Rodrigo Augusto da Silva

How are you related to Rodrigo Augusto da Silva?

Connect to the World Family Tree to find out

Rodrigo Augusto da Silva's Geni Profile

Share your family tree and photos with the people you know and love

  • Build your family tree online
  • Share photos and videos
  • Smart Matching™ technology
  • Free!

Rodrigo Augusto da Silva

Birthdate:
Birthplace: São Paulo, São Paulo, State of São Paulo, Brazil
Death: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Place of Burial: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Immediate Family:

Son of José Manuel da Silva, barão de Tietê and Maria Reducinda da Cunha e Silva, Baronesa de Tietê
Husband of Catharina de Queiros Coutinho Mattoso Camara
Father of Maria Custódia Mattoso
Brother of Cândido Justiniano da Silva; Raphaela Eugenia da Silva and Joaquina Angélica da Silva

Managed by: François Paillusseau
Last Updated:

About Rodrigo Augusto da Silva

Autor e co-assinante da lei Áurea.

Era filho do Barão do Tietê e sobrinho do capitalista Benedito Antonio da Silva. Foi um dos líderes do partido conservador nos últimos anos do império, juntamente com Antônio da Silva Prado. Herdou o prestígio e posição de seu pai, chefe do partido conservador em São Paulo e também de seu sogro, o Senador Eusébio de Queirós,[1] chefe do partido conservador nacional,[2] que foi o autor de uma das mais importantes leis do império, a Lei Eusébio de Queirós.

Foi deputado provincial, deputado geral, senador do Império do Brasil de 1888 a 1889, Ministro da Agricultura, Ministro dos Transportes e Ministro das Relações Exteriores do Brasil. Foi feito cavaleiro Grã-cruz da Real Ordem de Vila Viçosa, cavaleiro Grã-cruz de 1º classe da Ordem de São Gregório Magno de Roma e cavaleiro Grã-cruz da Legião de Honra, da França.[3]

Família[editar | editar código-fonte]
Rodrigo Augusto da Silva era descendente da antiga e tradicional família paulista. Por parte de pai era neto do sargento-mor José da Silva de Carvalho que foi confirmado por carta real como comandante da vila de Santo Amaro. Afonso d'Escragnolle Taunay descreve José da Silva de Carvalho, como “proprietário abastado”,[4] já Edmundo Zenha o descreve como: “…um homem rico em Santo Amaro. Grande proprietário de terras e de escravos, era, na antiga freguesia, um dos esteios do situacionismo. No primeiro livro de notas do Tabelião de Santo Amaro temos uma amostra de sua atividade. Quase não se voltam duas páginas que não se encontre o seu nome, comprando ou dando dinheiro sob hipoteca.” A avó paterna de Rodrigo A. da Silva era descendente de famílias açorianas, entre elas os Silveira Bettencourt.

O pai de Rodrigo Augusto da Silva, o coronel José Manuel da Silva, foi agraciado por Dom Pedro II com o título de Barão do Tietê, foi comendador da Ordem de Cristo e oficial da Ordem da Rosa além de ter assumido a presidência da província de São Paulo algumas vezes. Foi ainda presidente do Banco do Brasil de São Paulo, da Companhia União Paulista e da Caixa Econômica.[5] Ainda pelo lado paterno era sobrinho do major Benedito Antônio da Silva,[6] primo da Baronesa de Bernardo Pinto (Portugal) e do empresario e industrial Dr. Manuel Claudino da Silva.

Por parte materna descendia dos Cunha Bueno, sendo descendente direto de Amador Bueno.[7] Era sobrinho do Visconde de Cunha Bueno, primo do Dr. William Ellis Jr. e do senador Alfredo Ellis.[8]

O senador Rodrigo Augusto da Silva casou com Catharina de Queirós Mattoso Ribeiro, filha do senador Eusébio de Queirós. Catharina era neta materna da condessa da Piedade.

Capitalistas e empreendedores[editar | editar código-fonte] O avô, o pai e o tio paterno de Rodrigo Augusto da Silva foram importantes empresários paulistas. A família construiu fortuna no transporte e comercialização de mercadorias durante o período colonial e imperial. No início a família foi proprietária de tropas que faziam o transporte de açúcar,café e mercadorias;[9] seu avô passou a empreiteiro de obras, construindo estradas para a província de São Paulo. Posteriormente a família esteve entre os fundadores das primeiras ferrovias e bancos na província, muito destes empreendimentos foram em sociedade com a família Silva Prado, que também inicialmente possuía negócios no tropeirismo. Os Silva Prado mantiveram uma aliança política que durou três gerações com a família de Rodrigo Augusto da Silva.

Estiveram entre os fundadores e acionistas da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, Banco do Brasil (São Paulo), Caixa Econômica, Companhia Cantareira de Águas e Esgotos, Ferrovia Rio Claro-São Carlos, Companhia de Estradas de Ferro São Paulo ao Rio de Janeiro, Companhia União Paulista, Banco de Depósitos e Descontos, Companhia Importadora de Drogas e a Companhia Docas de Santos.[10][11][12]

Quando o Barão do Tietê faleceu em 1877 possuía uma fortuna de 806:047$183 réis[13] em imóveis, mais participação acionária em diversas empresas. Entre os imóveis estavam o Palacete do Tietê, localizado na rua Direita nº 1 e uma grande fazenda na região do atual município de Diadema.[14] O tio de Rodrigo A. da Silva, o major Benedito Antônio, teria uma fortuna diversas vezes superior a do Barão do Tietê, Apenas a participação em uma de suas empresas passaria de 500:000$000,[15] no ano de sua morte deixou somente em imóveis 1.500:000$000 réis, não estando incluso a sobrepartilha.

Carreira política[editar | editar código-fonte] Apos formar-se em direito no Largo de São Francisco em São Paulo começou a carreira como advogado e jornalista, era versado em diversas línguas, especialmente o francês, que tinha excelente fluência. Ficou conhecido pelo seu conhecimento da literatura clássica, tendo fama de intelectual, por estes motivos foi ironizado por Rui Barbosa pela educação aristocrática e tradicionalista que recebeu na infância. Com seu irmão Cândido Silva e Antônio da Silva Prado escrevia em jornais conservadores defendendo o partido, selando uma aliança que viria anos depois culminar durante os anos de 1888 e 1889, com a aprovação da lei Áurea e a morte de Rodrigo Augusto da Silva.

Ainda jovem, apoiado pelo prestígio e fortuna de seu pai foi eleito Deputado Geral em 1857, tinha apenas 24 anos, sendo um dos mais jovens, se não o mais jovem deputado geral. Recebeu ainda apoio do sogro, o senador Eusébio de Queirós, aliado político de seu pai e também do Visconde do Cruzeiro, outro aliado de seu pai.[16] Todos do partido Conservador. Na corte recebeu fortes ataques do lider do partido liberal paulista, o Conselheiro Antônio Moreira de Barros. Este viria acusá-lo de fraude eleitoral, sendo discutido a frente de todos na Câmara dos Deputados. As acusações não prevaleceram e foram consideradas ataques políticos.

Em 1887, foi chamado pelo “velho amigo” Antônio da Silva Prado para integrar o governo do Barão de Cotejipe na pasta do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Assumiu em um momento muito tenso. A Princesa Isabel e o então primeiro-ministro, Barão de Cotejipe não concordavam em relação a abolição da escravatura. O último sendo contra os termos propostos. Veio depois a assumir o Ministério das Relações Exteriores, e novamente o Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, sendo o responsável pela aprovação da Lei Áurea. Mantinha ainda o Ministério das Relações Exteriores como substituto de Antônio da Silva Prado. Durante este período causou descontentamento de setores republicanos e liberais da imprensa que denunciavam o fato de ser ao mesmo tempo ministro de duas pastas mais importantes do governo, dando a Rodrigo Augusto da Silva poderes extraordinários. A respeito disso Rui Barbosa o atacou de forma direta, assim como estava fazendo com o Conde d’Eu e o Imperador. No Diário de Noticias apelidou Rodrigo Augusto da Silva de O Varão das Duas Pastas,[17] disse Rui Barbosa:

Camões diria talvez barão. Mas, neste nossos tempos, já não é dado trocar o v em b sem carta de mercê imperial. Como diríamos então? O homem? é trivial, é plebeu. Varão é terso, viril, atlético; da a visão escultural da musculatura refornida, das espáduas largas do lutador, que sustenta aos ombros os dois ministérios: o comércio, a agricultura, as obras públicas, as relações exteriores. Para este privilegiado a vida não tem estações. Não foi para ele que Ovídio versejou que nem tudo e para todas as idades.

… se não soubéssemos que o bizarro conselheiro da coroa se deleita em compulsar a boa literatura clássica. Pena é que a politica estragasse um homem, que a natureza dotou com a lírica eternamente juvenil da força e da sensibilidade.

WP

view all

Rodrigo Augusto da Silva's Timeline

1833
December 7, 1833
São Paulo, São Paulo, State of São Paulo, Brazil
1875
March 25, 1875
Rio de Janeiro
1899
October 17, 1899
Age 65
Cemitério São Francisco Xavier, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
????
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil