Sargento-mór Inácio de Souza Verneck

Paty Do Alferes, Paty do Alferes, RJ, Brazil

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Sargento-mór Inácio de Souza Verneck

Also Known As: "Padre Werneck"
Birthdate:
Birthplace: Barbacena, Borda do Campo, Minas Gerais, Brazil
Death: July 02, 1828 (85)
Paty do Alferes, RJ, Brasil (Brazil)
Place of Burial: Paty do Alferes, RJ, Brasil
Immediate Family:

Son of Antonia Ribeira
Husband of Francisca Laureana de Chagas
Father of Maria do Carmo Werneck; Ignácia Delfina Werneck; Luiza Maria Angélica Souza Werneck; Manoel de Azevedo Mattos; Ana Matilde Verneck and 7 others
Brother of Ana de Souza Werneck; Lourenço de Souza Werneck; Antônio de Souza Werneck; Izabel Souza Werneck; Manoel Ramos de Azevedo and 1 other

Occupation: Comerciante, Militar, Padre
Managed by: Bruno Cecchetti
Last Updated:

About Sargento-mór Inácio de Souza Verneck

(1)Inácio de Sousa Vernek[ (Barbacena, 25 de julho de 1742 — Paty do Alferes, 2 de julho de 1828) foi um fazendeiro e militar brasileiro cujos serviços de abertura de estradas e aldeamento de índios nômades influenciaram a fundação e desenvolvimento de várias cidades da região do vale Paraíba do Sul.

Biografia

As suas origens familiares ligam-no ao Caminho Novo, estrada que ligava o porto do Rio de Janeiro e as Minas Gerais nos séculos XVIII e XIX. Foi o segundo dos três filhos do açoriano Manuel de Azevedo Matos e de Antônia Ribeira nascida em Pilar do Iguaçu, no recôncavo do Rio de Janeiro, início do Caminho Novo. Como não era o primogênito, recebeu os sobrenomes dos avós maternos, conforme o costume da época. Seu pai exercia atividades de minerador de ouro e de comerciante percorrendo frequentemente o Caminho Novo entre o Rio de Janeiro e as Minas Gerais. Nasceu na freguesa de Nossa Senhora da Piedade da Borda do Campo, bispado de Mariana, atualmente cidade de Barbacena, que era um dos pousos finais do Caminho Novo.

Ainda menino foi levado por seu pai para estudar no internato do Seminário São José no Rio de Janeiro, tendo como correspondente o negociante Chagas. Tinha profunda vocação religiosa e pretendia tornar-se padre, entretanto as perturbações de ordem política fizeram com que o vice-rei do Brasil organizasse forças militares auxiliares, entre as quais um batalhão de estudantes ao qual se alistou. Iniciou-se então a sua carreira militar,[ atingindo o alto posto de sargento-mor, no qual se reformou em 20 de Outubro de 1809.

A região do vale do Paraíba do Sul no Rio de Janeiro era quase que totalmente coberta for florestas virgens no final do século XVIII, mas começava a ser explorada por plantações de café de gente que emigrava de Minas Gerais com o fim do ciclo do ouro. Vários tribos de índios viviam nômades na região e geravam insegurança entre os proprietários das sesmarias que eram doadas em suas terras.

O vice-rei do Brasil D. Luís de Vasconcelos e Souza ordenou em 1789 que fosse iniciada a catequese destes índios, entre os quais os Coroados se destacavam pela ferocidade. Em 1800, o vice-rei incumbiu o fazendeiro José Rodrigues da Cruz, proprietário da fazenda Pau Grande, de "proceder à civilização" dos índios Coroados e o então capitão de ordenanças Inácio de Souza Vernek de "domesticar e aldear". A ordem régia de 2 de Abril de 1802 comandava que "tôda a pessoa a quem fôr apresentada prestará o auxilio que lhe requerer o Cap. das Ordenanças lnácio de Souza Werneck para a Aldeiação dos Índios Coroados, que por Ordem Régia se mandou estabelecer nas margens superiores do rio Paraíba". Os índios Coroados foram por ele reunidos e conduzidos para as aldeias onde deveriam se fixar. O vice-rei seguinte, Dom Fernando José de Portugal, nomeou em 1803 o padre Manoel Gomes Leal para o cargo de capelão, tendo-lhe o bispo Dom José Joaquim Justiniano conferido a jurisdição necessária para construir e benzer uma capela e cemitério. Uma modesta capela dedicada a Nossa Senhora da Glória foi construída no principal aldeamento de índios Coroados, a qual deu origem à atual cidade de Valença, Rio de Janeiro.[3] O aldeamento continuou procurando-se concentrar os aglomerados indígenas atraindo os índios Puris e Araris que também perambulavam pela região.

O seu trabalho de aldeamento de índios foi elogiado por historiadores especialmente pelas suas ações durante uma grande epidemia de varíola que grassou nas diversas aldeias. Requereu que fosse dada uma sesmaria aos índios já pacificados pois estes sofriam abusos dos novos povoadores da região, entretanto seu pedido não foi atendido. Como recompensa pelos serviços prestados ao governo, recebeu em 1808 mais uma sesmaria, além da que já possuía.

Construiu a estrada Werneck, então chamada de Caminho da Aldeia, a primeira estrada para o sertão de Valença, que ia desde a cidade de Iguaçu até o norte da capitania do Rio de Janeiro, na liha divisória como Minas Gerais marcada pelo rio Preto. As estradas por ele construídas ligavam a aldeia de índios Coroados de Nossa Senhora da Glória de Valença e a aldeia dos índios Araris de Santo Antonio do Rio Bonito (atual distrito de Conservatória em Valença) com o Caminho Novo para Minas Gerais e os caminhos auxiliares para a freguesia de Sacra Família do Tinguá (atual distrito de Sacra Família no município de Engenheiro Paulo de Frontin), Azevedo e Pilar do Iguaçu, de onde seguiam para a vila de Iguaçu. Um atalho permitia seguir para o rancho dos Mendes (atual município de Mendes) e Rodeio (atual município de Engenheiro Paulo de Frontin), descendo da Serra dos Macacos para a planície em Tairetá (atual Paracambi) e seguindo rumo a Itaguaí.

Casou-se no Rio de Janeiro, a 26 de Setembro de 1769, com Francisca das Chagas, natural da mesma cidade. Desse matrimônio nasceram doze filhos. Seus filhos e descendentes se casaram com ou foram parte importante dos barões do café que participaram ativamente da vida econômica e política da região de Vassouras, Valença e Paraíba do Sul, utilizando geralmente o sobrenome Werneck.

Quando já tinha sete filhos, foi morar na fazenda da Piedade de Vera Cruz, que tinha herdado com a morte de seu pai, na freguesia de Conceição do Alferes de Serra Acima (hoje dentro do município de Miguel Pereira). Entrou em disputa política com um dos maiores proprietários da região, o capitão-mor Manuel Francisco Xavier da fazenda Cachoeira. O conflito entre as famílias durou até 1824 e fez com que vários colonos deixassem a região.

A 20 de Outubro de 1811, ficou viúvo e resolveu dedicar-se a uma vida puramente espiritual. Aproveitou seus estudos anteriores de seminário e voltou para Minas Gerais a fim de completar os estudos. Ordenou-se padre em 1813 já com a idade de 71 anos. Em 1814 era presbítero e rezou a sua primeira missa em um bonito altar que possuía na capela da sua fazenda da Piedade, com a presença de filhos, noras, genros, netos e diversas famílias de fazendeiros da região. A partir de então, rezou diariamente até o dia de sua morte uma missa por alma de sua mulher.

Fonte: WP

(2) Ignácio de Souza Werneck, nascido em Borda do Campo (Barbacena), Minas Gerais, aos 25 de julho de 1742, batizado em Borda do Campo (Barbacena), aos 12 de agosto de 1742, falecido em Pati do Alferes, Rio de Janeiro, aos 2 de julho de 1828, filho de Manoel de Azevedo Mattos, nascido na Ilha do Pico, Açores em 1699, falecido em Pati do Alferes, Rio de Janeiro, em 1788 e de Antônia da Ribeira de Souza Werneck, nascida em Pilar, Rio de Janeiro, casou-se com Francisca Laureana das Chagas Monteiro, aos 26 de setembro de 1769 no Rio de Janeiro (nascida aos 16 de abril de 1746 no Rio de Janeiro e falecida aos 20 de outubro de 1811, filha de Francisco das Chagas Monteiro e de Izabel Maria da Vizitação).

(Notas : Militar, alcançou o posto de Sargento-mor. Fazendeiro em Barbacena e depois em Conceição do Alferes. Construiu estradas nos sertões do vale do Paraíba e domesticou índios. Após a morte da esposa em 1811, concluiu os estudos eclesiásticos e ordenou-se presbítero em 1813.)

Ruy F. Werneck

ruypfw@terra.com.br

Belo Horizonte, MG

Brasil

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Sargento-mór Inácio de Souza Verneck's Timeline

1742
July 25, 1742
Barbacena, Borda do Campo, Minas Gerais, Brazil
1770
July 17, 1770
1771
September 28, 1771
1773
January 21, 1773
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
1774
September 16, 1774
1776
January 3, 1776
Paty do Alferes, Vassouras, Rio de Janeiro, Brazil
1778
January 19, 1778
Paty do Alferes, RJ, Brazil
1780
April 2, 1780
1783
July 11, 1783