Ângela Xavier da Silveira

Foi batizada em Itu com dez dias em 23 de agosto de 1868, teve por padrinhos os avós maternos, Ângelo Rodrigues da Silveira e Ana Pedroso de Morais.

Casou-se em 13 de janeiro de 1889 em Itu com Ezequias da Costa Galvão, filho de José Galvão Pais de Barros e Laura Teodora da Costa Carvalho (vem como Galvão), (Ângela vem como filha de Joaquim da Silveira e Isabel Rodrigues da Silveira) na presença de Francisco da Costa Galvão. (pp. 60v e 61 do livro de matrimônios de Itu de 1871-1892).

Com Ezequias teve pelo menos quatro filhos:

• Maria, nascida em 10 de novembro de 1889. (há referências de uma Maria Isabel, filha deste casal nascida em 1891, no entanto, pergunto-me se seria a mesma diminuindo a idade ao casar ou outra de mesmo nome.)
• De 1890 a 1894, um ou dois filhos cujos registros estão faltando, um deles pode ser a outra Maria acima).
• Narciso, nascido em 18 de agosto de 1895.
• Antonio, nascido a 21 de agosto de 1897.
• Inácio, nascido em 30 de outubro de 1899. (Não encontrei os registros de casamento deles em Itu entre os anos 1910-17, não procurei possíveis óbitos das crianças).

Há dois documentos no Museu Republicano de Itu que citam Ezequias:

• 1898 (l.64 f.86v) Francisco Paula Leite permuta em Itu e Indaiatuba com Ezequias Costa Galvão e sua mulher.
• 1898 (l.63 f.133) José Galvão Pais Barros e sua mulher Laura Teodora Costa fazem doação a Ezequias Costa Galvão em Itu.

Ezequias foi convocado para o serviço militar em 1887, era então morador do quarteirão 16 em Itu.

De Ângela não havia lembranças por parte de seus sobrinhos e sobrinhos netos. Seu descobrimento é uma grande novidade e até o momento sobre ela não encontramos outras informações (27 de fevereiro 2015 - Dalton).

Falecimento (obituário publicado): - Apos penosa enfermidade, faleceu as 9 1/2 horas da noite de segunda-feira ultima, a exma. sra. d. Ângela Xavier da Silveira Galvão, digna e virtuosa esposa do nosso estimado amigo tenente Ezechias da Costa Galvão, e irma dos nossos amigos capitães Ignácio e Flamínio Xavier da Silveira. Esposa dedicada, mai, filha e irma extremosa, deixa com a a sua morte, no seio da família enlutada, um vácuo irrepreensível, e para os seus filhinhos, tenras criancinhas, que agora mais precisavam dos carinhos maternos, o seu desaparecimento é uma calamidade.

O saimento fúnebre, teve lugar a 1 hora da tarde de segunda feira última, com regular acompanhamento. Sobre o caixão foi depositada uma bonita coroa :—Saudades de sua mai e irmãos. Apresentamos nossas condolências. 21 de setembro de 1902, Jornal A cidade de Ytu.

No mesmo jornal e dia, mais adiante: Agradecimento e convite:

Ezechias da Costa Galvão, Izabel Rodrigues da Silveira, Izabel Xavier da Silveira, Flamínio Xavier da Silveira e sua senhora, Elias Leopoldino de Almeida Prado e sua senhora (ausentes), José Galvão Paes de Barros e sua senhora agradecem do íntimo d'alma às pessoas que se dignaram acompanhar até o cemitério municipal os restos mortais de sua estremecida esposa, filha, irmã, cunhada e nora Ângela Xavier da Silveira Galvão.

Outrossim convidam a todos os parentes e pessoas de sua amizade para assistirem a missa de sétimo dia que, por alma da mesma finada, será celebrada na igreja matriz, amanhã, segunda-feira, às 8 horas. Por este ato de religião e caridade mais uma vez protestam seus agradecimentos.

Após sua morte pouco se descobriu sobre Ezequias e as crianças:

Em 19 de outubro de 1902, com a cunhada Isabel Xavier da Silveira, Ezequias foi padrinho de Narciso, filho de 8 dias de Benedito Silveira Morais e Maria Rodrigues, em Itu.

Em 1905 Ezequias já estava casado novamente, com Rita Vieira, pois no final desse ano nasceu seu filho Fausto (Cart. Ecl. Itu pp.101). Não encontrei os registros de casamento deste período entre os livros de Itu. (Não procurei por mais filhos com Rita, certamente havia, encontra-lo poderia estabelecer com mais exatidão a data de sua mudança para Taquaritinga).

No final de 1912 estavam morando em Taquaritinga pois lá se casou Maria Isabel, filha de Ângela. Seu marido o major e fazendeiro Gabino Honório Sampaio (apesar de tão pouca idade - pois seus pais haviam falecido), provavelmente era sobrinho ou sobrinho neto do fundador da cidade. Foi testemunha do casamento, Eduardo da Costa Galvão, possível irmão de Ezequias. Excetuado este, até 1922 não há outros registros de Costa Galvão em Taquaritinga. Entre os anos de 1913 e 1915 nenhum filho de Gabino e Maria Isabel ou de Ezequias e Rita foi batizado nesta cidade (É possível que exista batizado de algum filho de Ezequias entre 1906 e 1912). Mudaram novamente?

Subsídios de pesquisa:

Em 1921 ha registros de um certo Silvino da Costa Galvão, possível irmão ou sobrinho de Ezequias (até mesmo filhos se nascido entre os anos de 1890-1894), como comerciante na cidade de Taquaritinga. Dois anos depois encontramos esta mesmo Silvino em Itu, como proprietário da Casa Galvão, situada à Praça Padre Miguel, 16. (Teriam todos voltado a Itu?).

Em 2013, Antonio Costa Galvão, filho de Silvino, era influente engenheiro civil em Rio das Pedras, onde recebeu homenagem da Câmara Municipal pela passagem de seus 90 anos.

Um certo Inácio da Silveira Galvão, farmacêutico em Araraquara, tomou posse como vereador da mesma cidade em 31 de setembro de 1948.