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About João Pereira Caldas
Coronel João Pereira Caldas, nasceu em Lisboa em 4 de agosto de 1736 e faleceu em 07 de outubro de 1794) foi um militar e administrador colonial português.
O governador se destacou como um dos mais ativos agentes da colonização do Norte do Brasil. Contribuiu na estruturação da capitania do Piauí; na execução de um arrojado plano de recuperação econômica da capitania do Grão-Pará e Rio Negro na década de 1770; e, posteriormente, nas demarcações do Tratado de Santo Ildefonso[1].
Governo na Capitania do Paiuí
Em 12 de fevereiro de 1759 foi nomeado governador do Piauí, por intermédio de Mendonça Furtado. A missão de Pereira Caldas, um jovem militar sem experiência na função governativa, consistia em acabar com os abusos, extorsões e fraudes contra o patrimônio da Coroa na capitania de São José do Piauí[1].
Tomou posse em 20 de setembro de 1759, tendo governado a capitania por dez anos, até 1769, sendo responsável pela morte, prisão e servidão de inúmeros indígenas da região; para que tal processo se realizasse, o Governador Nomeou como Comandante de Combate aos gentios, o então Tenente Coronel João do Rego Castelo Branco, o qual foi responsável pelo aldeamento de São Gonçalo do Amarante. Uma de suas primeiras medidas foi confiscar os bens dos jesuítas e os expulsar da Capitania, seguindo as ordens do Marquês de Pombal. Pretendia-se com essa atitude, combater o poder e o prestígio da Companhia de Jesus[1].
Em 1762, vieram ordens da corte portuguesa para a criação das vilas de Parnaguá, Jerumenha, Valença, Campo Maior, Marvão (Castelo do Piauí) e São João da Parnaíba. Sob a sua governança também houve um aumento espressivo no número de fazendas de gado, gerando, por um lado, enriquecimento economica para a região, e por outro a perseguição ainda maior das populações indigenas[1].
Pereira Caldas também foi o responsável pela organização das forças regulares da capitania, treinando e organizando 2.774 soldados regulares. Destes 600 eram da cavalaria, e 1.174 da infantaria. Em cada vila havia um comando, e um correio, para melhor integrar os novos centros urbanos[1].
O final de seu governo foi marcado por uma guerra contra os povos Timbiras, Gueguês e Acaroás, residentes no sul do Piauí e no Maranhão. Depois de terminado o seu governo, em 1769, tomou posse do cargo de capitão-general do Estado do Grão-Para e Rio Negro[1].
Retorno ao Reino
Pereira Caldas teria retornado a Portugal em 1772. Em primeiro lugar foi tratar-se, afinal, antes de partir para Portugal sofreu de uma obstrução intestinal e de bexigas. Também havia assuntos familias pendentes no reino. Depois da morte de seu pai, em 1761, todos os bens e negócios da familia estavam em desordem. Cabia a ele, que era primogênito socorrer a mãe e resolver os eventuais apuros financeiros. Somente em 1774, quando já tinha voltado ao Brasil, que Pereira Caldas conseguiu autorização para vender parte de seu patrimônio herdado: nove prazos na vila de Monção, sete aforados ao Mosteiro de São João de Longos Vales, um ao Mosteiro de São Fins e outro ao Colégio de S. Paulo[1].
A autorização foi concedida pelo fato do requerente encontrar-se "há mais de 20 anos ausente da dita sua Casa e ocupado no Real Serviço". Não obstante as dificuldades financeiras que obrigaram João Pereira Caldas a se desfazer de propriedades da família, recebeu o título de Conselheiro de Sua Majestade e recebeu a quantia de 100 mil réis[1].
Casamento
No reino casou-se. Unindo-se em matrimônio com sua prima D. Maria Engrácia de Almada e Mendonça. O casamento já vinha sendo ajustado desde de 1766[1].
O matrimônio aproximou João Pereira Caldas de uma família da nobreza senhorial, da região do Porto, engrandecida por serviços prestados à monarquia. D. Maria Engrácia era filha de Francisco de Almada e Mendonça, 1º visconde de Vila Nova de Souto de El-Rei, e sobrinha de João Manuel de Almada e Melo, tenente-general dos Exércitos Reais[1].
A família tinha ainda parentes poderosos, como Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal) e Francisco de Mendonça Furtado[1].
Governo da Capitania do Grão-Pará e Rio Negro
Pereira Caldas tomou posse, em 21 de novembro de 1772, do governo da Capitania do Grão-Pará e Rio Negro. Recebeu instruções da coroa para recuperar economicamente a região, integrando-a comercialmente as áreas limítrofes, como o Mato Grosso, e continuar "civilizando e libertando os índios". Em outras palavras: continuar o etnocídio[1].
Para manter a capitania subsistente, Pereira Caldas incentivou as culturas de arroz e anil, destinadas para à exportação. Também investiu na construção civil, com obras publicas cujo objetivo era urbanizar a região. Faltavam todavia braços para o trabalho. Uma de suas tentativas foi a mão de obra compulsória das populações indigenas. A resistência desses povos, todavia, dificultou seu projeto colonizador[1].
Para resolver a crise, tentou-se estabelecer, com recursos da Companhia de Comércio do Grão-Pará, sete feitorias em pontos especificos, e de interesse da colonização. Essas feitorias, todas fortificadas para combater os indigenas, foram construidas entre 1773 e 1774. A Companhia todavia fechou em 1778, com acusações de impropridade administrativa. Com a demissão de Pombal, em 1777, seu maior aliado, Pereira Caldas não demorou muito para sair do cargo, em 1780[1]. Sendo substituido por José de Nápoles Telo de Meneses.
Proprietário; capitalista; Senhor do Palácio do Caldas, em Lisboa (Maio de 1787); empresário do Real Teatro de S. Carlos; coronel do Regimento de Cavalaria dos Voluntários Reais do Comércio de Lisboa (carta patente de 21 de Janeiro de 1809); cavaleiro da Ordem de Cristo.
in, http://escavar-em-ruinas.blogs.sapo.pt/69182.html
“Era filho do brigadeiro Gonçalo Pereira Lobato e Sousa, que foi governador do Estado do Grão Pará e Maranhão, em cujo cargo faleceu, e de Joana Maria Pereira.
Sgt.-mor de infantaria no Pará, servindo no Regimento Militar de Belém. Era cel. de cavalaria quando foi nomeado 1º governador da capitania do Piauí (20-9-1759 a 3-8-1769), por decreto de 31-7 e C.R. de 26-8-1758. Prestou juramento e preito de praxe a 14-1-1759, perante o governador do Estado do Grão Pará Francisco Xavier de Mendonça Furtado, de quem era ajudante de sala. Foi empossado percebendo o soldo de 2.00$000 anuais.
Apressou a conclusão do sequestro dos bens dos jesuítas, prendeu-os e expulsou-os para fora do Piauí, tomou conta dos bens que a eles estavam confiados e que passaram para o domínio da coroa, nomeando administradores idôneos para tomar conta dos mesmos. A regularização do serviço de catequese e civilização dos índios tiveram, igualmente, medidas imediatas. Levantou os primeiros prédios públicos da capital e estabeleceu a Secretaria do Governo.
Em 1761/2 criou as vilas de Parnaguá, Jerumenha, Valença (homenagem ao lugar onde nascera), Campo Maior, Parnaíba e Marvão (Castelo do Piauí). Em 13-11-1761 deu a denominação de São José do Piauí à capitania, em homenagem a dom José I, rei de Portugal, e em 19-6-1761 elevara a vila da Mocha a cidade e capital com o nome de Oeiras, em homenagem ao Conde de Oeiras, depois Marquês de Pombal. Procedeu a um recenseamento da capitania em 1762.
Criou e organizou uma cia. de dragões, o 1º Regimento de Cavalaria Auxiliar, que comandou, composto de 10 cias., 5 batalhões e 2 cias. de ordenanças. Promoveu o aldeamento dos índios, fundando São João de Sende, regulou a Provedoria Real da Fazenda, instalou o Almoxarifado Real e determinou na capitania as primeiras arrematações de dízimos (1761). Protegeu a capitania e cuidou da educação.
Posteriormente, governou o Estado do Grão Pará e Maranhão (1773/5) e a capitania de São José do Rio Negro (1775/8). Cap. general do Mato Grosso, como plenipotenciário, e chefe da expedição encarregada das demarcações dos limites das possessões portuguesas e espanholas no N e W do Brasil (1780), tendo publicado diversos trabalhos sobre essa expedição. Em 1785 estava em cargo militar no Pará (General Comissionado de Quarta Partida). Promovido a general no exército português, alcaide-mor e comendador da Ordem de São Mamede de Troviscoso, com elevada função no Conselho Ultramarino.”
CALDAS, João Pereira. In: BASTOS, C. de A. Dicionário Histórico e Geográfico do Estado do Piauí. Teresina: Fundação Cultural Monsenhor Chaves – PMT, 1994. p. 99.
Como administrador colonial português, destacou-se como um dos mais ativos agentes da colonização do Norte do Brasil. Contribuiu na estruturação da capitania do Piauí; na execução de um arrojado plano de recuperação econômica da capitania do Grão-Pará e Rio Negro na década de 1770; e, posteriormente, nas demarcações do Tratado de Santo Ildefonso.
in https://pt.wikipedia.org/wiki/João_Pereira_Caldas
João Pereira Caldas's Timeline
1736 |
August 4, 1736
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Lisboa, Lisboa, Portugal
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1786 |
1786
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1794 |
October 7, 1794
Age 58
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Lisboa, Lisboa, Portugal
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1799 |
July 18, 1799
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São Cristóvão e São Lourenço, Lisboa, Portugal
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1800 |
November 23, 1800
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São Cristóvão, Lisboa, Portugal
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1804 |
November 9, 1804
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1812 |
October 12, 1812
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Lisboa, Portugal
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