Antonio Pedroso de Alvarenga

Antonio Pedroso de Alvarenga.

A seu respeito escrever Pedro Taques: "foi nobre cidadão de S. Paulo com grande respeito e potentado em arcos de índios que conquistou no sertão que penetrou em várias entradas. Depois do falecimento de dom Francisco de Sousa em 1611, que havia chegado em 1609 feito governador administrador geral das três capitanias: do Rio de Janeiro, do Espirito Santo e de S. Paulo, trazendo a mercê de marquês das minas com 30 mil cruzados de juro herdade, e com os mais amplos poderes que até então não se tinham concedido a vassalo algum sem subordinação ao governador geral do Estado, e com alvará do rei para dar hábitos de Cristo aos mineiros, dar o foro de fidalgo da casa, o de cavaleiro fidalgo e o de moço da câmara; e ultimamente para em sua ausência deixar em seu lugar a quem entendesse, nada conseguindo porque a morte atalhou o progresso dos descobrimentos a que tinha vindo; e nomeando em seu lugar a seu f.º dom Luiz de Sousa este tomou posse desses cargos em S. Paulo no mesmo ano da morte de seu pai em 1611. Animando aos paulistas mais poderosos e experientes dos sertões para a empresa de intentarem descobrimentos de minas de ouro ou prata, se encarregou desta importantíssima conduta Antonio Pedroso de Alvarenga que, formando uma grande tropa à sua custa, com ela penetrou distante de S. Paulo mais de 300 léguas, e se achou em 1616 postado no centro do sertão do grande rio Paraupava ao norte da capitania, hoje de Goyases, e encaminha o curso de suas águas para o caudaloso rio do Maranhão."

Aí faleceu seu cunhado Pedro de Araujo, de quem tratamos no Cap. 6.º. Por esses serviços foi premiado com o posto de sargento-mor da comarca da capitania de S. Vicente e S. Paulo com o soldo de 80$000. Foi casado com Anna Corrêa, natural da capitania do Espirito Santo, irmã de Merencia Vaz que foi casada com Luiz Monteiro de Alvarenga, à pág. 285 deste, f.ªs de Antonio Vaz Guedes, natural de Menzamfrio, e de Margarida Corrêa. Não deixou geração.