Lauro de Sá Brito Dorneles

Formado em Agronomia, pela Imperial Escola Agrícola da Bahia, na primeira Escola de Agronomia do Brasil, criada em 1875. Defendeu Tese de Doutorado em Vitivinicultura. Formou-se antes de 1888. Frequentou ainda os bancos escolares da Universidade de Coimbra e Lisboa, onde conquistou lugar de destaque entre seus colegas.

Foi Conselheiro (Vereador) (1904-1908) e Intendente (Prefeito) de Alegrete (1909-1912). Grande estancieiro nesta cidade. Cf. Jornal Gazeta de Alegrete. 1957. Dornelles, Homero Corrêa Pires. Acervo de família.
"Lauro foi um homem de alta visão político-administrativa, sonhava com a união geral das forças políticas locais em torno de um elaborado Plano Administrativo, que poderia ser até um Programa, já em elaboração por ele e seus assessores diretos.

Entre seus Planos de Governo, conseguiu implantar um Patronato para menores, onde meninos desvalidos recebiam instrução das primeiras letras e, posteriormente, o ensino especializado.

Criou uma Escola Profissionalizante de Grau Médio, para aproveitar as vocações de jovens, cujos pendores, demonstrados pela técnica possibilitariam um melhor proveito.

Renunciou aos seus subsídios de Intendente Municipal, em favor do município, para que, ao final de seu mandato, fossem adquiridos imóveis (Casarão do Parque Dr. Lauro Dornelles e Palácio Legislativo Dr. Lauro Dornelles) para neles o município instalar escolas profissionalizantes e Patronato de abrigo a menores, sem oportunidade de estudar.

Realizou, em 1912, a 1ª Exposição Feira de Bovinos e Ovinos de Alegrete, no Rio Grande do Sul.
Cedeu ao município e a Escola Superior de Engenharia e Arquitetura, sua Granja Minuano, chácara de sua propriedade, localizada além da ponte Borges de Medeiros (hoje, 2018, Parque de Exposições Dr. Lauro Dornelles), com área superficial de 87.1200 m². (uma quadra de sesmaria) e correspondentes instalações, com casa de alvenaria, galpões, troncos e mangueiras. Em 1917 foi instalada a Estação Zootécnica, no mesmo local da Granja.

Instalou definitivamente uma Usina Elétrica na cidade.

Foi um político valoroso para Alegrete, para a coletividade dos pobres e dos desvalidos, a sua ausência foi uma perda irreparável, tantas foram as obras de solidariedade humana e de filantropia que executou como simples cidadão e como homem público, sempre inspirado pelo seu talento, atributos e realidade. Muito realizou pela grandeza de Alegrete". Cf. Trindade, Miguel Jaques. Alegrete do Séc. XVII ao séc. XX, III Vol., (CEPAL).