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Maria da Costa

Also Known As: "Maria da Costa Soares"
Birthdate:
Birthplace: Évora, Évora District, Portugal
Death: 1624 (39-40)
Evora, Évora District, Portugal
Immediate Family:

Daughter of João Lopes de Elvas, o d'Óculos and Inês Álvares
Wife of Diogo Nunes Machado and Fernão Vieira Tavares
Mother of Jerônimo de Brito Machado; Isabel da Costa; Diogo da Costa Tavares; Pascoal da Costa Tavares and Ana da Costa Tavares
Sister of Teotônio Gomes de Elvas; Isabel Lopes; Catarina da Costa; Francisca da Costa and Margarida Ximenes

Managed by: Ana Toledo - Curadora
Last Updated:

About Maria da Costa

Em Junho de 2018, completam 400 anos que a Maria da Costa e seu pai, João d´Óculos, foram encarcerados nas masmorras da santa inquisição católica. Em 1624 ela foi liberta da masmorra da santa inquisição, mas a data de falecimento é ignorada.

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Maria da Costa from Évora, Portugal, the second wife of capitão-mor Fernão Vieira Tavares Maria was of Jewish extraction and was accused, arrested and tortured by the Inquisition in Lisbon. In the process she denied the practice of Judaism and stated that she was baptized in the church of Santo Antão of Évora.11 Her story is one of many examples of this dark period in the history of the Iberian Peninsula. Maria stated to the inquisition that she and Fernão had three children, one of them named Diogo, and it is possible but not certain that this Diogo may be the same Diogo mentioned as the son of Fernão's first marriage.

André L. Fr. Claeys Geschiedenis van de Brugse Lem/Lems (1337-1900)
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A sentença

atrás mencionada foi publicada em presença da ré Maria da Costa, no auto-da-fé que se celebrou na Ribeira da Lisboa em 5 de maio de 1624, estando presente o Bispo Inquisidor Geral, que era D. Fernão Martins Mascarenhas, Deputados do Conselho Geral, os senhores Inquisidores, Deputados, Secretários e mais ministros do Santo Ofício, e muita gente do povo. Pouco depois do auto-da-fé, ainda presa, Maria da Costa fez uma petição, na qual ela alegava que ela havia saído no auto próximo passado de 5 de maio, abjurou de veemente, disse que era muito pobre e enferma, e não tinha coisa alguma com que pudesse satisfazer os gastos e condenação para o que, sendo necessário, faria cessão de seus bens. E porque tinha duas meninas que ficaram desamparadas e lhe era necessário curar-se de suas enfermidades. Pedia, enfim, que a mandassem soltar, porquanto já estava confessada, comungada e bem instruída nas cousas tocantes à fé católica. Finalmente, em 6 de maio de 1624, em Lisboa, nos estaos em casa do despacho da Santa Inquisição, em audiência na parte da manhã, Maria da Costa foi mandada chamar. Depois de jurar aos Santos Evangelhos, foi-lhe mandado que tivesse segredo em tudo que viu e ouviu e passou na Mesa do Santo Ofício e nos cárceres. Foi advertida que se ela, em algum tempo tornasse a cair em erros de heresia e apostasia, que o Santo Ofício não teria misericórdia e que seria entregue à Justiça Secular. Permaneceu nos cárceres da Inquisição de Lisboa durante 6 anos. Tentou fugir para o Brasil, onde se encontravam o marido, filhos e enteados, mas foi denunciada e presa. Frustrada em suas esperanças, nunca mais os reviu. 108

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CAPÍTULO 3: SÃO PAULO E O JUDAÍSMO O LAR JUDAICO DE RAPOSO TAVARES O historiador português Jaime Cortesão, publicou documentos268 que mostravam que a sua família havia sido presa pelo Santo Ofício. Mas, o primeiro a localizar e pesquisar o processo da sua madrasta na Inquisição de Lisboa, e trazer ao público essa informação, foi o historiador José Gonçalves Salvador269. Maria da Costa, mulher de Fernão Vieira Tavares, era madrasta do bandeirante Antônio Raposo Tavares. Era cristã-nova e em sua casa se praticava o judaísmo. Por ter sido presa pelo Santo Ofício, é possível reconstituir sua vida através do seu processo270. Maria da Costa era natural da cidade de Évora, onde nasceu cerca de 1584, filha de João Lopes de Elvas, mercador, e de Inês Álvares, que seriam naturais de Elvas, conforme o depoimento de Maria da Costa, na sessão de genealogia em 9 de março de 1619. Declarou que seus avós paternos eram Gomes Rodrigues e Isabel Lopes, que supunha serem também de Elvas; dos maternos não tinha conhecimento nenhum. Todos eram cristãosnovos, à exceção de sua mãe, que era meio cristã-velha271. Declarou ser casada com Fernão Vieira Tavares, cristão-velho, que foi escrivão dos órfãos de Beja e à época era Contador Mor do Brasil e dele tinha três filhos: Pascoal, de 8 anos, Diogo e Ana, mais moços. Disse que ela fora casada anteriormente com Diogo Nunes Machado, cristão-novo que tinha as rendas, de quem teve dois filhos: Isabel da Costa, que com ela estava presa no Limoeiro e não sabia o que era feito dela, e .... de Brito, que faleceu solteiro. Afirmou que nunca fora presa pelo Santo Ofício, e que seu pai o fora pelo Santo Ofício de Évora haverá mais de 15 anos e saiu solto e livre. Que o irmão de seu pai, André Álvares, fora preso à mesma época que ela. Disse que ela fora batizada em Santo Antão de Évora, e que seus padrinhos foram seu tio André Álvares e Inês Freire. Era crismada e o fora em Évora, mas não sabia em qual igreja, pelo Arcebispo D. Teotônio. Que sempre ouviu missa, pregação e se confessava e comungava, e fazia as mais obras de cristão. Sabia assinar. Uma mulher saber assinar em 1619 era algo raro e tinha um significado especial. Mostrava que sua família era culta e de posses. Não há menção dessa questão no processo, mas é bem possível que ela tivesse aprendido com professor particular. O pai de Maria da Costa, João Lopes de Elvas, por alcunha do óculo porque usava óculos, era qualificado ora como comerciante ora como tratante. Em dezembro de 1597, na sessão de genealogia, disse ser cristão-novo, natural de Elvas e morador em Beja. Maria da Costa recebeu ordem de prisão em 1º de junho de 1618 na cidade de Lisboa, em circunstâncias que serão abordadas adiante. Em 3 de junho foi entregue aos estaos e cárceres do Santo Ofício. Quando se fez o inventário dos seus bens, em 9 de março de 1619, o Inquisidor Rui Fernandes de Saldanha mandou chamar Maria da Costa, que afirmou que não possuía bens de raiz nem peças de ouro e de prata, nem dinheiro nem mais móveis que os de seu uso e a ela ninguém lhe deve. Aliás, seu marido ficara devendo 600$000 (seiscentos mil réis), uma fortuna para a época, pelos quais lhe tomaram quanta fazenda tinham, os quais ficou devendo a Cruzada. Do sumário de culpas contra Maria da Costa, é possível extrair o que segue, para melhor entender a problemática do cristão-novo:....................

Bogaciovas

Tribulações do Povo de Israel na São Paulo Colonial

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Estatuto social: cristã-nova,

Idade: 35 anos.

Crime/Acusação: judaísmo.

Naturalidade: Évora.

Morada: Beja, assistente em Lisboa.

Pai: João Lopes, de Elvas, foi mercador.

Mãe: Inês Alvares, de Elvas.

Estado civil: casada

Cônjuge: Fernão Vieira Tavares, cristão-velho

Data de prisão: 03/06/1618.

Sentença: auto-da-fé de 05/05/1624. Abjuração de veemente, cárcere a arbítrio, penas e penitências espirituais

Arquivo Nacional Torre do Tombo.

https://digitarq.arquivos.pt/details?id=2312192

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Maria da Costa's Timeline

1584
1584
Évora, Évora District, Portugal
1614
1614
Beja, Beja District, Portugal
1624
1624
Age 40
Evora, Évora District, Portugal
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