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About Antonio Florêncio da Silveira
Teve por padrinhos Antonio da Silveira e Mariana Angélica da Silveira, foi batizado pelo padre Pedro José da Silveira. Casou-se em Itu em 13 de outubro de 1836 na presença do pai e de José Joaquim Rodrigues de Arruda.
PÂNICO DE 1842
Os dirigente dos rebeldes piracicabanos na revolução de 1842, como já foi dito no capitulo anterior, eram: o vigário colado padre Manoel José de França, o senador Vergueiro e o Gordo; estes dois últimos tinham as suas propriedades agrícolas em Limeira e o ultimo veio a ser, mais tarde, sogro do coronel Carlos Botelho e dos drs. Moraes Barros.
Logo depois da noticia da fuga dos chefes revoltosos em Sorocaba, o padre França retirou-se para Araraquara, o senador Vergueiro foi com outros chefes políticos da Capivari jogar o solo na fazenda de Jucá Fernando, nas divisas entre Capivari e Piracicaba, permanecendo aqui apenas o Gordo.
Gordo, durante o primeiro mês da revolução, tornou-se um infatigável, percorrendo a zona de Limeira, Piracicaba e Capivari e instigando os liberais a auxiliarem o mais possível a Coluna Libertadora.
Usava, porém, de uma linguagem desbragada e inconveniente contra todos os chefes da legalidade. Tratava-os de "cascudos, "corcundas", e "absolutistas" e quando se referia ao Barão de Monte Alegre, presidente da província, e grande proprietário de engenhos de açúcar em Piracicaba, chamava-o de ex-presidente BAHIA ou simplesmente —o "bahiano”.
Com a noticia da aproximação do capitão Butiá, Gordo retirou-se para a grande chácara do Enxofre, porém ali demorou se apenas dois ou três dias, por não poder suportar os enxames de pernilongos no rancho do canavial, onde se homisiara e porque recebera a noticia inteiramente falsa que Castanho e Idalgo tinham sido presos e vinham algemados e a pé dentro de um quadrado de "periquitos" — nome esse que davam aos soldados do exercito, por causa da farda verde que usavam.
Gordo entendeu que seria preferível esconder-se, e ser preso na própria casa do chefe cascudo” major António Fiusa de Almeida, do que ali no canavial.
Valeu-se, para isso, do seguinte expediente, que surtiu efeito por ser baixo e gordo: vestiu-se com roupa grossa de mulher, pintou de preto o rosto e as mãos, pôs um balaio na cabeça, partiu para a casa de Fiusa e ali, penetrando corredor adentro, ao avistar dona Rita Fiusa assentada na rede da varanda, deu o “louvado», tal como faziam as escravas. Dona Rita logo que reconheceu.
Gordo, perguntou-lhe como é que se apresentava, nesta ocasião tão fora de propósito, na casa de um inimigo político, que, aquelas horas, com outros o procuravam para prender; ao que respondeu Gordo que vinha a procura de guarida e se por acaso naquela casa fosse preso, tinha a certeza que não seria maltratado pelos soldados.
Dona Rita, paulista egrégia, aconselhou a Gordo que se ocultasse no pavimento térreo de sua casa e mesmo tempo recomendou às suas escravas que não denunciassem a vinda desse hóspede.
Ao chegar Fiusa, dona Rita fez-lhe ciente da resolução que tomara em sua ausência e ponderou que competia a ele decidir o que entendesse ser mais acertado. Fiusa de Almeida não só aprovou o procedimento de esposa como ainda acrescentou: o que vai acontecer é que temos de dar-lhe asilo até que venha a anistia.
Esse rasgo de generosidade hospitaleira, da família paulista, não é o único caso registrado durante a revolução- fatos quase que idênticos se deram em Campinas, Jundiaí e Itú.
No dia seguinte à acolhida dada a Gordo, o capitão Butiá visitava a Fiusa, em casa deste, e iniciou a sua palestra lamentando o fato de ainda não ter podido prender Gordo. É a essa «boava», dizia ele , que eu quero agarrar e mostrar a esse dêsbriado o quanto vale estar apoiando o Rafael Tobias, esse desenfreado inimigo de todos que não são paulistas" !
Gordo, debaixo da sala de visitas e em um quarto com pouca altura do chão, arranhava o soalho debaixo da cadeira em que estava asssentado Fiuza, cada vez que Buitá citava o seu nome, indicando, naturalmente, que estava ouvindo o que diziam, que estava garantido, ou que tinha chiste a bravata militar.
Os legalistas ou «cascudos» de Piracicaba, que estiveram cabisbaixos nos primeiros dias do movimento revolucionário, com a aproximação do pelotão do exército, comandado pelo capitão Butiá, assentaram de tirar a sua desforra, amedrontando os adeptos da revolução. E, realmente despicaram-se dos doestos e troças recebidos.
O capitão João Francisco de Oliveira Leme, homem de bastante trato social, que se exprimia bem e que muito blasonou no inicio da revolução, agora deixou-se apanhar pelo pânico de um modo lamentável. Ao receber a notícia trazida pelo portador de Idalgo, escreveu uma carta ao seu compadre António Florêncio da Silveira, no bairro do Rio das Pedras pedindo condução e se possível viesse ele mesmo buscá-lo, pois, sentia-se abatido e receava faltar-lhe animo para fazer a caminhada sozinho.
No dia seguinte António Florêncio encontrou a porta da casa do capitão João Francisco cerrada e foi descobri-lo no quintal, junto a uma toiça de bananeira, pálido e tremulo, em virtude de ter acreditado na balela da que o seu bom e velho amigo Pedro Ferraz Castanho vinha algemado e escoltado pelos «periquitos».
Para maior efeito do pânico os cascudos aconselhavam aos liberais que deixassem a vila quanto antes, e fossem para sítios diversos afim de não serem presos e a outros menos timoratos que desejavam informar ao capitão Butiá que a debandada Piracicaba era completa — não havendo um só rebelde para semente e que tal informação faria com que a permanência desse oficial na Vila fosse de curta duração, poupando a população de estar suportando por muito tempo os soldados desalmados das tropas de linha. Levado por essa primeira injunção, entre outros, Caetano da Cunha Caldeira deliberou deixar a Vila o foi para o seu sito, além do Congonhal.
Ao se aproximar desse ribeirão começou a ouvir gritos de gente que o seguia cada vez mais de perto; desviou então a sua cavalgadura para um carreador já abandonado, porém logo adiante encontrou um terreno alagadiço e com as estivas já apodrecidas. Tratou então de transpô-lo, puxando o animal; porém, logo que deu os primeiros passos uma das estivas cedeu e ficou ele com um dos pés atolado e ao sacá-lo fora descalçou se lhe a bota do pé.
Sem perda de tempo deixou ficar a bota, montou de novo e voltou o animal a toda pressa para o caminho que tinha deixado.
O pajem, um africano, que observara ter Caldeira deixado um pé das botas, se apressou em apanhá-lo, o que fez e de galope foi ao alcance do seu senhor.
Avistando-o gritou:bota, sinhô... bota, sinhô...
Cunha Caldeira, julgando que vinham perto os seus perseguidores, deu rédeas ao seu animal e só muito depois, quando o africano repetiu com insistência: pare, sinhô...bota tá aí... bota tá aí...é que ele sofreou seu animal...
Foi curta a estada do capitão Butiá na Vila da Constituição, que o povo teimava em chamar de Piracicaba, e aqui não foi realizada qualquer prisão, constando apenas que houve busca e apreensão de cartas e documentos comprometedores em casa do vigário padre França.
Com a retirada do capitão Butiá terminou o pânico de 42.
HUGO CAPETO
Хронология Antonio Florêncio da Silveira
1817 |
24 мая 1817
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Itu, Itu, State of São Paulo, Brazil (Бразилия)
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24 мая 1817
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Itu, São Paulo, Brasil
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1838 |
17 апреля 1838
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Piracicaba, Piracicaba, São Paulo, Brazil (Бразилия)
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1843 |
8 марта 1843
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Piracicaba, Piracicaba, São Paulo, Brazil (Бразилия)
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Piracicaba, Piracicaba, São Paulo, Brazil (Бразилия)
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