
A Guerra de Restauração Wikipédia foi um conjunto de confrontos armados travados entre o reino de Portugal e Espanha, com excepção do principado da Catalunha, no período compreendido entre 1640 e 1668. Tiveram início no golpe de estado da Restauração da Independência de 1 de Dezembro de 1640 — que pôs fim à monarquia dualista da Dinastia Filipina iniciada em 1580 — e terminaram com o Tratado de Lisboa de 1668, assinado por Afonso VI de Portugal e Carlos II de Espanha e no qual se reconhece a total independência de Portugal.
As principais batalhas em Portugal foram: Montijo (1644); Arronches (1653); Linhas de Elvas (1659); Ameixial (1663); Castelo Rodrigo (1664); Montes Claros (1665).
No Brasil foram: Monte das Tabocas (1645); Guararapes (1648) e (1649)
A Restauração da Independência Wikipédia é a designação dada à revolucionário golpe de estado, em 1 de dezembro de 1640, chefiada por um grupo designado de Os Quarenta Conjurados e que se alastrou por todo o Reino, pela revolta dos portugueses contra a tentativa da anulação da independência do Reino de Portugal pela governação da Dinastia filipina castelhana, e que vem a culminar com a instauração da 4.ª Dinastia Portuguesa - a casa de Bragança - com a aclamação de D. João IV.
Esse dia, que era designado como Primeiro de Dezembro ou simplesmente por Dia da Restauração pela reaquisição da independência nacional , conforme foi referido, era comemorado anualmente em Portugal com muita pompa e circunstancia ainda no tempo da Monarquia Constitucional Portuguesa e, por isso, uma das primeiras decisões da República Portuguesa, em 1910, foi passá-lo a feriado nacional como medida popular e patriótica. No entanto, mesmo assim, essa decisão foi revogada pelo XIX Governo Constitucional de Portugal, de Passos Coelho, e acabou em 2012 .
Os Conjurados foram um grupo nacionalista e patriótico português nascido clandestinamente na parte final do domínio espanhol sobre Portugal. Era constituído por cerca de cinquenta homens, 40 da nobreza, e os restantes do clero e militares, daí também serem conhecidos por Os Quarenta Conjurados, por estarem envolvidos quarenta brasões. O objectivo - logrado com sucesso - era a destituição dos Habsburgos e proclamar um rei português.
Aquele que ficou reconhecido como tendo sido o grande impulsionador da conspiração foi João Pinto Ribeiro, bacharel em direito canónico cuja jurisprudência anulou o juramento de Tomar por incumprimento de obrigações por parte dos Habsburgos espanhóis. No entanto podemos reconhecer também, como preponderante, que pode ter havido um papel e alguma influência dos jesuítas da província portuguesa, duma forma mais velada, nomeadamente pelo comportamento do Padre António Vieira e pela convivência familiar do Doutor D. André de Almada, especialmente sobre determinados fidalgos e que se encontram entre os quarenta. Aqueles nobres portugueses que tinham ficados presos e destituídos de quase tudo no desastre de Alcácer Quibir, mais precisamente seus filhos ou netos órfãos", que nada puderam fazer e lutar contra um diferente destino de Portugal, anos antes, durante a crise dinástica cuja sorte tinha imposto o domínio de um rei castelhano sobre os destinos do Reino de Portugal.
Depois de se ter dado uma nova e a última reunião no palácio de D. Antão de Almada, hoje conhecido como Palácio da Independência por essa razão. A 1 de Dezembro de 1640, Os Conjurados invadiram o paço da ribeira onde se encontrava a vice-rainha de Portugal, a Duquesa de Mântua e o seu secretário-geral Miguel de Vasconcelos. Perante a invasão, a Duquesa de Mântua escondeu-se num armário e Miguel de Vasconcelos foi defenestrado (atirado pela janela) o que lhe causou a morte, e proclamaram rei D. João IV, Duque de Bragança descendente de D. João I, aos gritos de Liberdade. O povo e toda a nação portuguesa acorreu logo a apoiar a revolução, Restauração da Independência, e assim, D.Filipe III de Portugal e IV de Espanha, que se encontrava já a braços com uma revolução na Catalunha, não teve como retomar de imediato o poder em Portugal.
Lista dos Militares da Guerra da Restauração
Em construção...
- Antonio da Silva Pereira, capitão de cavalos na Guerra da Restauração, por patente do governador geral do Estado, de 04/07/1649
Lista dos Conjurados
Em construção...
- Aires de Saldanha de Albuquerque, comendador de Sabacheira e alcaide-mór de Soure
- Álvaro Coutinho (ou de Abranches) da Câmara, general do Minho, do Conselho de Guerra
- Antão de Almada, 7º conde de Avranches, 10º senhor dos Lagares d´El-Rei, 5º senhor de Pombalinho e governador da Cidade
- António de Alcáçovas Carneiro, senhor do morgado de Alcáçovas, alcaide-mór de Campo Maior e Ouguela
- António Álvares da Cunha, 17º senhor de Tábua
- António Luís de Menezes, 3º conde de Cantanhede, 1º marquês de Marialva
- António Mascarenhas, comendador de Castelo Novo na Ordem de Cristo
- António de Melo e Castro, capitão de Sofala, governador da Índia
- António de Saldanha, alcaide-mór de Vila Real
- António Teles de Meneses, 1º e último conde de Vila Pouca de Aguiar
- Luís de Almada, filho de Antão de Almada