Angelo de Quadros Bittencourt, barão de Gorutuba

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About Angelo de Quadros Bittencourt, barão de Gorutuba

O Coronel da Guarda Nacional Ângelo de Quadros Bittencourt nasceu em Caitité, na província da Bahia, filho de João de Quadros Bittencourt e Delfina Rosa de Jesus. Transferindo-se para a província de Minas Gerais, consorciou-se , em primeiras núpcias , com Isabel de Sá , filha de Cel. Francisco José de Sá , proprietário da Fazenda Brejo do Santo André, no município de Grão Mogol.Tendo falecido Dona Isabel, Ângelo de Quadros Bittencourt contraiu segundas núpcias com sua cunhada , Dona Jacinta Augusta de Sá, estabelecendo-se na fazenda Campo Grande, onde, por vários anos , residiu. Era um dos fundadores, em 1877, da fábrica de tecidos do Cedro, pertencente à firma Rodrigues,Soares, Bittencourt,Velloso& Cia, no municpipio de Montes Claros, e da Qual era um dos maiores acionistas, tendo sido diretor da referida organização por largos anos. Político de grande prestígio, fez parte da Câmara Municipal de Grão Mogolcomo um dos seus vereadores, foi Juiz de Paz no distrito de Gorutuba e auxiliou várias obras de beneficiência. Foi-lhe concedidaa nomeação de 1* Oficial da Ordem da Rosa, em 9 de maio de 1884, e a mercê de Barão de Gorutuba por decreto de 20 de julho de 1889. Faleceu a 9 de março de 1892, aos 61 anos de idade.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 16 de abril 1887 – Em resposta à portaria dirigida ao Diretor da fábrica de tecidos do Cedro, pertencente à firma Rodrigues, Soares, Bittencourt, Velloso e Cia., pedindo diversas informaçoes, o cel. Angelo de Quadros Bittecourt, que se achava na direção do referido estabelecimento fabril, enviou ao Presidente da Província o seguinte ofício: “Ilmo e Exmo. Sr. Tenho a honra de acusar o recebimento da portaria de V. Excia. datada de 17 de fevereiro último, na qual exige que ministre a V. Excia. detalhadas informações a respeito da Fábrica de tecidos sob a minha direção, e das quais especialmente conste: 1.º, quais os produtos que prepara a Fábrica; 2.°, o motor empregado; 3.°, o número de empregados, com a designação de sexo e nacionalidades; 4.°, a produção anual e o seu valor; 5ª, a procedência da matéria prima; 6.º, a importância anual dos salários; 7º, o capital empregado; finalmente, pondera V. Excia. que, no caso haver qualquer obstáculo que perturbe a indústria fabril de que se trata, eu indique os meios que parerem mais eficazes para destruir—se o mal, a fim de que o Exmo. Govêrno possa tomar as medidas ao seu alcance. “Em resposta e, com prazer, satisfazendo quanto V. Excia. exige, tenho a informar: 1.º, que esta Fábrica produz tecidos simples e trançados brancos, mesclados e pardos, todos de algodão; 2º, que o maior emprêgo é a água, com fôrça aproximadamente de 70 cavalos; 3º, que funcionam na Fábrica cêrca de 93 empregados, todos brasileiros, exceção do maquinista, que é inglês, sendo 20 homens e todos os mais do sexo feminino, entrando neste número muitas môças órfãs desvalidas, como entre os empregados encontram-se ingênuos (*), tendo esta diretoria dado preferencia a estas duas classes, com o fim de protegê-las: 4º, que a produção anual é de 360. 000 metros dos diferentes tecidos, a qual tende a crescer, e o custo de cada metro é de 280 réis aproximadamente; 5º, que a matéria prima que se transforma na Fábrica, isto é, o algodão, é a mor parte produzida no próprio município desta cidade, importando-se porém parte da província da Bahia, êste algodão a 2$000, comprado em rama, sendo branco, e o algodão a 2$500; sendo, porém, comprado em lã, custa de 9 a 10$000 por arroba de 15 quilogramas.; 6.°, que os salários dos empregados que vencem diárias, importam, anualmente, em cêrca de 10:800$000 além do sustento, pode custar à razão de 150 réis, para cada pessoa, um dia. Além disto, os ordenados do Diretor, Guaarda livros e Maquinista importam em 9:300$000; 7º, o capital sobrescrito para a fundação da Fábrica de 147: 600$000, que a princípio fôra calculado em 150:000$000, constante da escritura do contrato, foi registrado no Tribunal do Comércio da Cõrte, mas que se reduziu à quantia dita, por falta de entrada de alguns sócios. Além dêste capital, a sociedade contraiu empréstimos com os quais ainda luta. “Vem aqui a propósito fazer resumidamente a história da sociedade. “Diversos habitantes dêste município e do Grão de Mogol, vizinho, notando que, apesar da uberdade do solo, os lavradores iam-se considerávelmente atrasando, e que, com a queda da lavoura, caía o comércio, e se definhavam outras indústrias exercidas no lugar, trataram de estudar as causas do mal, e viriá que as dificuldades e preços altos dos transportes produtos agrícolas faziam que o lavrador pouco produzisse além daquilo que era necessário para sua sustentação, entretanto tinha de se vestir caro, porque os preços das fazendas vindas do estrangeiro, e principalmente o algodão, sobrecarregado com o imposto aduaneiro, com as taxas itinerárias e elevados preços dos transportes eram caríssimos. Estava, pois, o lavrador sertanejo, fora das leis econômicas, porque as as suas terras e o seu trabalho, à falta de meios de transporte dos produtos, não representavam capital ou representavam em preço muito baixo. Portanto a fundação de uma emprêsa filiatória e de tecidos não só vinha evitar a importação dos tecidos de algodão, vindos de fora, por preços altos, como animar a cultura do algodoeiro, dando assim emprêgo a um grande número de braços, que existiam em quase completa ociosidade, e vinham também fazer que o trabalho do lavrador, bem como os terrenos que lavrasse, tivessem econômicamente e devida representação. Mas era ndispensável que os capitais fôssem levantados com os lucros imediatos, com alguma timidez retraiam-se; veio, porém, a lei provincial n.° 2389, de 13 de outubro de 1877 animá-los, garantindo juros sobre um capital não excedente a 250:000$000, para a fundação na Freguezia de Montes Claros de uma fábrica de tecidos. Calculou-se, segundo as fôrças do lugar, com a subscrição do capital de 150:000$000, caculou-se também poder-se contrair um empréstimo, com juros módicos, até 100:000$000 e tratou-se de fundar a emprêsa, por um contrato com a firma constante dos nossos estatutos. Com mil dificuldades lutou a emprêsa, porquanto, além de ser feita a compra das máquinas nos Estados Unidos, com o câmbio a 18, deu-se o fato de se perderem muitas peças no transporte feito em ajoujos (embarcação constituída de duas a quatro canoas emparelhadas e jungidas entre si, para transporte de carga), pelo Rio das Velhas, vindo a aquisição de novas peças a elevar o custo da Fábrica, e a sua falta paralisar a inauguração por cêrca de um ano. A êste mau sucesso e a outros, devido à falta de experiência dos fundadores da Fábrica, se deve o nao estar ela em estado de prosperidade, por lutar com um passivo de mais de 100:000$000, a juros. “Os juros garantidos pila citada lei provincial, apesar das disposições expressas em leis posteriores do orçamento, não foram pagos, ficando assim iludida a boa fé dos capitalistas e sócios da emprêsa, razão pela qual ela não tem podido aumentar o número de iáquinas, melhorar os produtos, e dar lugar a emprêgo e maior número de pessoas desvalidas, com o que certamente lucraria a província. Entretanto, se esta, ficando exonerada dos juros com que devia ter coneorrido, fizer à emprêsa sob a hipoteca da Fábrica, o empréstimo da quantia de 100;000$000, com juros módicos, e com amortização gradual e anual, a emprêsa não só ficará sem o pêso do passivo que a oprime, como melhorará extraordinariamente, crescendo com a sua prosperidade a lavoura e o comércio, e guintemente, a renda pública. “Prevaleço-me da ocasião para fazer a V. Excia. os meus protestos de estima e consideração. “Deus guarde a V. Excia. llmo, e Exmo. Sr. Dr.. Carlos Augusto de Oliveira Figueiredo, D.D. Presidente da Província de Minas Gerais. “Fábrica de Montes Claros, 16 de abril de 1887. “Ângelo de Quadros Bittencourt —-- Diretor”. (Efemérides Montesclarenses - Nelson Vianna).


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Angelo de Quadros Bittencourt, barão de Gorutuba's Timeline

1831
1831
Caetité, Caetité, BA, Brazil
1858
September 5, 1858
1859
1859
1860
September 13, 1860
Fazenda Brejo do Santo André, Francisco Sá, Minas Gerais, Brazil
1861
April 21, 1861
Grão Mogol, Minas Gerais, Brazil
1863
January 9, 1863
Grão Mogol, Minas Gerais, Brazil
1864
May 30, 1864
Grão Mogol, MG, Brazil
1865
July 7, 1865
1866
1866
1867
November 9, 1867