Manuel de Queirós Matoso Ribeiro

Advogado e politico Foi senador pelo estado do Rio de Janeiro de 1895 a 1903. Como Vice Presidente do Senado, e portanto segunda personalidade do estado na ordem protocolar, deu posse em 15.11.1898, em sessão solene do Congresso Nacional, por ele presidida, ao Presidente Campos Sales e ao Vice Presidente.

Advogado e politico Foi senador pelo estado do Rio de Janeiro de 1895 a 1903. Como Vice Presidente do Senado, e portanto segunda personalidade do estado na ordem protocolar, deu posse em 15.11.1898, em sessão solene do Congresso Nacional, por ele presidida, ao Presidente Campos Sales e ao Vice Presidente.

Manuel de Queirós Matoso Ribeiro nasceu na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império, no dia 9 de setembro de 1841, filho de Eusébio de Queirós Matoso Câmara e de Maria Custódio Ribeiro Queirós. Seu pai, mais conhecido como Eusébio de Queirós, foi deputado geral, senador e ministro da Justiça do Império. No ministério, foi um dos principais articuladores da lei que proibiu o tráfico de escravos para o Brasil, promulgada em 4 de setembro de 1850 e conhecida como Lei Eusébio de Queirós. Estudou no Colégio Pedro II, de onde saiu bacharel em letras, e formou-se na Faculdade de Direito de São Paulo em 1863. Ainda durante o Império ingressou no Partido Conservador, agremiação em que seu pai exercia grande liderança, e elegeu-se deputado provincial no estado do Rio de Janeiro. Após a proclamação da República em 15 de novembro de 1889, fez oposição ao governo de Francisco Portela no estado do Rio de Janeiro (1889-1891). Com a substituição deste por Carlos Baltasar da Silveira, que anulou a Constituição republicana fluminense de 1891 e convocou eleições para uma nova Constituinte estadual, fez parte da chapa apoiada pelo governo e foi eleito deputado na legenda do Partido Republicano Fluminense (PRF). Promulgada a nova Carta no dia 9 de abril de 1892, e realizadas novas eleições estaduais no dia 24 do mesmo mês, foi reeleito deputado estadual.

Nas eleições federais de março de 1894, Carlos Frederico Castrioto foi eleito senador pelo  estado do Rio de Janeiro, na legenda do PRF. Faleceu, contudo, em 20 de agosto seguinte,  poucos meses depois de ter assumido seu mandato. Com isso, foi realizada nova eleição  para preencher sua vaga. Manuel de Queirós foi eleito, e tomou posse no Senado em 19 de  julho de 1895, com mandato até dezembro de 1902. Graças à aliança entre o PRF e o  Partido Republicano Federal, que apoiava o presidente da República Prudente de Morais,  foi em seguida escolhido vice-presidente do Senado, posto que ocuparia até 1901.  Com a eleição de Alberto Torres para a presidência do estado do Rio de Janeiro (1897-1900), o PRF sofreu uma cisão. Essa tensão ficou expressa nas bancadas estaduais e  federais da agremiação, que se dividiram entre as lideranças de Alberto Torres e de José  Tomás da Porciúncula. No Senado, Manuel de Queirós apoiou Alberto Torres,  distanciando-se de Porciúncula. Com essa situação, depois de parte da comissão executiva  do PRF ter renunciado, em 23 de julho fundou-se o Partido Republicano do Rio de Janeiro  (PRRJ), liderado por Alberto Torres. Com a nova divisão de forças fluminense, Manuel de  Queirós integrou-se ao PRRJ.  Nas eleições federais de fevereiro de 1903, não teve seu nome escolhido para disputar a  reeleição, já que o PRRJ lançou a candidatura de Nilo Peçanha, deputado federal desde  1890. Com a saída do Senado, não ocupou mais cargos públicos.  Faleceu na cidade de Quissamã (RJ) no dia 1º de fevereiro de 1914.  Foi casado com Ana Francisca de Loreto Carneiro da Cunha, neta, pelo lado materno, de  Luís Alves de Lima e Silva, o duque de Caxias.  Publicou Apontamentos sobre a vida do conselheiro Eusébio de Queirós (1885).  Raimundo Helio Lopes  FONTES: ABRANCHES, J. Governos; FERREIRA, M. República; LEITE NETO,  L.Catálogo biográfico.