Johann Jodokus Gesser

Um dos primeiros colonos alemães, fundadores da Colônia São Pedro de Alcântara, SC;

Imigração - 7 Nov 1828 - Chega a Desterro, Ilha de Santa Catharina, SC no brigue "Luiza"

Fato - 1829 - Ficou hospedado na Lagoinha, onde faleceu a esposa

Profissão - lavrador

1 Abr 1829 - Foi para São Pedro de Alcântara

Fonte: (http://www.fidelis-soares.com/getperson.php?personID=I006887&tree=L...)

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Chegaram em Desterro no brigue Luiza (276 imigrantes) em 7/11/1828, com 5 filhos (Johann, Christina, Johann Peter, Maria Eva e Anna Eva). Ficaram em Desterro, Armação da Lagoinha, por muito tempo, durante o qual faleceu a esposa, Rosaline. Entraram na Colonia São Pedro de Alcântara em 01/04/1829. A partir de 09 julho 1829 iniciaram-se as entregas dos lotes de terra, com a profundidade de cerca de 800 braças, aos que haviam conseguido chegar à Colônia antes dos demais. Os primeiros 13 lotes localizados no lado norte da estrada das tropas para Lajes couberam a: ...12 - Johan Gesser, viúvo e cinco filhos, 60 braças, tomando posse em 23/7/1829. Johann Gesser também era chamado de Hans Unger e foi soldado de Napoleão Bonaparte, juntamente com Nikolaus Bins, Joseph Schmitz e Nikolaus Hoffmann.

• Residence: Wintrich, Bernkastel, Rhein, Preußen, Alemanha
• Residence: Wintrich, Rheinland, Preußen, Germany
  • Reference: FamilySearch Family Tree - SmartCopy: Jan 25 2020, 1:33:54 UTC

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FAMÍLIA GESSER
GESSER, Johann – Wintrich, Rheinprovinz, Reino da Prússia

A Família Gesser é originária de Wintrich junto ao Rio Mosel, na época pertencente à Província do Reno, no Reino da Prússia. Atualmente Wintrich pertence ao Landkreis Bernkastel-Wittlich, estado de Rheinland-Pfalz, Alemanha. Johann Gesser emigrou para o Brasil em 1828 com sua esposa (Rosalia) e cinco filhos, juntamente com um grupo de 276 emigrantes, também famílias alemãs do Hunsrück, todos sem-terra, lenhadores, pastores, diaristas, ex-soldados. Johann era um agricultor diarista (Tagelöhner). Nossa família não tem brasões, somos descendentes de gente pobre, que sempre lutou para dar comida e
educação a seus filhos. E disto nos orgulhamos muito.

Wintrich e o Rio Mosel: A região do Mosel pertence geograficamente ao Hunsrück e ao Eifel (margens direita e esquerda, respectivamente), entretanto a região tem a sua própria cultura e dialeto, o Moselfränkisch, istinto do Hunsrückisch. Existem registros da Família Gesser em localidades contíguas junto ao Rio Mosel desde 15932 e se concentram em Wintrich, Brauneberg, Mülheim e Wolf3. Era uma região católica e pobre e desde 1339 pertencia ao bispado de Trier. Devido à sua localização, sofreu as ações de diversas guerras.

Em 1794, como resultado da Revolução Francesa, os franceses dominam a região (Johann Gesser tinha apenas 10 anos nesta época). O sistema feudal é dissolvido, sob aplausos da população local. Entretanto, toda sorte de atrocidades, comuns às guerras, foi cometida contra os moradores. Além disso, a população é mobilizada compulsoriamente pelo exército francês para trabalhar em construções e para lutar. Assim, muitos jovens da região, incluindo Johann Gesser, são recrutados para lutar nas tropas de Napoleão e este período marcou positivamente estes jovens. O Hunsrück e toda a margem esquerda do Rio Reno permaneceu
anexada à França até 18145, sendo os seus habitantes discriminados posteriormente pela Prússia, que passa a dominar a região.

Gesser na Hungria: Existem registros de que Johann Gesser decidiu estabelecer-se na Hungria, mesmo antes do término das guerras napoleônicas. Teve lá um filho, Johann Filho, em 1813 (Johann referia-se a ele como “o meu filho da Hungria”)6. As febres da região pantanosa do Rio Danúbio trouxeram doenças para a sua esposa, o que o fez retornar à região do Mosel7. Este período na Hungria lhe valeu os apelidos de Hans Unger (Ungar) e Unger Johanes. Em Wintrich nascem então seus outros 5 filhos, de 1814 a 1826.

Imigração: Johann decide então emigrar para o Brasil, aceitando o convite do emissário brasileiro, Major Von Schäffer7. Embarca no brigue Luiza em Bremen em junhojulho de 1828 com sua esposa e cinco filhos e, após uma parada no Rio de Janeiro, chegam ao Desterro, atual Florianópolis, SC, em 7 de novembro de 18288. Como as autoridades locais não estivessem preparadas para receber os imigrantes, eles foram alojados na Armação da Lagoinha, longe da Capital8. Os estudos e negociações para definição do local de assentamento e demarcação dos lotes demoram meses e neste tempo falece Rosalia, esposa de Johann. O documento de recebimento do lote, de 60 braças, em 23 de julho de 1829, registra Johann Gesser como viúvo, pai de cinco filhos. O lote faz parte dos 21 primeiros distribuídos em São Pedro de Alcântara, localizando-se no lado norte da estrada das tropas para Lajes, fazendo frente com o lote de Peter Conradi (localizado ao lado sul da estrada)
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Napoleão em São Pedro de Alcântara: Frei Stanislau Schaette relata: “Em São Pedro de Alcântara moravam o Hans Unger, Nikolaus Bins, Joseph Schmitz e Nikolaus Hoffmann. Os quatro serviram sob comando de Napoleão e demonstravam grande entusiasmo por ele. Hans Unger (leia-se Johann Gesser) tinha nas paredes retratos coloridos do Imperador francês. Num domingo, o Padre, em seu sermão, relatou um exemplo da vida de Napoleão e o repreendeu severamente. Os quatro veteranos, então presentes à missa, sentiram como ofensa as palavras do Padre e retiraram-se da igreja. Lá fora discutiram zangados: - Como o Padre se atreve a falar assim do nosso Imperador? – E, na venda vizinha, afogaram sua mágoa num bom trago, seguindo, mais tarde, alegres para casa”.

Gesser e Guesser: O nome da família Gesser está registrado no marco aos emigrantes, na praça de São Pedro de Alcântara. O nome Gesser sofreu alteração no registro de Roberto, filho de Jacob e neto de Johann (filho) recebendo um “u” para se abrasileirar, passando então a Guesser, de modo que a família convive com as duas grafias de sobrenome. Casos similares ocorreram com várias outras famílias alemãs.

Fonte: Famílias de origem alemã no estado de Santa Catarina. Volume I = Familien deutscher Abstammung in Santa Catarina – Band I / GenealogiaRS (Org.) – Porto Alegre: EST Edições, 2017.