Luís Antônio Vieira da Silva, visconde de Vieira da Silva

"Visconde de Vieira da Silva Nasceu em Fortaleza, CE, 2 de outubro de 1828, e faleceu no Rio de Janeiro, em 3 de novembro de 1889. Filho de Joaquim Vieira da Silva e Sousa, senador e ministro da Marinha, e Columba de Santo Antônio de Souza Gaiosso Vieira, ambos maranhenses. Fez os primeiros estudos na terra natal, completando-os no Rio Grande do Sul. Na Alemanha, formou-se em Leis e Cânones, na Universidade de Heidelberg (1854).

De volta ao Brasil, fixou-se na terra de seus pais, onde foi Secretário da Província (1854/58), diretor da Repartição de Terras (1859/60) e procurador fiscal da Tesouraria da Fazenda (1859), tendo também exercido a advocacia no foro de S. Luís. Deputado provincial e presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão (1860/61) e deputado-geral nas 11ª, 13ª e 14ª legislaturas. Colaborou na imprensa local (A Nova Época, O Século e A Situação, este órgão do partido “constitucional”).

Em 1869/1870, foi presidente da Província do Piauí. Em 1871, foi escolhido senador pelo Maranhão, tendo tido importante atuação na “questão religiosa”, quando, em defesa da Maçonaria, manteve polêmica com o senador Cândido Mendes. Em 24 de dezembro de 1975, foi nomeado primeiro vice-presidente do Maranhão, tendo exercido a presidência de 17 de janeiro a 2 de fevereiro de 1876, ano em que foi convidado pelo duque de Caxias para integrar o Gabinete, mas não aceitou o convite. Dez anos mais tarde, seria ministro da Marinha no gabinete de João Alfredo. Convidado pelo Imperador para formar o novo Gabinete, não logrou fazê-lo, em virtude das divergências no Partido Conservador.

Foi do Conselho de Sua Majestade, conselheiro de Estado, Grande do Império, fidalgo cavaleiro da Casa Imperial, Grão-Mestre da Maçonaria e Cavaleiro da Ordem da Rosa. Em 17 de julho de 1863, foi eleito sócio correspondente do IHGB. Pertenceu também à Sociedade de Geografia de Lisboa, à Academia Real de Ciências de Lisboa, ao IHG/MA e ao Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano.

Além de poesias e traduções, publicou: Jornal de Instrução e Recreio, MA, 1845/46. – História interna do Direito Romano privado até Justiniano, RJ, 1854 – História da independência da Província do Maranhão. 1822/1828, MA, 1862. – Relatório com que passou a Província do Piauí..., MA, 1870. – Questão religiosa (discurso no Senado), RJ, 1874. – Força Naval (discurso na Câmara dos Deputados), RJ, 1888.

Fonte: https://ihgb.org.br/perfil/userprofile/lavieiradas.html

"Luiz Antonio Vieira da Silva, visconde de Vieira da Silva – Filho do senador Joaquim Vieira da Silva e Souza e dona Columbia de Santo Antonio Gayoso de Souza Vieira, nasceu na capital do Ceará, quando seu pai aí ocupava o logar de juiz de fora, a 2 de outubro de 1828 e faleceu no Rio de Janeiro a 3 de novembro de 1889, fidalgo cavaleiro da casa imperial, grande do Império, doutor em leis e em cânones pela universidade de Heidelberg no grão-ducado de Baeden; senador pela província de seu nascimento, conselheiro de estado, do conselho do Imperador, grão-mestre da maçonaria brasileira, sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro [IHGB] e de outras associações de ciências e letras, que nacionais, quer estrangeiras e cavaleiro da ordem da Rosa.

Começou a servir em 1854 a seu país como secretário do governo do Maranhão, que ele representou na assembleia provincial de 1860 a 1861 e na assembleia geral desta data a 1864 e de 1867 a 1871, época em que passou a representar esta província do senado. Fez parte do gabinete que extinguiu a escravidão por ato de 13 de maio de 1888 e foi depois convidado pelo Imperador para organizar o gabinete subsequente, não o conseguindo por causa da grande dissidência de seu partido. Literato de fino gosto, parlamentar distinto, e sempre dedicado ao estudo da história pátria, escreveu:

• Jornal de instrução e recreio; publicado pela Associação literária maranhense. Maranhão, 1845-1846, 191 págs. In-4º - Esta revista, de que só saíram publicados 24 números, foi fundada e redigida por Vieira da Silva em tempo de estudante de preparatórios.
• História interna do direito romano privado até Justiniano. Rio de Janeiro, 1854, 397 págs. In-8º - Divide-se este livro em quatro partes: Direito das pessoas; Direito das cousas; Direito de sucessão e Direito das obrigações.
• História da independência da província do Maranhão (1822-1828). Maranhão, 1862, 360 págs. In-8º, seguidas de mais 52 págs. Com documentos apensos.
• Questão religiosa: discurso pronunciado no senado na sessão de 8 de março de 1873. Rio de Janeiro, 1873, 22 págs. in-8º.
• Voto de graças: discurso pronunciado no senado na sessão de 13 de junho de 1874. Rio de Janeiro, 1874, 35 págs. in-8º.
• Força naval. Discurso proferido na sessão de 8 de junho (na câmara dos deputados). Rio de Janeiro, 1888, in-8º.
• A ciganinha do Norte. Maria. Poesias traduzidas do alemão – Na Grinalda de flores poéticas, coligidas pela redação do Correio das Modas. Rio de Janeiro, 1854. Há ainda várias composições poéticas deste autor nesta revista e no Jornal das Senhoras e muitas que ele deixou inéditas."

Referência:

LUIZ ANTONIO VIEIRA DA SILVA. In: BLAKE, A. V. A. S. Diccionario bibliographico brazileiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nascional, 1899. vol. 5. págs. 363-364