Lopo de Sousa Coutinho, Capitão e Governador São Jorge da Mina

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About Lopo de Sousa Coutinho, Capitão e Governador São Jorge da Mina

Nasceu na então nobre vila de Santarém, cerca de 1515, este fidalgo de linhagem, filho de Fernão Coutinho e de D. Joana de Brito e sendo neto por via varonil do 2º Conde de Marialva, D. Gonçalo Coutinho.

Com dezoito anos e seguindo a vida militar, como era apanágio dos nobres da época, embarca para a Índia procurando a almejada glória. Serve com o 7º governador, D. Nuno da Cunha. Em operações bélicas, está, entre outras acções, no Cerco de Diu onde pratica actos de bravura. Em 14 de Agosto de 1538 foi surpreendido com mais catorze soldados por quatrocentos homens que repeliu e perseguiu até fora da povoação.

Regressando a Portugal com rótulo de heróico e ardoroso guerreiro, D. João III recebe-o com provas de estima, nomeando-o de imediato Governador do Castelo da Mina, para onde embarca.

Volta a Portugal por morte do seu irmão mais velho, entrando na posse da principal herança dos pais.

Casa com D. Maria de Noronha, dama da Rainha D. Catarina, de cujo enlace nascem oito filhos, entre os quais aquele que viria a ser Frei Luís de Sousa.

Enviuvando e devido à grande afeição que tinha pela mulher, não aceita a sugestão de familiares e amigos para voltar a casar, dedicando-se a educar a numerosa prole, mostrando-lhes os caminhos da virtude, da honra e do conhecimento das letras.

Lopo de Sousa Coutinho, além de valoroso guerreiro, foi um espírito culto, dedicando-se às letras, não descurando as ciências, interessando-se pela física e matemática.

A sua experiência militar levou-o a escrever com engenho literário, dois livros sobre o Cerco de Diu, em que participou, publicados em 1556 e ainda no campo histórico, outro sobre o Naufrágio de Manuel de Sousa Sepúlveda e Empresas de Ilustres Varões Portugueses na Índia. A poesia e a matemática igualmente receberam publicações de sua autoria.

Traduziu Lucano e Séneca.

Acolheu-se, nos últimos anos de vida à terra natal, onde tinha o seu palácio, vindo a falecer no dia 27 de Janeiro de 1577, com sessenta e dois anos e de desastre ocorrido na antiga vila de Povos que foi mesmo sede de concelho e hoje pertencente ao concelho de Vila Franca de Xira. Ao desmontar do cavalo a espada desembainhou e foi cravar-se no corpo, causando-lhe a morte. Depois de tantos perigos e de grandes façanhas, morre em tais circunstâncias !

Foi sepultado na Igreja do Salvador, da sua terra natal, onde a família dispunha de capela privativa. A igreja, já desaparecida, foi vítima do terramoto de 1909, que assolou a região do Ribatejo. O espaço que ocupava é hoje o Largo Padre Francisco Nunes da Silva, vulgarmente designado por Padre Chiquito.

D. Lopo Coutinho, segundo Areosa Feio, no seu magnífico livro, “Santarém, Princesa das Nossas Vilas”- 1929, deixou o seu nome no santuário do Monte em uma obra que em 1553 mandou fazer “em louvor da Virgem”: o portal da entrada proncipal.

in, http://memoriasdomeubairro.blogspot.pt/2010/11/lopo-de-sousa-coutin...



Sousa Coutinho (Lopo de).

n. 1515. f. 28 de janeiro de 1577.

Pai do ilustre escritor frei Luís de Sousa. Era militar valentíssimo e também notável escritor.

Nasceu em Santarém em 1515, sendo filho oitavo de Fernão Coutinho e de D. Joana de Brito, e neto do 2.º conde de Marialva, D. Gonçalo Coutinho.

Em 1533 partiu para o Oriente na esquadra comandada por Pedro de Castelo Branco. Militou debaixo das ordens de Nuno da Cunha, e esteve no cerco de Diu, praça comandada por António da Silveira, que no principio do cerco o encarregou da guarda das mulheres e crianças, que para não serem bocas inúteis, deviam ir buscar água, lenha, etc.

Foi Lopo de Sousa Coutinho que abriu a longa série de façanhas que neste cerco se praticaram, porque no dia 14 de agosto de 1538, surpreendido com mais catorze soldados por uns quatrocentos homens de Khodja Sofar, não só os repeliu, mas perseguiu-os até fora da povoação, sendo necessário fazerem-se-lhe sinais repetidos da fortaleza para ele voltar. Noutra ocasião fez uma sortida feliz e atrevidíssima; mandara-o António da Silveira com uns cem soldados descer ao fosso, mas ele que tinha consigo apenas oitenta e cinco homens, obedeceu da mesma forma, repelindo o inimigo, e desembaraçando o baluarte de Gaspar de Sousa, que estava sendo vivamente atacado. Muitas outras façanhas notáveis praticou ainda nesse famoso cerco, de que depois havia de ser historiador.

Voltando à pátria em 1545, encontrou morto seu irmão, e tomou posse da herança de seus pais. Nomeado governador do forte da Mina por D. João III, pouco tempo lá se demorou, e regressando a Portugal casou com D. Maria do Noronha, dama da rainha D. Catarina, de quem teve alguns filhos, entre os quais o célebre frei Luís de Sousa. Foi homem muito erudito, bom matemático e filósofo, excelente latinista, e escritor distinto. Depois de voltar da Índia e da Mina, apenas exerceu em Portugal o lugar de capitão-mor da Armada. A sua morte foi devida a um lamentável desastre. Estando na vila de Povos, no dia 28 de janeiro de 1577, quando ia a apear-se dum cavalo em que montava, desembainhou-se-lhe a espada, e caindo sobre ela, enterrou a no peito de forma tal, que faleceu imediatamente. Foi sepultado na igreja do Salvador, de Santarém.

Escreveu: Livro primeiro do cerco de Diu, Coimbra;, 1556. Traduziu em português as comédias de Píndaro, tragédias de Séneca, e a Farsalia de Lucano, mas essas traduções não chegaram a ser impressas. Escreveu ainda Empresas dos varões ilustres da Índia.

http://www.arqnet.pt/dicionario/sousacoutinho_lopo.html

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Lopo de Sousa Coutinho, Capitão e Governador São Jorge da Mina's Timeline

1515
1515
Santarem, Santarém District, Portugal
1555
1555
no local onde hoje se situa o Palácio Landal, Santarem, Santarém District, Portugal
1555
Santarém, Santarém, Reino de Portugal
1577
January 27, 1577
Age 62
Santarem, Santarém District, Portugal