A imigração Francesa
Afora a invasão francesas ao Rio de Janeiro e ao Maranhão ainda durante o século XVI, a primeira grande leva de franceses ao país aconteceu com a transferência da família real e da corte portuguesa para o Brasil, em 1808.
D. João VI patrocinou a vinda da Missão Artística que trouxe ao Brasil, em 1816, franceses como o pintor Joachim Lebreton com o seu secretário Pierre Dillon, o pintor histórico Jean Baptiste Debret, o pintor de paisagens e cenas históricas Nicolas-Antoine Taunay com o seu filho Félix Émile Taunay – ainda apenas um jovem aprendiz, o arquiteto Auguste Henri Victor Grandjean de Montigny junto com seus discípulos Charles de Lavasseur e Louis Ueier, o escultor Auguste Marie Taunay, o gravador Charles-Simon Pradier, o mecânico François Ovide, o ferreiro Jean Baptiste Leve, o serralheiro Nicolas Magliori Enout, os peleteiros Pelite e Fabre, os carpinteiros Louis Jean Roy com o seu filho Hypolite e o auxiliar de escultor François Bonrepos. Muitos deles trouxeram suas famílias, criados e outros auxiliares. Pinassi acrescenta ainda o músico Sigismund Neukomm. 6 meses mais tarde, uniram-se ao grupo o escultor Marc Ferrez (tio do fotógrafo Marc Ferrez) e o gravador de medalhas Zéphyrin Ferrez.
Entre 1819 a 1940, franceses imigraram para o Brasil. Muitos destes chegaram por volta de 1884 a 1925, mais de 25.000 imigrantes franceses neste período. Fontes apontam que imigraram para o Brasil por volta de 100.000 franceses entre 1850 e 1965. A comunidade francesa no Brasil alega que 592 imigrantes chegaram em 1888, e 5.000 imigrantes em 1915. Foi estimado que 14.000 franceses viviam no Brasil em 1912, o que resulta em 9% do total de franceses que vivia na América Latina.
No Paraná, as colônias no Vale do Assungui receberam imigrantes franceses durante o Império. Porém, com o tempo boa parte dessa população migraria para outras áreas.
Segundo o Censo Republicano de 1920, 31.984 franceses moravam no Brasil. São Paulo contava com a maior parte desses imigrantes, contabilizando 13.576 estrangeiros de tal nacionalidade. Em seguida, vinham o Distrito Federal (que na época era a cidade do Rio de Janeiro) com 10.538 franceses e o Rio Grande do Sul com 4.216. No estado de São Paulo, as cidades com os maiores números eram a capital (3.859), Santos (581), Campinas (389), Taubaté (371) e Ribeirão Preto (361). No Rio Grande do Sul, Porto Alegre tinha 2356 franceses, seguido de Pelotas (775) e Rio Grande (730).
A comunidade francesa no Brasil talvez seja a maior comunidade francesa da América Latina. Atualmente, a população de franco-brasileiros está estimada em 1.5 milhão de pessoas
Fonte: WP
Colonização francesa no Rio Grande do Sul
A única colônia francesa formada no Rio Grande do Sul é a Colônia Santo Antônio, na zona rural do município de Pelotas. Os colonos franceses dedicaram-se a plantação de videiras e produção de alfafa, principalmente.
Franceses no sul da Província
Muitos franceses acorreram a Pelotas, Rio Grande e Canguçu no século XIX, entrando na América do Sul através de Montevidéu e dirigindo-se à Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Entre eles, muitos vinham contratados pela , então, pujante economia local.
Fonte: WP