Matching family tree profiles for Antônio Pinto Nogueira Accioly
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About Antônio Pinto Nogueira Accioly
Antônio Pinto Nogueira Accioly (Icó, 11 de outubro de 1840 — Rio de Janeiro, 14 de abril de 1921) foi um político brasileiro, presidente e um dos mais influentes políticos do Ceará durante a República Velha. Foi também maçom pertencente a loja Fraternidade Cearense.
Nascimento, origens familiares
Filho do casal de primos portugueses José Pinto Nogueira, natural de Silvares (concelho de Lousada, Portugal) e Antônia Pinto (o sobrenome Accioli era de sua avó materna), era casado com Maria Teresa de Sousa, filha de Tomás Pompeu de Sousa Brasil, o Senador Pompeu, que era um sacerdote católico, e de sua common-law wife, esposa consuetudinária, Felismina Maria Filgueiras.
Os pais, aparentados em Portugal, eram proprietários rurais em Icó (Ceará). O avô materno era português, José Pinto Coelho, natural de Silvares como o genro; fora o terceiro marido de Josefa Rosa Leonarda Accioly, batizada em Icó em 1758. Era Rosa Leonarda filha do cel. João Bento da Silva e Oliveira e de Jacinta Alexandrina de Moura Accioly, e por esta Jacinta, neta de Rosa Maria Pereira de Moura (filha de Filipe de Moura Achioli, alcaide-mor de Olinda e da prima D. Margarida Achioli) e de seu primo, o madeirense Jacinto de Freitas Achioli de Albuquerque.
Formação, início da carreira política
Formou-se em direito pelo Faculdade de Direito do Recife, em 1864, quando acrescentou o Accioly da avó materna a seu nome.
Nogueira Accioly - preferia escrever o nome com y - deveu ao sogro, o senador Pompeu, sua ascensão política. Sucede, ao fim do império, ao sogro na cadeira senatória, mas não chega a tomar posse devido à proclamação da república.
Sua grande oportunidade política se deu quando Bezerril Fontenelle assumiu o governo no quadriênio de 1892 a 1896, pois passou a ser vice-presidente do estado. Quando da sucessão de Bezerril Fontenele, este indicou Accioli para substituí-lo. Bezerril havia ganhado algum prestígio durante o seu governo, sendo Accioly eleito presidente do Ceará no quadriênio de 1896 a 1900.
Primeiro governo Accioly
Frustrando todas as expectativas do povo cearense, Accioly utiliza-se do poder para desenvolver a sua oligarquia. Tinha todo o apoio do governo federal e estadual, para os quais era considerado um homem honrado e íntegro. Assim manipulou a política de forma que favorecesse familiares e correligionários. Accioly não deu prioridade a setores responsáveis pelo desenvolvimento do estado. Preferiu voltar-se para a construção de obras onde pudesse tirar vantagem pessoal. Como exemplo podemos citar a construção de cinco pontes sobre o rio Pacotí, encomendadas à França através da Casa Boris Fréres. O dinheiro das pontes apareceu nas contas do Estado, mas as pontes nunca foram construídas. Não podemos esquecer de dizer que Boris era correligionário de Accioly.
Durante a seca que assolou o estado em 1898 e 1900 a oligarquia acciolina fez vistas grossas ao sofrimento sertanejo. Além da fome, ocorreu no estado uma epidemia de varíola. Rodolfo Teófilo, opositor de Accioli, fabricava vacina contra a varíola, saia conscientizando o povo e aplicando-a em quem permitisse. O grupo acciolino perseguiu a Teófilo, alegando que ele assim agia para desmoralizar o governo.
Terminando o seu quadriênio, Accioly foi substituído por Dr. Pedro Borges que a princípio quis voltar-se contra seu antecessor, mas acabou fazendo um acordo com ele. Acordo este que beneficiou a ambos. Borges governou o Ceará até 1904, com grande influência de Accioly. Durante o governo de Borges foi criada a Academia Livre de Direito do Ceará, feita com um único propósito: beneficiar os filhos de Accioly.
Segundo governo Accioly
A oposição e o povo de Fortaleza continuou a sua luta contra o domínio acciolino. Mas ainda não foi dessa vez. Em 1908 Accioly é eleito novamente presidente do Ceará, do ano de 1908 a 1912 quando foi deposto. Muitos movimento surgiram para derrubar Accioly do poder. O mais importante deles foi a Passeata das Crianças. Liderada por mulheres cearenses, cerca de seiscentas crianças, todas vestidas de branco, com laços verdes-amarelos e ostentando no pescoço um medalhão do coronel Marcos Franco Rabelo, desfilaram pelas ruas de Fortaleza, cantando e sendo olhadas por, mais ou menos, oito mil pessoas.
O Babaquara, como era conhecido Accioly, enviou a polícia para combater o movimento. Esta agiu com rigor, tendo ocasionado a morte de várias pessoas. A reação de Accioly causou revolta no povo fortalezense que armou-se com o que pôde para tirar o Babaquara do poder. Accioly resolveu então renunciar. O responsável pelas negociações foi coronel gaúcho José Faustino, seu genro. A oposição aceitou a renúncia de Accioly desde que se cumprissem algumas condições, como:
- Accioly jamais seria candidato ao governo do Ceará (Se comprometeria a não aceitar qualquer ajuda do Governo Federal para recolocá-lo no governo do estado
- Deixaria de imediato o Palácio da Luz e se abrigaria no Quartel da Inspetoria do Ceará aguardando o primeiro navio que o levasse junto com a família para o Sul
- Deixaria dois reféns : José Accioly e Graccho Cardoso, tutelados, mas com livre trânsito
Exílio, morte do filho e morte de Nogueira Accioly
Deposto, é embarcado com a família, às pressas, para o Rio, num navio de cabotagem. Numa das escalas, bandidos de nome Clementino, pagos por grupos de seus opositores, invadem o navio, e matam seu filho Acciolito, Antônio Pinto Nogueira Accioly Filho. Ainda assim, Nogueira Accioly chega ao Rio, onde viverá até a morte, em 14 de abril de 1921.
Nogueira Accioly era casado com Maria Teresa de Sousa Brasil, filha do Senador Pompeu, e um de seus filhos, José Pompeu Pinto Accioly, foi senador da República pelo Ceará. Outro filho foi o embaixador Hildebrando Accioly. A esta dinastia familiar unia-se através de casamento o político udenista Juracy Magalhães, e, por sua primeira mulher a senadora Patrícia Saboya, o político cearense Ciro Gomes.
Fonte: WP
"Siará Grande- Uma Província Portuguesa no Nordeste Oriental do Brasil"- do autor Francisco Augusto de Araújo Lima, volume III página 1468, 1501, 1509 (n. 11/09/1840)
Antônio Pinto Nogueira Accioly's Timeline
1840 |
October 11, 1840
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Icó, Icó, Ceará, Brazil
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1868 |
July 30, 1868
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Fortaleza, CE, Brazil
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1869 |
October 16, 1869
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Fortaleza, Fortaleza, Ceará, Brazil
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1872 |
1872
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Rio De Janeiro, Rio De Janeiro, Brasil, Brazil
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1873 |
May 11, 1873
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Fortaleza, Ceara, Brazil
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1874 |
1874
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Brazil
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1877 |
March 13, 1877
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Brazil
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1880 |
1880
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Brazil
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1888 |
June 25, 1888
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Fortaleza, Ceara, Brazil
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