José de Resende Costa

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José de Resende Costa (Resende Costa)

Birthdate:
Birthplace: Freguesia de Prados, São João Del Rei, MG, Brazil
Death: circa 1798 (61-78)
Cape Verde
Place of Burial: Cacheu, Jinèiyà Bìshào
Immediate Family:

Son of João de Resende Costa and Helena Maria de Jesus Gonçalves, uma das 3 Ilhoas
Husband of Ana Alves Preto
Father of José Resende Costa, Filho and Francisca Cândida de Resende
Brother of João de Resende Costa; Maria Helena de Jesus; Antonio Nunes Resende; Julião da Costa Resende; Ana Maria de São Joaquim and 10 others

Occupation: Capitão, Capitão-Mor - Um dos Inconfidentes
Managed by: Private User
Last Updated:

About José de Resende Costa

Inconfidente

Filho de João de Rezende Costa (primeiro Rezende a aportar no Brasil) e da ilhoa açoriana Helena Maria de Jesus, nasceu em 1728, na freguesia de Prados, Comarca de Rio das Mortes, e faleceu na África em 1798. Casado com Anna Alves Pretto (açoriana, filha de D. Diogo de Lara), morava em sua fazenda Campos Gerais da Laje, que possuía engenho, moinho e senzala, além de uma vasta biblioteca. Era capitão do Regimento de Cavalaria Auxiliar da Vila de São José do Rio das Mortes. Tinha casa no arraial da Lage, cidade que hoje leva seu nome (Resende Costa-MG). Por envolvimento na Inconfidência Mineira, foi, junto com seu filho, condenado ao degredo em Bissau, na Guiné Portuguesa, e depois transferido para a Ilha de São Tiago de Cabo Verde (África), onde faleceu. Lá, exerceu o ofício de contador e inquiridor, dentre outros.

Fonte:(http://pt.rodovid.org/wk/Pessoa:350462)



Sua descendência está informada, de maneira mais ampla e com menos detalhes, na Genealogia Mineira do Autor Arthur Rezende. O CAPITÃO JOSÉ DE RESENDE COSTA era pai de Francisca Cândida de Resende e filho de João de Resende Costa. Ele foi batizado em 13.07.1730, conforme documento do Arquivo Eclesiástico da Diocese de São João del Rei, folha 24, livro 02, caixa 01, estante 01, Prados: Em treze de Julho de mil setecentos e trinta, na igreja matriz de Prados, o Vigário Padre Nicolau Tavares batizou e pôs os Santos Óleos a Joseph, filho de João de Resende e de sua mulher Elenna Maria. Foram padrinhos Miguel da Costa Pereira e Júlia Maria, mulher de Diogo Garcia; e para constar foi feito este assento, dia, mês e ano ut supra. O vigário, Padre Nicolau Tavares. (A madrinha de batismo, Júlia Maria, era sua tia por parte de mãe). Ele foi casado com Anna Álvares Preto. O nome de sua mãe vem escrito, às vezes, como Elena Maria de Jesus e, também, como Elena Maria como assinou em seu testamento. Anna Álvares Preto era irmã legítima do Padre José Álvares Preto, conforme consta no processo "De Genere et Moribus" do Padre Joaquim Carlos de Resende Alvim. Por ser irmã legítima do Padre José Álvares Preto, ela era filha legítima do Sargento-mor João Álvares Preto e de Maria Pedrosa de Moraes. O Sargento-mor João Álvares Preto era natural da Freguesia de Sarraquinhos, Comarca de Chaves, Arcebispado de Braga, e era morador na Freguesia de Santo Antônio, da Vila de São José, Comarca do Rio das Mortes. Maria Pedrosa de Moraes, já falecida no ano de 1750, era natural e batizada na cidade de São Paulo. Anna Álvares Preto era neta paterna de João Preto e de sua mulher Anna Álvares, ambos batizados na freguesia de Santa Maria de Sarraquinhos, e, pelo lado materno, neta de Guilherme de Oliveira Lara e de sua mulher Mariana de Leão de Camargo, naturais e batizados na Cidade de São Paulo. Os dados sobre os ascendentes de Anna Álvares Preto foram tirados do processo "De Genere et Moribus" do seu irmão legítimo, o Padre José Álvares Preto (armário 06, pasta 1043, Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana - AEAM).

    O capitão José de Resende Costa foi um dos heróis inconfidentes, do movimento a que resolveram chamar de "Inconfidência Mineira" ou de "Conjuração Mineira" (não me cabe analisar esses nomes), e acabou sendo degredado para a África, em Bissau, onde faleceu no ano de 1798, quando Dona Maria I era rainha de Portugal. (O AUTOR ROSALVO GONÇALVES PINTO, EM SUA OBRA SOBRE OS INCONFIDENTES RESENDE COSTA, CONCLUI, DEPOIS DE MUITOS ESTUDOS CRITERIOSOS, QUE OS DOIS INCONFIDENTES, PAI E FILHO, FICARAM EM CABO VERDE, ONDE TERIA FALECIDO O INCONFIDENTE PAI).
    Não houve o seu retorno, em vida, ao Brasil, e o que havia de seus restos mortais só recentemente vieram para o Brasil e estão no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil.
    No livro "Tal Dia é o Batizado", do autor Gilberto de Alencar e da "Editora Itatiaia", escrito em forma romanceada, em suas páginas 190 até 199, há uma estória sobre um possível encontro ocorrido na casa do Capitão José de Resende Costa, no Arraial da Laje, para discutir os assuntos relativos à preparação da conjuração. Deste encontro, teriam participado o Sargento-mor Luís Vaz de Toledo e o Coronel Joaquim Silvério dos Reis (que depois veio a se revelar um traidor do movimento), e nas conversas foi envolvido o nome do Padre Carlos de Toledo, que era mais íntimo do Capitão José de Resende Costa, e era quem estava encaminhando a ida do filho do capitão para fazer seus estudos em Portugal. No fim, teria ficado decidido que o filho ficaria no Brasil e estudaria na nova universidade a ser criada (um dos trunfos do movimento).
    Na repressão ao citado movimento, aparece como figura proeminente o Visconde de Barbacena Luís Antônio Furtado de Castro do Rio de Mendonça, do conselho de Sua Majestade (no "Dicionário do Brasil Colonial", do autor Ronaldo Vainfas, o nome vem como Luís Antônio de Castro do Rio de Mendonça). No fim, este visconde tentou uma ação conciliatória (segundo o autor Ronaldo Vainfas), levando em consideração que vários dos indiciados eram pessoas de grande importância na Capitania de Minas Gerais, mas o Vice-rei Luís de Vasconcelos e Sousa, já havia optado por uma ação rápida, e a decisão e as penas já estavam definidas.
    Vamos relacionar, sucintamente, alguma coisa do que lemos na obra "Autos de Devassa da Inconfidência Mineira", obra esta da Câmara dos Deputados, Governo do Estado de Minas Gerais, em seus vários volumes: a) Página 89, e seguintes, do Volume 1: Auto de Corpo de Delito, em 14.06.1789. Com ele foi formalizado o recebimento das seis primeiras cartas de denúncia, contra os inconfidentes. Depois, seguiram outras cartas de denúncia,  que, para a formalização do processo, faziam-se necessárias para a definição do "crime" (sic). b) Vieram as inquirições de testemunhas: os dois José de Resende Costa (pai e filho) foram inquiridos em 28.07.1789. O Capitão José de Resende Costa foi a 53ª testemunha, tendo a patente de Capitão do Regimento Auxiliar da Vila de São José, morador na Aplicação de Nossa Senhora da Penha de França da Laje, e que pretendia mandar o seu filho José de Resende Costa para estudar em Coimbra, Portugal. A viagem de seu filho seria em companhia do vigário de São José, o Padre Carlos Correia de Toledo, o qual desistiu da viagem, depois de uma ida sua a Vila Rica, lugar onde se encontravam, em maior quantidade, as notícias do movimento, cuja preparação estava em andamento. Com isso, José de Resende Costa, o filho, ficaria no Brasil, aguardando a universidade que seria criada. O José de Resende Costa (o filho) foi a testemunha 52ª (página 254 do Volume 1). Os dois se declararam residentes na Aplicação de Nossa Senhora da Penha de França da Laje, o Capitão estava com a idade de 59 anos e seu filho com 24 anos. Na página 462 do Volume 2, há uma carta de denúncia, feita na Laje em 30.06.1789, dos dois José de Resende Costa contra o Padre Carlos Correia de Toledo e, também, contra Luiz Vaz de Toledo Piza. c) Sequestros dos Bens dos inconfidentes: Apenas dois dos inconfidentes, o José de Resende Costa (o filho) e José Álvares Maciel, estavam ainda sob o poder de seus pais, e não tiveram bens a serem sequestrados. A referência dos documentos originais dos autos de sequestro (que estão no Arquivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, na cidade do Rio de Janeiro) é a seguinte: sobre o Capitão José de Resende Costa é a "Lata 70, documento 9" (página 17 do Volume 6) e seus bens foram sequestrados em 20.05.1791 e 23.05.1791 no Distrito da Laje, quando era intendente de Vila Rica o Doutor José Caetano César Manitti, e o meirinho da Comarca do Rio das Mortes era Jerônimo Dias da Trindade (páginas 427 a 430 do Volume 6). Dos seus bens sequestrados, vamos relacionar apenas alguns livros: Teatro de Molière, oito volumes; Ilíada de Homero, sete volumes em oitavo; Noites de vongue (sic), dois volumes em oitavo; La Henriade, de Voltaire, um volume em oitavo; Geografia de Lacroix, dois volumes em oitavo; Obras de Racine, três volumes em oitavo; Poema da Religião, do mesmo autor, um volume em oitavo; Teatro de Voltaire, onze volumes em oitavo; Boileau, três volumes em oitavo (creio que seja do autor francês Nicolas Boileau, que viveu entre 1636 e 1711); Aventuras de Telêmaco, dois volumes em oitavo; Contos Morais de Marmontel, dois volumes em oitavo (creio que seja do escritor francês Jean François Marmontel, que viveu de 1723 a 1799); Orações de Cícero, três volumes em oitavo; A Vida de Dom João de Castro, um volume em oitavo; Gradus ad Parnasum, um volume em oitavo; Genuense, sete volumes em oitavo (creio que seja do autor Antonio Genovesi, que viveu de 1713 a 1769 e era conhecido como "O Genuense"); Quintiliano, dois volumes em quarto; Virgílio, um volume em oitavo; Horácio, um volume em oitavo; Filosofia Moral, de Heinésio, um volume; e Diálogo sobre a eloquência, um volume em oitavo. O capitão José de Resende Costa estava entre os inconfidentes, cujos livros que possuíam indicavam um índice cultural elevado em relação ao meio colonial em que viviam, como se vê na página 16 do Volume 6. Todos os bens do Capitão José de Resende Costa foram depositados pelo meirinho em mãos e poder do então Guarda-mor Gervásio Pereira de Alvim (página 429 do Volume 6), o qual se obrigou às leis de fiel depositário, e o auto de sequestro foi assinado pelo intendente, Doutor José Caetano César Manitti, pelo fiel depositário, Gervásio Pereira de Alvim, e pelo meirinho, Jerônimo Dias Trindade. A ausência de bens a serem sequestrados de José de Resende Costa (o filho) foi citada na página 15 do Volume 6 e certificada em 23.05.1791. d) Liquidação dos bens sequestrados: A liquidação dos bens do Capitão José de Resende Costa aconteceu em 16.06.1791 (página 448 e seguintes, do Volume 6), 18.06.1791, 22.06.1791 e continuou, sendo que em 24.04.1793 foi feito por José Caetano César Manitti o traslado de uma carta da Rainha Dona Maria, nesse sentido. Em 07.08.1793, houve um ofício do Ouvidor Geral da Comarca de Vila Rica, Antônio Ramos da Silva Nogueira, ao Visconde de Barbacena, governador da Capitania de Minas, solicitando precatória à Comarca do Rio das Mortes, com o objetivo de que esta fizesse a remessa da relação dos seus sequestros, salvos os dos eclesiásticos. e) Prisão: A ordem de Prisão e apreensão dos bens do Capitão José de Resende Costa e seu filho (deste último, só a prisão) foi expedida em 10.04.1791, do Rio de Janeiro (páginas 343 a 345 do Volume 8). Em 19.04.1791, houve nova ordem para prender e conduzir os réus ao Rio de Janeiro, assinada pelo Conde de Resende (páginas 346 e 347 do Volume 8). Em 07.05.1791, o Visconde de Barbacena expediu ordem para que o Sargento-mor, Antônio José Coelho, sem demora alguma, prendesse os Resende Costa, pai e filho, e os levasse e entregasse ao Capitão Francisco Xavier Inácio, comandante do Destacamento de São João del Rei, deixando seladas as gavetas e portas da casa (páginas 348 e 349 do Volume 8). Em 18.05.1791, o Capitão Francisco Xavier Inácio recebeu os Resende Costa no Quartel de São João del Rei, entre 5 e 6 horas da tarde (página 350 do Volume 8). Em 20.05.1791, José Caetano César Manitti comunicou ao Chanceler da Alçada, Sebastião Xavier de Vasconcelos Coutinho, o cumprimento da diligência, com uma previsão de que poderia chegar ao Rio de Janeiro até o dia 10 ou 12 de junho (página 351 do Volume 8). f) Degredo: Em 24.06.1792, a fragata Golfinho zarpou para Lisboa com quatro degredados, entre eles os dois Resende Costa. Os presos foram recolhidos em São Julião da Barra, enquanto aguardavam seu definitivo destino. Em janeiro de 1793, os quatro degredados estavam na Ilha de Santiago. O capitão José de Resende Costa foi para Bissau e seu filho foi para Cabo Verde. A pena imposta aos Resende Costa foi de degredo por 10 anos. g) O Capitão José de Resende Costa faleceu, no degredo, no ano de 1798. Nota: Nossa intenção é apenas dar uma ligeira e incompleta ideia do que aconteceu com os inconfidentes José de Resende Costa (pai e filho), já que a história está contada no livro do criterioso autor Rosalvo Gonçalves Pinto - que é a pessoa da família com maior conhecimento dos assuntos da Inconfidência Mineira -  e nos diversos volumes da obra "Autos de Devassa da Inconfidência Mineira", obra que se acha disponível na Biblioteca Estadual Luiz de Bessa, em Belo Horizonte, MG. Peço desculpa ao leitor pela maneira simples com que abordamos este assunto, mas espero que entenda que o objetivo do nosso trabalho é outro, e que estamos apenas acendendo uma tênue chama de vela sobre algo que exige uma iluminação muito maior.
    O Capitão José de Resende Costa teve uma carta de sesmaria, que lhe foi passada em 12.06.1759, da região dos Campos Gerais, do atual município de Resende Costa, MG. O documento é do Arquivo Público Mineiro (referência: SC 125, folhas 5, 5v, 6 e 6v) e a transcrição foi de Sônia Maria Gonçalves, técnica em documentação e em transcrição paleográfica:
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José de Resende Costa's Timeline

1728
1728
Freguesia de Prados, São João Del Rei, MG, Brazil
1730
June 13, 1730
Age 2
Prados, Minas Gerais, Brasil
July 13, 1730
Age 2
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, Prados, Minas Gerais, Brazil
1766
1766
Lage, MG, Brazil
1769
April 4, 1769
Freguesia de Santo Antônio da Vila de São José (Tiradentes), Resende Costa, Minas Gerais, Brazil
1798
1798
Age 70
Cape Verde
1800
1800
Age 70
Cacheu, Jinèiyà Bìshào