Pedro Jacques de Magalhães, 1° visconde de Fonte Arcada

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Pedro Jacques de Magalhães

Birthdate:
Birthplace: Madeira Island, Madeira, Portugal
Death: December 08, 1688 (78-87)
Immediate Family:

Son of Henrique Jaques de Magalhães and Violante de Vilhena
Husband of Luísa da Silva de Andrade and Maria Vicência de Vilhena
Father of Henrique Jaques de Magalhães; Manuel Jaques de Magalhães, 2º visconde de Fonte Arcada and Antónia Madalena de Vilhena

Managed by: George J. Homs
Last Updated:

About Pedro Jacques de Magalhães, 1° visconde de Fonte Arcada

"O Palácio Flor da Murta situa-se na Rua do Poço dos Negros fazendo esquina com a Rua de S.Bento. A origem deste nome poderá ter começado na casa nobre que no século XVI pertencia aos «Pereira Faria», senhores de Alcochel. Pelo casamento D.Giomar de Faria com D.Jorge de Meneses estes passaram a representar a «Casa Flor da Murta».

Noutra versão essa primitiva casa nobre terá sido integrada no século XVII no Morgado da Terrugem, instituído em 1681 por Pedro Jacques de Magalhães, 1º Visconde da Fonte Arcada, que casou em segundas núpcias com D.Maria Vicência de Vilhena e dela teve D.Madalena de Vilhena.

Esta, casando por sua vez com D.António de Meneses de Sotto Mayor, Morgado de Sousa, terá trazido para os «Meneses» (de Cantanhede) o Palácio que habitavam no século XVIII, época em que parece ter sido colocado no sólido cunhal do ângulo do edifício a pedra de armas dos «Pereira Faria», de Alcochel, que ainda lá existe.

No cunhal do Palácio a Sudoeste existe uma pedra de armas dos «Pereia Faria» de Alcochel: centrada pelo brasão dos «Sousas do Prado» (leões rampantes de Castela e quinas de Portugal) esquartelado pelos brasões dos «Pereiras» (cruz de prata florenciada), Castros (6 arruelas de ouro), Barbosas (3 crescentes em orla entre 2 leões) e Farias (castelo de 5 flores-de-lis).

O edifício, reedificado no século XVI, sofreu restauros no século seguinte e foi pouco afectado pelo Terramoto de 1755.

Possuía jardins com uma fonte monumental de espaldar e nela uma carranca de Baco. Em 1890, tendo o Palácio sido tomado de arrendamento pela firma «Street & Cª.», que lá permaneceu até 1920, esta construiu no espaço dos jardins, oficinas, depois substituídas por uma garagem.

Este Palácio possuía também uma capela de invocação a «Nossa Senhora de Monserrate», forrada a azulejos setecentista, encerrada ao culto em 1914 e despojada dos seus pertences.

De um só andar, o Palácio tinha, na fachada poente voltada para a Rua de S.bento (que nesse troço se chegou a chamar "Rua Flor da Murta"), seis janelas de sacada com varões e o portal da extinta capela de cantaria com tímpano aberto.

Na fachada Sul do Palácio Flor da Murta voltada para a Rua do Poço dos Negros, que foi prolongada no início do século XIX para nascente, tinha 15 janelas de sacada e, no corpo central, mais elevado, a entrada nobre com moldura de cantaria e cinco janelas de peitoril.

Na fachada Norte, virado para a «Rua Fresca», tem duas portas, uma das quais servia a Capela. Nos andares baixos chegaram a funcionar cinco estabelecimentos comerciais e em parte do primeiro andar, viveu ainda nos anos 40 do século passado, o seu proprietário D.António de Meneses.

Na outra parte do edifício esteve um serviço público e escritórios particulares e residiram vários inquilinos. Passando a entrada nobre tinha um átrio e escadaria de um só lanço e paredes com silhares de azulejos setecentistas de cenas palacianas e campestres emolduradas por pilastras e grinaldas.

Seguem-se vários corredores, também com silhares de azulejos. De entre as várias salas, de tectos apainelados e paredes revestidas a azulejos, alguns holandeses do século XVII, destacava-se a «Sala Dourada», pequeno toucador de tecto pintado sobre tela (séc. XVIII) com dourados e grinaldas rodeando uma figura feminina com o «Amor» ao colo, e tendo aos cantos emblemas com setas e cupido.
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Vem a propósito dizer que «Flor da Murta» não era, como se tem escrito, alcunha galante de D.João V à sua amante, e bela D. Luísa Clara de Portugal, aia da rainha D. Maria Ana Áustria.

D. Luísa Clara de Portugal era casada e vivia na Corte em 1731 com seu marido, D.Jorge de Meneses, filho de D.António de Meneses e de D. Antónia Margarida da «Casa da Flor da Murta».

Por pertencer a esta casa pelo casamento, é que chamavam «Flor da Murta» a D.Luísa, com quem D.João V teve uma filha bastarda, D.Maria Rita de Portugal, nascida em data que se ignora, foi monja do Convento de Santos-o-Velho.

D.João V veio a perder a amante a favor de seu sobrinho, o jovem D.Pedro Henriques, Duque de Lafões (neto de D.Pedro II) que por essa traição ao Rei esteve em vias de ficar eunuco, não fora a oportuna intervenção do valido real, «Frei Gaspar da Encarnação» que convenceu o monarca a esquecer.

D.Jorge de Meneses, o marido traído, retirou-se, com os três filhos, para o Palácio de Terrugem, de onde nunca mais saiu até ao seu falecimento.
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O Palácio Flor da Murta sofre alterações no ano de 1950 na compartimentação interna, tendo sido removidos painéis de azulejos (alguns deles terão passado a integrar o acervo do Museu da Cidade de Lisboa).

Em 1973 sofreu outra intervenção com obras de demolição no interior do Palácio. Nos anos de 1993/1994 procede-se à reconstrução completa do interior do imóvel e registando-se o acréscimo de mais um piso.

Em 27 de Fevereiro de 2003 foram iniciadas neste Palácio as obras de construção de quatro pisos e duas caves, com a finalidade de ali ser implantado um Condomínio fechado, constituído por 74 apartamentos do tipo T0. As fachadas exteriores do Palácio foram mantidas e reforçadas. Na parte de trás relacionado com o armazém e anexo, situado a Norte, irá ser implantada a zona de estacionamento, distribuído por duas caves, com entrada pela «Rua Fresca».

in, https://www.facebook.com/contamehistoriaslisboa/photos/pb.506355716...

Nobiliarchia Pernambucana, de Antonio Jose Victoriano Borges da Fonseca. Coleção Mossoroense, serie C, volume 819, 1992.Volume II pagina 465

65- Engenho Casa Forte – sob a invocação de Nossa Senhora das Necessidades – do genealogista Fábio Arruda de Lima.

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