José Joaquim da Silveira

José Joaquim da Silveira Leite, mais comumente referido apenas como José Joaquim da Silveira, filho de Ângelo da Silveira Leite e Antonia de Almeida Bueno, nascido em 1807 em Cabreúva e batizado em Itu, porém os registros eclesiásticos desse período estão perdidos ou não foram lavrados.

Segundo o censo, José, filho de Ângelo era aleijado, como o termo era bastante vago, não sabemos que deficiência seria essa, condição que não é citada em censos posteriores. José era morador de Cabreúva. Casou-se três vezes, com primas.

José casou primeiro com sua prima Violante Angélica da Silveira de 16 anos, em Cabreúva em 13 de maio de 1832. Ela era filha de José Manuel da Silveira Leite e Ana Joaquina Silveira Leite do Amaral. Violante faleceu em 29 de dezembro de 1834, com 18 anos de idade, possivelmente de parto, sem deixar descendentes. José apresentou as contas de seu inventário em Itu em 1837.

Em 1.º de fevereiro de 1835, então viúvo segundo o registro, foi padrinho de Teolinda, de dez dias, filha de José Manoel da Silveira e Maria Ângela da Silveira. Madrinha ilegível mas aparentemente a irmã de José Joaquim, Ana da Conceição. Os pais de Cabreúva os padrinhos de Araçariguama.

Casou José Joaquim da Silveira, pela segunda vez, em 14 de julho de 1835 com Ana da Silveira Leite de 19 anos, filha de Pedro José Xavier da Silveira e Maria da Silveira Leite.

O processo para o casamento com Ana transcorreu de 7 a 17 de junho de 1835. Ali depôs José Joaquim afirmando que está contratado para casar-se com Ana da Silveira Leite, filha de Pedro Xavier da Silveira e Maria da Silveira, fregueses de Cabreúva, mas não podem efetuar o casamento devido ao parentesco de 2.º e 3.º graus, pois os pais dos contratantes são irmãos, e a falecida esposa Violante era prima segunda de Anna, diz ainda que são pobres e têm precisão de receberem-se em matrimônio com brevidade portanto.

Testemunhou também o pai da noiva, Pedro Xavier da Silveira, de 52 anos, dizendo ser natural de Araçariguama e freguês de Cabreúva, onde vive de seu negócio de engenho de cana-de-açúcar. Afirma que tudo dito por seu sobrinho é verdade e que José tem dois lotes de bestas e um escravo e que sua filha há de ter um casal de escravos, estes pequenos, e mais nada, pois ainda restam-lhe quatro filhas por casar.

O Cônego Leão José de Senna, de 54 anos, tio dos noivos e sacristão-mór de São Paulo, depôs confirmando tudo que se disse anteriormente. Testemunhou ainda José Bernardino de Senna, de 23 anos, morador de Araçariguama, confirmando que os noivos são pobres e vivem honestamente em companhia de seus pais.

Ana morreu de parto aos 20 anos de idade, em 8 de janeiro de 1837 e foi sepultada na matriz de Cabreúva. Sem filhos.

Dois meses depois, em 16 de março de 1837, em Cabreúva, seu marido casou-se com sua irmã, Maria Leite da Silveira de 18 anos de idade.

No terceiro processo, datado de 17 de fevereiro de 1837, nada de novo se acrescenta. Diz que nova noiva era irmã de sua falecida esposa Anna. Testemunharam João José de Oliveira, de 28 anos, natural de Itu, que disse ser parente distante dos noivos e morador de Cabreúva, onde vivia de seus negócios. Também depôs, novamente o Cônego Leão de Sena.

Em 27 de julho de 1879, faleceu a sogra de José Joaquim, homônima de sua esposa, e foi inventariada por José Joaquim em Itu.

José faleceu em Cabreúva em 15 de julho de 1890 com 83 anos de idade. Descobrimos 9 filhos com Maria, todos naturais de Cabreúva, mas alguns registrados em Itu:

• Gertrudes 21 april 1839
• Antonio 23 october 1840
• Joaquim Xavier da Silveira nascer 22 outubro 1842
• Ana Joaquina da Silveira nasceu 4 setembro 1845
• Pedro 27 june 1846
• Maria 15 august 1851
• José 20 december 1854
• Bento Antonio de Morais em 1857

--

• 1837 autos de contas de testamento José Joaquim Silveira Violante Angélica Silveira 46 B
• 1877 justificação José Joaquim Silveira Maria Silveira Leite 112
• 1865 inventário José Joaquim Silveira Pedro Xavier Silveira 86 B
• 1879 inventário José Joaquim Silveira Maria Silveira Leite 117