José Gomes Portinho, barão de Cruz Alta

How are you related to José Gomes Portinho, barão de Cruz Alta?

Connect to the World Family Tree to find out

José Gomes Portinho, barão de Cruz Alta's Geni Profile

Share your family tree and photos with the people you know and love

  • Build your family tree online
  • Share photos and videos
  • Smart Matching™ technology
  • Free!

José Gomes Portinho, barão de Cruz Alta

Birthdate:
Birthplace: Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
Death: August 08, 1886 (71)
Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
Immediate Family:

Son of José Gomes Porto and Luzia Francisca de Almeida
Husband of Benta Gomes da Fontoura, 1 and Senhorinha Branca Sertório, 2 Baronesa de Cruz Alta
Father of João Portinho da Fontoura; Benta Gomes da Fontoura, 1; José Gomes Sertorio 'Tupy' Portinho; Luíza Sertório Portinho; Felipe Neri Portinho, General and 2 others
Brother of Clarinda Francisca Gomes Porto and Delfino Gomes Porto

Occupation: Militar - Brigadeiro Honario do Exercito Brasileiro
Managed by: Private User
Last Updated:

About José Gomes Portinho, barão de Cruz Alta

Militar Brasileiro - RS; Brigadeiro Honorario do Exercito; Medalha Paissandu - Guerra do Paraguay; 1 Barao de Cruz Alta.

Segundo (http://maragatoassessoramento.blogspot.com/2009/09/gauchos-ilustres...)

GOMES PORTINHO, JOSÉ

Militar Barão de Vila Rica e Barão de Cruz Alta (Esses títulos de baronato não foram aceitos por ele)

Natural de Cachoeira (RS), nasceu em 1º de setembro de 1814; filho do Tenente José Gomes Porto e de Luzia Francisca de Almeida, que era filha do Capitão de Milícias Gabriel Ribeiro de Almeida, assinalou sua vida com atos de verdadeiro heroísmo, pois fez parte do pequeno grupo de esforçados guerreiros que, no começo do século XIX, liderados pelo Dragão José Borges do Canto, conquistou para Portugal, os riquíssimos territórios dos Sete Povos das Missões, tomando em sucessivos ataques, as povoações de São Miguel, São João, Santo Ângelo, São Luís e São Borja. Foi ele o encarregado por seus companheiros de armas, de trazer a notícia ao Governador da Capitania, Tenente-general Sebastião Xavier da Veiga Cabral da Câmara, que o nomeou Tenente de uma Companhia de Milícias. Mais tarde, foi à Lisboa e apresentou-se na Côrte, onde foi recebido por D. João VI, que o honrou com o Hábito da Real Ordem de Cristo e o promovera ao posto de Capitão de Milícias, e fez voltar ao Brazil, no desempenho de honrosa missão.

Portinho foi casado duas vezes: o primeiro casamento foi com Benta da Fontoura, filha de Euzébio Manoel Antônio (português de Lisboa, relojoeiro da Comissão de Demarcação de Limites, integrante da coluna do Cel. Francisco João Roscio) e de Dª Vicência Cândida da Fontoura; o casal se estabeleceu em Rio Pardo e teve sete filhos, sendo Antônio Vicente o primeiro. - Seu segundo casamento foi com Branca Sertório.

Esse rio-grandense ilustre, não só pelas suas raras qualidades de caráter como pela sua estupenda bravura de soldado (chegando ao posto de general), foi várias vezes provado nos campos de batalha.

Tropeiro, de que muito se jactava, quando arrebentou a revolução de 1835, José Gomes Portinho correu a alistar-se sob o pavilhão republicano, e em mais de um encontro encarniçado patenteou o seu valor e a sua tática, cobrindo-se de louros.

Era um oficial cauteloso, que não se expunha aos riscos de uma surpresa do inimigo, nem conduzia os seus soldados a aventuras duvidosas, embora estas se apresentassem muitas vezes sob aspectos sedutores.

A prudência era a sua força, e esta nunca fraquejou, nem mesmo na presença dos maiores perigos, que muitos ele enfrentou com calma inexcedível.

Espírito rústico, oriundo de uma raça paciente e sofredora, José Gomes Portinho, tinha assim uma compreensão muito nítida da liberdade e da independência. Por isso, foi um republicano instintivo, se assim se pode exprimir. Não havia no seu republicanismo nenhum vestígio de cálculo, nem de inte¬resse, nem de “escotismo” — coisa esta que naquele tempo ninguém sabia o que era.

Era republicano porque isso o encantava e estava na massa do seu sangue, sem que pudesse explicar porque o era, nem porque não podia deixar de sê-lo.

O fato é que era intransigente e, quando o general Andréa, então presidente da Província, foi oferecer-lhe pessoalmente, em 1848, a nomeação de Coronel-comandante superior da guarda nacional das comarcas de Cachoeira, Caçapava e Santa Maria, Portinho recusou ardentemente, alegando não estar no seu feitio comandar homens armados em tempo de paz. Só acedeu, quando Andréa pegando-lhe na palavra, lhe observou que era esse justamente o caso - estávamos sob a ameaça da espada e dos soldados do ditador Rosas.

O mesmo aconteceu quando da campanha do Paraguai, em que também serviu com bravura e desprendimento que, de Portinho ficou assinalado indelevelmente na nossa história militar, infelizmente tão raro em certos homens, em tempo de guerra.

Assim se exprimia a respeito, um dos seus mais talentosos e competentes biógrafos:

"Quando estacionava com a sua divisão no Aguapeí, durante a campanha do Paraguai, foi encarregado pelo governo da compra de muitos milhares de cavalos; mais tarde, na Vila Rica, teve idêntica incumbência em consideráveis compras de gado, serviço em que muita gente enriqueceu.”

“Pois bem, tanto de uma como de outra vez, Portinho chamou concorrentes e obteve o gado e a cavalhada por preços muito inferiores aos estipulados. Levou ainda o seu escrúpulo mais longe, fazendo os fornecedores receberem os pagamentos diretamente do governo.”

“Nunca aceitou do governo recompensa alguma pelos seus serviços. Aos mil oferecimentos que lhe foram feitos, opôs imediata e formal recusa. No Paraguai, Silva Paranhos lhe ofereceu o título de Barão de Vila Rica sem conseguir faze-lo aceitar, o mesmo sucedeu aos 11 de março de 1878, quando foi agraciado com o título de Barão de Cruz Alta com grandeza, título que jamais usou; enviado pelo “Visconde de Pelotas” pedindo-lhe, em nome de sua antiga amizade, que não o devolvesse. Portinho, o velho republicano que havia, nas guerras da monarquia, “servido a Pátria e não o império”, guardou o título mas nunca o usou.”

Explicando o seu proceder, escreveu ele de seu punho, no próprio título e com data de 16 de outubro de 1879, a seguinte declaração:

“Não aceitei o baronato. Se existe o presente título em meu poder, é porque me foi mandado de presente pelo meu ilustre amigo Visconde de Pelotas, pedindo-me que o aceitasse e dele fizesse o uso que entendesse, porém, que não o devolvesse. Por esta razão guardei-o, rasgando-o e lavrando a presente declaração para que em todo tempo conste. As razões que me assistem para não ter aceitado semelhante título são muitas, as quais julgo desnecessário especificar.”

Era assim Portinho; eleito em várias legislaturas à Assembleia Provincial, não teve outro cuidado que não o desenvolvimento da agricultura e da pecuária da Província, colaborando nos projetos que concediam prêmios aos agricultores e criadores, que mais se distinguiam nestas especialidades.

Na Guerra do Paraguai reassumiu o comando de tropas e muito se distinguiu nas inúmeras ações bélicas em que tomou parte.

Após a guerra, voltou à Cachoeira (sua terra natal), onde possuía “Fazenda São Luís”.

O Gen. José Gomes Portinho faleceu em Cachoeira (RS), aos 08 de agosto de 1886, aos 72 anos de idade, deixando aos seus descendentes o legado de uma pobreza honrada e um nome glorioso.

Através de Decreto Municipal, o Prefeito de Cachoeira (RS), conferiu com justiça a perpetuação de sua memória, denominando de Rua General Portinho, a via pública que atravessa a cidade no sentido leste oeste, que tem seu início no Arroio Amorim e termina na Rua Marques Ribeiro.



Tinha o título de Barão de Cruz Alta



José Gomes Portinho, primeiro barão de Cruz Alta (1° de setembro de 1814 - 8 de agosto de 1886) foi um militar e político brasileiro.

Era tropeiro quando do início da Revolução Farroupilha, tendo nela ingressado no lado republicano. Já terminada a guerra, em 1848 o general Andréa, presidente da província, lhe ofereceu um posto de coronel comandante da Guarda Nacional de Cachoeira do Sul, Caçapava e Santa Maria da Boca do Monte, ao qual recusou, alegando que não era do seu feitio comandar homens armados em tempo de paz. Só concordou mais tarde, estando a província ameaçada pela Guerra contra Rosas. Depois serviu novamente na Guerra do Paraguai, onde algumas vezes foi incumbido de compras de cavalos e gado. Republicano idealista, no Paraguai recusou o título de barão de Vila Rica, oferecido por Silva Paranhos. Em 1878 convencido pelo visconde de Pelotas, aceita o título de barão da Cruz Alta, apesar de nunca tê-lo usado. Foi deputado provincial em várias legislaturas.

Casado com Senhorinha Branca Sertório, foi pai de oito filhos, entre eles Felipe Neri Portinho e Luísa Neri Portinho.

Tinha a medalha de Paissandu.

Fonte: Wikipédia

view all 11

José Gomes Portinho, barão de Cruz Alta's Timeline