Rita Xavier da Silveira

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Rita Xavier da Silveira

Birthdate:
Birthplace: Itu, Itu, São Paulo, Brazil
Death: February 01, 1961 (85)
Piracicaba, Piracicaba, São Paulo, Brazil
Immediate Family:

Daughter of Joaquim Xavier da Silveira and Isabel Rodrigues da Silveira Leite, Nhá Bé
Wife of Robert Wilson Holland and Elias Leopoldino de Almeida Prado
Mother of Luiz Lee Holland, Lico; Eduardo Holland; Carlos Holland and João Batista Holland
Sister of Ângela Xavier da Silveira; Inácio Xavier da Silveira; Flamínio Xavier da Silveira and Maria Isabel Xavier da Silveira
Half sister of Maria Xavier Rodrigues

Managed by: Dalton Holland Baptista
Last Updated:

About Rita Xavier da Silveira

Foi batizada na Igreja Matriz de Itu com 19 dias, em 15 de julho de 1875, em Itu. Seus padrinhos foram João Rodrigues da Rocha e sua mulher Rita Maria do Espírito Santo. Os pais de Ritinha eram muito religiosos, tinham alguns escravos, e viviam confortavelmente em Itu com a renda proporcionada por uma pequena fazenda de café em Cabreúva.

Ritinha contava, certamente com exagero, que seu pai fez com que casasse com um senhor idoso em pagamento de uma dívida de jogo e que era tão nova que ainda brincava de bonecas. Na realidade verificamos que se casou com dezesseis anos de idade e que, apesar de bem mais velho, para os padrões de hoje não era tão velho assim uma vez de tinha entre 40 e 47 anos de idade. Não sabemos ao certo já que ainda não encontramos seu registro de batismo.

Ritinha casou em Itu, em 23 de maio de 1891, na casa de António Tavares, com Elias Leopoldino de Almeida Prado, filho de Elias de Almeida Prado e Anna da Silveira Arruda, viúvo de Rita do Amaral. O avô de Elias era o tenente-coronel Elias de Almeida Prado, nascido em 1798 em Itu, influente morador Piracicaba onde faleceu em 1854. Há uma avenida com seu nome em Piracicaba.

Elias Leopoldino, a época de seu casamento com Ritinha, era viúvo de Rita do Amaral de Campos, com quem teve pelo menos uma filha, mais velha que Ritinha. Foi morador de Capivari. Foram testemunhas de seu casamento dois parentes do marido, Antonio de Almeida Prado, de São Paulo e José de Vasconcelos de Almeida Prado, de Itu. Este último, primo-irmão do pai de Elias Leopoldino e meio irmão do Barão de Itaim, era dono de grande fortuna, foi um dos dois filhos que herdaram em 1867 em Itu a ‘Casa à Rua Barão de Itaim’, onde realizou e foi sede da Convenção Republicana de 1873, movimento que acabou por resultar na Proclamação da República. É uma casa de estrutura simétrica, fachadas com balcões de ferro fundido, decoração de azulejos e platibanda, que em 1923, sofreu modificações para a adaptação do museu, das sete portas originais para a rua seis foram substituídas por janelas, porém restando intactas as duas salas onde foi realizada a convenção. Foi tombada pelo patrimônio histórico em 1967.

A origem da família de Almeida Prado remonta a Henrique da Cunha, amigo do almirante português Martim Affonso de Sousa, que com ele passou a S. Vicente em 1531 com sua mulher Filippa Gago. Ele pertencia à ilustre casa dos Cunhas, os quais procedem pela linha reta masculina de el-rei Dom Fruella II, rei de Leão, Astúrias e Galiza no ano de 923. Sua mulher Fillippa Gago era parenta próxima do 1.º capitão-mor governador e loco-tenente do donatário da capitania de S. Vicente, Antonio de Oliveira, cavalheiro fidalgo da casa de el-rei Dom João III. São descendentes na linha de seu filho Henrique da Cunha Gago, o velho, nascido perto de Santos em 1560.

Como muitas famílias quatrocentonas os Silveira Leite, também descendem dos Cunha Gago, mas enquanto os Almeida prado são descendentes do Capitão Henrique da Cunha Gago, o moço, os Silveira Leite são descendentes de seu irmão João Gago da Cunha. Os dois eram filhos de Henrique da Cunha Gago, o velho.

Bem, voltando à nossa nebulosa história, não sabemos onde moravam Elias e Ritinha, aparentemente em Capivari, nem quantos eram os filhos de Elias, a não ser pela enteada que Ritinha sempre citava com rancor. Não sabemos se Ritinha chegou a engravidar de seu primeiro marido uma vez que ficou casada com ele por diversos anos, mas desse casamento nenhum filho sobreviveu. Imaginamos que enquanto Elias era vivo, moravam em Itu, pois era comum publicarem nos jornais dessa cidade a relação de impostos devidos pelos fazendeiros ali residentes. Elias aparece diversas vezes nos jornais da época, tanto como contribuinte, como sendo convocado pra prestar serviço no tribunal do júri e em pelo menos em um artigo que relata uma visita que fez a Cesário Galvão e seu irmão, em Dois Córregos, publicado em 5 de Agosto de 1894. É citado também no obituário de Ângela, irmã de Rita em setembro de 1902.

Aparentemente, depois da morte de seu marido, Ritinha e sua enteada mudaram-se para uma fazenda de Elias, possivelmente em Porto Feliz. Seja como fosse, foi nessa fazenda que Ritinha conheceu seu segundo marido, Robert Wilson Holland, à época gerente da fazenda. Segundo a tradição familiar, a enteada de Rita, interessada em Robert, então com vinte um anos de idade, estimulava suas visitas à casa, no entanto Bob acabou por agradar-se da viuvinha, que era nove anos mais velha que ele. Note-se que sua enteada era ainda mais velha.

Após o casamento, sua enteada nunca mais voltou a falar com Ritinha. Rita dizia que nada recebeu da herança do marido.

Rita casou com Robert Wilson Holland, em 31 de outubro de 1905, em Porto Feliz. Robert Wilson Holland nasceu dia 6 de junho de 1884 em Indaiatuba, segundo filho de Leroy Chalmers Holland e Margaret Cynthia Steagall, imigrantes americanos que viram para o Brasil depois da Guerra de Secessão. Era chamado de Bob pela família. Seu nome era uma homenagem ao tio materno Robert Stell Steagall e à família de sua avó materna, Wilson. Durante a infância Bob morou em diversas cidades: antes de 1886, seus pais mudaram de Indaiatuba para Santa Bárbara, e lá ficaram até pelo menos 1890. De 1894 a 1900 estavam em Dois Córregos, tendo, neste último período, morado um tempo em Mineiros do Tietê. Por volta de 1902 moravam em uma fazenda perto de São Manoel. Bob e seus irmãos ajudavam o pai em pequenas tarefas nas fazendas em que o pai trabalhava assim aprenderam este ofício. Luiza Cantoni, cunhada que Bob não chegou a conhecer, contava que Paulo, seu marido, dizia que o irmão era muito alto, forte e corajoso. Cynthia ensinou todos os filhos a escrever, porém mandou apenas as filhas estudarem em São Paulo. Os filhos trabalhavam para ajudar o pai e reforçar o orçamento.

Depois de casados, Rita e Bob permaneceram pelo menos até 1908 em Porto Feliz, onde nasceram seus dois filhos mais velhos, Luiz e Eduardo. Não sabemos onde moravam quando nasceram os dois filhos mais novos, Carlos e João Batista. Em 1920, mudaram-se para Osasco onde Robert havia achado um emprego em um frigorífico. Ele era chefe do departamento onde a carne era enlatada. A história passada adiante pela família relata que um funcionário da fábrica foi despedido e, em busca de vingança, sabotou uma das máquinas que pressurizavam a carne que seria enlatada de modo que muito vapor estava escapando. Quando foram consertar a máquina, ela explodiu e uma das peças voou atingindo Bob que estava próximo, atrás de sua escrivaninha, o que o matou quase imediatamente. Era dia 10 de setembro de 1920. Bob tinha 36 anos de idade.

No mesmo dia, Eduardo e Lico, que era o apelido do filho mais velho, haviam ido matricular-se no Mackenzie, a escola Americana. Acabavam de chegar a casa e olhavam os livros que tinham comprado, enquanto Ritinha dizia aos filhos como o pai ia ficar feliz com a novidade. Nesse momento vieram avisar sobre sua morte.

Viúva pela segunda vez, Ritinha ficou em situação muito complicada. Foi com grande alívio que aceitou o convite dos sogros para que fossem morar com eles em Itirapina. Ali moravam também seu cunhado Tom, e algumas das cunhadas mais novas. Ritinha, apesar de muito agradecida, não se sentia muito à vontade pois além de ter pouca intimidade com os sogros, seu sistema era mais rígido que na casa em que crescera ou na sua própria. Cerca de um ano após sua mudança, morreu seu sogro. Cynthia seguiu-o nove meses depois.

Sem ter onde morar, Ritinha mandou seus dois filhos mais novos para os avós maternos e mudou-se para Piracicaba, onde tinha parentes. Possivelmente porque estavam morando em Piracicaba Adolfo e Alzira Rodrigues Arruda, pais de Agrício Rodrigues de Arruda, que era pouco mais velho que Lico. Logo que arrumou a nova casa foi buscar os filhos mais novos. Em Piracicaba, trabalhou duro para criar os meninos, por alguns anos, até sua (dele) morte, foi governante da casa do "conde" Lara, Rodolpho de Lara Campos, hoje no clube de campo de Piracicaba. Em dezembro de 2014, Maria Antonieta (Tuna) Xavier da Silveira, filha de Flamínio, presenteou o primo Jair de Oliveira com uma imagem de madeira de Santo Antônio, de uns 25cm de altura, possivelmente eu ser de fatura portuguesa; Tuna a recebeu como presente em seu nascimento, em 29 de abril de 1919, do Conde Antônio Lara, depois seu padrinho de batismo. O Conde era grande amigo de Flamínio e provavelmente por isso a contratação de Ritinha como sua governante e pessoa de confiança!

Depois que todos os filhos se casaram, os dois últimos, João e Carlos, com apenas dois dias de diferença, em junho de 1938, Ritinha foi morar com Lico, então já casado, mas ainda sem filhos.

Segundo Helena, sua nora, Ritinha era uma mãe muito ciumenta, principalmente com Lico. Todo o tempo protegia e desculpava Lico em qualquer desavença que tivesse com a esposa. Vivia dizendo que os homens precisam sair sozinhos para se divertirem. Nesta época moravam sobre a loja em que Luiz e Helena trabalhavam. Como ali diversão era pouca pedia a Helena para levá-la ao cinema, mas tão logo começava o filme, Ritinha dormia ou dizia que queria ir para casa. As netas diziam que sua avó era muito rabugenta.

Ritinha tinha uma combinação com Helena que era a seguinte: quando Ritinha fosse visitar os filhos, Helena deveria ligar em uma data já previamente acertada, sempre próxima demais no entender da nora, e dizer que Lico estava precisando da mãe. Assim Rita tinha sempre uma desculpa para voltar para casa sem ofender os outros filhos. Segundo Helena, ela não gostava de ficar muito tempo longe de Luiz.

Os últimos dois anos de vida de Ritinha foram complicados, pois segundo dizia-se na época, "foi ficando muito esclerosada". Por exemplo, perguntava a Douglas, então noivo de sua neta Evany, se já haviam amarrado e tratado do cavalo dele. Ela passou na cama os últimos meses de vida. Faleceu no dia 1º de fevereiro de 1961 e está enterrada no Cemitério da Saudade em Piracicaba, com seus filhos Luiz e João, e suas noras, além da neta Heloisa. Bob está enterrado no Cemitério Protestante da Consolação com Eduardo e Edhmyr. Bob e Rita tiveram nove netos, vinte e um bisnetos e, até o presente momento, dezenove tataranetos.

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Rita Xavier da Silveira's Timeline

1875
June 26, 1875
Itu, Itu, São Paulo, Brazil
1906
November 29, 1906
Porto Feliz, Porto Feliz, São Paulo, Brazil
1908
January 28, 1908
Porto Feliz, Porto Feliz, São Paulo, Brazil
1910
June 12, 1910
1911
June 24, 1911
Corumbataí, Corumbataí, São Paulo, Brazil
1961
February 1, 1961
Age 85
Piracicaba, Piracicaba, São Paulo, Brazil