Cornelius Arzam

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Cornélio de Arzão, o Flamengo

Portuguese: Cornelius/Cornélio, 'o Flamengo' de Arzam/Arzão, o Flamengo
Also Known As: "Cornelio de Arzam", "Cornelius Arzam"
Birthdate:
Death: April 1638 (49-58)
Sao Paulo, São Paulo, Brazil
Place of Burial: São Paulo, São Paulo, State of São Paulo, Brazil
Immediate Family:

Husband of Elvira Rodrigues de Aguilar
Father of Maria Rodrigues de Arzão; Manuel Rodrigues Arzão; Ana Rodrigues Rodrigues de Arzão; Suzana Rodrigues de Arzan; Cornélio Rodrigues de Arzão and 1 other

Occupation: Brandeirante; Sertanista; Fazendeiro; Construtor de moinhos de ferro. Foi o primeiro a introduzir a cultura do trigo em São Paulo.
Managed by: Ana Toledo - Curadora
Last Updated:

About Cornelius Arzam

  • Genealogia Paulistana
  • Luiz Gonzaga da Silva Leme (1852-1919)
  • Vol VII - Pág. 315 a 343
  • Tit.
  • ===Arzam
  • ===

Pág. 315

Esta família, que contou entre os bandeirantes e exploradores do sertão vários vultos preeminentes, teve começo em São Paulo, em Cornelio de Arzam. Natural de Flandres, homem estimado e de recursos, que veio à capitania de São Vicente na companhia de Dom Francisco de Sousa, para edificar os engenhos das minas da Vila de São Paulo com 200 cruzados de salário, como consta do requerimento que fez em 1627 ao capitão-mor Alvaro Luiz do Valle, em que pedia uma sesmaria, que lhe foi concedida, atenta à pobreza em que então se achava, por terem sido seus bens confiscados em 1620, em conseqüência da pena de excomunhão contra ele lançada pelos padres da Companhia de Jesus (vide Azevedo Marques, Apontamentos Hist.) (1)

____________________

(1) Cremos que a data (1620) mencionada por Azevedo marques para o confisco dos bens de Cornelio de Arzam e a do requerimento de sesmaria são erradas, porque dos autos do inventário do dito Cornelio de Arzam consta que o confisco, isto é, a arrecadação e praça dos bens promovidas pelo meirinho da Inquisição teve lugar em 1628, quando ainda estava preso dito Arzam. Portanto o requerimento deve ser posterior a esta data.

Pág. 316

Este Cornelio de Arzam foi quem reconstruiu a matriz de São Paulo em 1610 por autorização da câmara da mesma Vila composta dos oficiais: Mathias de Oliveira, Belchior da Costa, Manoel da Costa Pino e outros. Casou com Elvira Rodrigues f.ª. do capitão-mor Martim Fernandes Tenorio de Aguilar, pessoa nobre e da governança da terra, V. 4º pág. 508; e faleceu em 1638.

Veio ao Brasil para construir engenhos de ferro, em 1609.

Fonte: [http://www.fidelis-soares.com/getperson.php?personID=I02374&tree=1]

INVENTÁRIO DA FAZENDA DE CORNÉLIO DE ARZÃO MANDADO FAZER PELA INQUISIÇÂO

Vol 12, fls 71 a 127 http://www.projetocompartilhar.org/SAESPp/corneliodearzao1638.htm

Anno do Nascimento de Jesus Cristo de mil seissentos e vinte e oito annos ao primeiro dia do mez de abril do dito anno no termo da villa de São Paulo capitania de São Vicente partes do Brazil no termo desta vila donde chamam Piratiabae roça e fazenda de Cornélio de Arzão onde veio o Juiz ordinário da villa Francisco de Paiva trazendo comsigo a Liguel Ribeiro meirinho da Santa Inquisição por ordem e mandado do Senhor Inquisidor Luiz Pires da Veiga trazendo mais comsigo a mim Tabelião ao diante nomeado, e ao tabelião Simão Borges de Cerqueira , e sendo aqui nesta fazenda a meia noite pouco mais ou menos chegando as portas da dita casa do dito Cornélio de Arzão logo o dito meirinho Miguel Ribeiro bateu a porta da dita casa dizendo que da parte da Santa Inquisição lhe abrissem a porta a qual foi aberta pela mulher do dito Cornélio de Arzão Elvira Rodrigues e juntamente com um irmão seu por nome Pedro Rodrigues Tenório e sendo aberta a porta da dita casa logo pelo dito meirinho Miguel Ribeiro e o dito Francisco de Paiva lhe foi mandado por parte da Santa Inquisição entregasse as chaves da dita casa e de todas as caixas que tivesse e declarasse toda a fazenda que nella havia a qual disse e declarou que na dita casa em que estava e nós todos entramos não havia mais que uma fraqueira em que estavam sete frascos juntamente duas tamboladeiras de prata e três digo uma maior e outra mais pequena e três colheres de prata, e que na dita casa não havia mais gente que gente de serviço, negros da terra e que em outra casa que junta estava estavam duas caixas em que tinha algumas coisas e que fossem ver, e logo se foi ver deixando na dita casa que primeiro vimos guardas e bom recado como o caso requeria e do que dentro estava se fez inventário seguinte perante o dito juiz e meirinho e a dita Elvira Rodrigues por mão saber e assignou por ella Belchior de Borba forasteiro que ahi se achou eu Fernão Rodrigues Cordova tabelião escrevi.

(Seguem as avaliações da frasqueira, tachos, todo o tipo de ferramentas, pratos de estanho, gado, porcos, um pano cozido com 9920 em dinheiro, relicário, roupas, tecidos, 27 grãos de ouro e quatro pérolas, louça, um par de óculos, facas e facões, uma negra da Guiné e seu filho, armas, plantações de algodão, mandioca, aves, gentio da terra)

E logo no ditto mês e anno acima e atraz declarado sendo feito esse inventário ....foi dado juramento na Cruz da vara em nome dos Santos Evangelhos a mulher do preso Cornélio de Arzão a requerimento do meirinho do Santo Oficio.......

Aos dois dias do mez de Abril ...o dito Juiz Francisco de Paiva e o meirinho do Santo Oficio Miguel Ribeiro trazendo a mim tabelião nos partimos do sitio de Cornélio de Arzão atraz declarado e dahi fomos a uma casa que está na roça do dito Cornélio de Arzão para sabermos o que nella havia e achamos o abaixo declarado. (milho, moinho, casas, ferramentas, pouco mobiliário)

(Segue avaliações das casas e seus pertences na vila e o rol dos conhecimentos, i. é. devedores)

Escripturas

   Carta de data de sesmaria de meia légua nos matos do Bihi
   Casas defronte à casa do Vigário
   Umas terras em Bohi
   Sessenta e seis braças de terras em Birapoera
   Chãos na banda de Santo Antonio
   Cinco braças de chãos em Santos
   Terras em Bohi compradas a Matias de Oliveira
   Uma légua no Covatão merim correndo para Piaçagoera
   Um conhecimento pelo qual Miguel Gonçalves Correia que era ido ao Peru, devia 16$000 ao dito preso.

Penhoras feitas aos oficiais da Câmara do ano de 1610, referentes ao que a Câmara devia ao preso Cornélio de Arzão pelo feitio da Matriz.

Pagaram:

   Mathias de Oliveira
   Bento de Oliveira por seu irmão Gaspar de Oliveira por conta do inventário de Francisco da Gama
   Catarina Dias por seu marido defunto Garcia Rodrigues
   Manuel da Costa e Miguel Ribeiro como herdeiros de Belchior da Costa
   Bernardo de Quadros, por ter sido oficial da Câmara em 1610

LEILÃO

(Segue o leilão de todos os bens em praça pública, exceto o ouro, prata, pérolas e moeda que foram direto para o bolso do meirinho. O meirinho também recebeu o dinheiro dos credores)

A Saga de Cornélio de Arzão http://retratosdefamiliabh.blogspot.nl/2013/04/a-saga-de-cornelio-d...

O primeiro século após o descobrimento do Brasil caracterizou-se como um duro período de viagens exploratórias para reconhecimento do litoral. Após um levantamento, mais ou menos preciso, de toda a costa, do Amazonas até o Rio da Prata, empreitada que se deu às custas de muitos sacrifícios, mortes por naufrágios, ou colonizadores mortos por atos de canibalismo por parte das tribos bravias costeiras, houve uma busca incessante de conhecimentos do interior da nova terra, que se mostrava promissora. Ao mesmo tempo ameaçadora pelo desconhecimento de seu terreno e pela presença das já citadas tribos indígenas, umas mais, outras menos ferozes.

Em 1591, chega ao Brasil, mais exatamente a Salvador, Bahia, o flamengo, natural de Bruges, Flandres, Cornelius Arzam (nome aportuguesado para Cornélio de Arzão), trazido, junto com inúmeros outros técnicos, mestres de obras, construtores, engenheiros, arquitetos e pedreiros especializados, por D. Francisco de Sousa, o sétimo governador geral do Brasil. Tais profissionais haviam sido contratados para a construção de edifícios públicos e particulares em Salvador, técnicos cujos gabaritos eram somente encontrados na Inglaterra, França, Holanda e Flandres. Naturalmente, grande parte deles era de origem judaica, incluindo Cornélio de Arzão, mas tudo indica que haviam se convertido ao cristianismo, isto é, haviam se tornado cristãos-novos. [...]

A origem judaica de Cornélio de Arzão (na ocasião quase certamente já era cristão-novo) não passou despercebida por muitos, dentre eles os jesuítas. Provavelmente foi acusado de ser judaizante (praticar o judaísmo às escondidas, no recesso do lar) e preso. O processo que sofreu, a partir de 1617/18, acusado que foi pela Inquisição de crimes (não pudemos constatar quais foram no relato de qualquer historiador e em nenhuma publicação encontramos qualquer referência a supostos delitos), levou-o à prisão, ocorrida em 1620. Foi levado para Portugal e permaneceu encarcerado em Setúbal, ao sul de Lisboa, por 6 anos. Quando foi libertado, ao se verificar a inconsistência das provas contra ele, foi autorizado a embarcar de volta ao Brasil, tendo saído direto da prisão para o navio em Setúbal. Não lhe foi permitido manter contatos com o povo da metrópole. Ao voltar, refez sua vida, retomou seus negócios regulares, honestos por sinal, recuperou sua honra, dignidade e o respeito que a população de São Paulo lhe devotava. Seu patrimônio, apenas em parte, foi reconstruído.

Seus bens haviam sido sequestrados pela Inquisição e levados à hasta pública pelo meirinho. Tal fato levou-o a uma pobreza tal que, possivelmente em 1627/28, solicitou uma sesmaria para sua sobrevivência. Isso revelou sua extraordinária capacidade de recuperação e empreendedorismo. Poucos de seus bens lhe haviam sido restituídos e ele teve de recomeçar praticamente do zero após a expropriação. Obteve sua sesmaria na região da atual Cubatão, onde trabalhou intensamente por alguns anos. Provavelmente, em decorrência de seu trabalho ingente, profícuo, tenaz e também pelo estresse acumulado em anos de perseguição injusta, faleceu em 1638, deixando algum patrimônio aos seus herdeiros, seis filhos, como já descrito.

É uma incógnita até hoje os reais motivos da perseguição que a Inquisição moveu contra Cornélio de Arzão. Os autores citados, falam apenas em divergências com os padres da Companhia de Jesus (jesuítas). Certamente Arzão era um cristão-novo, e por algum tempo tentou evitar problemas com as autoridades eclesiásticas de São Paulo. A acusação de ser judaizante, baseada em motivos puramente religiosos, sem outros argumentos mais consistentes, poderia ser uma alegação fraca demais dada importância do flamengo em São Vicente e na vila de São Paulo do primeiro quartel do século XVII. Provavelmente houve outras causas menos nobres.

Pudemos encontrar uma amostra do que possivelmente ocorreu na descrição de outro autor, Alcântara Machado, em seu clássico Vida e Morte do Bandeirante, cuja primeira edição é de 1929. Em seu relato podemos observar toda a solércia de que Arzão foi vítima, como era o ambiente de inveja, de ódio sub-reptício, o ambiente religioso-persecutório da época propiciado pela Inquisição, apesar de estarmos vivendo nos trópicos, bem longe da metrópole, tão próximo ao sertão, onde os costumes eram bem mais relaxados e a moral extremamente flexível. Alcântara Machado é por demais esclarecedor dos fatos escabrosos que ocorreram quando nos diz (Belo Horizonte. Editora Itatiaia Ltda – Editora da Universidade de São Paulo, 1980, pág. 193-195): ão fatos posteriores à época de que nos vimos ocupando. Mas um dos inventários em estudo denuncia que, já em começos do século XVII, a Inquisição corveja sobre a cabeça e a fortuna dos vicentistas. Provam-no os autos, em que se dá conta de toda a fazenda sequestrada e botada em inventário de Cornélio de Arzam, flamengo, aqui morador, pelo Santo Ofício. ... A 1º. de abril desse ano, por ordem e mandado do senhor inquisidor Luiz Pires da Veiga, o mesmo deputado do Santo Ofício que, em 1626 percorreu como visitador as colônias africanas o juiz ordinário Francisco de Paiva, se transportou ao lugar donde chamam Piratibae levando consigo Manuel Ribeiro, meirinho da Santa Inquisição e os tabeliães Simão Borges de Cerqueira e Fernão Rodrigues de Córdova. Era meia-noite, mais ou menos, quando chegou a comitiva à roça e fazenda do desventurado. O meirinho bateu à porta da casa, dizendo, da parte da santa inquisição, que lha abrissem. Sobrevindo a mulher do réu, mandou-lhe o juiz que entregasse as chaves da casa e de todas as caixas que tivesse. Na manhã seguinte começaram o arrolamento e a avaliação dos bens, prestando os avaliadores o juramento aos Santos Evangelhos sobre a cruz que o meirinho traz no peito, insígnia do Santo Ofício. Nada escapou às garras da Justiça: duas peças de Guiné, ferramentas de lavoura e de carpintaria, pratos de estanho, prato e tigelas de louça de Lisboa, retalhos de sarja, de raxeta, de picote, de bertanjil, de baeta, de tafetá, de canequim, de sarjeta do senhor, de bombazina, de paratudo, de pano de algodão, meias velhas, ligas de tafetá pardo guarnecido com suas pontas, um saio de mulher, de grisê azul passamado, vinte e sete grãos de ouro, quatro aljofres, trinta e duas patacas, um esgaravatador sobredourado, um relicário e um óculo de Flandres de olhar ao longe, que se não avaliou por não se saber o que vale. Em continuação foram sequestrados um outro sítio com o seu moinho de moer trigo moente e corrente, a metade do Engenho de Ferro, que não se avaliou por não haver pessoa que o entenda, as casas da vila, as dividas ativas. Constam estas últimas de um termo das pessoas que saíram a excomunhão, isto é, que, para não incorrerem em semelhante pena, acusaram em juízo o que deviam ao preso. Entre esses devedores figuram Bernardo de Quadros e os herdeiros de Belchior da Costa, responsáveis pelo que se deve a Cornélio de Arzam das obras que fez na Igreja Matriz, como oficiais da república que eram no tempo que se arrecadou a finta da dita Igreja. Com a venda dos bens em hasta pública e a arrecadação das dívidas terminam os autos. Deles não consta, nem os cronistas esclarecem, qual o desfecho do processo. Mas o erudito investigador Félix Guisard Filho teve a fortuna de encontrar nos arquivos da Torre do Tombo (secção Inquisição) os autos do processo, e a gentileza de comunicar-me a cópia, que obteve, da decisão. Eis, guardada a ortografia do original, o que diz a sentença: “Acordam os inquisidores e deputados da Santa Inquisição... que vistos estes autos e qualidade das culpas de Cornélio Arzinga... flamengo, nelles conteúdo e asyla (?) diligencia no caso feita, cõ o mais que pelos dictos se mostrar, mandão que o dito Cornelio seja solto e se va em pas e do proprio onde está se hirá a embarcar para sua terra, e não entrará na villa de Setubal, onde foi preso... e o amostão que faça todolos auctos de bom catholico christão, e se confesse as 3 pascoas do anno, e nelas receba o Santissimo Sacramento de conselho de seu cura e que seja muito atentado em suas falas nos casos semelhantes, sob pena de ser gravemente castigado.” Daí se vê que Cornélio foi preso, não em S. Paulo, mas na metrópole, e que as suas culpas eram despidas de gravidade, consistindo provavelmente em palavras levianas, de ortodoxia duvidosa. Restituido à liberdade, Cornélio de Arzam voltou a S. Paulo. O inventário, a que se procedeu, quando de seu falecimento, em 1638, demonstra a existência de um acervo estimado em 562$740. (Itálicos no original).

Cornélio de Arzam chegou a São Paulo em 1609, quando Martim Rodrigues já havia partido em sua bandeira mal afortunada. Foi sua sogra, Suzana Rodrigues, quem tratou de seu casamento com Elvira. Nunca conheceu o sogro. Foi várias vezes denunciado à Inquisição e em 1628 teve seus bens sequestrados, conforme o documento abaixo. Nesta ocasião o cunhado Pedro Tenório, filho bastardo de Martim Rodrigues, (não incluído na GP), morava em sua casa.

Filhos:

  • 1- Maria, nascida por 1613
  • 2- Manoel, nascido por 1616: (neste site - Sesmarias vol. 01, 158) Manoel de Arzão - 1640 - f filho e neto de conquistadores, terras na cabeceira de Belchior de Borba. Casou aos 13-01-1642 na Sé de São Paulo com Maria Afonso também referida em alguns assentos paroquiais como Maria de Azevedo. Aos 06-10-1677 recebeu provisão passada na Bahia por Antonio Garcia para assumir o cargo de Capitão de Infantaria da Ordenança do Bairro de Santo Amaro, antes ocupado por Francisco Furtado porque, estando vago o posto, "convem prove-lo em pessoa de pratica da disciplina militar e experiência da guerra: tendo nós consideração ao bem que todas estas partes e qualidades concorrem, na pessoa de Monoel Rodrigues de Arzão ... (RGCSP, vol 3º, flas 277). Tiveram vários filhos entre eles:
  • - Suzana Rodrigues de Arzam, casada com Manoel Gonçalves Malio, filho de Baltazar Gonçalvez Malio e Domingas de Abreu, todos moradores em Santo Amaro, onde batizaram os filhos e onde faleceram, Manoel em 1720 e Suzana aos 04-05-1754, sepultada dentro da Matriz de Santo Amaro. (ACMSP, códice 4-2-34). Além dos filhos legítimos, Manoel teve alguns naturais e outros bastardos, batizados e casados em Santo Amaro, conforme os livros paroquiais.
  • 3- Ana Rodrigues casada com Belchior de Borba (neste site - Sesmarias vol. 01, 157) Belchior de Borba - 1640 - No limite de Botura, nas cabeceiras de Tristão de Oliveira ou de Martim Rodrigues. Família “Borba Gato”, neste site
  • 4- Suzana, nascida por 1624.
  • 5- Brás Rodrigues de Arzão, nascido por 1626 (SAESP vol. 23º - neste site)
  • 6- Cornélio, nascido por 1628.

http://www.projetocompartilhar.org/SAESPp/corneliodearzao1638.htm

Known by : Cornélio Birth date : -- Deceased : 1638-10-30 Country of birth : Spain Place of birth : Flandres Flag of choice : Spain Related website : Http://www.geneall.net/W/per_page.php?id=1178583 Footnote : Livro "Os Antepassados" pág 57 e 58 volume: “Os Carneiros” inventários: http://www.projetocompartilhar.org/SAESPp/corneliodearzao1638.htm data do inventário: http://www.reocities.com/Athens/7452/belchiordeborbagato.html história da inquisição: www.novomilenio.inf.br/santos/h0380c22.htm, pág. 315 http://www.legal.adv.br/gen/arq/gp_vol_7.pdf início do título: Arzam, Vol VII do livo Genalogia Paulistana, de Luizz Gonzaga da Silva Leme www.novomilenio.inf.br/cubatao/ch101b.htm Sobrenome era: Arzing -------------------------------------------------------------------------------- 1º) Fazenda Cubatão Geral que pertencia aos ex-jesuítas, estava composta de diversas sesmarias concedidas a: 1º - Antonio Rodrigues de Almeida, demarcada em 1556 2º - Cornelio Arzão em 1627 Em 20/12/1627, capitão-mor Álvaro Luiz do Valle concedeu a Cornélio Arzão, por carta de data de sesmaria, uma légua de terra no Cubatão Miri Addicional information : :
www.novomilenio.inf.br/cubatao/ch101b.htm Fazenda Cubatão Geral - Histórico Dominial Procuradoria da Fazenda Nacional de São Paulo
--------------------------------------------------------------------------------

1º) Fazenda Cubatão Geral que pertencia aos ex-jesuítas, estava composta de diversas sesmarias concedidas a:

1º - Antonio Rodrigues de Almeida, demarcada em 1556 2º - Cornelio Arzão em 1627

Em 20/12/1627, capitão-mor Álvaro Luiz do Valle concedeu a Cornélio Arzão, por carta de data de sesmaria, uma légua de terra no Cubatão Mirim, correndo para Piaçagüera; descrita nessa da seguinte maneira:

"Uma legua de terras em quadra, que foram de Antonio Pinto, Miguel Arpes Maldonado, e dos Erasmos Esquetos de que já está de posse e tem feito beneficios e que começam nas cabeceiras das ditas terras do caminho de Piassaguera até o cume da terra e d'ahi correrão até o Cubatão Mirim, com suas entradas e sahidas, aguas e logradouros" [Doc. 2].

Caindo em desagrado dos padres da Cia. De Jesus, foi excomungado, perseguido e preso por muitos anos e seus bens seqüestrados, como se vê dos autos do seqüestro feito em 1628 ("Test. e Inv." Vol. 12 de fls. 71 a 127). Nestes autos essa sesmaria foi arrolada nos seguintes termos:

"uma carta de data do Capitão Alvaro Luiz do Valle de uma legua de terra no Govalfo Mirim correndo para Piaçaguera" [Doc. 3].

Todos os bens, seja qual for sua natureza, foram vendidos e continuaram a constituir o patrimônio da Cia. de Jesus e, posteriormente, foram incorporados à Fazenda Geral do Cubatão.

Do "Genealogia Paulistana", vol. VII, pág 315: http://www.legal.adv.br/gen/arq/gp_vol_7.pdf

"Tit. Arzam Esta família, que contou entre os bandeirantes e exploradores do sertão vários vultos preeminentes, teve começo em São Paulo, em Cornelio de Arzam. Natural de Flandres, homem estimado e de recursos, que veio à capitania de São Vicente na companhia de Dom Francisco de Sousa, para edificar os engenhos das minas da Vila de São Paulo com 200 cruzados de salário, como consta do requerimento que fez em 1627 ao capitão-mor Alvaro Luiz do Valle, em que pedia uma sesmaria, que lhe foi concedida, atenta à pobreza em que então se achava, por terem sido seus bens confiscados em 1620, em conseqüência da pena de excomunhão contra ele lançada pelos padres da Companhia de Jesus (vide Azevedo Marques, Apontamentos Hist.) (1) Este Cornelio de Arzam foi quem reconstruiu a matriz de São Paulo em 1610 por autorização da câmara da mesma Vila composta dos oficiais: Mathias de Oliveira, Belchior da Costa, Manoel da Costa Pino e outros. Casou com Elvira Rodrigues f.ª. do capitão-mor Martim Fernandes Tenorio de Aguilar, pessoa nobre e da governança da terra, V. 4º pág. 508; e faleceu em 1638. Teve 6 f.ºs. ____________________ (1) Cremos que a data (1620) mencionada por Azevedo marques para o confisco dos bens de Cornelio de Arzam e a do requerimento de sesmaria são erradas, porque dos autos do inventário do dito Cornelio de Arzam consta que o confisco, isto é, a arrecadação e praça dos bens promovidas pelo meirinho da Inquisição teve lugar em 1628, quando ainda estava preso dito Arzam. Portanto o requerimento deve ser posterior a esta data." De:www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.phtml?cod=188&cat=Ensaios

13050- Cornélio Darsan (ou Cornélio Arzam). N. em Flandres, na Bélgica. Fal. em 1638 no Brasil. C. em São Paulo (SP) c. Elvira Rodrigues, com quem teve os filhos Maria, Manoel, Ana, Susana, Brás e Cornélio Rodrigues de Arzam. Pessoa estimada e com recursos, que veio para a Capitania de S. Vicente em 1609, na companhia do Governador Francisco de Sousa, para edificar os engenhos das minas da Vila de S. Paulo, com duzentos cruzados de salário, como consta de requerimento de sesmaria (que lhe foi concedida) que apresentou em 1627 ao Capitão-Mor Álvaro Luís do Vale, onde está registrada a pobreza em que então se achava por terem sido seus bens confiscados por causa de pena de excomunhão contra ele lançada pelos padres da Companhia de Jesus. Carpinteiro, Cornélio Darsan reconstruiu a Matriz de S. Paulo em 1610, com autorização da Câmara Municipal. Foi o primeiro a introduzir em São Paulo (SP), em 1613, a lavoura de trigo, construindo para sua indústria um moinho no Anhangabaú. Esteve preso em 1628 por ser herege, tendo sido inventariado em vida devido ao ocorrido.

Em sc_gen@..., "Elpidio" escreveu Obrigado Nascimento,

A persistência proporciona algumas alegrias, e a minha foi achar o autógrafo do velho Cornélio de Arzão (Der Zan) e poder desvendar esse mistério. Além é claro da localização de seus Inventários e o Processo Inquisitorial, que é uma obra tragicômica, mas nos dá mostra de seu caráter. Veja um fragmento do processo.

[...]Em o Rio de Janeiro me des o Administrador húa denunciação q´se tinha feito [diante] delle de Cornelio Arzañ Flandes morador, e casado na villa de S. Paulo, de dizer q´ confessarse a sacerdotes erá confessarse a hum pao, E q´ em Flanda havia melhores Letrados q´ em Espanha, E q´ o Diabo Leuara na sua terra pellos ares huá Igreia de S. João q´era de catholicos q´de ordinario não hia a missa E trabalhava, E faz trabalhar moços seos nos Domingos E Dias S.tos de Guarda. [...]

[...] Ao outro dia o mandei prender, E confiscar seos bens. Pedio mesa dahi a dous ou tres dias. E confessou de plano q´elle era Calvino, q´não cria nos Sacram.tos da S.ta Madre Igreia, E q´não cria q´ o

Papa tiuese os poderes de Christo nosso s.or , E q´era hum homem como os outros, [...] (Transcrição de Elpidio Novaes Filho)

A Igreja a qual ele faz referência é uma Igreja Católica Romana, a Catedral de São João (Sint-Janskathedraal) de 's-Hertogenbosch, Noord Brabant, Holanda.

No ano de 1584, ano provável de seu nascimento, um incêndio irrompeu no alto da majestosa torre de madeira da dita Igreja. Logo toda a torre foi incendiada, e caiu sobre a própria catedral, levando consigo (pelos ares) grande parte da construção. Ela foi reconstruída e existe até hoje.

Enfim foi interessante descobrir algo mais de meu 9ºAvô.

Obrigado pela gentileza. Abraços, Elpidio http://www.treex.com/tree/goog_member.asp?cod_pessoa=1489833&id_tre...



Genealogia Paulistana

Luiz Gonzaga da Silva Leme (1852-1919)

Vol VII - Pág. 315 a 343

Tit. Arzam

Pág. 315

Esta família, que contou entre os bandeirantes e exploradores do sertão vários vultos preeminentes, teve começo em São Paulo, em

Cornelio de Arzam

. Natural de Flandres, homem estimado e de recursos, que veio à capitania de São Vicente na companhia de Dom Francisco de Sousa, para edificar os engenhos das minas da Vila de São Paulo com 200 cruzados de salário, como consta do requerimento que fez em 1627 ao capitão-mor Alvaro Luiz do Valle, em que pedia uma sesmaria, que lhe foi concedida, atenta à pobreza em que então se achava, por terem sido seus bens confiscados em 1620, em conseqüência da pena de excomunhão contra ele lançada pelos padres da Companhia de Jesus (vide Azevedo Marques, Apontamentos Hist.) (1)

____________________

(1) Cremos que a data (1620) mencionada por Azevedo marques para o confisco dos bens de Cornelio de Arzam e a do requerimento de sesmaria são erradas, porque dos autos do inventário do dito Cornelio de Arzam consta que o confisco, isto é, a arrecadação e praça dos bens promovidas pelo meirinho da Inquisição teve lugar em 1628, quando ainda estava preso dito Arzam. Portanto o requerimento deve ser posterior a esta data.

Pág. 316

Este Cornelio de Arzam foi quem reconstruiu a matriz de São Paulo em 1610 por autorização da câmara da mesma Vila composta dos oficiais: Mathias de Oliveira, Belchior da Costa, Manoel da Costa Pino e outros. Casou com Elvira Rodrigues f.ª. do capitão-mor Martim Fernandes Tenorio de Aguilar, pessoa nobre e da governança da terra, V. 4º pág. 508; e faleceu em 1638. Teve os 6 f.ºs. seguintes:

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Cornelius Arzam's Timeline

1584
1584
1612
1612
São Paulo, São Paulo, Brasil (Brazil)
1613
1613
1617
1617
Sao Paulo, São Paulo, Brazil
1620
1620
Sao Paulo
1624
1624
São Paulo, São Paulo, Brasil (Brazil)
1628
1628
1638
April 1638
Age 54
Sao Paulo, São Paulo, Brazil
????
São Paulo, São Paulo, State of São Paulo, Brazil