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About José Feliciano Fernandes Pinheiro, visconde de São Leopoldo
Nasceu José Feliciano Fernandes Pinheiro na cidade de Santos, aos 9 de Maio de 1774, sendo seus pais o coronel de milicias José Fernandes Martins e D. Tereza de Jesus Pinheiro, ambos portuguêses.
Fez seus primeiros estudos em Santos, com o professor regio José Luis de Melo e com o vigário José Xavier de Toledo, seu padrinho de crisma. Em 1792 partiu Fernandes Pinheiro para Portugal, afim de matricular-se na Universidade de Coimbra, destinando-se á carreira eclesiastica.
Recebendo em 1799 o gráu de bacharel em canones, deixou-se ficar no Reino, trabalhando sob a direcção de Frei Conceição Veloso.
Em Dezembro de 1801 regressou ao Brasil, nomeado juiz das Alíandegas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com a incumbencia de cria-las. Com grande sabedoria, exerceu esses cargos durante os governos do Barão de Bagé (Paulo José da Silva Gama), e do seu sucessor, o Capitão General D. Diogo de Souza.
Nomeado auditor com honras de coronel, fez a campanha do Sul, de 1811 a 1812, contra as tropas inglêsas do general Beresford, que invadira o Rio da Prata.
Exerceu por esse tempo o cargo de membro da Junta da Justiça, na Provincia do Rio Grande do Sul. Durante a sua estadia nesta provincia, recolheu Fernandes Pinheiro, nos arquivos e carta rios, os materiais com que compoz mais tarde os seus Anais da Provincia de São Pedro.
Por ocasião da formação das Côrtes Portuguêsas, em 1821, foi eleito deputado pela provincia de São Paulo e do Rio Grando do Sul, onde então residia. Depois das eleições partiu para Lisbôa, onde tomou assento nas Côrtes, defendendo sempre o seu ponto de vista, conservador e moderado. Foi dos poucos deputados brasileiros que jurou a Constituição portuguêsa.
Quando as Côrtes discutiam a monstruosidade da permuta de Montevidéu pela cidade de Olivença, Fernandes Pinheiro impugnou com veemencia a consumação desse atentado.
Em seguida á proclamação da independencia, regressou ao Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em principios de 1823. Foi eleito deputado á Assembleia Constituinte pelas provincias de São Paulo e Rio Grande, tomando assento como representante da primeira.
Durante os agitados dias da Constituinte, distinguiu-se sempre pela moderação de suas ideias ; na sessão de 14 de Junho de 1823, apresentou um projecto, criando duas universidades no Brasil, uma em São Paulo e outra em Olinda.
Depois de dissolvida a Constituinte, foi nomeado presidente da província do Rio Grande do Sul, tendo fundado ali a colonia de S. Leopoldo.
Em 1825 é nomeado Ministro dos Negocios do Imperio, e neste cargo lhe coube instalar os cursos jurídicos no Brasil, criados pelo decreto de 11 de Agosto de 1827.
“Ao tempo deste meu Ministerio, escrevia S. Leopoldo, pertence o acto, que reputo o mais glorioso de minha carreira politica, e que me penetrou do mais intimo júbilo, que pode sentir o homem publico no exercicio de suas funções. Refiro-me á instalação dos dois cursos jurídicos de São Paulo e Olinda, consagração definitiva da ideia, que eu aventara na Assembleia Constituinte, em sessão de 14 de Junho”.
Agraciado com o titulo de Visconde de S. Leopoldo, foi senador do Imperio pelo provincia de São Patilo e Conselheiro de Estado. Muito dedicado a D. Pedro I, afastou-se Fernandes Pinheiro da vida publica depois do 7 de Abril. Retirou-se, então, para Porto Alegre, onde tencionava dedicar-se aos seus estudos históricos e á composição de suas Memorias.
Encontrou-o neste proposito a revolução de 1835. Os farrapos de Piratinim, no sitio de Porto Alegre, encontraram S. Leopoldo ao lado das forças legalistas, sempre fiel ás suas convicções monarquicas. Nessa revolução perdeu suas propriedades e seus escravos, que se bandearam para as fileiras “libertadoras” de Bento Gonçalves e Canabarro.
Quando Ministro dos Estrangeiros o Barão de Itamaracá, foi Fernandes Pinheiro encarregado de presidir a comissão que deveria fixar Os limites do Brasil com as republicas do Prata. Sobre o desempenho desta missão diplomática, escreveu S. Leopoldo uma Memoria sobre os Limites do Brasil.
Foi um dos fundadores do Instituto Historico e Geografico Brasileiro, em 1835, e seu primeiro presidente perpetuo.
Depois da pacificação do Rio Grande, voltou S. Leopoldo a residir em Porto Alegre, onde faleceu a 6 de Julho de 1847, aos 73 anos de idade.
Foi uma existencia toda devotada ao serviço da patria. Espirito equilibrado, moderado, conservador e monarquista, jamais traiu a fé de suas convicções.
A obra mais notavel de S. Leopoldo são os Anais da Provincia de S. Pedro — Rio de Janeiro — Imp. Regia — 1819 — in 4.0 ~ T. I. O tomo II é de Lisbôa — Imp. Nacional — 1822 — in 4.°. T. II.
Desta obra, foi publicada pelo autor uma segunda edição correcta e aumentada” — Paris — Tip. de Casemir — 1839 — in 4.0 — XI — 468 pgs.
Deixou ainda as seguintes obras: Uma monografia sobre a influencia do Instituto Historico, publicada na Revista do mesmo Instituto (Tomo I — 1839) ; uma Memoria sobre os Limites do Brasil (1839) ; Resposta ás Breves A notações, feitas pelo Conselheiro Costa e Sá; Memorias do Visconde S. Leopoldo, em forma de diario, publicadas na Rev, do Inst. Historico (Tomo 37 e 38) ; uma dissertação sobre os irmãos Gusmões (1839) ; e algumas traduções publicadas em Lisbôa em 1800 e 1801.
De toda a sua obra, a mais estimavel, são os Anais da Provincia de S. Pedro.
Dividida em dezesete capitulas e uma introdução, é a obra escrita em linguagem clara, elegante e concisa. Os capitulas sucedem-se numa sequencia natural, contendo o primeiro um resumido estudo de geografia e geologia da provincia, onde o autor, á maneira dos modernos historiografos, estuda preliminarmente o meio físico onde deverá desenvolver-se a acção de seu livro.
Na obra de S. Leopoldo já se encontra um espirito de crítica, embora rudimentar, e o autor já analisa e apura os suces0 historicos, objectos de seu estudo.
A obra, escrita toda á vista de documentos autênticos e ineditos, é um magnifico repositorio para o estudo da historia do Rio Grande do Sul.
O Visconde de S. Leopoldo tinha um estilo facil, algumas vezes incorrecto, abusando um pouco dos galicismos, porém calmo e singelo, o que torna ainda hoje agradavel a leitura dos seus escritos.
De S. Leopoldo, disse Silvio Rornero, “ser dos nossos historiadores do seu tempo, o que melhor soube fazer um livro. Jaboatão, Taques, Pizarro, Baltazar e outros, escreviam obras pesadas, informes, desconchavadas e de leitura atribuladora”. Em S. Leopoldo não encontramos nenhum desses defeitos. É um historiador elegante, sobrio e algo liberal; se não tem originalidade, tambem não emperra a sua narrativa com deslumbramentes de imaginação; é verdadeiro, sempre que o pode; e quando não, passa pelos acontecimentos sem procurar justifica-los com o auxilio da ficção.
O Visconde de S. Leopoldo foi “um homem inteligente e lido; mas sobretudo um homem apaziguado e feliz. Não houve ali uma faculdade que predominasse sobre as outras. Não foi um estadista de alto vôo, nem um historiador profundo”.
Colocado nesse meio termo, em que tão bem o ajustou o conceito de Silvio Romero, vemos em S. Leopoldo um político moderado, reflexivo, amigo da ordem, e um historiador criterioso, dotado já de algum espirito crítico, frio e sem paixões.
Nunca se deixou arrastar pelas correntes politicas, violentas e impetuosas, que levaram muitos dos seus contemporâneos, Nas agitações do primeiro reinado e da Regenda, manteve sempre a sua frieza, propria de um temperamento de escól. As suas Memorias dão-nos disso nítida impressão.
FONTE: PARANHOS, Haroldo. História do romantismo no Brasil. São Paulo: Edições Cultura Brasileira, 1937.
José Feliciano Fernandes Pinheiro, primeiro visconde de São Leopoldo, (Santos, 9 de maio de 1774 — Porto Alegre, 16 de julho de 1847) foi um escritor, magistrado e político brasileiro.
Filho do coronel José Fernandes Martins, natural de Guimarães (Portugal), e de Teresa de Jesus Pinheiro, paulista de Santos. Casou com Maria Elisa Júlia de Lima (1793 — 1877), natural do Rio Grande do Sul. Tiveram 10 filhos, dentre os quais Maria Rita Fernandes Pinheiro, que casou com o segundo visconde de Pelotas.
Formado em direito pela Universidade de Coimbra, fez os seus primeiros trabalhos literários, traduções e compilações de assuntos de imediata utilidade prática, ali publicados de 1799 a 1801. Regressou ao Brasil em 1801, onde ocupou o cargo de juiz das alfândegas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Entre 1811 e 1812 foi auditor-geral das tropas do exército pacificador.
Foi eleito, em 1821, deputado às Cortes da nação portuguesa, por São Paulo e pelo Rio Grande do Sul, tendo optado pelo primeiro. Participou da reforma governamental por que esta passou, e como tal tornou a Portugal. Voltou ao Brasil em seguida à declaração da Independência.
Deputado geral à Assembléia Constituinte, de 1823, pelo Rio Grande do Sul, em 12 de junho de 1823 discursou a favor da criação de uma Universidade no Brasil, para evitar a opressão aos alunos brasileiros que iam estudar em Portugal. Como resultado foi instituída uma comissão, que propôs a criação da Faculdade de Direito de São Paulo e a Faculdade de Direito de Olinda, com a dissolução da Assembléia, tal projeto foi adiado. Logo em seguida, em novembro, foi nomeado presidente da província do Rio Grande do Sul, permanecendo até 1826, lá fundou a primeira tipografia e recebeu a primeira leva de imigrantes alemães em São Leopoldo.
Em 1825 entrou para o Conselho do Império, sendo condecorado no ano seguinte com o título de visconde e escolhido conselheiro de Estado e senador do Império do Brasil, cargo em que permaneceu de 1826 a 1847.
Foi ministro do Império e como ministro da Justiça, em 1827, finalmente conseguiu criar as Faculdades de Direito de São Paulo e Olinda, por decreto de 11 de agosto. Foi ocasionalmente encarregado de missões de caráter diplomático.
Espírito conservador e moderado, foi dos poucos deputados brasileiros que juraram a constituição por ele feita. Além de memórias biográficas de compatriotas ilustres ou sobre limites do Brasil e ainda monografias interessantes para a nossa história literária, escreveu uma obra notável para o tempo e ainda hoje estimável, Anais da Capitania de S. Pedro. Como livro, quero dizer, sob o puro aspecto bibliográfico, o mais bem feito dessa época, o mais perfeito de composição e estrutura. Não obstante algumas incorreções de linguagem, galicismos e alguns mais graves defeitos de estilo, a sua redação revê o homem educado em Portugal e a leitura dos portugueses. A língua é geralmente melhor do que aqui comumente escrita. Como historiador distingue-se já o visconde de S. Leopoldo por bom critério histórico, aptidões críticas, capacidade de apurar os sucessos nos documentos autênticos de preferência originais ou inéditos, informação segura das fontes ou informes impressos do assunto ou a ele aproveitáveis, arte de dispor e referir os fatos e, notavelmente, menos prolixidade como era, e continuou a ser, de costume. As suas Memórias, publicadas postumamente na Revista do Instituto Histórico (tomos 37-38), conquanto lhes falte o interesse das revelações inéditas e mesmo das indiscrições, que principalmente dão relevo e pico a este gênero de literatura, sem que lho levante também um estilo mais literário, são todavia, até pela raridade delas nas nossas letras, estimáveis.
Foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sendo eleito primeiro presidente perpétuo.
Fonte: WP
José Feliciano Fernandes Pinheiro, primeiro visconde de São Leopoldo, (Santos, 9 de maio de 1774 — Porto Alegre, 16 de julho de 1847) foi um escritor, magistrado e político brasileiro.
Filho do coronel José Fernandes Martins, natural de Guimarães (Portugal), e de Teresa de Jesus Pinheiro, paulista de Santos. Casou com Maria Elisa Júlia de Lima (1793 — 1877), natural do Rio Grande do Sul. Tiveram 10 filhos, dentre os quais Maria Rita Fernandes Pinheiro, que casou com o segundo visconde de Pelotas.
Formado em direito pela Universidade de Coimbra, fez os seus primeiros trabalhos literários, traduções e compilações de assuntos de imediata utilidade prática, ali publicados de 1799 a 1801. Regressou ao Brasil em 1801, onde ocupou o cargo de juiz das alfândegas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Entre 1811 e 1812 foi auditor-geral das tropas do exército pacificador.
Foi eleito, em 1821, deputado às Cortes da nação portuguesa, por São Paulo e pelo Rio Grande do Sul, tendo optado pelo primeiro. Particiou da reforma governamental por que esta passou, e como tal tornou a Portugal. Voltou ao Brasil em seguida à declaração da Independência.
Deputado geral à Assembléia Constituinte, de 1823, pelo Rio Grande do Sul, em 12 de junho de 1823 discursou a favor da criação de uma Universidade no Brasil, para evitar a opressão aos alunos brasileiros que iam estudar em Portugal. Como resultado foi instituída uma comissão, que propôs a criação da Faculdade de Direito de São Paulo e a Faculdade de Direito de Olinda,1 com a dissolução da Assembléia, tal projeto foi adiado. Logo em seguida, em novembro, foi nomeado presidente da província do Rio Grande do Sul, permanecendo até 1826, lá fundou a primeira tipografia e recebeu a primeira leva de imigrantes alemães em São Leopoldo.
Em 1825 entrou para o Conselho do Império, sendo condecorado no ano seguinte com o título de visconde e escolhido conselheiro de Estado e senador do Império do Brasil, cargo em que permaneceu de 1826 a 1847.
Foi ministro do Império e como ministro da Justiça, em 1827, finalmente conseguiu criar as Faculdades de Direito de São Paulo e Olinda, por decreto de 11 de agosto. Foi ocasionalmente encarregado de missões de caráter diplomático.
Espírito conservador e moderado, foi dos poucos deputados brasileiros que juraram a constituição por ele feita. Além de memórias biográficas de compatriotas ilustres ou sobre limites do Brasil e ainda monografias interessantes para a nossa história literária, escreveu uma obra notável para o tempo e ainda hoje estimável, Anais da Capitania de S. Pedro. Como livro, quero dizer, sob o puro aspecto bibliográfico, o mais bem feito dessa época, o mais perfeito de composição e estrutura. Não obstante algumas incorreções de linguagem, galicismos e alguns mais graves defeitos de estilo, a sua redação revê o homem educado em Portugal e a leitura dos portugueses. A língua é geralmente melhor do que aqui comumente escrita. Como historiador distingue-se já o visconde de S. Leopoldo por bom critério histórico, aptidões críticas, capacidade de apurar os sucessos nos documentos autênticos de preferência originais ou inéditos, informação segura das fontes ou informes impressos do assunto ou a ele aproveitáveis, arte de dispor e referir os fatos e, notavelmente, menos prolixidade como era, e continuou a ser, de costume. As suas Memórias, publicadas postumamente na Revista do Instituto Histórico (tomos 37-38), conquanto lhes falte o interesse das revelações inéditas e mesmo das indiscrições, que principalmente dão relevo e pico a este gênero de literatura, sem que lho levante também um estilo mais literário, são todavia, até pela raridade delas nas nossas letras, estimáveis.
Foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sendo eleito primeiro presidente perpétuo.
José Feliciano Fernandes Pinheiro, visconde de São Leopoldo's Timeline
1774 |
May 9, 1774
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Santos, São Paulo, Brazil
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1820 |
February 2, 1820
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Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
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1821 |
March 7, 1821
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Porto Alegre, Porto Alegre, State of Rio Grande do Sul, Brazil
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1824 |
September 26, 1824
|
Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
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September 26, 1824
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Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
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1825 |
August 23, 1825
|
Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
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1826 |
August 30, 1826
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Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
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1829 |
October 15, 1829
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Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
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1831 |
March 26, 1831
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Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
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1832 |
October 4, 1832
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Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
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