Manoel of Braganza

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Manoel of Braganza

Portuguese: D. Manuel José de Bragança, Conde de Ourém
Birthdate:
Birthplace: Paço da Ribeira, Lisboa, Portugal
Death: August 03, 1766 (69)
Quinta de Belas, Sintra, Portugal
Place of Burial: Lisboa, Portugal
Immediate Family:

Son of Pedro II o Pacifico, rei de Portugal and Marie Sophie Isabel von Neuburg, Rainha consorte de Portugal
Brother of John of Brazil and Duke of Braganza; D. João V, Rei de Portugal e Algarves; Francisco of Braganza, 7h Duke of Beja; António Francisco of Braganza; Teresa of Braganza and 1 other
Half brother of Isabel Luísa de Bragança, Princesa da Beira; Luisa de Portugal; Miguel of Braganza and José de Bragança, Arcebispo de Braga

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Last Updated:

About Manoel of Braganza

Nome completo: D. Manuel José Francisco António Caetano Estêvão Bartolomeu de Bragança.

Aos 18 anos o Infante embarcou no dia 5 de novembro secretamente para os Países Baixos num barco inglês, sem consentimento do rei seu irmão, e se dirigiu à Holanda. Pedido seu regresso à pátria, veio por Paris, onde foi hóspede do conde da Ribeira Grande. Mas voltou a fugir, frustrando os intentos de D. João V, seu irmão. Guerreiro e aventureiro, se distinguiu com o Príncipe Eugénio de Saboia. Em 4 de novembro de 1715 fugiu de Lisboa sem ordem, deixando extensa carta ao irmão rei, afirmando que «ia servir ao Imperador seu primo na guerra da Hungria» onde lhe pedia que lhe assistisse «com o que cá lhe dava e com o mais que esperava da sua real grandeza.»

Segundo Rebelo da Silva o «infante, moço ambicioso e inquieto, ardendo em desejos de se mostrar e ganhar fama, cobiçando ver o mundo, desvinculado da tutela da corte do irmão e muito em segredo» tramou a fuga, atribuindo-a a concluio com a Rainha, grávida do Infante D. Carlos, a fim de dissuadir o Rei de uma viagem que, a pretexto de pagar promessa a Nossa Senhora de Loreto, resolvera efetuar. Obrigado a desaprovar publicamente o procedimento do Infante, suspenderia sua própria viagem - o que fez, satisfazendo a Rainha.»

D. António Caetano de Sousa diz que partiu porque seu espírito belicoso ansiava pela gloria dos combates e Portugal estava em paz. Outros comentam que o rei queria que o irmão tomasse Ordens sacras, quando se tratava da criação da Patriarcal. Pinheiro fugira para apagar a nodoa na sua honra, em movimento de arrebatada indignação. Sua popularidade aumentou.» Veríssimo Serrão, em »História de Portugal», volume V, página 248, diz que «Bebeu na educação uma forma de altivez que tinha as marcas da valentia e do pundonor, haja vista uma das divisas que compôs aos 10 anos: ´Mais devem os homens estimar a perda da vida com honra do que viver com infâmia´.»

Levou um filho do conde de Tarouca, Manuel Teles da Silva, da sua idade, um reposteiro e outro moço mais de serviço, algumas jóias, 20 mil cruzados em prata e uma letra do mesmo valor, da parte do comerciante Manuel de Castro Guimarães, para receber em Londres. Foi para a Holanda, apesar da fragata inglesa que D João mandou para persegui-los. Em 14 de novembro de 1715 desembarcou em Amsterdam. Levou ali vida alegre e dissipada, em funções de todo o gênero, do que se lamentava o velho embaixador D. Luís da Cunha ao descrever ao conde de Assumar as «festas, corridas de trenós e bailes em que se dansava até as 7 da manhã, o que o deixava ´meio morto´ de assistir».

Passou para a Haia, com o conde de Tarouca, recebido com grandes festas, e ali passou três meses. Passou à França, indo para a Alemanha depois. Passou à Hungria, no período da 2ª guerra entre os Habsburgos e a Turquia. Em 1º de agosto de 1716 apresentou-se voluntário ao Príncipe Eugénio para combater os turcos (150 mil homens). Na Batalha de Petrovaradin em 1716 nas operações de limpeza depois do combate, tomou o comando de um destacamento designado para flagelar os turcos em fuga, mas esta surtida teria acabado mal se não lhe acudissem oficiais mais experimentados. Assistiu à batalha, em Peterwerden tomou parte nela, saiu ferido e coberto de glória, do ataque à praça de Temeswar. Em dezembro de 1716 estava em Viena, ingressou no exército austríaco, tomando parte na campanha de Belgrado com o Príncipe Eugênio, com a qual a guerra terminou, firmando-se em 1718 o Tratado de Passarowitz. Nomeado Marechal de campo dos exércitos imperiais, obteve o comando de um Regimento de couraceiros com o elevado soldo de 50 mil cruzados. Dai por diante viveu em constante peregrinação pelas cortes da Europa, vida de dissipação, boémia e amores. Pretendente infeliz ao trono da Polónia e da Lituânia, impôs-se seu imediato regresso ao reino em 21 de outubro de 1734.

Suas proezas encontraram eco nas folhas volantes da época na literatura portuguesa: o Eclipse da Lua Otomana e a Notícia Sumária da Gloriosa Vitória Alcançada pelo Sereníssimo Príncipe Eugénio Francisco de Saboia. Após as proezas bélicas do infante, a quem chamam «filho de Vénus e Marte» ou ainda o «Marte Lusitano», fácil era dar uma explicação para a sua saída do país: vendo Portugal em paz, D. Manuel procurara zonas em guerra pois sentia falta do combate, segundo António Caetano de Sousa.

Conhecido nas altas rodas aristocráticas europeias, o Journal de Verdun regista os movimentos do príncipe; e a sua fama mundana inspirou dois escritores franceses contemporâneos: Madame Dunoyer, nas suas Lettres Historiques et Galantes, descreve com admiração as graças do príncipe e as festas dadas em sua honra pelo conde de Tarouca. O abbé Prévost no seu livro Mémoires et Aventures d'un Homme de Qualité que s'est retiré du Monde, vol. IX, conta à sua maneira, as razões por que teria deixado Portugal: uma história de amor, rematada pelo suicídio da amada.

Durante 17 anos viveu com a alta aristocracia europeia, aspirando à mão de princesas. Esteve na Itália, na Rússia (em 1730), em Riga e em Varsóvia, tendo sido aventado o seu nome para rei da Polónia e grão-duque da Lituânia (1733). Sem meios, pois a coroa portuguesa não sustentava as suas pretensões, conforme documentos, acabou por regressar a Portugal em 1734. As suas dívidas foram parcialmente pagas mediante um adiantamento da herança paterna.

A partir de 1734, estabeleceu «corte na aldeia»: em Belas, numa propriedade do conde de Pombeiro. Houve quem pretendesse, mais tarde, ter havido uma conspiração em Minas Gerais no intuito de o aclamar Rei do Brasil, o que é tolice, mas efetivamente o infante foi contactado por um português que vivera 20 anos no Brasil, de 1702 a 1722: trata-se de Pedro de Rates Henequim, imediatamente preso pela Inquisição e condenado quatro anos mais tarde em um auto-da-fé em 1744 como cristão-novo e por suas ideias nitidamente milenaristas.

O infante sobreviveu ao monarca e ao terramoto, falecendo solteiro e com poucos meios na quinta de Belas, entregue à vida social e ao convívio com letrados e artistas. Está sepultado no Panteão dos Braganças, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.

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Manoel of Braganza's Timeline

1697
August 3, 1697
Paço da Ribeira, Lisboa, Portugal
1766
August 3, 1766
Age 69
Quinta de Belas, Sintra, Portugal
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Panteão dos Braganças, Mosteiro de São Vicente de Fora, Lisboa, Portugal