Hipólita Jacinta Teixeira de Mello

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àcerca (Português)

Hipólita Jacinta Teixeira de Mello (1748-1828) foi a mais rica proprietária rural na região do Rio das Mortes, em Minas Gerais, no Brasil. Destacou-se por seu envolvimento na Inconfidência Mineira, em 1789.

História

Filha de portugueses, foi batizada na Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Prados, a 15 de setembro de 1748, com o nome de Theodozia e retificado, posteriormente, para Hipólita. Residia na Fazenda da Ponta do Morro, sendo descrita como mulher de fino trato, possuidora de vasta cultura. A sua residência era decorada com muito luxo, com peças de porcelana chinesa, prataria e finos tapetes também importados, e servida por vasta criadagem.

Foi desposada pelo coronel Francisco Antônio de Oliveira Lopes, com quem não teve descendentes. Adotou e educou, entretanto, duas crianças: uma, abandonada na porteira de sua fazenda, recebeu o nome de Antônio Francisco Teixeira Coelho (era filho de Maria da Silveira Bueno, irmã de Bárbara Heliodora); outra, de nome Francisco da Anunciação Teixeira Coelho, mais tarde veio a ser padre em Formiga (Minas Gerais) e deputado à Assembleia Provincial nos anos de 1866-1867. Além disso, foi madrinha de diversas crianças humildes da região e, como também pode ser constatado por seu testamento, deixou grande quantidade de ouro para os pobres da então "Freguezia de Prados".

A inconfidente

É de sua autoria uma carta que denunciou Joaquim Silvério dos Reis como o traidor de seus "companheiros" de revolução. Foi autora ainda de diversos avisos sigilosos, dando conta de que o Tiradentes fora detido no Rio de Janeiro. Escreveu e enviou ao padre Carlos Corrêa de Toledo e Mello, Vigário da Comarca do Rio das Mortes, através de seu compadre Vitoriano Gonçalves Veloso, o seguinte bilhete:

"Dou-vos parte, com certeza, de que se acham presos, no Rio de Janeiro, Joaquim Silvério dos Reis e o alferes Tiradentes, para que vos sirva ou se ponham em cautela; e quem não é capaz para as coisas, não se meta nelas; e mais vale morrer com honra que viver com desonra."

Quando percebeu que o movimento fracassava, tentou alertar o coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, aconselhando-o para "montar uma reação, a partir lá do Serro."

Na sua fazenda da Ponta do Morro também ocorriam reuniões dos inconfidentes, e, senhora de muita riqueza, financiou algumas das ações dos mesmos.

A Devassa

O seu envolvimento com o movimento fracassado custou-lhe particularmente caro. Durante a Devassa teve sequestrados pela Coroa Portuguesa todos os seus bens. O seu marido foi detido e sentenciado ao degredo perpétuo, na colónia portuguesa de Moçambique. Com o intuito de obter o perdão da Coroa, ela mandou confeccionar um cacho de bananas, em ouro maciço, solicitando ao seu irmão que o oferecesse a Maria I de Portugal. A valiosa peça, entretanto, não chegou ao seu destino, uma vez que terá sido interceptada pelo então governador da Capitania de Minas Gerais, Luís António Furtado de Castro do Rio de Mendonça e Faro, visconde de Barbacena.

Após um difícil e longo processo judicial, com a ajuda de alguns amigos, em 1808, Hipólita conseguiu reaver boa parte de seu patrimônio.

Faleceu vinte anos mais tarde, vítima de icterícia, tendo sido sepultada na capela-mor da Igreja Matriz de Prados.

Homenagens

Em, 21 de abril de 1999, foi condecorada postumamente pelo Governo de Minas Gerais com a Medalha da Inconfidência.

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