Como o Título deste projeto indica, a família Teixeira original, está associada direta e inconfundivelmente as origens do Reino de Portugal, muito antes de o mesmo, se projetar como uma nação independente. Os vínculos familiares com senhorios que precederam o domínio do território onde a futura Nação independente viria aflorar, conduziram os membros desta linhagem a auxiliar reis e a receberem seus beneplácitos, em reconhecimentos justos que se estendiam da Península Ibérica ao Oriente , esboçando um traçado que parecia vislumbrar os sangrentos eventos que menos de meio século após a visita de um membro desta Casa à Terra Santa, terminaria a compelir outros milhares a percorrer caminhos semelhantes, a maior parte destes, sem o mesmo êxito. O sobrenome Teixeira deriva da palavra teixo, nome este de uma árvore gimnospérmica da família das Taxaceae. Sua adoção como sobrenome familiar, ocorreu no início do século XIII, quando o Chefe da Casa, e Senhor das Terras de Teixeira e Gestaçô, D. Hermígio Mendes de Teixeira(1180-1248), iniciou tal costume, com permissão de seu soberano, o então rei de Portugal D. Sancho I de Portugal. Além deste acréscimo, poucas alterações se processaram, inclusive, o brasão da Familia Teixeira permaneceria o mesmo já utilizado anteriormente pelo genitor D. Hermígio: D.Mendo (ou segundo algumas fontes Mem) Viegas de Lanhoso e pelo seu avô paterno: Dom Egas Fafes de Lanhoso
Egas Fafes de Lanhoso (1100 — ?) , foi aliás o primeiro membro desta família a fazer uso deste brasão, o qual recebeu das mãos do próprio rei Balduíno III de Jerusalém, quando esteve neste cidade em peregrinação conforme lê-se no Nobiliário das Famílias de Portugal. Com base no fato de que No ano de 1139, Egas Fafes acompanhou o rei Afonso I de Portugal durante a batalha que os exércitos deste monarca travaram nos Campos de Ourique.[1][2] é provável que a sua visita ao Oriente, tenha se realizado após este evento, visto que Balduino III ascendeu ao trono somente em 1143. Supoem-se, ao que tudo indica, que sua peregrinação tenha sido motivada por sua atuação contundente contra os mulçumanos naquele evento que se considera o Nascimento do Reino de Portugal ( D. Afonso Henriques resolveu autoproclamar-se Rei de Portugal imediatamente após o conflito que resultou na morte de cinco reis mouros e de milhares de outros combatentes).
Este rico-homem, D. Egas Fafes, que exercia por definição, o mais elevado grau da nobreza; era filho de Fáfila Lucides, o qual foi alferes do conde Henrique de Borgonha[1] e 4.º Senhor e governador das terras de Lanhoso, Póvoa de Lanhoso, Distrito de Braga entre os anos de 1110 a 1115., além de ser neto do casal de nobres Ouroana Mendes de Bragança(descendente dos Condes de Nantes) e D.Godinho Fafilaz ou Godinho Fafes, o Rico-homem e Cavaleiro medieval, que iniciou a construção em 1067 do Mosteiro beneditino de São Salvador ou Mosteiro de Fontarcada, (onde actualmente se encontra a Igreja de Fontarcada na freguesia portuguesa de Fontarcada no concelho de Póvoa de Lanhoso), dando sequência a longeva tradição Cristã que se fizera notar desde antes do governo de seu pentavô, o célebre Vimara Peres, 1º Conde de Portucale, e perpetrada por seus descendentes, inclusive através do filho deste - Lucídio Vimaranes, o 2º conde de Portucale, o qual fora casado com uma descendente dos reis de Leão e dos conde de Coimbra.
Aquele que dera início aos Teixeiras efetivamente D. Hermígio Mendes de Teixeira toma por esposa uma nobre: D.Maria Pais de Novais que, como de costume, e invariavelmente, compartilha raízes com o nubente; através de seu pai, a sua linhagem também partilha ascendência nos reis de Leão, enquanto que a sua mãe, uma filha da Casa de Baião, alcança raízes ainda mais remotas, que se estendem à Roma Imperial.
O casal gera ao menos três filhos, dois dos quis propalaram a descendência:
Dna. Estevainha Rodrigues Teixeira; que seria a bisavó dentre muitos nobres, do ilustríssimo Álvaro Gonçalves Pereira, Prior do Crato, prior do Crato, e sogro do primeiro Duque de Bragança; o que consagra mais de uma dúzia de soberanos portugueses, como descendentes dos Teixeiras Originais.
Estevão Ermiges Teixeira, senhor de Sequeiros. O casamento da filha deste D. Margarida Estebanez Esteves na Família Coelho, também fornece a membros desta família seu quinhão da herança dos Teixeira. Enquanto seu filho João Esteves da Teixeira, senhor da Honra de Teixeira, se encarrega de dar prosseguimento a linhagem, através de filhos e netos que se faram Senhores, fidalgos, donatários e grandes no Reino e em suas Colônias. Um destes ilustrados foi o trineto de João Esteves T. Tristão Vaz Vaz Teixeira, 1º capitão donatário de Machico, (cuja mãe descendia de D.Afonso Henriques). Os seus mais de dez mil descendentes incluem além de números Teixeiras, cidadãos com os sobrenomes Cabral, Cardoso, Rego, e Vasconcelos sobretudo., bem como vários outros que poderam ser identificados em linhagens de vários usuários e perfis aqui encontrados
Todos os visitantes e interessados na temática genealogia estão convidados a participar este projeto e mesmo investigar se em alguma medida, detém algum vinculo familiar com os Teixeiras originais., embora saibamos, que existam outras linhagens com grafia semelhante, mas raízes divergentes.
Fontes de Consulta:
«Teixeira – Sobre Nomes». Consultado em 8 de março de 2022
«Descubra o significado de 20 sobrenomes judeus». Dicionário de Nomes Próprios. Consultado em 19 de março de 2022
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