Karl Wilhelm Renaux

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Karl Wilhelm Renaux

Portuguese: Carlos Renaux
Birthdate:
Birthplace: Lörrach, Freiburg, Baden-Württemberg, Germany
Death: January 28, 1945 (82)
Brusque, Brusque, State of Santa Catarina, Brazil (Old age)
Place of Burial: Brusque, Brusque, State of Santa Catarina, Brazil
Immediate Family:

Son of Johann Ludwig Renaux and Sophia Ludin
Husband of Selma Renaux; Johanna Maria Müllern Von Schönenbeck and Maria Luiza Auguste Lienhaerts
Father of Sophia Bauer; Maria Büeckmann; Otto Reginald Renaux; Oscar Renaux; Carlos Júlio Renaux and 5 others

Occupation: Industrial.
Managed by: Private User
Last Updated:

About Karl Wilhelm Renaux

Carlos Renaux, originalmente Karl Christian Renaux (Loerrach,11 de maio de 1862 — Brusque, Santa Catarina, 28 de Janeiro de 1945) foi um político, comerciante e industrial brasileiro, o fundador da Fábrica de Tecidos Carlos Renaux em Brusque, no estado de Santa Catarina. O slogan do Centenário de Brusque de autoria do padre e cientista Raulino Reitz, "Brusque, Berço da Fiação Catarinense", foi inspirado e fundamentado no fato de a Fábrica Renaux ser a primeira indústria a instalar uma fiação em Santa Catarina.

Imigrante alemão, Carlos Renaux foi um empresário admirado pela sua preocupação social, e com idéias avançadas no terreno das relações de trabalho. Ao completar 20 anos de idade ele desembarcou no Brasil e, seu perfil de empreendedor o levou a adquirir uma casa comercial em Brusque e a revolucionar as transações comerciais na cidade; passou a pesar os produtos agrícolas e a utilizar moeda corrente nos negócios com os colonos.

Como republicano, foi o primeiro administrador do município de Brusque após a proclamação da República e construiu um império na indústria têxtil.

Trajetória

De uma família de classe média, Carlos Renaux tinha escolaridade equivalente ao atual ensino médio e treinamento como aprendiz no Banco Hipotecário de Loerrach. Imigrante alemão de sobrenome francês, chegou ao Brasil em 1882, com carta de recomendação do banco onde trabalhara, e empregou-se como caixeiro de uma casa comercial no Salto Weissbach, em Blumenau.

Em 1890, nomeado pelo governo estadual, presidiu o conselho municipal; foi escolhido para o cargo de superintendente (prefeito municipal) em várias gestões. Renaux era republicano e a derrubada do regime monárquico, em 15 de novembro de 1889, constituiu-se em fator determinante para a sua entrada bem sucedida na arena política. A proclamação da República deixara algumas figuras importantes da política em situação difícil, abrindo espaço para novas lideranças, habilitadas pela naturalização concedida pela nova constituição. Como partidário de Lauro Müller e Felipe Schmidt, Carlos Renaux foi eleito para compor a Assembleia Constituinte de Santa Catarina, em 1891.

Na Revolução Federalista estava entre os legalistas, participando inclusive das lutas contra os revoltosos na capital. Em Blumenau foi preso e condenado à morte por fuzilamento, a mando do general Gumercindo Saraiva, um dos comandantes das tropas rebeldes (maragatos) durante a Revolução Federalista; foi salvo pelo chefe do partido federalista blumenauense Elesbão Pinto da Luz, que atuara em Brusque. Com a derrota dos federalistas, Elesbão foi condenado à pena de morte, figurando entre os fuzilados na Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, por ordem direta de Antônio Moreira César que, no governo de Santa Catarina, promoveu prisões e fuzilamentos sumários de militares e civis, inclusive o fuzilamento do marechal Manuel de Almeida Lobo d'Eça, o primeiro e único barão de Batovi, sendo que o coronel Moreira César teria recebido ordens de Floriano Peixoto para assim proceder. Na política local, Carlos Renaux suplantou em definitivo o seu principal adversário Guilherme Krieger, coronel comandante da Guarda Nacional em Brusque, nas eleições de 1914.

Em 1918 recebeu o título de cônsul honorário do Brasil em Arnhem, na Holanda e, a partir daí, passou a ser chamado apenas pelo título.

Carlos Renaux era um homem rico e se encantava com as últimas novidades que chegavam da Europa; foi o primeiro cidadão de todo o Vale do Itajaí a possuir uma geladeira e um ar condicionado importados.

A Consul

Entusiasta do progresso, o cônsul criou a Fundação Cultural e Beneficente Cônsul Carlos Renaux para financiar projetos que trouxessem benefícios para a cidade de Brusque. Dessa fundação veio o dinheiro para que Rudolfo Stutzer montasse a oficina onde acabou sendo produzida a primeira geladeira brasileira. Na pequena oficina que ficava na rua Tiradentes, em Brusque, dois homens curiosos e idealistas, Guilherme Holderegger e Rodolfo Stutzer, fabricavam anzóis, fios elétricos, peças para bicicletas e consertavam de tudo um pouco, até que um dia apareceu uma geladeira a querosene importada para consertar.

Geladeira no Brasil naquela época, só importada, e encontrada somente na casa de gente muito rica. Os dois, então, desmontaram toda a geladeira, estudaram cada pedacinho e partiram para o que na época era uma grande aventura: fabricar o primeiro refrigerador brasileiro. Juntamente com Wittich Freitag, e com ajuda financeira do cônsul Carlos Renaux, do qual Stutzer era motorista e amigo, o primeiro refrigerador foi chamado de Consul (escrito sem acento), em homenagem ao benfeitor.

Quando a oficina virou fábrica, em 1950, num pequeno galpão de 680 metros quadrados na cidade de Joinville, a homenagem permaneceu, e deu origem à Consul.

O primeiro refrigerador, chamado de Consul Júnior, que era a querosene e funcionava com resistência elétrica, logo se transformou num grande sucesso. Nos dados corporativos da empresa consta como fundadores Carlos Renaux, Guilherme Holderegger, Rudolfo Stutzer e Wittich Freitag.

A Fábrica de Tecidos Carlos Renaux

A fábrica, fundada em 11 de março de 1892, teve sua origem com oito teares manuais, instalados dentro do depósito de mercadorias do comerciante Carlos Renaux e, para a sua fundação, ele se associou ao agricultor e comerciante Augusto Klappoth e a Paul Hoepcke, também comerciante, com atuação em Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis).

A chegada de tecelões provenientes da região têxtil de Lodz, na Polônia, foi decisiva para a implantação da indústria têxtil em Brusque, pois eles detinham o conhecimento de ofício de transformar fios de algodão em tecido. Os tecelões haviam emigrado para o Brasil por causa das más condições de trabalho e por constituírem uma minoria étnica, pois eram na sua maioria de origem alemã vivendo na região da Polônia sob o domínio russo e sofrendo diversas restrições de ordem política e social.

Ao se estabelecerem na região, os tecelões receberam lotes impróprios para a prática da agricultura e, por não possuírem experiência agrária anterior, se viram impelidos a aceitar o trabalho assalariado no empreendimento têxtil. Os tecelões de Lodz eram Karl Gottlieb Petermann (esposa e três filhos menores); Gottlieb Tietzmann (e família); Franz Kreibich (e família); Wilhelm Jakowsky (e família); Julius Hacke; Alvin Schaffel; Eduardo Franz; Gustav Schlösser (esposa e três filhos menores Hugo, Adolfo e Carlos), vindo apenas em 1896, diretamente para a Vila.

Em 1918 a empresa foi transformada em uma sociedade anônima, sob o nome de Fábrica de Tecidos Carlos Renaux S.A., tendo os filhos e filhas de Carlos Renaux, e respectivos sogros, como acionistas. Seu filho Otto Renaux foi eleito presidente.

O professor Erich Arnold von Buggenhagen, na sua obra História Econômica do Município de Brusque, informa que no ano de 1935 a Fábrica de Tecidos Carlos Renaux S.A. possuía em três unidades fabris, 294 teares e 649 trabalhadores, com um porcentual de 22,50 por cento do total da mão-de-obra empregada no ramo têxtil no estado catarinense. A Segunda Guerra Mundial, de modo geral, propiciou prosperidade para a indústria têxtil de Brusque.

Até o final da década de 1940, a empresa instalou em Brusque a primeira unidade na região capaz de girar o fio penteado. Nos anos 60, uma nova etapa evolutiva que empregava tecnologia de resinas sintéticas foi introduzida para a produção de tecidos de algodão à prova de rugas. Com a abertura de seu capital, as ações da corporação começou a ser negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo.

Em 15 de julho de 2013, a Fábrica de Tecidos Carlos Renaux teve falência decretada, encerrando uma história de 121 anos.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Renaux_(empres%C3%A1rio)

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Karl Wilhelm Renaux's Timeline

1862
March 11, 1862
Lörrach, Freiburg, Baden-Württemberg, Germany
1884
September 4, 1884
Brusque, Brusque, State of Santa Catarina, Brazil
1885
September 23, 1885
Brusque, Brusque, State of Santa Catarina, Brazil
1886
September 5, 1886
Brusque, Brusque, State of Santa Catarina, Brazil
1887
August 12, 1887
Brusque, Brusque, State of Santa Catarina, Brazil
1889
March 10, 1889
Brusque, Brusque, State of Santa Catarina, Brazil
1891
July 16, 1891
Brusque, Brusque, State of Santa Catarina, Brazil
1894
August 2, 1894
Brusque, Brusque, State of Santa Catarina, Brazil
1895
July 28, 1895
Brusque, Brusque, State of Santa Catarina, Brazil