Francisco Facundo da Silva Tavares

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About Francisco Facundo da Silva Tavares

Francisco da Silva Tavares (Bagé, 5 de agosto de 1844 — Bagé, 18 de novembro de 1901) foi um advogado e político brasileiro, governador do Rio Grande do Sul na República Velha e líder civil da Revolução Federalista.

Décimo sétimo filho de João da Silva Tavares, Visconde de Cerro Alegre, e de Umbelina Nunes, Viscondessa de Cerro Alegre, em 1868 se formou bacharel em direito pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo.

De volta ao Rio Grande do Sul, exerceu o cargo de Promotor Público e filiou-se ao Partido Conservador, sendo eleito Deputado Provincial, cargo que ocupou em cinco legislaturas entre 1871 e 1888. Em 19 de abril de 1888 foi proclamado chefe do Partido Conservador no Rio Grande do Sul. Em 8 de julho de 1889, divulgou manifesto em que se declara republicano. No dia 19 do mesmo mês, seu irmão, o General Joca Tavares, também adere ao republicanismo e renuncia ao título nobiliárquico de Barão do Itaqui. Ainda em 1889 filia-se ao Partido Republicano Rio-grandense. Representou o Rio Grande do Sul na Câmara dos Deputados, entre 1886 a 1889, acumulando a função com a atuação na Assembléia Provincial.

Após a Proclamação da República, foi nomeado, pelo Presidente Deodoro da Fonseca, primeiro Vice-Governador do Estado. O telegrama do chefe do Governo Provisório é de 5 de maio de 1890: "Governo espera que aceiteis cargo primeiro Vice-Governador e que entreis logo em exercício. Deodoro". Ao assumir a vice-governança, em 6 de maio de 1890, torna-se, na prática, Governador do Estado, já que seu antecessor, Júlio Anacleto Falcão da Frota, havia se afastado. A indicação de Silva Tavares desperta forte oposição dos castilhistas, uma corrente do PRR liderada por Júlio Prates de Castilhos.

No dia 13 de maio daquele ano, durante as comemorações do aniversário da abolição da escravatura, houve um atrito entre castilhistas e a polícia, com o tiroteio, sendo ferido Barros Cassal, partidário de Castilhos. Mais tarde, no mesmo dia, o próprio Júlio de Castilhos esteve acompanhado de correligionários no Colégio Militar, arregimentando lá alunos da Escola e militares das forças regulares, e dirigindo-se então para o Palácio do Governo, cercando-o e exigindo a deposição do governador. Na falta de apoio, Tavares passou o governo para o general Carlos Machado de Bittencourt, comandante de armas, e envia um telegrama a Deodoro da Fonseca, pedindo demissão. Deodoro, amigo de Tavares e correligionário dele no tempo do Império, a principio não quis aceitar a demissão, mas por fim, em 24 de maio de 1890, assumiu o governo o novo indicado do Presidente, Cândido José da Costa.

Silva Tavares não deixaria a política, sendo, mais tarde, fundador do Partido Federalista do Rio Grande do Sul e importante líder e articulador civil durante a Revolução Federalista de 1893.

Fonte: WP

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O Dr. Francisco da Silva Tavares nasceu a 5 de agosto de 1844 em Bagé, sendo o 17º filho de João da Silva Tavares, Visconde com Grandeza de Serro Alegre, e de Umbelina Nunes, Viscondessa de Serro Alegre. Francisco da Silva Tavares foi para São Paulo, para concluir os estudos preparatórios possivelmente em 1861, aos 16 ou 17 anos de idade. Em 1864 ingressou no curso de Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito de São Paulo, dita do Largo São Francisco, onde se formou bacharel em Direito em 1868, aos 24 anos de idade. Em 2 de outubro de 1862, na Catedral de São Paulo, casou com Maria dos Prazeres Amor, natural de São Paulo, filha de Romão Jorge Amor, nascido em Lima, Peru, com pais espanhóis, e de Joaquina Moreira de Jesus, nascida em São Paulo e com origens, pelo lado paterno nos troncos quatrocentões paulistas. O casal, ainda em São Paulo, teve quatro filhos: João, nascido a 17 de abril de 1863, que faleceu em São Paulo a 17 de dezembro do mesmo ano; Armando, nascido a 3 de setembro de 1864; Zulmira, nascida em 24 de novembro de 1866 e Dario, nascido em 17 de agosto de 1868. Os outros cinco filhos - Alzira, Corina, Eurico, Ernestina e Otília - nasceram em Bagé, onde a família passou a residir, ao término do curso de Direito de Francisco. Com a herança de parte da Estância de Serro Alegre, de seus pais, em Bagé, Francisco estabeleceu a Estância São Francisco. Francisco da Silva Tavares faleceu em Bagé, a 18 de novembro de 1901, onde foi sepultado, contando 57 anos de idade. Sua viúva viria a falecer, também em Bagé, a 26 de junho de 1913, aos 66 anos. Deixaram sete filhos adultos e apenas um, o Cel. Eurico da Silva Tavares, sem descendentes. Os demais geraram 31 netos.

Atividades Políticas:

Regressando ao Rio Grande do Sul, Francisco da Silva Tavares filiou-se ao Partido Conservador, sendo eleito deputado da Assembléia Legislativa Provincial na 14ª Legislatura, de 1871 a 1872. Tornou a ser eleito para Assembléia Provincial na 17ª Legislatura, de 1877 a 1878 e nas 21ª, 22ª e 23ª Legislaturas, de 1883 a 1888, sempre pelo Partido Conservador, convivendo com Gaspar da Silveira Martins, do Partido Liberal. A 19 de abril de 1888 é proclamado chefe do Partido Conservador no Rio Grande do Sul. Em 8 de julho de 1889 divulgou manifesto em que se declara republicano. A 19 do mesmo mês seu irmão, o General Joca Tavares, também adere à idéia de república e renuncia ao título nobiliárquico de Barão de Itaqui. Na Legislatura seguinte, de 1889, que foi interrompida pela Proclamação da República em 15 de novembro de 1889, Francisco já estava no Partido Republicano Rio-Grandense (PRR). Foi representante do Rio Grande do Sul na Câmara dos Deputados, na 20ª Legislatura, de 1886 a 1889, acumulando pois as funções de Deputado à Assembléia Provincial. Sobre sua atividade legislativa no Império, foram divulgadas algumas intervenções suas nas Coletâneas de Discursos Parlamentares da Assembléia Legislativa da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Na sessão de 24 de dezembro de 1883, externa sua inteligência e cultura num discurso a favor do imposto direto, em determinado momento defendendo que as terras incultas devam ser taxadas com maior ônus que as cultivadas. Outros discursos, em favor do desenvolvimento industrial, são feitos em 19 de abril de 1871, e em 27 de dezembro de 1883. A 26 de março de 1884, pronuncia um interessante discurso contra o Partido Liberal, onde polemiza com Silveira Martins. Proclamada a República, foi nomeado, pelo Presidente Deodoro da Fonseca, primeiro vice-governador. O telegrama do chefe do Governo Provisório é de 5 de maio de 1890: "O Governo espera que aceiteis cargo primeiro vice-governador e que entreis logo em exercício. Deodoro". Assumindo o governo do Estado, montou o secretariado com pessoas de sua confiança. Desde o primeiro momento os castilhistas se manifestaram contra Tavares. No dia 13 de maio, a pretexto de comemorar o aniversário da abolição da escravatura houve um atrito entre populares simpatizantes de Castilhos e a polícia, com tiroteio, sendo ferido o castilhista Barros Cassal. Sabe-se que, depois disso, Castilhos esteve acompanhado de correligionários no Colégio Militar. Mais adiante alunos da Escola, apoiados pelas forças militares regulares dirigiram-se para o Palácio, onde o Governador Tavares estava reunido com auxiliares e representante das forças armadas. Na falta de apoio, Tavares passou o governo para o general Carlos Machado de Bittencourt, comandante de armas, sendo enviado um telegrama ao marechal Deodoro da Fonseca. Houve um pequeno atrito, pois o general queria que se declarasse que aceitara o governo para evitar derramamento de sangue, e Silva Tavares quis que se dissesse que ele não podia contar com os dois batalhões que se tinham reunido à Escola Militar e marchavam contra o Palácio. (MORITZ). A demissão de Silva Tavares, que a solicitou insistentemente, só foi concedida por Deodoro, seu velho amigo e correligionário no tempo do Império, a 21 de junho de 1890.

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Francisco Facundo da Silva Tavares's Timeline

1844
August 5, 1844
Rio Grande, RS, Brasil (Brazil)

Nasceu em Rio Grande, a 5 de Agosto de 1844.

1863
April 17, 1863
São Paulo, SP, Brasil (Brazil)
1864
September 3, 1864
São Paulo, SP, Brasil (Brazil)
1866
November 24, 1866
São Paulo, SP, Brasil (Brazil)
1868
August 17, 1868
São Paulo, SP, Brasil (Brazil)
1870
April 20, 1870
Bagé, RS, Brasil (Brazil)
1872
May 19, 1872
Bagé, RS, Brasil (Brazil)
1876
October 5, 1876
1878
August 1, 1878
Bagé, RS, Brasil (Brazil)