João José Palmeiro

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João José Palmeiro

Birthdate:
Birthplace: Paróquia São Vicente Mártir, Vila Franca de Xira, Lisbon, Portugal
Death: March 02, 1830 (55)
Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
Immediate Family:

Son of Luís José da Silva Pereira and Maria Herculana da Silveira
Husband of Maria Josefa da Fontoura
Father of Maria Herculana da Fontoura Palmeiro; Ana; José; Luiz José da Fontoura Palmeiro; Maria Cândida da Fontoura Palmeiro and 7 others

Occupation: militar, sargento do Exército
Managed by: João Simões Lopes, Filho
Last Updated:

About João José Palmeiro

O primeiro Palmeiro no Brasil e no Rio Grande do Sul, o fundador desta família, é, como acima já citamos, o Cel. João José Palmeiro, que aqui aportou em 1801, com 27 anos. É uma figura interessante, mas infelizmente só há dados esparsos sobre sua vida. Sabe-se, porém, que nasceu na freguesia de São Vicente Mártir da Vila Franca de Xira, patriarcado de Lisboa, a 31 de março de 1774, sendo batizado a 24 de maio do mesmo ano e morreu em Porto Alegre, a 2 de março de 1830, quando estava para completar 56 anos de idade.

Era ele filho legítimo de Luiz José da Silva Pereira, natural da freguesia de São Vicente Mártir da Vila Franca de Xira, que casou no oratório particular de seu sogro, em São João de Alhandra, a 15 de fevereiro de 1764, com Maria Herculana Margarida da Silveira, natural da mesma freguesia de S. João de Alhandra; era neto paterno de Manoel da Silva Pereira e de Maria de Jesus; era neto materno do capitão-mor Diogo José Palmeiro e de Maria Caetana de Oliveira. Portanto João José recebeu o sobrenome do avô materno e não o do pai, por varonia deveria chamar-se Silva Pereira e não Palmeiro. Pesquisas genealógicas em Portugal buscando sua ascendência em linha masculina, devem, portanto, procurar o sobrenome Silva Pereira e não Palmeiro. Tanto o nome Palmeiro como Pereira parecem indicar ascendência judaica. Terão sido um dia cristãos novos?

Na Internet encontramos a transcrição de dois atos governamentais portugueses que podem ter interesse para alguma pesquisa sobre a família do cel. João José Palmeiro, referindo-se a um oficial chamado Joaquim Diogo Palmeiro:

Gazeta de Lisboa, nº 205, sábado, 30 de agosto de 1817:

Na Ordem do Dia de 15 de agosto se publicarão as seguintes promoções por Portaria do Governo de 30 de julho: (....) Tenente da quinta Companhia Joaquim Diogo Palmeiro

Gazeta de Lisboa, nº 289, ano de 1825 – Quinta-feira, 8 de dezembro -Parte Oficial – Nº 147 – Secretaria de Estado dos Negócios da Guerra, em 29 de novembro de 1825:

Por decreto de 13 de maio do corrente ano. Regimento de Milícias do Termo de Lisboa Oriental (....) Reformado com as honras de Capitão por Graça Especial em atenção aos seus serviços, o Capitão Joaquim Diogo Palmeiro.

Também na Internet é transcrito um curioso livro “Policia Secreta – Dos últimos tempos do Reinado do Senhor D. João VI e sua continuação até dezembro de 1826”, Lisboa, Na Imprensa de Candido Antonio da Silva Carvalho, 1835. Trata-se de obra de autoria de João Candido Baptita de Gouvêa, empregado na Polícia Geral do Reino, e que está na Berkeley Library University of Califórnia (Est. J, Prat. 5, Liv.7). O autor, em determinado momento, faz considerações (em geral negativas) sobre o caráter e opiniões dos comandantes, oficiais e oficiais inferiores dos corpos militares da segunda linha. Assim, ao falar do Regimento de Voluntários Reais de Milícias a pé de Lisboa Ocidental (p. 216), em 29 de agosto de 1824, menciona logo em terceiro lugar, Diogo João Climaco Palmeiro, tenente coronel: “Estúpido no último ponto, ingrato, mal intencionado e sem caráter, o que é publico e notório; e tem mostrado decidida desafeição ao Governo de Sua Majestade”.

Mais em baixo (p. 220), ao falar dos oficiais do Regimento de Milícias do Termo de Lisboa Oriental, menciona em segundo lugar o já mencionado Joaquim Diogo Palmeiro, capitão da 5ª companhia: “Andou às ordens de S.A. o Infante (D. Miguel) no dia 30 de abril, e na Alhandra, onde reside, tem publicado que há de matar todos aqueles que não forem de seu partido,”

[Ser%C3%A3o Joaquim Diogo Palmeiro e Diogo João Climaco Palmeiro parentes de João José Palmeiro? É de notar que ambos usam também o nome Diogo, que era o do avô materno de João José, insinuando-se assim um nome de familia]

João José Palmeiro era a 6 de maio de 1796 aspirante a guarda-marinha da Armada Real Portuguesa; guarda-marinha a 22 de outubro do mesmo ano; 2º tenente a 19 de dezembro de 1798; passou a capitão de Dragões (Cavalaria) do Rio Grande de São Pedro por patente de 10 de setembro de 1801, foi sargento-mor (equivalente hoje a major) e morreu como coronel reformado.

Dele diz Aurélio Porto que foi oficial de valor, inteligente, ativo. Atingiu postos superiores, sendo comandante das Missões de 8 de maio de 1823 a princípios de 1826. Comandou depois o 24º Corpo de Milícias quando da invasão de Frutuoso Rivera.

Chegou à freguesia de São José do Norte em 1801, como oficial da Armada Portuguesa e em um baile em honra dos oficiais do navio ao qual pertencia, conheceu Maria Josefa da Fontoura, de quem ficou enamorado. Regressando ao Rio de Janeiro, pediu transferência da Marinha para o Exército e voltou ao Rio Grande onde, poucos dias após, casava com Maria Josefa. Tiveram 12 filhos, todos, principalmente as mulheres, farroupilhas de grande destaque.

Conta Cláudio Orandi Rodrigues em “São Borja e sua História”: “Em 8 de maio de 8 de maio de 1823 era nomeado o novo comandante das Missões, Coronel João José Palmeiro, tronco da grande família desse apelido no Rio Grande do Sul. Durante sua administração, o governador da Província, Fernandes Pinheiro, resolveu estabelecer uma colônia de alemães na região missioneira. Consultando João José Palmeiro, este designou como lugar mais apropriado o povo de São José onde fez a medição das terras para distribuição. Construindo ranchos para abrigar os imigrantes, recebeu-os em 6 de janeiro de 1825. Repartiu animais vacuns e cavalares, forneceu ferramentas agrícolas, distribuiu rações suficientes para poderem se estabelecer. Fernandes Pinheiro no seu afã de obter êxito na colonização, selecionou os melhores elementos para ficar na feitoria de São Leopoldo, enviando para João José Palmeiro o restante, com vista de que, segregando os maus elementos na formação da nova colônia, pudesse João José Palmeiro discipliná-los para o trabalho. Esses maus elementos, arrebanhados nas ruas das grandes cidades da Alemanha, cheios de vícios, não conheciam nem mesmo os rudimentos da agricultura , motivo porque não foi possível fazer progredir a colônia. Em pouco tempo estavam reduzidos à miséria e foram abandonando suas casas, vendendo seus animais e as ferramentas ainda não usadas e transferindo-se para outras cidades do interior da Província. Os remanescentes foram conduzidos para São Borja e assim chega ao fim a colônia alemã missioneira, na qual Pinheiro Fernandes pusera tantas esperanças. Iniciou Pinheiro a execução do Ofício Imperial de 20 de abril de 1824, procurando reabastecer as estâncias dos povos, suprindo com gados alçados os campos desertos para a subsistência do povo, criando uma fiscalização administrativa: “Para prevenir dilapidações dos administradores, criou um centro de contabilidade no povo de São Borja, onde debaixo da inspeção imediata das primeiras autoridades daquela Comarca, se recenseassem as contas dos administradores parciais, todos os trimestres, e se armazenassem os produtos mais fáceis de transportar pelo rio Uruguai”. – De pouco tempo dispôs Palmeiro para dirigir essa organização, substituído que foi no comando da Fronteira e Governo das Missões pelo Tenente Coronel Cláudio José de Abreu, em princípios de 1826” (p. 74).

Trata também Cláudio Orandi Rodrigues na mesma obra da atuação do cel. João José Palmeiro na invasão de São Borja em 1828 pelo caudilho uruguaio D. Frutuoso Rivera. Este “para ganhar a confiança de seus compatriotas, resolveu invadir os Sete Povos das Missões que se encontravam desguarnecidos, somente com o 24o e o 25o Regimento de Guaranis que ao todo atingiam 500 homens, ao mando do Coronel João José Palmeiro, encarregado de guarnecer toda a fronteira da Argentina até a foz do Arapey, coisa humanamente impossível para sustar o avanço de um exército organizado, como aconteceu. (...) Invadiu (Rivera) o Rio Grande do Sul pelo passo de Santana Velha, no Uruguai, e se dirigiu para São Borja (...). Era comandante das forças o Coronel João José Palmeiro, dispondo do 24o das milícias guaranis e uma companhia de lanceiros, estando o Comando Geral da Fronteira com o Coronel de primeira linha Joaquim Antonio de Alencastre. (...) se sucederam as deserções nalgumas forças brasileiras. (...) Vendo-se abandonado, Joaquim Antonio de Alencastre entregou o comando ao Tenente Coronel João José Palmeiro e retirou-se de São Borja com uma pequena escolta que lhe ficou fiel. Palmeiro e o Coronel Lago, com algumas famílias também abandonaram São Borja e foram para Cruz Alta e Passo Fundo” (pp. 79-82).

Sobre o assunto já tratara Aurélio Porto em sua obra “História das Missões Orientais do Uruguai”(2a edição revista e melhorada pelo P. Luis Gonzaga Jaeger, SJ, vol. IV de “Jesuítas no Sul do Brasil”, 2a parte, Livraria Selbach, Porto Alegre 1954). Depois de dar alguns dados biográficos do coronel João José Palmeiro, que já mencionamos (pp. 365-371), observa: “Os defensores das Missões, como esse Boaventura Soares, os Palmeiros, os Alencastros, e outros, cujos nomes ressaltam destas páginas, serão, poucos anos depois, os próceres do farroupilhismo que invade o Rio Grande do Sul (...) A incursão de Rivera, o êxodo dos remanescentes das populações indígenas que seguem o caudilho em sua retirada, o despovoamento completo dos Sete Povos de massas dessa origem, marcam inegavelmente o fim do regime missioneiro (...). Esta é a última página das Missões” (p. 384).

Aqui e ali Aurélio Porto dá algum detalhe que não consta exatamente na obra posterior de Cláudio Orandi Rodrigues. “Em fevereiro de 1828, por ordem do comando geral do Exército em operações no Sul, foi mandado retirar de Missões e adir ao corpo do general Sebastião Barreto o 25o de milícias guaranis que, juntamente com o 24o, guarnecia aquela fronteira. Ficava ali unicamente este corpo, sob o comando do tenente-coronel João José Palmeiro e mais uma companhia de lanceiros guaranis, não atingindo toda essa guarnição a 500 homens de armas”(p. 385). E mais adiante: “Tendo conhecimento da entrada de Rivera em território brasileiro, o coronel Alencastre, de São Borja, comunicou ao comando em chefe do Exército “que não tinha meios nem forças para batê-lo e se poria em retirada até encontrar recursos que (em vão) tinha pedido ao comandante da fronteira do Rio Pardo, o visconde de Castro. Nesse meio tempo Alencastre adoece gravemente, passando o comando ao tenente-coronel Palmeiro, comandante do 24o (...). A 23 de abril, tendo já o inimigo às portas, os coronéis Alencastre, unicamente com seis homens que lhe ficaram fiéis, Palmeiro e (Manuel da Silva Pereira do) Lago, que levavam algumas famílias que se retiravam, abandonaram a praça, por caminhos diferentes, fugindo à invasão (...) Palmeiro foi diretamente a Cruz Alta (...) (p. 388).

Na obra “Genealogia Tropeira – Rio Grande do Sul – séculos XIX e XX”, vol. II, coletânea de material histórico e genealógico organizado por Cláudio Nunes Pereira, 2004 (cf. http://www.genealogiacorrea.com.br/GENTROP7.pdf, acessado a 4/2/2011), encontramos referência a João José Palmeiro (pp 16-17) em trabalho de Moacyr Domingues:

“A GÊNESE DO POVOAMENTO DE CRUZ ALTA II parte"

A 9 de abril do 1812, do seu Acampamento rio Passo do Durasno, sobre a Rio Yi, já a caminho do Paissandú, no encalço de José Artigas, Dom Diogo do Sousa escrevia ao sargento mor (major) João José Palmeiro o seguinte e lacônico ofício:

“V. Mercê terá prevenidos os Milicianos das duas Companhias de Cima do Serra e Vacaria para marcharem ao Distrito de Missões, logo que forem requeridas pelo Coronel Comandante daquela Fronteira; e ali ficarem servindo na presente Campanha debaixo das ordens do mesmo Comandante”.

O sargento-mór Palmeiro comandava um Destacamento do Regimento de Dragões de Rio Pardo no REGISTRO DE SANTA VITORIA, sito à margem esquerda do Rio Pelotas, entre Vacaria e Lajes, conforme ficou dito no artigo intitulado “Vidal José do Pilar, Soldado Dragão”.

Pois esse oficial [deve ser um erro de digitação, oficio, e não oficial – Nota de D. José Palmeiro Mendes] , ao invés de ser remetido pela via de Porto Alegre e Santo Antônio da Patrulha, foi juntado a outro, da mesma data e endereçado ao Coronel Francisco dos Chagas Santos, lá no outro extremo do Capitania, e que a 16 de agosto, quando a intervenção militar na futura Cisplatina estava praticamente terminada, e respondia ao Governador nos seguintes termos:

“A 19 do Maio recebi o ofício de V. Exª. de 9 de Abril, havendo-se demorado 36 dias até chegar a S. Diogo. No mesmo dia 19 expedi por dois Milicianos o que V. Exa. dirigiu ao sargento-mór João José Palmeiro, a quem escrevi, participando-lhe que sem a maior dilação fizesse marchar os Milicianos das duas Companhias de Cima da Serra e Vacaria para esta Fronteira, onde eram sumamente precisos, COM O SOCORRO DE ALGUNS CAVALOS QUE MANDEI A ESTANCIA DA CONCEIÇAO, menos de 40 léguas distante deste Quartel, chegaram aqui 69 Milicianos, incluso o Furriel Comandante Ludovico Leite Ribeiro, que me entregou um oficio do dito sargento-mór, datado do 26 de Junho, em que me diz me remete 99 Milicianos, dos quais tirando os ditos 69, 3 que FICARAM NA MESMA ESTANCIA COM OS CAVALOS e que ficaram demorados por doentes, e estão a chegar, faltam 23, que diz o sobredito Furriel haveram desertado no Caminho. Os que chegaram, parecem bôa gente; mas mui faltos de roupa; estão aprendendo o ofício. O referido sargento-mór me diz, que ficava na diligência de fazer novo recrutamento no fim do Julho para me enviar mais 50 praças”. (...)

A 6 da setembro, uns vinte dias depois, terminada a campanha, Dom Diogo de Souza escrevia a Francisco de Chagas Santos, de seu Quartel-General em Cuñapiru, dizendo à certa altura:

“Quanto aos Milicianos que lhe remeteu o sargento-mór João José Palmeiro convém que V. Mercê os licencie para voltarem às suas casas a avise o mesmo sargento-mór suspenda a marcha dos que ficava aprontando”

Interessante também a participação de João José Palmeiro nos pródromos da Independência. Há uma pequena referência a ele na obra Os Andradas, publicada em 1922 por Alberto Sousa (Typographia Piratininga, São Paulo/SP), volume II: Segunda parte – Independência ou Morte! – Capítulo I – Após o Fico: obra que está na Internet: cf. http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0184z35.htm

Logo depois que lançou às faces de Portugal o seu violento repto de desafio, tratou S. Paulo de se preparar militarmente para as eventualidades que, por acaso, lhe viessem de surpresa do outro lado do Atlântico ou da província do Rio. É assim que o Governo Provisório, nas suas sessões ordinárias de 7 e 14 de janeiro, tomou oportunas providências a respeito. (...)

Pelas 9 horas da noite do dia 17, chegava a S. Paulo, e procurava com urgência entender-se com os membros da Junta Provisória, o capitão de milícias do Rio de Janeiro, Quintiliano José de Moura, trazendo a seguinte carta régia de Sua Alteza o príncipe regente: "Acontecendo que a tropa de Portugal pegasse em armas, e igualmente a desta cidade, por mera desconfiança, dei todas as providências possíveis, e convencionaram os de Portugal passar para a outra banda do Rio, até embarcarem-se para Portugal; e, como por esta medida ficasse a cidade sem tropa necessária para sua guarnição, e mesmo sem com que se defender, no caso de ser atacada; exijo de vós, que sois seguramente amigo do Brasil, da ordem, da união de ambos os hemisférios e da tranqüilidade pública, me mandeis força armada em quantidade, que, não desfalcando a vossa província, ajude esta e se consiga o fim por mim e por vós tão desejado, e exijo com urgência. Escrita no Palácio da Real Quinta da Boa Vista, às 7 horas e meia da noite de 17 de janeiro de 1822. - Príncipe Regente". Carta idêntica, e na mesma data, foi expedida para o Governo Provisional de Minas.

A Junta de S. Paulo, tão depressa tomou conhecimento da ordem de d. Pedro, reuniu em sessão permanente desde 17 de janeiro até 27 de fevereiro, dando providências para a preparação urgente dos recursos militares que lhe eram exigidos sem demora. Determinou, em primeiro lugar, que dentro de 6 dias, isto é, até 23 de janeiro, partisse por terra para a capital do País "a primeira Divisão de um Corpo de 1.100 praças de 1ª e 2ª linha, composto de um Batalhão de Caçadores de 1ª Linha, de um Batalhão de Infantaria de 2ª Linha, e de dois Esquadrões de Cavalaria -sendo um de 1ª linha e outro de 2ª linha", sendo nomeado para seu comandante-chefe o coronel do Regimento de Caçadores da Província, Lázaro José Gonçalves. (...)

Mandou-se preparar a vitualha necessária para alimentação das tropas e os pousos para descanso delas em toda a extensão da estrada para o Rio, de modo que nada de essencial viesse a faltar-lhes em sua penosa marcha forçada. A bagagem foi toda conduzida no lombo de 50 bestas muares que o sargento-mor João José Palmeiro cedeu por empréstimo ao governo, a título absolutamente gratuito, devendo recebê-las de novo na Fazenda de Santa Cruz.”

Mais, foi João José Palmeiro a pessoa que levou a Porto Alegre a notícia da Independência do Brasil em 1822. Relata Alfredo Varela em sua “História da Grande Revolução – o cyclo farroupilha no Brasil” (vol. I, Livraria do Globo 1933, p. 287) que a 4 e 6 de outubro de 1822 chegaram a Porto Alegre as notícias do grito da independência no dia 7 de setembro, e de que estava designado o próximo dia 12 para a aclamação do imperador do Brasil. Os dois portadores das comunicações foram um sobrinho de Francisco Xavier Ferreira (membro do governo da Capitania de São Pedro do Rio Grande nomeado para ir ao Rio de Janeiro expor verbalmente ao príncipe Dom Pedro os sentimentos públicos de apoio já expressos em manifestações anteriores de firme adesão) e um senhor Palmeiro,andaram carregados em braços, pelos “entusiasmados cidadãos da capital” (...)”.

Uma outra obra (de que não identificamos no momento o autor), é mais explícita: “Foi em 4 de outubro de 1822 que Porto Alegre soube pela primeira vez dos sucessos de 7 de setembro no Ipiranga, por intermédio de um sobrinho de Francisco Xavier Ferreira. Dois dias depois chegaram as noticias oficiais por intermédio do coronel João José Palmeiro, que também trouxe as instruções para a aclamação do novo Imperador. Ambos foram carregados nos braços pelos “entusiasmados cidadãos da capital”. Os trabalhos pró-aclamação parece que foram propalados pelas câmaras pelo emissário do grupo monarquista luso-estrangeiro, comendador João Rodrigues Ribas, segundo informes de Alfredo Rodrigues” (p. 176).

No Arquivo Histórico do Exército, localizado no Palácio Duque de Caxias, antiga sede do Ministério da Guerra, no Rio de Janeiro, localizamos alguns documentos referentes ao cel. João José Palmeiro: p.ex., um seu requerimento, de 14 de dezembro de 1819, reivindicando ser ajudante de ordens do Governo, um elogio a seu respeito do tenente general Manoel Marques de Souza, de 1820, e um seu requerimento, de 18 de outubro de 1829, pedindo reforma no posto de Brigadeiro.

Fonte: http://sanguepalmeiro.blogspot.com.br/2011/06/o-coronel-joao-jose-p...

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João José Palmeiro's Timeline

1774
March 31, 1774
Paróquia São Vicente Mártir, Vila Franca de Xira, Lisbon, Portugal
1803
1803
Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brazil
1805
1805
Santo Antônio da Patrulha, Rio Grande do Sul, Brazil
1806
1806
1808
August 25, 1808
Santo Antônio da Patrulha, Rio Grande do Sul, Brazil
1816
1816
Vacaria, Rio Grande do Sul, Brazil
1816
1818
December 13, 1818
Vacaria, Rio Grande do Sul, Brazil
1820
1820
1821
March 20, 1821
Santo Antônio da Patrulha, Rio Grande do Sul, Brazil