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Casimiro José Marques de Abreu

Birthdate:
Birthplace: Silva Jardim, State of Rio de Janeiro, Brazil
Death: October 18, 1860 (21)
Nova Friburgo, Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brazil (Tuberculose)
Place of Burial: Barra de São João, Rio de Janeiro, Brasil
Immediate Family:

Son of José Joaquim Marques de Abreu and Luiza Joaquina de Abreu
Fiancé of Joaquina Luiza Alvarenga Silva Peixoto
Brother of Albina Teresa; Maria Joaquina; Carolina and Julio
Half brother of Bonifácio

Occupation: Poeta
Managed by: Private User
Last Updated:

About Casimiro de Abreu

Casimiro de Abreu (Casimiro José Marques de Abreu), poeta, nasceu em Barra de São João (distrito da cidade que leva seu nome), RJ, em 4 de janeiro de 1839, e faleceu em Casimiro de Abreu, RJ, em 18 de outubro de 1860. É o patrono da cadeira n. 6 da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador Teixeira de Melo.

Era filho natural do abastado comerciante e fazendeiro português José Joaquim Marques Abreu e de Luísa Joaquina das Neves. O pai nunca residiu com a mãe de modo permanente, acentuando assim o caráter ilegal de uma origem que pode ter causado bastante humilhação ao poeta. Passou a maior parte da infância na propriedade materna, Fazenda da Prata, em Correntezas. Recebeu apenas instrução primária, estudando dos 11 aos 13 anos no Instituto Freeze, em Nova Friburgo (1849-1852), onde foi colega de Pedro Luís, seu grande amigo para o resto da vida. Em 1852 foi para o Rio de Janeiro praticar o comércio, atividade que lhe desagradava, e a que se submeteu por vontade do pai, com o qual viajou para Portugal no ano seguinte. Em Lisboa iniciou a atividade literária, publicando um conto e escrevendo a maior parte de suas poesias, exaltando as belezas do Brasil e cantando, com inocente ternura e sensibilidade quase infantil, suas saudades do país. Lá compôs também o drama Camões e o Jau, representado no teatro D. Fernando (1856), com grande sucesso. O poeta só tinha dezessete anos, e já colaborava na imprensa portuguesa, ao lado de Alexandre Herculano, Rebelo da Silva e outros. Não escrevia apenas versos. No mesmo ano de 1856, o jornal O Progresso imprimiu o folhetim “Carolina”, e na revista Ilustração Luso-Brasileira saíram os primeiros capítulos de “Camila”, recriação ficcional de uma visita ao Minho, terra de seu pai.

Em 1857, voltou ao Rio, onde continuou residindo a pretexto de continuar os estudos comerciais. Animava-se em festas carnavalescas e bailes e frequentava as rodas literárias, nas quais era bem relacionado. Colaborou em A Marmota, O Espelho, Revista Popular e no Correio Mercantil, de Francisco Otaviano. Nesse jornal, trabalhavam dois moços igualmente brilhantes: o jornalista Manuel Antônio de Almeida e o revisor Machado de Assis, seus companheiros em rodas literárias. Publicou As primaveras em 1859. Em 1860, morreu o pai, que sempre o amparou e custeou de bom grado as despesas da sua vida literária, apesar das queixas românticas feitas contra a imposição da carreira. A paixão absorvente que consagrou à poesia justifica a reação contra a visão limitada com que o velho Abreu procurava encaminhá-lo na vida prática.

Doente de tuberculose, buscou alívio no clima de Nova Friburgo. Sem obter melhora, recolhe-se à fazenda de Indaiaçu, No município que hoje leva seu nome, onde veio a falecer, seis meses depois do pai, faltando três meses para completar vinte e dois anos.

Em As primaveras acham-se os temas prediletos do poeta, e que o identificam como lírico-romântico: a nostalgia da infância, a saudade da terra natal, o gosto da natureza, a religiosidade ingênua, o pressentimento da morte, a exaltação da juventude, a devoção pela pátria e a idealização da mulher amada. A sua visão do mundo externo está condicionada estreitamente pelo universo do burguês brasileiro da época imperial, das chácaras e jardins. Trata de uma natureza onde se caça passarinho quando criança, onde se arma a rede para o devaneio ou se vai namorar quando rapaz.

À simplicidade da matéria poética corresponde o amaneiramento paralelo da forma. Casimiro de Abreu desdenha o verso branco e o soneto, prefere a estrofe regular, que melhor transmite a cadência da inspiração “doce e meiga” e o ritmo mais cantante. Colocado entre os poetas da segunda geração romântica, expressa, através de um estilo espontâneo, emoções simples e ingênuas. Estão ausentes na sua poesia a surda paixão carnal de Junqueira Freire, ou os desejos irritados, macerados, do insone Álvares de Azevedo. Ele pôde sublimar em lânguida ternura a sensualidade robusta, embora quase sempre bem disfarçada, dos seus poemas essencialmente diurnos, nos quais não se sente a tensão das vigílias. No poema “Violeta” configura a teoria do amor romântico, segundo a qual devem ficar subentendidos os aspectos sensuais mais diretos, devendo, ao contrário, ser manifestado, com o maior brilho e delicadeza possível, o que for idealização de conduta. “Meu livro negro”, em toda a sua obra, é o único momento de amargura violenta e rebeldia mais acentuada; noutros o drama apenas se infiltra, menos compacto. Em sua poesia, talvez exagerada no sentimentalismo e repleta de amor pela natureza, pela mãe e pela irmã, as emoções se sucedem sem violência, envolvidas num misto de saudade e de tristeza.

http://www.academia.org.br/academicos/casimiro-de-abreu/biografia

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Casimiro de Abreu's Timeline

1839
January 4, 1839
Silva Jardim, State of Rio de Janeiro, Brazil
1860
October 18, 1860
Age 21
Nova Friburgo, Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brazil
????
Capela de São João Batista, Barra de São João, Rio de Janeiro, Brasil (Brazil)