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About Gonçalo Pereira Lobato e Sousa
Gonçalo Pereira Lobato e Sousa é filho de João Pereira Caldas e de Dona Mariana Catarina de Lançóis e Azevedo, da Casa e Quinta de Sende, onde nasceu em 2 de janeiro de 1688. Casou com Dona Joana Maria de Castro (nascida em Monserrate, Viana, em 8 de outubro de 1707 e falecida em Sende no dia 28 de julho de 1768) de quem teve sete filhos. O mais velho João Pereira Caldas o grande Capitão-General e Governador do Grão Pará foi sem dúvida, o expoente máximo desta plêiade de governadores [...]. Um outro filho, Gonçalo Pereira de Caldas, seguiu a carreira das Armas e acompanhou o pai durante a sua permanência no Maranhão, com patente de Capitão de Infantaria. Mais tarde, ao tempo das Invasões Francesas (1807), haveria de vir a desempenhar um papel importante como Governador das Armas da Província do Minho.
Gonçalo Pereira Lobato e Sousa, por morte do irmão primogénito, foi o herdeiro do Morgado de S. Martinho de Sende e assim se tornou o Senhor da mesma Casa e Quinta. Foi Mestre de Campo de Infantaria Auxiliar nos Exércitos de Sua Majestade e detentor dos seguintes títulos nobiliárquicos: Fidalgo da Casa de Sua Majestade, Cavaleiro da Ordem de Cristo e Familiar do Santo Ofício. Em Portugal, onde passou a maior parte da sua vida, para além de militar, foi vereador da Câmara de Monção, em alguns mandatos, e desempenhou ainda alguns cargos ao serviço da Igreja e da sociedade que se refletiram no meio sociocultural da sua época.
Assim, em 1738, foi Juiz da Confraria do Santíssimo Sacramento, ereta no Santuário da Senhora dos Milagres, em Cambeses, Monção. Em 1745, juntamente com Manuel Antônio Pereira de Araújo, solicita autorização ao Arcebispo de Braga para se fazer a Tribuna e Sacrário da igreja matriz de Monção. Foi, além disso, o grande impulsionador e líder da concretização do Hospício dos Oratorianos de Monção (colégio de preparação para a vida eclesiástica e aulas de Gramática), a partir do donativo inicial do Coronel monçanense Marinho de Castro, a viver no Rio de Janeiro. Desempenhou, também, o cargo de Síndico Apostólico dos Padres da Província da Conceição, do seu Convento de São Bento da Glória de Monção. [S%C3%ADndico é a mesma coisa que procurador de uma comunidade religiosa; aquele que defendia o interesse de uma comunidade religiosa].
Na Câmara de Monção desempenhou a função de Vereador, durante vários mandatos, nomeadamente nos anos de 1739, 1747 e 1750. Neste último ano é referido como Mestre de Campo e aquando da realização das solenes exéquias de D. João V, em Monção, no dia 21 de agosto, foi incumbido de algumas tarefas que a ata de 4 de agosto de 1750 especifica. Nos curtos sete anos de governo do Maranhão, como Brigadeiro, foi um governador extremamente ativo e fica para a história como um fundador de novas povoações, particularmente nos anos de 1757 e 1758, onde fundou 5 vilas e deus novos nomes a 7 lugares, atribuindo nomes de terras portuguesas, particularmente da terra da sua naturalidade.
Fundação de Vilas: Viana, em 8 de julho de 1757; Monção, em 16 de julho de 1757; Vinhais, em 1 de agosto de 1757; Guimarães, em 19 de janeiro de 1758; Vila Viçosa de Arotoia, em 1 de agosto de 1758. A vila de Guimarães foi fundada na fazenda chamada Iguarápiranga por doação voluntária do seu proprietário José Bruno de Barros. Entretanto, dá novas denominações a lugares já existentes: lapela, em 23 de julho de 1757; S. José de Ribamar, em 4 de agosto de 1757; S. João de Cortes, em 4 de outubro de 1757; Nossa Senhora da Lapa e S. Miguel, em 26 de abril de 1758; S. Mamede, em 3 de maio de 1758; S. Pedro, em 4 de maio de 1758; Frezedela, em 7 de junho de 1758.
Deste conjunto de topônimos é de referir que 8 são minhotos: Viana, Monção, Guimarães, Lapela, Nossa Senhora da Lapa e S. Miguel; S. Mamede, S. Pedro e S. João de Cortes. E destes, cinco são topônimos levados da sua terra de origem: em primeiro lugar, logo a seguir à fundação de Viana, fundou a vila e município de Monção, com a freguesia de S. Francisco Xavier, na antiga aldeia do Carará. Logo depois, retificou ou deu novos nomes: o lugar de S. João passou a denominar-se S. João de Cortes; S. Miguel passou para Nossa Senhora da Lapa e S. Miguel; a aldeia grande de S. Lourenço do Barbado do Rio Itapurû passou para lugar de S. Pedro; a aldeia pequena de S. Francisco Xavier do Rio Itapurû passou a denominar-se lugar de S. Mamede.
De todas estas fundações e refundações, com a implantação de pelourinhos e eleição dos novos administradores, foram lavrados os respectivos autos de fundação, donde consta a presença do Governador e de todas as autoridades presentes. As novas denominações foram, igualmente, registradas em atas minuciosas, pelas quais se constata que esses momentos fundadores para as novas comunidades foram celebrados solenemente com a presença das diversas autoridades administrativas da Capitania: políticos, civis, religiosas e judiciais, locais e regionais. [...]
Gonçalo Pereira Lobato e Sousa faleceu no Brasil, em finais do ano de 1761, quando se preparava para regressa a Portugal, depois de já ter sido substituído no governo do Maranhão.
Fonte: http://epl.di.uminho.pt/~ritafaria/MEC/instanciaConceito.php?conc=P...
Gonçalo Pereira Lobato e Sousa's Timeline
1688 |
January 2, 1688
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Monção, Viana do Castelo, Portugal
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1736 |
August 4, 1736
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Lisboa, Lisboa, Portugal
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1738 |
1738
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1761 |
October 23, 1761
Age 73
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São Luís, Maranhão, Brasil (Brazil)
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