Antero José Ferreira de Brito Filho, barão de Tramandaí

Tenente-General Antero José Ferreira de Brito

(Barão de Tramandaí)

Dados Biográficos

Nascimento - 11 de janeiro de 1787, Porto Alegre - RS.

OBS: sua data de nascimento 11 janeiro 1744 Antero José Ferreira de Brito - médico 11 janeiro 1744 – 7 janeiro 1787 • 9XPH-QVQ

https://www.familysearch.org/tree-data/pdf/family-group/9XPH-QVQ/sp...

Filiação - Antero de Brito e Bernardina de Azevedo Lima.

Formação e atividades principais - Alistou-se em 22 de novembro de 1808, nas antigas Milícias da Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul. Foi promovido a Tenente em 24 de junho de 1812; a Capitão em 04 de setembro de 1816; a Sargento-Mór graduado em 06 fevereiro de 1818; a Coronel Agregado de 2ª linha em 14 de outubro de 1820; a Coronel de 1ª Linha em 16 de dezembro de 1824; a Brigadeiro Graduado em 12 de outubro de 1828; a Brigadeiro em 27 fevereiro de 1829; a Marechal-de-Campo graduado em 18 julho de 1841; a Marechal-de-Campo em 07 de setembro de 1842 e, finalmente a Tenente-General em 03 de março de 1852.

Tomou parte na campanha do Sul de 1811 a 1812, e na de 1816 a 1820, serviu como ajudante-de-ordens do General Marques de Souza. Serviu no exército pacificador da província da Bahia no cargo de quartel-mestre-general do mesmo exército e no comando do corpo de exploradores. Em 1824 foi incorporado à expedição contra os rebeldes de Pernambuco, exercendo o cargo de quartel-mestre-general do exército em operações de guerra. Foi comandante das armas das Províncias da Bahia por duas vezes: em 1824 e 1831; de Pernambuco no período de 23 de maio de 1825 a 05 de maio de 1830; de Santa Catarina em 1839 e da Corte e Província do Rio de Janeiro por três vezes: em 1831, 1833 e 1851. Em 21 de novembro de 1836 foi nomeado presidente da Província do Rio Grande do Sul e, em 1839, para idêntico cargo na de Santa Catarina. Viador de Sua Majestade Imperial, por decreto de 02 de agosto de 1840, teve o título de Conselheiro em 18 de julho de 1841.

Na Regência de 1831 a 1840 foi nomeado Ministro de Estado da Guerra por decreto de 13 de setembro de 1832, cargo que exerceu até janeiro de 1835.

Condecorações - Possuía as condecorações das Ordens de São Bento de Aviz e Cruzeiro, as medalhas da campanha de Pernambuco e a medalha dos mais bravos da campanha Cisplatina de 1816 a 1820.

Título nobiliárquico - Em Carta Régia de 14 de março de 1855 foi agraciado com o título de Barão de Tramandaí.

Atividades no STM - Nomeado Vogal do Conselho Supremo Militar e de Justiça em 2 de dezembro de 1839, tomou posse em 16 de junho de 1841, no Tribunal e em 03 de julho de 1852, elevado a Conselheiro de Guerra.

Falecimento - Na cidade do Rio de Janeiro, no dia 05 de fevereiro de 1856, tendo sido sepultado no cemitério de São João Batista.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, Raymundo Rodrigues. História do Superior Tribunal Militar. Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional, 1952. p. 174-76.

LAGO, Laurênio. Conselheiros de Guerra, Vogais e Ministros do Conselho Supremo Militar – Ministros do Supremo Tribunal Militar: dados biográficos 1808-1943. Rio de Janeiro: Imprensa Militar, 1944. p. 21

_____ . Brigadeiros e Generais de D. João VI e D. Pedro I no Brasil: dados biográficos 1808-1831. Rio de Janeiro: Imprensa Militar, 1938. p. 7-8

SILVA, Alfredo Pretextato Maciel da. Os Generais do Exército Brasileiro de 1822 a 1889. Rio de Janeiro: Ed. Americana, s. d., 2ª ed., v. 1, p. 11-17.

SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR. Diretoria de Documentação e Divulgação, (Org.). Coletânea de Informações: Antero José Ferreira de Brito. Brasília: DIDOC, Museu, 2007.

https://www.stm.jus.br/o-stm-stm/memoria/biografia-ministros-desde-...

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Antero José Ferreira de Brito, primeiro e único barão de Tramandaí, (Porto Alegre, 11 de janeiro de 1787 — Rio de Janeiro, 5 de fevereiro de 1856) foi um militar e político brasileiro.

Filho do médico, Dr. Antero Ferreira de Brito, natural do Rio de Janeiro, e de Bernardina de Azevedo Lima, natural de Porto Alegre. Pertencia a família fundadora da cidade de Três Pontas e arredores, em Minas Gerais, tendo os seus antepassados engenhos na região. Desposou no Recife, em 1826, a sua prima, Cândida Ferreira de Brito, natural da Bahia, falecida em 1878. Entre os seus sobrinho-netos, o barão da Boa Esperança e um de seus sobrinho-bisnetos, foi o barão de Pontal, embora ambos destes dois, tenham sido agraciados com o título nobiliárquico de barão no final do segundo Império, em 1888, um ano antes da proclamação da república.

Assentou praça em 22 de novembro de 1808, tendo participado na Primeira Campanha Cisplatina, entre 1811 e 1812 no comando de uma bateria de artilharia, sob as ordens do marechal Manuel Marques de Sousa. Em 1818 era encarregado de guarda em Castilhos, quando surpreendeu as partidas de La Torre e Pancho, fazendo-os prisioneiros. Terminou a guerra como sargento-mor, nomeado comendador da Imperial Ordem de São Bento de Avis.

Em Porto Alegre, liderou uma tentativa de tomar o governo, em 16 de outubro de 1821, que teria apoio do exército, do vigário geral e da câmara. Entretanto foi denunciado ao governador, João Oliveira e Daun, foi preso e enviado a corte para julgamento. Teve sua prisão relaxada e depois foi enviado a Montevidéu, onde permaneceu de março a 18 de setembro de 1822. Foi agraciado cavaleiro e depois oficil da Imperial Ordem do Cruzeiro.

Em 1823, já como coronel, participou da guerra de independência na Bahia, embarcado na nau Pedro I, combatendo a esquadra portuguesa. Entrou depois na cidade de Salvador com as tropas vitoriosas brasileiras, em 2 de julho de 1823.

Em 1824 seguiu para Pernambuco, com as tropas do duque de Caxias, onde combateu a Confederação do Equador. Depois de ter sido comandante das armas na Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro, já no posto de brigadeiro, foi nomeado em 1832 ministro da guerra.

Assumiu como presidente das províncias do Rio Grande do Sul em 5 de janeiro de 1837, durante a Revolução Farroupilha, substituindo a José de Araújo Ribeiro, que era amigo e parente de Bento Manuel Ribeiro. Esta substituição fez Bento Manuel pedir demissão do cargo de comandante das armas, tendo depois licenciado a maior parte de sua tropa. Ao ter conhecimento disto Antero partiu para sua captura, mas foi por este surpreendido e preso, em 24 de março de 1837. Bento Manuel mudou para o lado dos farroupilhas e Antero foi mantido prisioneiro até 5 de janeiro de 1838, quando foi trocado por Francisco Xavier do Amaral. Já havia sido substituído no governo da província em 1 de abril de 1837.

Foi também presidente da província de Santa Catarina, de 26 de junho de 1840 a 26 de dezembro de 1848, quando assumiu o cargo o vice-presidente Severo Amorim do Vale, que presidiu a província até 6 de março de 1849.

Brigadeiro e ministro da Guerra, foi promovido a tenente-general em 3 de março de 1852, e nomeado conselheiro de Guerra em 3 de julho do mesmo ano.

Recebeu o título nobiliárquico de barão de Tramandaí por carta imperial de 14 de março de 1855. Foi condecorado com a grã-cruz da Ordem de São Bento de Avis, sendo ainda dignitário e grande-dignitário da Imperial Ordem da Rosa. Tinha as insígnias militares da Independência da Bahia, a medalha de Divisão; Boa Ordem: Constância e Bravura, a medalha da Campanha Cisplatina e a medalha Distinção em Combate.

Morreu no posto de comandante de Armas da Corte. Deixou quatro filhos.

Fonte: WP