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Gerald Thomas Sievers

Birthdate:
Birthplace: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil (Brazil)
Immediate Family:

Son of Hans Gunther Sievers and Private
Husband of Daniela Thomas; Private and Private
Ex-husband of Fernanda Torres
Father of Private

Managed by: Private User
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Immediate Family

About Gerald Thomas

http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/historia/revolucionando-o-...

História Meu nome é

Gerald Thomas Sievers

. Nasci em Nova York, em 01 de julho de 1954. Meu pai é alemão, minha mãe é de Wales, País de Gales. O nome dele era Hans Gunther Sievers. E minha mãe é Ellen Lilly Renate Thomas Sievers. Eu tenho o pai que me criou, que é o pai que eu amo, que é o meu ídolo da vida e eu tenho um pai biológico, que eu fui saber aos 28 anos, que é outra pessoa. Meu avós paternos não eram judeus, mas foram para o campo de concentração anyway, porque trabalhavam para resistência dentro da Alemanha pelas forças aliadas, a favor das forças aliadas. Então, Hitler matou do mesmo jeito. Minha avó materna eu conheci: Paula Landsberg Thomas. Uma víbora, uma pessoa que levou o próprio filho dela ao suicídio. Irmão da minha mãe. Minha mãe foi descobrir o irmão dela mais velho, ela com nove e ele com 17 anos, ele enforcado no banheiro, porque ele era gay. Não que a minha avó se opusesse, ao contrário, ela só queria que ele se tornasse amante de um oficial da Gestapo, da SS, para que eles se safassem. E ele estava apaixonado por um cara e ele optou pelo suicídio. Quem achou o corpo no banheiro foi a minha mãe, e minha avó culpou a minha mãe pelo resto da existência dela por esse evento, como se minha mãe aos nove tivesse capacidade de enfocar o cara de 17. A minha impressão é que meus pais se conheceram em Londres, logo depois da guerra, porque meu pai foi um herói da guerra, porque lutou pela resistência, mas não foi aceito na Inglaterra, porque era alemão e não adiantava explicar, “Não, alemão é alemão, não adianta,”. Eles se mudaram para New Jersey porque meu pai conseguiu uma transferência da Lloyd’s Insurance Company para Prudential, nos Estados Unidos. Em New Jersey também o clima não estava muito para alemão, mas já tinha muito imigrante alemão de décadas anteriores, então, era melhor do que a Inglaterra. Eu tenho a impressão que se conheceram em Londres, mas pode ser que os dois tenham se conhecido em Belmar, New Jersey, eu não tenho muita certeza. Então, minha mãe primeiro veio para o Brasil, muito estranhamente ser babá do Chico Buarque e da Miúcha contratada pelo Sérgio Buarque de Holanda, mas não deu certo, porque ela ensinava inglês, alemão e francês para as crianças e depois ela tinha que comer na cozinha com as empregadas que comiam com as mãos feijão e arroz, ela ficava muito chocada com isso. Ela pediu demissão e voltou para Nova York, para New Jersey. Eu nasci em 54. A cidade chamava Belmar e é na costa, chama Jersey Shore, que é a praia de New Jersey. Eu sou filho único. A gente voltou para o Brasil quando eu tinha sete anos. Meu pai foi mudando. Não deu certo lá: “Escuta, vai para América Latina e tenta Caracas, tenta Buenos Aires, tenta Montevidéu.” Eu me lembro que quando me disseram: “Você está indo para o Brasil,” eu não sabia o que era isso. Eu fui reprovado tantas vezes, eu era chamado pela diretora do colégio, foi duro. Era o Colégio Brasileiro de Almeida, da família Tom Jobim que eu fui dirigir depois, como diretor. Eu morava Leblon, mas a escola era em Ipanema. Eu fui para o Pedro II logo depois, que é uma escola pública. Eu sei que a minha atenção foi desviada para desenho e pintura, então, eu virei aluno do Ivan Serpa e do Hélio Oiticica. Então, eu fui parar também na casa do Ziraldo. A minha parte de desenho, de teoria, eu tinha que sentar numa sala em Copacabana, onde tinha Vergara, Gerchman, Hélio, enfim, Lygia Pape, não Clark, mas a Pape, Antonio Manuel, onde discutiam Duchamp. O Ivan me recusou no curso prático no Museu de Arte Moderna, ele falou: “Esse menino é muito inteligente, ele vai para o Centro de Discussão,” eu fui numa sala em Copacabana. E eu cheguei lá eu tinha nove anos e todo mundo tinha 30. No caminho de volta para casa eu andava pela Avenida Nossa Senhora de Copacabana, parava na Galeria Alaska e ficava intrigado com os travestis, e entrevistava travesti. E eu ficava, eram super amorosos, carinhosos, não é esse barra pesada de hoje, eram pessoas lindas e tal. Era uma coisa natural, eu passava por ali todo dia, andava a pé, não via a hora de sair da discussão de Duchamp e Juan Gris, Tristan Tzara, Dadaísmo, Surrealismo. Eu saí do colégio com 12 anos e a família voltou a morar no Tennessee, no interior do Tennessee, Knoxville,Johnson City e Bristol, são três cidades chamada tri-cities, Unicoi County. Fiquei um ano no Tennessee, mas eu já era garoto de cidade grande, eu era garoto de Rio de Janeiro, cosmopolita, praia, de repente estava numa cidade de mil habitantes. Nossa, eu fiquei um ano numa depressão horrorosa. Meu pai também entendeu que não ia dar, depois a gente voltou para o Rio via Nova York e eu fui estuprado num hotel e começou tudo, minha vida sexual, quero dizer. Eu já estava com 13 e oficializei meu namoro com o Hélio Oiticica mesmo. E eu não aguentei mais do que um ano, eu falei: “Olha, eu vou para Nova York, eu vou voltar para Nova York.” A minha cultura era toda americana, era ouvindo Hendrix, era ouvindo Blues, era ouvindo os grupos, mesmo sendo ingleses, The Creamers, essas coisas. E eu voltei para Nova York e me prostituí durante quase um ano. Porque lavar prato daria um dólar e 50 por noite e prostituição me daria 150 dólares por noite. Bom, óbvio que eu fui pelo lado mais bruto, grutesco e doloroso, porque não tem nada de glamoroso para um garoto pegar casais num Hotel Hilton, no caso. Eu morava com o Hélio. Ele ficou uma eternidade em Nova York, eu mudei para Londres. Eu fui para Londres logo depois de Woodstock, 69, início de 70 eu fui para Londres, com 16. Só que eu fui com quatro mil dólares! Dois meses depois eu estava casando com Jill Francis Drower, uma bailarina do Covent Garden. Primeiro que eu tinha esse acúmulo de dinheiro, mas depois eu fui trabalhar na Bolsa do Café, em Covent Garden, provando café. Eu não sei quanto tempo, acho que talvez uns cinco meses. Eu tinha já um carro, eu dirigia ilegalmente, eu tinha comprado um MGB, que é um MG conversível. Vinha visitar meus pais, pegava e vinha de barco, vinha de lloyd, vinha de Itanagé, Itaipé, Ita, Itu, esses nomes de navios cargueiros. Pagava 25 dólares por dia e ainda era a viagem mais barata, porque na época era BOAC, British Caledonian que voavam e era caro, então, eu vinha de navio, sei lá, eu trouxe todas minhas mulheres para o Brasil. Eu vinha mais, ficava pouco tempo, ficava um mês no Brasil. Eu voltei para Nova York, eu fiz, eu entrei para Amnesty International e era o pior período do Brasil, início da década de 70, 72, Médici, exilados, torturados. Nessa época 17, 18 anos, eu não podia vir ao Brasil, porque eu era visado pelo DOPS e pelo DOI-CODI e pela Oban, eu não podia vir ao Brasil. Eu vim em sigilo com 24 anos, a mando da Amnesty, para fazer um levantamento do nome de todos os presos políticos, em todas as prisões políticas, em todo Brasil. Só que no aeroporto Galeão do Rio de Janeiro um cara do Jornal do Brasil chamado Carlos Rangel chegou e falou: “Eu sou do JB e eu vou dar um depoimento a teu respeito, que você está no Brasil. É melhor você falar do que você não falar, porque se você não falar...”. E me fotografaram de frente e de lado como polícia, com o título, página inteira do caderno principal do Jornal do Brasil: Thomas, pintor e artista de teatro, veio para o Brasil para ver e ouvir, pronto. E, falava da Amnesty e eu não pude mais me mover. Eu torcia pelo respeito aos direitos humanos e a gente criou uma categoria chamada ‘preso de consciência’ que é aqueles que não pegaram em armas.

Não sei quando eu comecei com o teatro. Eu me encantei. Eu visitava os ensaios do Balcão, da Ruth e do Victor aqui na Rua dos Ingleses e eu ficava impressionado com aquele texto do Genet, eu ficava impressionado com aquela espiral, aquele cilindro, aquela loucura e eu acabei ajudando e ajudando o Victor Garcia, café e tal, e dava opinião para os atores. Mas eu só fui fazer num teatro em Hoxton. Hoxton é east end de Londres, atrás de uma igreja, Hoxton Theatre Company, Hoxton Church Theatre Company. Eu peguei uns trechos de Genet, que ele tinha me dado no Brasil, que ele escreveu sobre os palestinos, Action for action, montei isso. E o Peter Hall, que era o diretor do National Theatre foi ver, estava de cadeira de rodas, tal e eu nunca esperava que o establishment fosse me ver, um bando de loucos chamados Exploding Galaxy. De repente, o Peter Hall com a perna quebrada foi ver e falou que ele queria conversar comigo e ele me convidou para fazer A Tempestade, do Shakespeare no teatro experimental do National Theatre. Três meses depois tinha piquetes do lado de fora, “This is our tax pay money, we’re not supporting this kind of bullshit,” pedindo minha renúncia, saíram as críticas e as críticas foram tenebrosas, porque eu fiz A Tempestade de trás para frente, eu comecei com o solilóquio do Próspero e inverti, botei ela ao avesso. E eu notei uma coisa muito estranha que eu tinha notado na minha época de prostituição, que se as críticas são ruins o elenco não quer mais olhar para você. Eu passava: “Hi” e eles abaixavam a cara e continuavam, eu falava: “Nossa! Que horror,” eu fui no escritório do Peter Hall, que sempre dizia que não estava e eu dizia: “Eu quero close the production” fechar, sei lá, encerrar a produção, e ele falou: “Very well, we’ll do that.” E no último dia, eu tinha um stage manager muito. Eu, numa depressão profunda, porque eu tinha chegado o mais jovem diretor do National Theatre a entrar e o mais jovem a sair. E comecei uma carreira maravilhosa em Nova York. Eu briguei com o Joe Papp logo depois, porque ele queria que eu dirigisse Václav Havel e todos os novos tchecos e poloneses e eu falei: “Não, não é para isso que eu vim. Eu vim para dissecar os clássicos, eu vim para desconstruir o que existe ou então fazer minha própria coisa. Eu não vou aqui dirigir uma peça, uma kitsch drama de um polonês qualquer.”

Com 28 anos eu estava passando um mês de férias no Rio, porque o New York Times era impiedoso, não dava férias. Eu fiquei cinco anos sem sair de Manhattan. Era 350 dólares por desenho, naquela época? Você tem ideia do que é isso? É uma loucura. Uma capa do Vanity Fair, seis mil dólares, era muita, muita coisa. Então, um dia o La MaMa me deu férias e o New York Times me deu férias. E eu vim com a Daniela Thomas, filha do Ziraldo Alves Pinto, eu vim passar uma semana no Rio, e nessa fatídica semana minha mãe me falou sobre o meu pai. Para você ter noção do que acontece quando você ouve uma coisa dessas, você perde a noção de onde você está, você olha para tudo. Você faz um replay da tua vida inteira e pensa se cada beijo foi honesto ou não, cada abraço foi, que tudo é uma encenação, a vida inteira foi uma encenação. Minha mãe tinha um amante por 17 anos e meu pai não se opunha. E acho que o pai que eu chamo de pai, que eu amo, tinha algum problema sexual ou era gay, não sei, mas eles não tinham relação sexual. Minha mãe foi ter relação sexual com esse cara cujo esperma encontrou o ovo dela e nasci. Mas o meu pai não se opôs a isso, endossou isso, me escreveu uma carta linda no dia que eu nasci e eu não tive a menor vontade de encontrar esse cara. Mas eu fiquei sem dinheiro um dia na minha vida, depois de 11 de setembro de 2001. Eu fui para ele e falei, em alemão: “Eu sou teu filho biológico, Gerald,” aparentemente ele falou assim: “Eu sei”, mas eu ouvi blau, o som do universo saindo. Mas a amiga que foi comigo falou: “Não, ele falou sim”. E na sinagoga, uma hora ele saiu e eu o segui, desceu as escadas e tal, eu o segui e ele entrou na Mercedes mais inacreditável que eu já vi, acho que a Mercedes-Benz construiu um blindado, um tanque para ele. Ele entrou naquele carro, tinha um chofer, e atrás tinha uma outra Mercedes igual com a Mossad israelense protegendo ele. Me deram dez mil dólares, em notas de 20 numa caixa de sapato. Eu estava casado com a Fabiana Guglielmetti, é uma atriz que fez muito espetáculo meu. Meu pai morreu em 84, meu pai morreu no mesmo mês em que eu estreei o meu maior sucesso, o All Strange Way, uma prosa que o Beckett me deu.

Eu fiz faculdade na Biblioteca do Museu Britânico, British Museum. Londres tinha uma coisa chamada LEA, in a London Education Authority. Era Greater London Council, que era gerente do LEA London Education Authority, Departamento de Educação de dentro de Londres. E eu tive um tutor, eu tive que arranjar um tutor, uma carta de uma pessoa ligada a teatro. Minha tia conseguiu que eu encontrasse duas pessoas: Steven Berkoff e o Ronald Hayman, o biógrafo de Brecht, Beckett, Artaud, todo mundo. Eu era bem anárquico, eu pegava um autor, por exemplo, Arthur Koestler, pegava Descartes e pegava Rimbaud. Há 30 anos atrás eu trouxe Electra com Creta para São Paulo, para o Sesc. Eu estive naquele teatro já muitas vezes. Na época tinha um produtor, não me lembro, acho que era o Yacoff Sarkovas o produtor e a gente ficou em cartaz. E a gente ficou em cartaz no Museu de Arte Moderna, no Rio, sete meses. Naquela época uma peça ficava sete meses de terça a domingo, era uma doideira. E viemos para São Paulo estouramos, aquela rua parava, era uma loucura, era uma doideira. E o ano seguinte foi a Trilogia Kakfa no Teatro da Ruth Escobar, mas já feito para ir para Nova York, para o La MaMa, e para Viena, e para Munique, para Hamburgo, enfim, turnês mundiais. A mãe da minha filha era rainha da bateria de Padre Miguel. Milene. Porque ela nasceu na virada do milênio, (risos) Milene. Complicada a garota, é uma idade complicada, 13 para 14, imagina.Gerald Thomas Sievers (Rio de Janeiro, 1º de julho de 1954), mais conhecido como Gerald Thomas, é um diretor de teatro brasileiro com carreira internacional. Seus trabalhos se dividem entre o Brasil, a Inglaterra, a Alemanha e os Estados Unidos.

Biografia

Formado em filosofia, aprofunda a sua vida teatral no La MaMa de Nova Iorque, adaptando e dirigindo peças dramáticas e a prosa de Samuel Beckett. Trabalhou com Julian Beck e o Living Theatre, inicialmente em Paris, adaptando novas ficções do autor, entre elas, All Strange Away e That Time com o próprio Julian Beck como ator, em sua única atuação como ator fora do Living.

Com polêmicas adaptações em palcos brasileiros, dirigiu atores importantes como Fernanda Montenegro, Antonio Fagundes, Rubens Corrêa, Sérgio Britto, Tônia Carrero, Marco Nanini e Ítalo Rossi.

A "Enciclopédia Itaú Cultural" descreve o início da carreira de Gerald Thomas (...) em Londres. No La MaMa, espaço dedicado a encenações experimentais de todo o mundo produz três espetáculos consecutivos, com textos de Samuel Beckett. Desde o seu primeiro projeto, objetiva uma encenação na qual a identificação emocional fosse suprimida, dedicando-se "a mostrar o pensamento como processo, e o processo como tempo e espaço da cena". Encenador polêmico, criador de uma estética que elabora de forma particular os recursos teatrais. Gerald Thomas renova e questiona a cena brasileira nas décadas de 1980 e 1990.

Suas peças já foram apresentadas em vários países, em teatros como o Lincoln Center em Nova Iorque, o Teatro Estatal de Munique, o Wiener Festwochen de Viena e eventos como o Festival de Taormina. Nos 15 países em que já se apresentou, suas produções foram, muitas vezes , transmitidas em redes nacionais de TV.

Nos anos 1980, Thomas trabalhou com o autor alemão Heiner Müller, encenando suas obras nos Estados Unidos e no Brasil. Também nessa época começa uma feliz parceria com o compositor americano Philip Glass.

Ópera Seca

Em 1985, Thomas idealiza e dá forma à sua Companhia Ópera Seca, em São Paulo. Com a Companhia, Thomas escreveu e dirigiu grandes sucessos, entre eles:

  • Eletra com Creta
  • A Trilogia Kafka
  • Carmem Com Filtro
  • Mattogrosso
  • The Flash and Crash Days
  • A Trilogia da B.E.S.T.A.
  • M.O.R.T.E

Em 2009, Thomas escreveu um manifesto declarando seu "adeus para o teatro". No entanto, em 2010, radicado em Londres, fundou a Cia. London Dry Opera. "Throats", escrito e dirigido por ele, teve sua temporada Teatro Pleasance em Islington de 18 de fevereiro a 27 de março de 2011. Segundo Thomas, o espetáculo era uma tentativa de exteriorizar o que sentiu testemunhando os ataques de 11 de setembro de 2001, quando ajudou no socorro às vítimas no World Trade Center.

Desgostoso com esse trabalho, por acreditar não ter corrido riscos e ter se plagiado, Thomas reformulou totalmente a peça, dando origem a "Gargólios", que estreou em São Paulo em julho de 2011. Segundo o autor, "Fiz cenas que nem eu entendo direito por que estão lá, mas que têm o som da verdade".

Prêmios

  • Prêmio Molière
  • Prêmio Mambembe

Polêmica

Em outubro de 2003, na apresentação de sua montagem Tristão e Isolda no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, diante das vaias do público, Thomas mostra as nádegas e simula um ato de masturbação. Foi acusado de cometer ato obsceno, mas acabou absolvido no Supremo Tribunal Federal. Em seu voto, o ministro Gilmar Mendes descaracterizou o crime, considerando que o ato "não passou de um protesto grosseiro contra o público".[2]

Trabalhos

A tetralogia Asfaltaram a Terra 2006, composta pelos espetáculos: "Brasas no Congelador", que marcou estréia no teatro do apresentador de televisão Sérgio Groisman, com atores convidados da Companhia, tais como: Anna Américo, Edson Montenegro, Fábio Pinheiro, Gerson Steves, Juliano Antunes, Luciana Ramanzini, Pancho Cappeletti e outros.

  • Um Bloco de Gelo em Chamas, com Luis Damasceno (interpretando um papel feminino) e atores supracitados.
  • Terra em Trânsito com Fabiana Gugli como uma diva que alimenta um ganso para fazer foie gras.
  • Asfaltaram o Beijo, homenagem a Samuel Beckett, em que Gerald foi ator de um espetáculo inteiro pela primeira vez.
  • Um Circo de Rins e Fígados (2005), comédia política com Marco Nanini, foi o maior sucesso da carreira do diretor. Desde a sua estréia, em 30 de abril, a peça foi vista por mais de 80 mil pessoas em todo o Brasil e na Argentina.
  • Anchorpectoris (2004), com o subtítulo de "United States of the Mind", estreou no La MaMa em 6 de março, quase vinte anos após a estréia de "All Strange Away".
  • Tristão e Isolda (2003), no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, ópera escrita por Richard Wagner, sob encomenda do imperador Dom Pedro II, posteriormente paga por um industrial brasileiro que vivia em Dresden. Porém, como o teatro só ficou pronto em 1908, a ópera estreou em Dresden e em Munique, em meados do século XIX). A montagem foi marcada pelo incidente ocorrido na estréia, em que a manifestação de nudismo de Gerald Thomas não agradou alguns setores da platéia.
  • Deus ex machina (2001), uma versão brasileira de peça dinamarquesa que Thomas escreveu e dirigiu para a Dr. Dante Aveny Company, "Chief Butterknife", em 1996. Com sua companhia brasileira, a peça assumiu um significado totalmente diferente, especialmente depois dos ataques de 11 de Setembro de 2001, que Thomas viu de seu apartamento em Williamsburg, tendo mais tarde participado do resgate no Ground Zero, durante 21 dias.
  • NxW (2000), concepção e direção de Gerald Thomas, baseada em protestos do filósofo Friedrich Nietzsche contra Wagner.
  • Ventriloquist (1999), de Gerald Thomas, baseado na ópera Moses und Aron, de Arnold Schoenberg.
  • Os Reis do Iê, Iê, Iê (Festival de Curitiba), 1997, reunião da Companhia Ópera Seca, baseada numa tradução do filme dos Beatles "A Hard Day's Night" com Gerald interpretando John Lennon.
  • Uma Breve Interrupção do Fim (1997), escrita e dirigida por Gerald Thomas. Coreografia de Suely Machado com o Grupo Primeiro Ato.
  • Babylon (1997), estréia mundial da ópera de Detlef Heusinger, concebida e dirigida por Gerald Thomas, encenada na Ópera de Mannheim (Deutsches National Theater).
  • Graal, Retrato de um Fausto Quando Jovem (1997), baseada no texto de 1952 do poeta brasileiro Haroldo de Campos, adaptado para o teatro por Gerald Thomas, com música de Michelle Dibucci. Estreou no Teatro Carlos Gomes do Rio de Janeiro, em 2 de outubro de 1997.
  • Nowhere Man (1996), com apresentações esporádicas no Brasil, Chile e Argentina.
  • Quartett (1996, 1986 e 1985), de Heiner Müller, em 1996, com Ney Latorraca e Edilson Botelho. Estreou em Nova York em 1985 e no Brasil em 1986, com Tônia Carrero e Sérgio Britto nos papéis principais.
  • Tristão e Isolda (1996 e 2004), de Richard Wagner. Deutsches National Theater de Weimar, com apresentações mensais.
  • Uma Breve História do Inferno (1996, inacabada), libreto e cenários de Gerald Thomas. Coreografia de Ismael Ivo. Deutsches National Theater, Weimar.
*Missa" (1996) de Janacek, estreou em dezembro na Opera de Krakaw (Cracóvia), com elenco da European Mozart Foundation. A produção viajou por oito cidades européias, incluindo Florença, Paris, Bruxelas e Estrasburgo.
  • Chief Butterknife and the Haunting Spirit of his Archenemy, Kryptodick (1995), que estreou em Copenhague, em 25 de janeiro.

Obra literária

  • Thomas, G. Nada Prova Nada!, Editora Record (artigos, 2011)

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gerald_Thomas_(diretor_de_teatro)

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Gerald Thomas's Timeline

1954
July 1, 1954
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil (Brazil)