governo de Emílio Médici, tornou-se presidente da Petrobras, enquanto seu irmão Orlando Geisel tornara-se Ministro do Exército; o apoio de Orlando foi decisivo para que Médici o escolhesse como candidato à Presidência em 1974. Em 1974, pelo Aliança Renovadora Nacional (ARENA), na chapa com Adalberto Pereira dos Santos para vice, candidatou-se à presidência, onde venceu, com quatrocentos votos (84,04%), a chapa oposicionista Ulysses Guimarães/Barbosa Lima Sobrinho do MDB, que obteve 76 votos (15,96%).

Assumiu a Presidência do Brasil em 15 de março de 1974.[3] Seu governo foi marcado pelo início de uma abertura política e amenização do rigor da ditadura militar brasileira, onde encontrou fortes oposições de políticos chamados de linha-dura. Durante sua incumbência, ficaram marcados os seguintes acontecimentos: divisão de Mato Grosso e a consequente criação do Mato Grosso do Sul, reatamento de relações diplomáticas com a República Popular da China, reconhecimento da independência de Angola, realização de acordos nucleares com a Alemanha Ocidental, início do processo de redemocratização do país, extinção do AI-5, grande adiantamento da construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu.

Em sua vida pós-presidência, Geisel manteve influência sobre o Exército ao longo da década de 1980 e, nas eleições presidenciais de 1985, apoiou o candidato oposicionista vitorioso Tancredo Neves, o que caracterizou a diminuição das resistências a Tancredo no meio militar. Foi presidente da Norquisa, empresa ligada ao setor petroquímico. Em 12 de setembro de 1996, aos 89 anos, veio a falecer, vítima de um câncer generalizado.

Início de vida

Geisel nasceu em Bento Gonçalves, em 3 de agosto de 1907. Seu pai era Wilhelm August Geisel, imigrante alemão luterano, que chegou ao Brasil em 1883, oriundo de Herborn, no estado de Hesse. No Brasil, mudou seu nome para Guilherme Augusto Geisel, a fim de facilitar a pronúncia. Sua mãe foi Lydia Beckmann, brasileira de Teutônia, filha de pais alemães oriundos de Osnabruque, no estado da Baixa Saxônia. Em Bento Gonçalves, onde Geisel nasceu, havia apenas duas famílias de origem alemã - os Geisel e os Dreher- enquanto que a maioria da população era composta por imigrantes italianos. Sobre o contato com os imigrantes italianos locais durante sua infância, Geisel descreveu os contrastes culturais entre a educação estrita e rigorosa que seus pais alemães impunham, em comparação com a liberdade e o modo de vida mais livre que seus amigos italianos tinham, os quais ele admirava. Geisel foi criado numa família luterana (o avô era pastor), a qual ele classificava como de classe média baixa, relativamente pobre. Em entrevista, Ernesto Geisel declarou que, em sua infância, entendia e falava o alemão, embora nunca tendo aprendido a ler nesse idioma. Na idade adulta, entendia o idioma, mas falava com dificuldade. Tinha quatro irmãos: Amália, Bernardo, Henrique e Orlando. Passou a infância em Teutônia e Estrela.

Dois de seus irmãos também ingressaram na carreira das armas e tornaram-se generais: Henrique Geisel e Orlando Geisel, que chegou a ser ministro do exército durante o governo de Emílio Garrastazu Médici.

Início de carreira

Ernesto Geisel ingressou no Colégio Militar de Porto Alegre em 1921 e em 1928 formou-se oficial na Escola Militar de Realengo. Participou de ações militares na Revolução de 1930 como tenente[7] . Fez parte das tropas federais que combateram a Revolução Constitucionalista, de 1932.

No início dos anos 30 também desempenhou as funções de secretário de fazenda da Paraíba, quando os tenentes da Revolução de 1930 passaram a ocupar cargos políticos.

Em 1940 Geisel casou com sua prima de primeiro grau, Lucy, com quem teve dois filhos: Amália e Orlando, este último falecido num acidente de trem em 1957.

Vida política

Na década de 1950, Geisel comandou a guarnição de Quitaúna e gerenciou a refinaria de Cubatão, ambas no estado de São Paulo. Durante este período, ele estreitou suas ligações com o grupo militar que mais tarde seria conhecido como "Sorbonne", ligado à Escola Superior de Guerra.

Geisel sempre teve interesse na área de extração petrolífera, tendo dirigido a refinaria de Cubatão em 1956, a Petrobras (1969 a 1973) e, após 1979, a Norquisa, depois de ter deixado a presidência da República.

Em sua gestão na presidência da Petrobras, empresa estatal que deteve até a década de 90 o monopólio da extração de petróleo no Brasil, concentrou esforços na exploração da plataforma submarina, tendo obtido resultados positivos. Conseguiu acordos no exterior para a pesquisa e firmou convênios com o Iraque, o Egito e o Equador.

Após o Golpe de Estado em 1964, em 15 de abril de 1964 foi nomeado chefe da Casa Militar pelo presidente Castelo Branco, que o encarregou de averiguar denúncias de torturas em unidades militares do Nordeste do Brasil.

Geisel fez parte do grupo de militares castelistas que combateram a candidatura do marechal Costa e Silva à presidência da República.

Castello Branco promoveu-o a general-de-exército em 1966, e nomeou-o ainda ministro do Superior Tribunal Militar em 1967.

Com a posse de Costa e Silva na presidência, Geisel caiu no ostracismo político. No governo de Emílio Médici tornou-se presidente da Petrobras, enquanto seu irmão Orlando Geisel se tornou o ministro do Exército[3] . O apoio do irmão Orlando foi decisivo para que Médici o escolhesse como candidato à presidência da república para o mandato de 1974-1979.

Presidente da República

Lançado oficialmente candidato da ARENA à presidência em 18 de abril de 1972, foi eleito presidente com seiscentos votos contra 63 do "anticandidato" do Ulysses Guimarães[7] , do MDB, em 15 de janeiro de 1973.

Geisel dedicou-se, à abertura política articulada pelo general Golbery do Couto e Silva, que encontrou resistência nos militares da chamada linha-dura, sendo que o episódio mais dramático foi a demissão do ministro do exército, Sylvio Frota, em 12 de outubro de 1977.

Em 1975, em Sarandi, acontece uma invasão de terras no engenho de Annoni que dá início ao MST existente até hoje.

Outro fato marcante foi exoneração do General Ednardo D'Ávila Mello, comandante do II Exército, após as mortes do jornalista Wladimir Herzog, em 1975, e do metalúrgico Manoel Fiel Filho, em 1976, em dependências militares paulistas.

Geisel conseguiu fazer seu sucessor João Figueiredo, que continuou a abertura política do país.

Principais realizações do Governo Geisel

Estes foram alguns dos principais planos do governo Geisel:

Anexação da Guanabara pelo Rio de Janeiro em 1975. Divisão de Mato Grosso e criação de Mato Grosso do Sul entre 1977 e 1979. II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), política desenvolvimentista que ajudou a manter a economia aquecida, o parque industrial em expansão e o nível de empregos após o primeiro choque do petróleo (1973), mas que causou agravamento da dívida externa e dos problemas monetários ocasionadores da hiperinflação das décadas seguintes, legando um estado de recessão já no governo do sucessor João Figueiredo. A concessão de grandes incentivos aos investimentos de capital estrangeiro no país foi outro controverso e capital ponto do II PND. Inaugurou as primeiras linhas do metrô em São Paulo e no Rio de Janeiro. Busca de novas fontes de energia, realizando o acordo nuclear com a Alemanha, criando os contratos de risco com a Petrobras e incentivando a utilização do álcool como combustível. Deu início do processo de redemocratização do país, embora tal processo tenha sofrido alguns retrocessos durante seu governo, como bem exemplifica o Pacote de Abril, em 1977. Abertura política do Brasil, sobre a qual Geisel afirmou que a redemocratização seria um processo "lento, gradual e seguro" em seu discurso de posse. Os assassinatos do jornalista Vladimir Herzog e do operário Manuel Fiel Filho em São Paulo, entre o final de 1975 e o início de 1976 (expositores para grande parte da sociedade brasileira do real estado de arbítrio promovido pelo Golpe de Estado de 1964), apressaram os planos do governo e ocasionaram um enfraquecimento do poder da chamada linha-dura dentro da administração federal, com a demissão, pouco tempo depois das mortes, do general Ednardo D'Ávila Mello, comandante do II Exército, responsável pelas prisões de Herzog e Fiel Filho. No auge da crise institucional, Geisel neutraliza uma tentativa de golpe do general Sylvio Frota, principal expoente da "linha-dura" e tido como um dos favoritos à sua própria sucessão, e termina por exonerá-lo em outubro de 1977. Extinguiu o AI-5 e preparou o governo seguinte (João Figueiredo) para realizar um conflito político e a volta dos exilados, mas sem que retomassem seus cargos políticos. Em política externa, dentro de uma orientação denominada pelo governo de "pragmatismo responsável", procurou ampliar a presença brasileira na África e com os demais países do Terceiro Mundo (incluindo nisso os vizinhos de América Latina), evitando o alinhamento incondicional aos Estados Unidos. Reconheceu de imediato os regimes socialistas portugueses e angolanos que se sucederam após as guerras de independência colonial e o desmonte do poder ditatorial salazarista, bem como reatou relações diplomáticas com a República Popular da China. Autorizou a demolição do Palácio Monroe - episódio polêmico que movimentou interesses diversos e gerou intensas campanhas contra e a favor nos jornais. Denunciou o tratado militar Brasil-Estados Unidos em 1977. Construiu grande parte da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Demitiu o ministro do Exército, general Sílvio Frota, isolando o grupo de militares que era contra o processo de abertura política.

Condecorações

Em 1 de junho de 1977 foi agraciado com o Grande-Colar da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e em 13 de fevereiro de 1979 foi agraciado com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique.

Vida após a presidência

Como ex-presidente, manteve influência sobre o exército ao longo dos anos 80, e em 1985, seu apoio à candidatura de Tancredo Neves, nas eleições indiretas daquele ano, derrotando Paulo Maluf. Seu apoio diminuiu as resistências a Tancredo no meio militar. Também foi presidente da Norquisa, empresa ligada ao setor petroquímico.

Em 1997, a Fundação Getúlio Vargas publicou a transcrição de seu depoimento, no qual narrou sua vida particular, militar e política.

Após a presidência passou a viver entre um apartamento no bairro do Leblon, residência na qual morou até a sua morte, e uma granja de sua propriedade na cidade de Teresópolis. Morreu aos 89 anos, no dia 12 de setembro de 1996, de câncer generalizado. Foi sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.

Frases

"Se é a vontade do povo brasileiro eu promoverei a Abertura Política no Brasil. Mas chegará um tempo que o povo sentirá saudade da Ditadura Militar. Pois muitos desses que lideram o "fim" da ditadura não estão visando o bem do povo mas sim seus próprios interesses."

Fonte: WP

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Ernesto Geisel, 29º Presidente do Brasil's Timeline

1907
August 3, 1907
Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, Brazil
1941
1941
Brazil
1996
September 12, 1996
Age 89
Rio de Janeiro, State of Rio de Janeiro, Brazil
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