Manuel de Sousa Martins, visconde da Parnaíba

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Manuel de Sousa Martins

Also Known As: "Manuel de Souza Martins", "Manoel de Sousa Martins", "Manoel de Souza Martins", "Visconde da Parnaíba"
Birthdate:
Birthplace: Oeiras, Piauí, Brazil
Death: February 20, 1856 (88)
Oeiras, Piauí, Brazil
Immediate Family:

Son of Manuel de Sousa Martins and Ana Rodrigues de Jesus
Husband of Josefa Maria Maria dos Santos; Josefa Maria dos Santos and Maria Benedita Dantas
Partner of Mariana Joaquina Barbosa
Father of Joaquim Martins de Souza; Cônego João de Sousa Martins; Antônio de Sousa Martins; Carlos de Sousa Martins; Cornélio de Sousa Martins and 7 others
Brother of Joaquim de Sousa Martins; Maria do Rosário de Sousa and Josefa de Sousa de Santana

Managed by: Private User
Last Updated:

About Manuel de Sousa Martins, visconde da Parnaíba

Manoel de Sousa Martins, Visconde da Parnaíba

Autor: Miguel de Souza Borges Leal Castelo Branco

Oferecida ao meu amigo, Dr Firmino de Souza Martins, juiz de direito da comarca de Oeiras.

Manoel de Sousa Martins, filho legitimo de outro M. de S. Martins, português, e de sua mulher D. Ana Rodrigues de Santana, nasceu em 1767, na freguesia de N. S. das Mercês, de Jaicós, nesta província.

O primeiro emprego que ele ocupou, foi o de tesoureiro do erário público, na cidade de Oeiras.

Em épocas mui remotas e sucessivas, Manoel de Sousa Martins foi nomeado para os postos de alferes, tenente, capitão, major, tenente-coronel e coronel das antigas milícias do Piauí, até que, por decreto de 4 de setembro de 1820, e patente de 3 de outubro do mesmo ano, - foi reformado no posto de brigadeiro, sem vencimentos.

Em 21 de outubro de 1821, na qualidade de vice-presidente da província, passou ele a fazer parte da junta do governo provisório, instalada a 24 do referido mês de outubro, até 7 de abril de 1822, quando deixou o governo, por ter sido instalada a nova junta provisória, em execução a carta de lei de 1 de outubro de 1828, que traz o decreto das cortes gerais, extraordinárias e constituintes da Nação portuguesa, de 29 de setembro do mesmo ano, estabelecendo o sistema de governo e administração das províncias do Brasil.

A 24 de janeiro de 1823 passou o brigadeiro Sousa Martins a ocupar outra vez a presidência da nova junta do governo temporário, instalada naquela mesmo dia, pelo motivo da feliz adesão da capital a causa da Independência, cujo grito partindo primeiramente do coronel Simplício Dias da Silva, na Parnaíba, foi por ele reproduzido em Oeiras; e mandando depois, grande força a cidade de Caxias, província do Maranhão, para debelar os adversários da Independência, que, corridos do Piauí, ali se achavam fortificados sob o comando do major João José da Cunha Fidié. – continuou no governo da província, no caráter de presidente temporário, até 9 de dezembro de 1829, quando teve de deixar outra vez a presidência, por ter sido instalada, nessa mesma data, o conselho do governo da província, criado pela lei de 2 de outubro de 1823, sob a direção do vice-presidente padre Marcos de Araújo Costa.

A 12 de fevereiro de 1829 em virtude de requisição do presidente novamente nomeado João José Guimarães e Silva, reassumiu o brigadeiro Sousa Martins, no dia 13 do dito mês, o governo da província, até o dia 15, quando entrou em exercício o referido presidente Guimarães, que se conservou na administração até 17 de fevereiro de 1831, quando faleceu.

Na mesma data (17 de fevereiro) voltou o brigadeiro Manoel de Sousa Martins (já então Barão da Paranaíba) na qualidade de 1° vice-presidente, a exercer a administração da província (tendo sido nomeado presidente em 1833) conservando-se no governo até 30 de dezembro de 1843, quando passou ao Exmo. Sr. Dr. José Ildefonso de Sousa Ramos, hoje Visconde de Jaguari e Senador do Império.

Em janeiro de 1811, o brigadeiro Sousa Martins, foi condecorado com o hábito de Cristo. Professou ou foi armado Cavaleiro dessa ordem em 16 de julho de 1814, na Igreja matriz de Oeiras, pelo governador Baltasar de Sousa Botelho de Vasconcelos, e por decreto de 17 de outubro de 1830, foi nomeado comendador da mesma ordem.

Por decreto de 12 de outubro de 1823, foi nomeado oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro, e pelo de 9 de agosto de 1824, foi elevado a Dignitário da referida ordem.

Por carta ou título de 6 de agosto de 1824 teve a mercê do foro de fidalgo cavaleiro da casa imperial.

Por carta de 3 de junho de 1825, teve o título de Barão da Parnaíba, e pela de 26 de julho de 1841, foi elevado a Visconde do mesmo nome, com as honras de grandeza.

Antes dos cargos e empregos acima mencionados, e mesmo depois de demitido a final da presidência da província, Manoel de Sousa Martins, exerceu outros, ou quase todos que existiam em seu tempo, quer fossem empregos de nomeação do governo, quer fossem cargos de eleição popular.

Em 1844, não existiam ainda na província, partidos políticos bem discriminados. Os piauienses dividiam-se, porém, em duas parcialidade assaz poderosas, uma das quais trabalhava tenazmente a favor da influência, então decaída do Visconde a Parnaíba, que por mais de 20 anos predominou na província; - a outra se emprenhava com todos os seus esforços, para que a influência do Visconde, que consideravam perniciosa, jamais se reabilitasse no Piauí.

Nesse mesmo tempo teve de proceder-se as eleições para deputados a assembleia geral: cresceu a luta, renovaram-se os antigos ódios, e, na cidade de Oeiras, deram-se então graves atentados e crimes.

Os adversários do Visconde (disse o presidente do Piauí, em 1845,) supondo-o mandante ou cumplice de um dos atentados cometidos, e de outros que se premeditavam, reuniram-se em grande número, junto da cidade, nos dias 21 a 23 de maio, e, talvez dispostos a entrarem por ela se não fossem atendidos, se dirigiram ao Exmo. Sr. Conde do Rio Pardo, exigindo a saída do Visconde da Parnaíba, para fora da cidade; e anuindo-se prudentemente a esses outros pedidos dos insurgentes, dissipou-se logo o ajuntamento, dando-se por finda a tormenta que ameaçava a ordem e tranquilidade pública.

Foi esse o feliz desenlace daquela revolução armada, constante de quatro mil pessoas pouco mais ou menos, que então cercaram a heroica cidade de Oeiras, onde tiveram encerrados por alguns dias, como prisioneiros de guerra, o Visconde da Parnaíba, e bem assim o próprio presidente da província, o Exmo. Sr. Conde do Rio Pardo.

O Visconde da Parnaíba, foi casado em primeiras núpcias com a Exma. Sra. D. Josefa Maria dos Santos, filha legitima de José Vieira dos Santos e sua mulher D. Maria Pereira da Silva; - e em segunda, já quase no fim da vida, em 1844, com a Exma. Sra. D. Maria Benedita Dantas, viúva de João Barbosa de Carvalho.

Faleceu na cidade de Oeiras a 20 de fevereiro de 1859, sendo o seu cadáver sepultado na capela-mor da Igreja matriz da mesma cidade.

Nenhum estudo regular teve o Visconde da Parnaíba, e posto que o seu longo governo fosse deficiente para o progresso do Piauí, não se lhe pode negar a inteligência e tino admirável, com que ele soube conquistar a elevada posição de que gozou na sociedade, criando ao mesmo tempo, a grande e importante família que deixou na província.

Na época do seu falecimento, corria contra ele, no foro da cidade de Oeiras, uma ação de demência, promovida por alguns dos seus herdeiros.

Do seu primeiro consorcio teve o Visconde da Parnaíba os seguintes filhos: Raimundo de Souza Martins, José de Souza Martins, e D. Maria Josefa Clementina de Souza. Do segundo casamento não teve filho algum.

Castello-Branco, M. de S. B. L. Manoel de Sousa Martins, Visconde da Parnahyba. In:___. Apontamentos biographicos de alguns piauhyenses illustres, e d’outras pessoas notaveis que occuparão cargos importantes na Provincia do Piauhy, Almanak Piauhyense para o anno civil de 1879, Teresina, 1878.
CARVALHO, A. C. F. DE. Capítulo I. In:___. Família Coelho Rodrigues: passado e presente. (Dados genealógicos das famílias Coelho Rodrigues, Sousa Martins, Ferreira de Carvalho, Sousa Mendes, Araújo Costa, Coelho, Madeira, Reis, Mauriz e outras). Fortaleza: Impr. Oficial do Ceará, [1989?].

MIRANDA, R. Livro XII – Família Vieira de Carvalho, Coelho Rodrigues, Sousa Martins e Sousa Mendes. In:___. Memória dos Ancestrais – parentes e contraparentes: uma genealogia do sertão. Teresina: Academia Piauiense de Letras, 2017.

Manuel de Sousa Martins na Wikipédia

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Manuel de Sousa Martins, visconde da Parnaíba's Timeline

1767
December 8, 1767
Oeiras, Piauí, Brazil
1793
1793
Oeiras, Piauí, Brasil (Brazil)
1795
February 1795
Oeiras, State of Piauí, Brazil
1797
1797
Oeiras, Piauí, Brasil (Brazil)
1814
1814
Oeiras, Piauí, Brasil (Brazil)
1829
1829
Oeiras, Piauí, Brasil (Brazil)
1832
1832
Piauí, Brasil (Brazil)
1839
1839
Piauí, Brasil (Brazil)
1856
February 20, 1856
Age 88
Oeiras, Piauí, Brazil