João de Barros, o Grande

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João de Barros, o Grande

Birthdate:
Birthplace: Viseu, Viseu, Portugal
Death: October 20, 1570 (73-74)
Pombal, Leiria, Portugal
Immediate Family:

Son of Lopo de Barros and NN
Husband of Maria de Almeida
Father of Catarina de Barros; Maria de Almeida; D. Isabel de Almeida de Barros; Lopo de Barros; Antonio de Barros and 3 others
Brother of Marta de Barros
Half brother of Maria de Barros; Genebra de Barros; João de Barros; Diogo de Barros and Álvaro de Barros

Managed by: Private User
Last Updated:

About João de Barros, o Grande

João de Barros, chamado o Grande ou o Tito Lívio Português, (Viseu, c. 1496 — Pombal, Ribeira de Alitém, 20 de Outubro de 1570) é geralmente considerado o primeiro grande historiador português e pioneiro da gramática da língua portuguesa, tendo escrito a segunda obra a normatizar a língua, tal como falada em seu tempo.

Filho bastardo de um nobre, Lopo de Barros, foi educado na corte de Dom Manuel I, no período de maior apogeu dos descobrimentos portugueses, tendo ainda na sua juventude concebido a ideia de escrever uma história dos portugueses no oriente. Sua prolífica carreira literária iniciou-se com pouco mais de vinte anos, ao escrever um romance de cavalaria, a Crónica do Emperador Clarimundo, donde os Reys de Portugal descendem, dedicado ao soberano e ao príncipe herdeiro Dom João.

Este último, ao subir ao trono como Dom João III em 1521, concedeu a João de Barros o cargo de capitão da fortaleza de São Jorge da Mina, para onde partiu no ano seguinte. Em 1525 foi nomeado tesoureiro da Casa da Índia, missão que desempenhou até 1528.

A peste negra de 1530 levou-o a refugiar-se na sua quinta da Ribeira de Alitém, próximo de Pombal, vila onde concluiu o seu diálogo moral, Rhopicapneuma, alegoria que mereceu louvores do catalão Juan Luis Vives.

Regressado a Lisboa em 1532, o rei designou-o como feitor das casas da Índia e da Mina - uma posição de grande destaque e responsabilidade, numa Lisboa que era então um empório, a nível europeu, para todo o comércio estabelecido com o oriente. João de Barros provou ser um administrador bom e desinteressado, algo raro para a época, como demonstra o surpreendente facto de ter amealhado pouco dinheiro com este cargo (quando os seus antecessores haviam adquirido grandes fortunas).

Casou com Maria de Almeida, de quem teve cinco filhos e três filhas.

Expedição ao Brasil

Em 1534 Dom João III, procurando atrair colonos para se estabelecerem no Brasil, evitando assim as tentativas de penetração francesa, dividiu a colónia em capitanias hereditárias, seguindo um sistema que já havia sido utilizado nas ilhas atlânticas dos Açores, Madeira e Cabo Verde, com resultados comprovados. No ano seguinte João de Barros foi agraciado com a posse de duas capitanias, em parceria com Aires da Cunha, o Ceará e o Pará. Constituiu a expensas suas uma armada de dez navios e novecentos homens, que zarpou para o Novo Mundo em 1539.

Devido talvez à ignorância dos seus pilotos, a frota não atingiu o objectivo pretendido, tendo andado à deriva até aportar às Antilhas espanholas. Demonstrando um grande humanismo, talvez incomum para a época, pagou as dívidas dos que haviam falecido na expedição. No entanto isto resultou em grandes problemas financeiros a João de Barros, com os quais teve que lidar até ao fim da vida, vendo-se mesmo obrigado a hipotecar parte dos seus bens.

A "Gramática da Língua Portuguesa" e as "Décadas"

Durante estes anos prosseguiu seus estudos durante as horas vagas, e pouco após a desastrosa expedição ao Brasil, em 1540 publicou a Gramática da Língua Portuguesa e diversos diálogos morais a acompanhá-la, para ajudar ao ensino da língua materna. A Grammatica foi a segunda obra a normatizar a língua portuguesa, tal como falada em seu tempo – precedida apenas pela de Fernão de Oliveira, impressa em 1536 – sendo entretanto considerada a primeira obra didática ilustrada no mundo.

Pouco depois (seguindo uma proposta que lhe havia sido ainda endereçada por Dom Manuel I), iniciou a escrita de uma história que narrasse os feitos dos portugueses na Índia - as Décadas da Ásia (Ásia de Ioam de Barros, dos feitos que os Portuguezes fizeram na conquista e descobrimento dos mares e terras do Oriente), assim chamadas por, à semelhança da história liviana, agruparem os acontecimentos por livro em períodos de dez anos. A primeira década saiu em 1552, a segunda em 1553 e a terceira foi impressa em 1563. A quarta década, inacabada, foi completada por João Baptista Lavanha e publicada em Madrid em 1615, muito depois da sua morte.

Não obstante o seu estilo fluente e rico, as "Décadas" conheceram pouco interesse durante a sua vida. É conhecida apenas uma tradução italiana em Veneza, em 1563. Dom João III, entusiasmado com o seu conteúdo, pediu-lhe que redigisse uma crónica relativa aos acontecimentos do reinado de Dom Manuel - o que João de Barros não pode realizar, devido às suas tarefas na Casa da Índia, tendo a crónica em causa sido redigida por outro grande humanista português, Damião de Góis. Diogo do Couto foi encarregado mais tarde de continuar as suas "Décadas", adicionando-lhe mais nove. A primeira edição completa das 14 décadas surgiu em Lisboa, já no século XVIII (1778 — 1788).

Em Janeiro de 1568 sofreu um acidente vascular cerebral e foi exonerado das suas funções na Casa da Índia, recebendo título de fidalguia e uma tença régia do rei Dom Sebastião. Faleceu na sua quinta de Alitém, em Pombal, a 20 de Outubro de 1570. Morreu na mais completa miséria, sendo tantas as suas dívidas que os filhos renunciaram ao seu testamento.

Enquanto historiador e linguista, João de Barros merece a fama que começou a correr logo após a sua morte. As suas "Décadas" são não só um precioso manancial de informações sobre a história dos portugueses na Ásia e são como que o início da historiografia moderna em Portugal e no Mundo.

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_de_Barros)



João de Barros, o Grande ou o Tito Lívio, * Viseu, Viseu, 1496 - † Leiria, Pombal, 20.10.1570, era filho de Lopo de Barros (*1450), Homem Nobre e de mãe incógnita;

Neto paterno de Lopo de Barros (*1410) (filho de Gonçalo Dias de Barros, Abade de Calvelo *1382) e de D. Maria Álvares Raposo (*1410). João de Barros era descendente de Gonçalo Vasques de Azevedo, 1º Marechal de Portugal (*1310 - †1385) e também do célebre (por más recordações) "Conde Andeiro", João Fernandes Andeiro, 2º Conde de Ourém (*1320 †1383).

Filho bastardo de um nobre, Lopo de Barros, Corregedor de Entre Tejo e Guadiana, foi educado na corte de Dom Manuel I, no período de maior apogeu dos descobrimentos portugueses, tendo ainda na sua juventude concebido a ideia de escrever uma história dos portugueses no oriente. Sua prolífica carreira literária iniciou-se com pouco mais de vinte anos, ao escrever um romance de cavalaria, a Crónica do Emperador Clarimundo, donde os Reys de Portugal descendem, dedicado ao soberano e ao príncipe herdeiro Dom João enquanto servia de seu Moço de Guarda-Roupa.

Este último, ao subir ao trono como Dom João III em 1521, concedeu a João de Barros o cargo de Capitão da fortaleza de São Jorge da Mina, para onde partiu no ano seguinte.

Em 1525 foi nomeado tesoureiro da Casa da Índia, missão que desempenhou até 1528.

A peste negra de 1530 o levou a refugiar-se na sua quinta da Ribeira de Alitém, próximo de Pombal, cidade onde concluiu o seu diálogo moral, Rhopicapneuma, alegoria que mereceu louvores do valenciano Juan Luis Vives.

Regressado a Lisboa em 1532, o rei designou-o como Feitor das casas da Índia e da Mina - uma posição de grande destaque e responsabilidade, numa Lisboa que era então um empório, a nível europeu, para todo o comércio estabelecido com o oriente. João de Barros provou ser um administrador bom e desinteressado, algo raro para a época, como demonstra o surpreendente facto de ter amealhado pouco dinheiro com este cargo (quando os seus antecessores haviam adquirido grandes fortunas).

Casou com D. Maria de Almeida, 3.ª Senhora da Quinta de São Lourenço, em Santiago de Litém, Pombal, filha de Diogo de Almeida, nascido c. 1479, Escrivão do Armazém de Lisboa e 2.º Senhor da Quinta de São Lourenço, em Santiago de Litém, Pombal, e sua Capela na Igreja Matriz, e de sua mulher D. Catarina Coelho, irmã de Lourenço de Cáceres, a quem foi encomendada a História da Índia, incumbência em que sucedeu seu sobrinho por afinidade João de Barros. Dela teve cinco filhos e três filhas.

Pai de Jeronimo de Barros; Catarina de Barros; Maria de Almeida; D. Isabel de Almeida de Barros; Lopo de Barros; Antonio de Barros; Diogo de Barros e João de Barros.

Expedição ao Brasil:

Em 1534 Dom João III, procurando atrair colonos para se estabelecerem no Brasil, evitando assim as tentativas de penetração francesa, dividiu a colónia em capitanias hereditárias, seguindo um sistema que já havia sido utilizado nas ilhas atlânticas dos Açores, Madeira e Cabo Verde, com resultados comprovados. No ano seguinte João de Barros foi agraciado com a posse de duas capitanias, em parceria com Aires da Cunha, o Rio Grande do Norte e o Maranhão. Constituiu a expensas suas uma armada de dez navios e novecentos homens, que zarpou para o Novo Mundo em 1539.

Devido talvez à ignorância dos seus pilotos, a frota não atingiu o objectivo pretendido, tendo andado à deriva até aportar às Antilhas espanholas. Demonstrando um grande humanismo, talvez incomum para a época, pagou as dívidas dos que haviam falecido na expedição. No entanto, isto resultou em grandes problemas financeiros a João de Barros, com os quais teve que lidar até ao fim da vida, vendo-se mesmo obrigado a hipotecar parte dos seus bens.

A "Gramática da Língua Portuguesa" e as "Décadas":

Durante estes anos prosseguiu seus estudos durante as horas vagas, e pouco após a desastrosa expedição ao Brasil.

Entre 1539 e 1540 produziu um completo conjunto de textos pedagógicos, que vai desde o ensino das primeiras letras, até aos princípios morais por que se deve reger a formação de um jovem cristão, na senda de idênticas preocupações educativas da juventude que os grandes humanistas europeus também vinham revelando. De entre os textos pedagógicos, temos A Cartinha para Aprender a Ler, o Diálogo em Louvor da Nossa Linguagem, o Diálogo da Viciosa Vergonha, o Diálogo de Preceitos Morais com Prática Deles em Modo de Jogo e a Gramática.

Nessa altura, publicou então a Grammatica da Língua Portuguesa e diversos diálogos morais a acompanhá-la, para ajudar ao ensino da língua materna. A Grammatica foi a segunda obra a normatizar a língua portuguesa, tal como falada em seu tempo – precedida apenas pela de Fernão de Oliveira, impressa em 1536 – sendo entretanto considerada a primeira obra didática ilustrada no mundo.

Pouco depois (seguindo uma proposta que lhe havia sido ainda endereçada por Dom Manuel I), iniciou a escrita de uma história que narrasse os feitos dos portugueses na Índia - as Décadas da Ásia (Ásia de Ioam de Barros, dos feitos que os Portuguezes fizeram na conquista e descobrimento dos mares e terras do Oriente), assim chamadas por, à semelhança da história liviana, agruparem os acontecimentos por livro em períodos de dez anos. A primeira década saiu em 1552, a segunda em 1553 e a terceira foi impressa em 1563. A quarta década, inacabada, foi completada por João Baptista Lavanha e publicada em Madrid em 1615, muito depois da sua morte.

Não obstante o seu estilo fluente e rico, as "Décadas" conheceram pouco interesse durante a sua vida. É conhecida apenas uma tradução italiana em Veneza, em 1563. Dom João III, entusiasmado com o seu conteúdo, pediu-lhe que redigisse uma crónica relativa aos acontecimentos do reinado de Dom Manuel - o que João de Barros não pode realizar, devido às suas tarefas na Casa da Índia, tendo a crónica em causa sido redigida por outro grande humanista português, Damião de Góis. Diogo do Couto foi encarregado mais tarde de continuar as suas "Décadas", adicionando-lhe mais nove. A primeira edição completa das 14 décadas surgiu em Lisboa, já no século XVIII (1778 — 1788).

Em Janeiro de 1568 sofreu um acidente vascular cerebral e foi exonerado das suas funções na Casa da Índia, recebendo título de fidalguia e uma tença régia do rei Dom Sebastião. Faleceu na sua quinta de Alitém, em Pombal, a 20 de Outubro de 1570. Morreu na mais completa miséria, sendo tantas as suas dívidas que os filhos renunciaram ao seu testamento.

Enquanto historiador e linguista, João de Barros merece a fama que começou a correr logo após a sua morte. As suas "Décadas" são não só um precioso manancial de informações sobre a história dos portugueses na Ásia e são como que o início da historiografia moderna em Portugal e no Mundo.

Obras:

Crónica do Imperador Clarimundo (1522) (versão digital) Rhopicapneuma ou Mercadoria Espiritual (1532) O Panegírico de D. João III (1533) Cartinha com os preceitos e mandamos da Santa Madre Igreja (1539) Grammatica da Língua Portuguesa (1540) (versão digital) Diálogo da Viciosa Vergonha (1540) (versão digital) Grammatices Rudimenta (c. 1540) (versão digital) Diálogo sobre Preceitos Morais (1540) (versão digital) Diálogo Evangélico sobre os Artigos da Fé (1543) Panegírico à muy alta, e esclarecida Princeza Infanta D. Maria nossa Senhora (escrito em 1545, publicado em 1655) Libro das antiguidades e cousas notaueis de antre Douro e Minho, e de outras muitas de España e Portugal (1549) (versão digital) Décadas da Ásia. Volumes I (1552), II (1553), III (1563) e IV (1615) (versão digital)

Cargos, Mercês e Títulos de João de Barros:

Moço do Guarda-Roupa do príncipe D. João, futuro D. João III. Capitão da Mina Tesoureiro e Feitor da Casa da Índia, Mina e Ceuta Feitor de propriedade (ou provedor) Capitão do Maranhão Historiador e escritor (NOTA: "pelos seus merecimentos lhe chamaram o Grande")