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About Herculano Bandeira de Melo
Herculano Bandeira de Melo foi senhor do engenho Conceição, em Nazaré da Mata. Casado com Theresa de Morais Bandeira de Melo, dedicou-se cedo á política, tendo sido prefeito de Nazaré em dois períodos: 1892/1895 e 1898/1901. Foi deputado federal, atingindo o cargo de Governador do estado (1908-1912).
Em 1911, fundou com os filhos a Usina Mussurepe, no município de Pau D’Alho, às margens do Capibaribe. Os quatro filhos, Raul, Herculano (Sinhô), Joaquim e Alfredo, com o pai compunham a firma de Herculano Bandeira & Filhos. Restaram na Usina, depois da sucessão, com a morte do principal titular, Raul e Herculano. Raul era casado em primeiras e segundas núpcias com Theresa e Alice, filhas de Luiz Inácio Pessoa de Melo, do Engenho Maré, em Nazaré. Herculano, casado em primeiras núpcias com Maria Augusta, filha de Fernando Barata da Silva, proprietário do engenho Santa Cruz, em Carpina, depois vendido a João Cavalcanti de Petribu, que construiu aí um palácio. Nessa casa-grande casei com Thereza, sua filha. Fernando Barata foi, durante muitos anos comissário de açúcar em Nazaré e em Recife. Sinhô bandeira, em segundas núpcias casou com Laura Paula Lopes, tendo descendência dos dois casamentos. Os três irmãos Arquimedes, Tancredo e Alfredo fundaram uma firma e adquiriram a Usina São José, em Igarassu. Joaquim, formado em Direito, exerceu a agricultura no engenho Ventura, em Nazaré; fez política, foi deputado estadual. Secretário da Fazenda, deputado federal. Ao terminar o ciclo político, encerrado com a Revolução de 1930, que o marginalizou, adquiria a Usina Salgado. Era casado com Júlia Berardo Carneiro da Cunha, irmã de Deulina casada com José Henrique Carneiro da Cunha, da Usina Massauassu. Alfredo era casado com Ercilia Bezerra, filha de José Rufino Bezerra Cavalcanti, da Usina José Rufino, no Cabo, e Cucaú, em Sirinhaém. Arqumides, um dos proprietários da Usina São José, ao sair dessa empresa comprou o engenho Babilônia em Nazaré, que pertenceu a João Antonio Pessoa Guerra. Arquimedes promoveu o funcionamento da área do engenho Babilônia, loteando-a em granjas. Alfredo Bandeira de Melo, que aparecem na histórica fotografia da usina São João da Várzea, acabou sendo o único proprietário da usina São José. Todos os Bandeira de Melo ou os seus sucessores venderam as usinas que possuíram. Dos descendentes, alguns permaneceram como fornecedores de cana.
Fonte: AÇÚCAR NO BRASIL - PERSONALIDADES / XIV – HERCULANO BANDEIRA DE MELO. Autoria: Gileno Dé Carli – in História de uma Fotografia, Recife, 1985
Foi senhor do Engenho Conceição, em Nazaré da Mata. Casado com Theresa de Morais Bandeira de Melo, dedicou-se cedo á política, tendo sido prefeito de Nazaré em dois períodos: 1892/1895 e 1898/1901. Foi deputado federal, atingindo o cargo de Governador do estado (1908-1912). Em 1911, fundou com os filhos a Usina Mussurepe, no município de Pau D’Alho, às margens do Capibaribe.
O político pernambucano Herculano Bandeira de Mello, filho do coronel Herculano Bandeira de Mello e de D. Ana Joaquina Cavalcanti Bandeira de Mello, nasceu no engenho Tamataupe, na cidade de Nazaré da Mata, aos 23 dias do mês de março de 1850. Herculano Bandeira ficou órfão de pai nos primeiros anos de sua infância. Sua mãe, que ficara responsável por sua educação escolar, o encaminhou para fazer o curso preparatório em colégio do Recife, concluído em 1866, aos 16 anos. Em 1870, terminou o Curso de Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife e, logo após, ingressou para a vida política: foi vereador de Nazaré da Mata (1872-1881), deputado provincial (1876-1887), juiz substituto da comarca Nazaré da Mata (1888), nomeado por Rosa e Silva, fez parte da constituinte republicana (1891), senador estadual (1895), deputado federal por três mandatos (1895-1902), senador (1901-1908) e governador de Pernambuco (1908-1911). Herculano Bandeira foi o 15º governador de Pernambuco após a Proclamação da República. Pode-se dizer que a transição do Império para a República trouxe instabilidade a nível nacional e estadual porque, a partir de então, houve a necessidade natural de modificar as estruturas jurídicas do País e das províncias para transformar a Monarquia em República, o que só foi legalmente consolidado com a promulgação da Constituição de 24 de fevereiro de 1891. Assim, os governadores de Pernambuco do período de 1889 a 1890 exerceram suas atividades por períodos curtos e a situação só se normalizou após a promulgação da Constituição estadual de 17 de junho de 1891. Esta Constituição alterou as funções administrativas mas, ao contrário do que se esperava, não trouxe modificações relevantes nas relações econômicas e políticas. Politicamente, inclusive, tais modificações davam maior poder à oligarquia local que, por indicar e eleger o governador, cobrava dele favores e concessões. Todo o contexto político e administrativo dessa época, em Pernambuco, teve continuidade por um longo tempo e permitiu, inclusive, a estabilidade de uma oligarquia, chefiada pelo conselheiro Rosa e Silva que montou um esquema de dominação em Pernambuco por quinze anos (1896 a 1911), o que lhe custou uma forte oposição desde os tempos de Barbosa Lima. Foi Rosa e Silva quem patrocinou a sucessão de Herculano Bandeira de Mello, quarto governador rosista (seguidores de Rosa e Silva), ao governo de Pernambuco, após o Dr. Sigismundo Gonçalves (1904-1908). Herculano Bandeira tomou posse em 1908. Entretanto, em 1910, com a vitória do Marechal Hermes da Fonseca como presidente da República (1910-1914), a oposição pernambucana escolheu o General Dantas Barreto para concorrer ao cargo de governador do Estado. O conselheiro Rosa e Silva lançou o seu nome contra o do General. Herculano Bandeira renunciou para facilitar a candidatura de Rosa e Silva e a direção do governo ficou temporariamente com o Dr. Estácio Coimbra, presidente da Assembléia. Houve eleições em 5 de novembro de 1911, cuja vitória foi dada ao Conselheiro Rosa e Silva. Entretanto, existiu uma intervenção militar visando fraudar o resultado das eleições para colocar Dantas Barreto no poder. Estácio Coimbra retira-se para Tamandaré e o comando do governo é assumido pelo Padre João da Costa Bezerra Carvalho, que reuniu a Assembléia para a verificação dos votos. Na "recontagem" dos votos houve pressão militar, os deputados rosistas não puderam comparecer e deu-se a vitória ao General Dantas Barreto. Diante do ocorrido, Herculano Bandeira sai da vida política, recolhe-se à vida privada, falecendo quatro anos depois, no Recife, no dia 19 de março de 1916. Apesar da gestão de Herculano Bandeira ter sido muito tumultuada sua preocupação em modernizar o Recife é reconhecida. Junto com o engenheiro Francisco Saturnino Rodrigues de Brito planejou e implantou uma nova rede de esgotos e construiu avenidas que facilitavam o escoamento das mercadorias advindas do Porto do Recife, que teve sua ampliação garantida através de contrato assinado durante a sua administração. Sua preocupação modernizadora seria continuada por seus sucessores apesar dos partidarismos que marcaram essas gestões.
Recife, 31 de outubro de 2006. (Atualizado em 14 de setembro de 2009). FONTES CONSULTADAS:
ANDRADE, Manuel Correia de. Uma forte oposição aos rosistas. Pernambuco Imortal: o império sofre e agoniza. Recife: Jornal do Commercio, 1995. fascículo 9. p. 11-12.
HERCULANO Bandeira de Mello. Almanach de Pernambuco, Recife, ano 11, p. 1-3, 1909.
HERCULANO Bandeira de Mello. Disponível em: <http://www.pe.gov.br/governo_galeria_herculano_bandeira.htm>. Acesso em: 2 out. 2006.
HERCULANO Bandeira de Mello. Disponível em:<http://www.senado.gov.br/sf/senadores/senadores_biografia.asp?codpa...>. Acesso em: 2 out. 2006.
HERCULANO Bandeira de Mello. Disponível em:http://alepe.pe.gov.br/perfil/links/HerculanoBandeira.html>. Acesso em: 2 out. 2006.
SILVA, Jorge Fernandes da. Herculano Bandeira de Mello. In: ______. Vidas que não morrem. Recife: Departamento de Cultura do Estado, 1982. p. 229-231.
Fonte: BARBOSA, Virgínia. Herculano Bandeira de Mello. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>.
Biografia de Herculano Bandeira
Herculano Bandeira (1850-1916) foi um político brasileiro. Foi Vereador, Deputado provincial, Senador e Governador de Pernambuco.
Herculano Bandeira (1850-1916) nasceu em Nazaré da Mata, Pernambuco, no dia 23 de março de 1850. Filho do senhor de engenho Herculano Bandeira de Melo e de Ana Joaquina Cavalcanti Bandeira, descendentes de famílias radicadas em Pernambuco desde o século XVI e dedicadas à cultura da cana de açúcar. Fez seus estudos de humanidades no Recife, cursando depois a Faculdade de Direito do Recife, recebendo o grau de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais em 1870.
Voltando a Nazaré dedicou-se à atividade política, exercendo durante nove anos, de 1872 a 1881, os mandatos de vereador de Nazaré da Mata. Foi também deputado provincial, de 1875 a 1887. Filiado ao Partido Conservador, manteve-se fiel à liderança de Rosa e Silva e participou do Congresso Estadual enquanto decorriam os governos de Gonçalves Ferreira e Sigismundo Gonçalves. Acompanhou a política que apoiou o processo de industrialização do Estado em áreas específicas ligadas à agroindústria, sobretudo nas de beneficiamento da cana-de-açúcar e na fiação e tecelagem de algodão.
Nessa época, alguns grupos econômicos cresceram com essas atividades, como o Costa Azevedo, na Usina Catende, o Bezerra de Melo da Fábrica da Macaxeira, o Batista da Silva do Cotonifício da Torre e o Lundgren em Paulista. Foi também o período de crescimento das indústrias que beneficiavam produtos agrícolas importados, como a farinha de trigo com o Moinho Recife.
Em 1888 Herculano Bandeira foi nomeado, por Rosa e Silva, juiz substituto da comarca de Nazaré da Mata. Com a Proclamação da República, em 1889, não mais vigorava a Constituição de 1824. Em 1891 Herculano Bandeira fez parte da comissão especial, organizada pelo Governo Provisório, para elaborar o projeto de uma Constituição Republicana. Nesse mesmo ano foi eleito senador estadual (1901-1908).
Em 1908 Herculano Bandeira foi eleito governador de Pernambuco, apoiado pelo líder Rosa e Silva. Continuou seguindo a linha política que procurava beneficiar a área ligada à produção agrícola. Com a elevação da província em Estado, foi criado o imposto entre produtos de um e de outro Estado. Na época era muito intenso o comércio entre Pernambuco e o Rio Grande do Sul, para onde eram exportados, em grande escala, o açúcar e o álcool, e importado o charque, alimento básico da população rural.
Apesar de proprietário de terra e plantador de cana-de-açúcar, Herculano Bandeira preocupou-se com o problema da poluição dos cursos d’água da Zona da Mata em virtude do crescimento do número de usinas que se elevara para 34 em 1910. Determinou que fossem realizados estudos a respeito do impacto causado na região.
Com a eleição de Hermes da Fonseca, em 1910, e quando surgiu o problema dos líderes militares que nos vários Estados resolveram contestar as velhas oligarquias, em Pernambuco, o caso tornou-se mais grave e Rosa e Silva sofreu séria oposição. Os opositores apoiavam o Ministro da Guerra, Dantas Barreto para concorrer ao cargo de governador, porém este era menosprezado por Rosa e Silva.
O conselheiro Rosa e Silva lançou seu nome ao governo e Herculano foi obrigado a renunciar, passando o poder a Estácio Coimbra, presidente da Assembleia, que presidiu as eleições e teve que entregar o governo ao inimigo. Com a vitória de Rosa e Silva, as eleições sofreram intervenção militar e o general Dantas Barreto foi colocado no poder. Herculano Bandeira deixou a vida pública, falecendo quatro anos depois.
Herculano Bandeira faleceu no Recife, Pernambuco, no dia 19 de março de 1916.
Herculano Bandeira de Melo's Timeline
1850 |
March 23, 1850
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Engenho Tamataupe, Nazaré da Mata, Pernambuco, Brasil (Brazil)
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1876 |
March 22, 1876
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1884 |
February 1, 1884
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1884
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1916 |
March 19, 1916
Age 65
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Recife, Pernambuco, Brasil (Brazil)
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